O CEO Obcecado Pela Mãe Solteira
O CEO Obcecado Pela Mãe Solteira
Por: Victor Lima
1- Priscila

Priscila Narrando

Me chamo Priscila e tenho 27 anos. Sou loira, de cabelos lisos que caem até a metade das costas, olhos verdes que todo mundo sempre diz que chamam atenção e eu confesso que já usei isso a meu favor mais de uma vez. Meus cílios são naturalmente longos, o que me poupa alguns minutos na maquiagem, e minha boca... bom, já ouvi que é bonita demais pra ficar calada. Meu corpo? Sempre cuidei dele. Nada exagerado, mas o suficiente pra me sentir bem quando me olho no espelho e fazer alguns olhares se virarem quando passo. Não sou perfeita, mas tenho meu charme. E aprendi, depois de tudo que vivi, que esse charme vai muito além da aparência.

Hoje, além de ser mãe de um menino incrível, sou gerente de uma loja. Uma mulher que já amou, que já se decepcionou, mas que decidiu recomeçar. O que eu não esperava... era que o passado, em forma de um CEO arrogante e sexy, fosse bater na minha porta. Ou melhor, entrar pela porta da loja. E bagunçar tudo outra vez.

Lembro como se fosse ontem o dia em que assinei os papéis do divórcio. Estava sentada naquela sala fria, com as mãos suando e o coração pesado não de amor, mas de alívio. Sim, alívio. Porque por mais que aquilo fosse o fim oficial de uma história, era também o começo da minha liberdade.

Meu ex-marido estava do outro lado da mesa, com o mesmo olhar indiferente que usou nos últimos anos de casamento. Um homem que um dia achei que amava... e que depois descobri que só amava a si mesmo. Eu tinha 25 anos quando entrei naquela relação achando que estava fazendo a coisa certa. E dois anos depois, estava ali, com um filho pequeno nos braços e a certeza de que eu merecia mais. Muito mais.

Ele sequer questionou nada. Só assinou. Sem emoção, sem uma palavra. E isso doeu. Não porque eu ainda o amava já não amava fazia tempo mas porque eu percebi que ele nunca me enxergou de verdade. Nunca viu a mulher que eu era, só o papel que eu cumpria.

Naquele dia, quando saí do cartório com os olhos marejados, não era tristeza. Era libertação. Eu abracei meu filho com força e prometi pra mim mesma: Agora é por você. E por mim também.

Voltei ao presente com o som da campainha da porta da loja tocando aquele sininho agudo que sempre avisa a entrada de um cliente. Estava distraída organizando algumas peças na vitrine quando ouvi os passos firmes e o perfume amadeirado invadindo o ar, marcante demais pra ser esquecido.

Virei o rosto. E então vi ele.

Everton.

Meu coração parou por um segundo. Ou dois. Talvez mais.

Ele estava ali. Alto, imponente, terno sob medida abraçando o corpo como se tivesse sido desenhado milimetricamente pra ele. Os cabelos castanhos perfeitamente penteados, a barba bem-feita e aquele olhar... o mesmo olhar que um dia me fez perder o juízo.

Ele me viu. E sorriu. Um sorriso lento, perigoso. O tipo de sorriso que não pede permissão invade.

— Priscila... — ele disse, como se meu nome fosse um segredo proibido em seus lábios. — Você tá ainda mais linda do que eu lembrava.

Engoli em seco. Meu coração batia rápido demais.

Não era só surpresa. Era desejo misturado com raiva, com memórias, com tudo aquilo que eu tinha enterrado... e que agora parecia pronto pra ressurgir.

— Everton... o que você tá fazendo aqui?

Ele deu um passo mais perto, os olhos nos meus como se nada mais existisse na loja além de mim.

— Procurando por algo que eu perdi. Ou melhor... alguém.

— Procurando por algo que eu perdi. Ou melhor… alguém. — Ele repetiu, a voz grave e baixa, como se falasse só pra mim, mesmo com a loja aberta.

Senti um arrepio subir pelas minhas costas.

Ele deu mais um passo, agora tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele. Meu instinto gritou pra recuar, manter o controle… mas meus pés enraizaram no chão. Aqueles olhos castanhos me prendiam como se eu ainda fosse aquela garota que ele conheceu anos atrás. A diferença é que agora eu era mãe, gerente, mulher. E mesmo assim, ele ainda sabia como bagunçar tudo dentro de mim.

— Tá me olhando como se tivesse visto um fantasma — ele provocou, os olhos percorrendo meu rosto, depois descendo lentamente, descarados, até pararem nos meus lábios. — Mas eu tô bem vivo, Pri. E ainda lembro de cada detalhe seu.

Engoli em seco. Meu corpo respondeu antes da minha mente conseguir dar qualquer ordem. O coração acelerado, a pele quente, os pensamentos já despencando pra lembranças que eu não devia reviver. Não agora. Não com ele tão perto.

— Você devia ir embora. — minha voz saiu mais firme do que eu esperava, mas ele sorriu. Aquele sorriso torto e perigoso que dizia que ele não ia a lugar nenhum.

— Eu não vim pra ir embora, princesa. — Ele se aproximou mais, os lábios quase roçando os meus.

— Eu vim pra te ter de volta.

E naquele instante, percebi: ou eu corria... ou mergulhava de cabeça num fogo que já me queimou uma vez. E que agora parecia ainda mais quente.

Fechei os olhos por um segundo, tentando recuperar o controle da respiração, do coração, da sanidade. A proximidade dele era sufocante e deliciosa, malditamente deliciosa. Mas eu não podia me render. Não agora. Não tão fácil.

Afastei o rosto, só um pouco, o suficiente pra recuperar o fôlego e olhar nos olhos dele com firmeza.

— Isso aqui não é mais um joguinho, Everton. Eu não sou mais a menina que você deixou pra trás sem explicar nada. Eu tenho um filho agora. Tenho uma vida. Responsabilidades.

Ele arqueou uma sobrancelha, mas não se moveu.

— E acha que isso me assusta? — ele sussurrou. — Eu gosto de desafios, Priscila. Sempre gostei de você. E eu não vim até aqui pra ir embora de mãos vazias.

— Você não pode simplesmente aparecer depois de anos e achar que vai… vai me reconquistar assim, com esse olhar, essa voz — eu disparei, tentando me convencer mais do que a ele.

Ele sorriu. Aquele maldito sorriso.

— Reconquistar? Quem disse que eu parei de te querer?

Senti minhas pernas fraquejarem. Não por ele, mas pela lembrança de tudo que fomos. E do que poderíamos ter sido. Mas me mantive firme. Respirei fundo, segurei o olhar dele como se eu não estivesse prestes a derreter por dentro.

— Eu não sou mais sua, Everton.

— Ainda não — ele corrigiu, com a voz carregada de promessas. — Mas vai ser. Eu tenho tempo… e agora, eu não tenho a menor intenção de te perder de novo.

Ele deu um passo pra trás, finalmente, como se me desse o espaço que eu precisava mas sem tirar os olhos de mim. Me deixou ali, no meio da loja, tremendo, confusa, e com um gosto doce e perigoso de passado nos lábios.

E o pior? Uma parte de mim... queria que ele voltasse

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