LUIZA O Filipe chegou do trabalho visivelmente preocupado com alguma coisa, então perguntei:— Amor aconteceu alguma coisa?— Não! Nada demais! — falou desconversando.Ele foi tomar um banho, e quando saiu, nós jantamos juntos, mas ele estava calado e distraído, e eu sabia que havia algo. Eu cheguei a falar com ele, e ele estava tão distante, que não me escutou.Ele foi para o escritório, ficou um tempo por lá e eu pude ter certeza de algo incomodava ele, pois ele só vai ao escritório à noite quando tem algo pendente do trabalho para resolver, ou quando está estressado ou apreensivo com algo. Ele saiu do escritório, eu estava na sala assistindo TV, e ele me chamou para que nós pudéssemos assistir lá no quarto. Eu cochilei enquanto assistia, mas acordei quando escutei o telefone dele tocando, e vi quando ele saiu para atender.Ele voltou, deitou do meu lado, e então eu acabei perguntando:— Tu não vai mesmo me contar o que está acontecendo? — perguntei seria.— Não é nada Luiza! —
LUIZANós estávamos aliviados por tudo ter dado certo no final das contas. O Felipe fez o que tinha que ser feito, ele tinha uma dívida de gratidão, e tinha que pagar, mas eu não me perdoaria nunca se algo tivesse acontecido, e ele acabasse sendo preso por conta dessa carona.Os dias foram passando, e nossa rotina voltando ao normal. Quer dizer, eu não diria normal, já que os preparativos do casamento da Manu e do Rafa estavam a todo vapor.No final de semana eles brigaram para decidir de qual dos dois seríamos os padrinhos. Com o Felipe também não foi fácil fazer ele liberar os dois para serem meus padrinhos, mas eu usei o argumento de que já tinha perdido a Celia e o Luiz como padrinhos, a Claudinha já era madrinha dele, e que eu precisava muito ter Rafa e Manu como meus padrinho. Conversei depois de termos feito amor, e acho que isso influenciou positivamente ha ha ha. Eu sugeri isso para a Manu, que disse que eu era "uma gênia'. Vamos vê no que vai dar.FELIPE Eu e o Rafa saím
LUIZANos dias que o Rafa se manteve no hospital, todos nós nos revezamos para acompanhar ele. Como nós já previamos, a Manu não abriu mão de ficar com ele o máximo de tempo que ela pôde, e dormia com ele todas as noites no hospital. Enquanto nós, e quando eu digo nós eu me refiro a mim, ao Felipe, a Mari e ao Davi, nos revezamos para fazer companhia a eles, ou para render ela, para que ela pudesse resolver alguma coisa, tomar um banho, ou algo do tipo. Os pais do Rafa também iam todos os dias para o hospital.Depois de alguns dias o Rafa teve alta, mas sabia que teria que fazer todos os tratamentos, e principalmente a fisioterapia da forma correta, para voltar a andar o mais rápido possível..Foi uma recuperação bem complicada. Tinham dias que o Rafa estava super bem e otimista com o tratamento, e com a possibilidade de voltar a andar o mais rápido possível, e em outros dias ele ficava cabisbaixo, quieto, chorando, achando que não voltaria mais a andar.O Rafa teve que fazer tratamen
FELIPEO casamento foi lindo, e muito emocionante. O Rafa ter recuperado o movimento das pernas surpreendeu até a mim. Eu estou muito feliz pelo meu amigo. O Rafa é como um irmão para mim, e ele merece muito ser feliz depois de tudo que ele passou.O Rafa e a Manu passaram a lua de mel deles nas Maldivas, e segundo eles a viagem foi incrível.Quem diria que o Rafa que estava a poucos dias sem andar, em cima de uma cama, estaria de pé, andando normalmente nas Maldivas.Eu e a Luiza estamos indo para a Flórida, juntamente com o Davi e a Mari. Vamos ver a minha mãe, o Adam, a Sophia e o Thomaz, e vamos aproveitar que a Luiza e a Mari estão de férias para irmos a Disney, já que na lista de viagens dos sonhos da Luiza, tinha ir para a Disney com a Mariana.Quero ir com meus irmãos até lá, e apesar deles já terem ido algumas vezes, e eu já ter ido quando era criança, essa será minha primeira vez com a Sophia e o Thomaz, e acho que vai ser bem legal.LUIZAEstavamos eu, o Felipe, a Mari e o
FELIPENossas férias acabaram, e voltamos a nossa rotina normal. A Luiza entrou em seu terceiro período da faculdade, e quis começar a trabalhar. Como ela faz ciências contábeis, será muito bom para ela a experiência lá na empresa, assim como aconteceu comigo e com o Rafa. Ela transferiu suas aulas da faculdade para o turno da noite, e começamos a ir juntos para a empresa. Ela iniciou como assistente do Mateus Alves, nosso CFO - Chief Financial Officer. Mateus era o assistente do nosso antigo CFO, que morreu em uma tentativa de assalto a quase dois anos. Mesmo sem reagir a tentativa de assalto, o Pedro Pinheiro levou um tiro dentro do seu carro, e não resistiu. Como é o primeiro dia da Luiza, levei ela nos setores que ela não conhecia, para apresentar aos demais funcionários do escritório a ela. Todos a trataram muito bem, e foram muito cordiais com ela, exceto o Mateus que a cumprimentou, mas senti uma certa tensão quando os apresentei, então pedi para chamá-lo na min
LUIZA1 meses depois... Eu e o Felipe saímos do trabalho um pouco mais cedo, eu passei em casa, tomei um banho, comi alguma coisa, me despedi dele e da Claudinha e fui em direção a faculdade.Eu tinha um trabalho para apresentar, e quis ir mais cedo para ter tempo de me preparar.Logo que eu saí do prédio, pude notar que um carro que estava parado na frente do prédio deu partida, e foi andando atrás de mim. No começo achei que poderia ser uma coincidência, e que em algum momento esse carro desviaria para direita ou para esquerda. Até que chegou a minha vez de desviar inicialmente para a direita, e posteriormente para a esquerda, e esse carro continuou atrás de mim. Comecei a ficar com um pouco de medo, mas achei que poderia estar ficando neurótica. Acabei pegando uma avenida em uma grande linha reta, e a medida que eu fui acelerando, o carro que me seguia foi acelerando atrás de mim.Não tive dúvidas, disquei para o Felipe, e quando ele atendeu, eu falei:LIGAÇÃO ON— Oi amor.— Amor
LUIZA— Tu? — perguntei ainda perplexa.— Como vai Barbie? Quanto tempo — falou em tom de ironia.— Por que tu tá fazendo isso comigo?— Você ainda pergunta sua v****? Por sua causa e do seu plauboyzinho eu passei um ano em coma, e quase morri — falou apertando o botão ao lado da sua cadeira, e se aproximando ainda mais de mim.— Tu traficava mulheres seu verme — falei com raiva.— Cala sua boca — falou me dando uma bofetada.— Tu deveria ter morrido, ou estar preso — falei o encarando.Quando ele ia me responder, a porta da lateral do galpão se abriu novamente.De repente entrou uma mulher, e essa eu reconheci na mesma hora.Ela foi se aproximando, e então eu falei:— Renata? O que tu tá fazendo da tua vida guria? Tu agora é cúmplice de sequestro? — falei indignada.O Chefe então olhou para ela e falou:— Po##@, que demora.— Estava conseguindo o número do Playboy para você — disse ela. — Digamos que tem um velho amigo da boate, que também conhece o playboy, e não está muito satisfeit
LUIZAEu nunca entendi a raiva que Renata tinha de mim. Desde o primeiro momento que eu entrei naquela boate, ela já fez questão de deixar bem claro seu incômodo com a minha presença. Até então, eu sempre achei que fosse algo comum, de quando você simplesmente não vai com a cara de alguém.Com o passar dos dias, enquanto eu ainda estava na boate, eu comecei a perceber que ela fazia pequenas coisas para me prejudicar, até chegar naquele episódio onde ela fez com que o Chefe tentasse me obrigar a ficar com outros clientes da boate por pura maldade. Mas, achei que quando eu saísse da boate, ela não seria mais um problema, infelizmente eu estava bem enganada.A verdade é que a Renata é uma pessoa muito pior do que eu imaginei, e sua ligação com o Chefe também é mais forte do que eu achei que fosse.Apesar de estar aqui presa, sendo mantida como refém por essas pessoas, eu só consigo pensar que, pelo que a Renata falou, quem realmente está em perigo é o Felipe, e isso está me angustiando.