As palavras dele, cheias de arrogância e posse, deixaram Cecília sem fôlego. Ela tentou se afastar, mas Gael segurou sua mão com firmeza e, em um movimento rápido, pressionou-a contra sua ereção. O toque a fez estremecer, e um misto de raiva e desejo a dominou.— Olha o que você faz comigo, só em te olhar, sua enfermeirinha insolente. Nenhuma mulher consegue me excitar tanto quanto você. Basta estar perto para eu perder todo o controle.Cecília tentou afastar a mão, corada de vergonha, mas Gael a segurou firme, guiando-a para acariciá-lo. O conflito de emoções dentro dela era devastador: raiva, humilhação, mas também um desejo incontrolável que a deixava vulnerável. Ela odiava o poder que ele tinha sobre seu corpo.— É para isso que me chamou aqui? — Cecília sibilou, a voz carregada de sarcasmo e raiva. — Para me usar como uma prostituta para satisfazê-lo no seu escritório?Gael soltou uma risada baixa e debochada.— Eu tinha algo importante para te dizer, mas ver você me deixa assim.
Depois de uma sequência de momentos intensos, Cecília, exausta, mal conseguia manter-se de pé. Gael a pegou nos braços e a levou até o confortável sofá do escritório, onde ela se aninhou contra o peito dele, completamente nua, seus corpos ainda suados e em êxtase. Ele acariciava seus cabelos com suavidade, uma ternura que contrastava com a selvageria de momentos antes.Gael olhou para Cecília, e algo dentro dele se agitou. Ele não podia negar mais o que estava sentindo. A intensidade daquele desejo, a química avassaladora entre eles, tudo o levava a uma única conclusão: ele estava completamente apaixonado por ela.Mas não era apenas paixão física, era algo mais profundo, mais visceral. Cecília o desafiava, o fazia querer mais, desejá-la não apenas em sua cama, mas em sua vida. Ele não sabia como isso acontecera, mas o que importava é que agora, ela era tudo o que ele queria.Enquanto acariciava o rosto dela, um sorriso pequeno e satisfeito se formou em seus lábios.-----Você ainda vai
Pensando na proposta com mais calma ,Cecília mordeu o lábio, a ideia de ter Gael por perto a confortava, mesmo com toda a sua arrogância e autoritarismo. No fundo, ela sentia que com ele por perto, nada de ruim poderia acontecer. E, de certa forma, havia uma parte dela que gostava dessa segurança, desse domínio que ele exercia.---- Está bem — ela finalmente disse, suspirando enquanto olhava para ele com determinação. — Eu aceito.Gael sorriu novamente, dessa vez de uma maneira mais suave, quase carinhosa. Aproximou-se e a puxou para um abraço, seus lábios tocando suavemente o topo da cabeça dela.---- Eu sabia que você aceitaria. E, confie em mim, Cecília. Comigo por perto, ninguém vai te machucar.Ela se aninhou nos braços dele, um misto de nervosismo e alívio a envolvendo. Por mais complicada que fosse a situação, algo lhe dizia que com Gael ao seu lado, ela estava mais segura do que jamais estivera. E talvez, apenas talvez, aquele novo trabalho fosse o começo de uma nova vida par
Nas primeiras semanas, a vida de Cecília na mansão dos Ferraz estava longe de ser fácil. Suportar as humilhações e o desprezo que a avó de Gael, Helena, a tratava era um desafio constante. Mesmo sabendo que ela estava lá para cuidar do marido, Helena fazia questão de tornar sua vida insuportável. Não bastasse, ainda fazia Cecília servir café a ela, suas amigas esnobes, e a sempre presente Mayra, que parecia fazer questão de estar por perto o tempo todo.A sala de estar se tornava uma arena de fofocas e risadas maldosas. Cecília, apesar de ser enfermeira, era obrigada a desempenhar o papel de criada. Servia chá e café enquanto Helena e suas amigas faziam comentários venenosos sobre todos à sua volta. Era um show de arrogância que a deixava cada vez mais irritada, mas Cecília engolia cada palavra. Afinal, seu trabalho ali era cuidar do senhor Alberto, o marido de Helena, não se envolver em confrontos. Mas Helena parecia tirar prazer em humilhá-la. Chegava ao ponto de estender o pé
Ela agradeceu timidamente pela defesa, mas, antes que pudesse se justificar mais, Gael se aproximou, sua presença tornando o ar mais pesado.--- Eu só fiz isso porque odeio injustiça, Cecília. Não porque me importo com você — disse ele, com um olhar firme, como se quisesse convencer a si mesmo. ___Mas, se você realmente quer me agradecer, vá ao meu quarto esta noite...Aliás você não está cumprindo com nosso trato e eu estou cansado de me aliviar sozinho pensando em você ou tomando banhos gelados para apagar meu fogo.Cecília o olhou surpresa, sua respiração falhando por um segundo. Ela já havia recusado várias vezes suas investidas desde que chegaram à mansão dos avós.---- Eu... eu não me sinto bem fazendo isso aqui, Gael. Essa casa tem empregados por todos os lados. E se sua avó descobrir?Ele riu, uma risada amarga, e cruzou os braços:---- Eu não dou a mínima para isso ou para os empregados. Você me deve isso. Não esqueça do nosso trato.Cecília sentiu o peso daquelas palavras, e
Cecília se deliciava com a resposta de Gael a sua carícia ousada, movendo-se com uma mistura de ansiedade e provocação, enquanto ele gemia roucamente, segurando seu cabelo com força. Cada movimento lento e deliberado a fazia sentir o poder que exercia sobre ele, e o prazer que ele sentia era palpável. Gael fechou os olhos, os músculos tensos, e gemeu alto, o corpo dele estremecendo sob as carícias de sua língua habilidosa. Ele sabia que estava à beira de perder o controle.___Cecília... se continuar assim, vou gozar na sua boca — ele avisou, a voz entrecortada, segurando os lençóis com força para conter o clímax.Mas ela não parou. Pelo contrário, aumentou o ritmo, provocando-o ainda mais, sentindo o gosto dele na boca, o calor do corpo dele se intensificando. Gael, no entanto, com um esforço sobre-humano, puxou-a de volta, erguendo-a com um movimento ágil e a posicionou de frente para ele. Sem cerimônias, tomou seus lábios com ferocidade, suas mãos explorando o corpo nu de Cecília,
A lembrança da noite passada a fazia corar. Cada vez que pensava em como havia se entregado a ele, como seu corpo respondia ao dele, um calor lhe subia pelas bochechas. Mas também havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. O atraso no seu ciclo não era algo que poderia varrer para debaixo do tapete por muito mais tempoCecília mordeu o lábio, hesitante. E se... estivesse grávida? Aquela possibilidade a aterrorizava e, ao mesmo tempo, despertava algo dentro dela. Ter um filho de Gael era uma ideia que, por mais arriscada e impossível que parecesse, mexia com seus sentimentos de uma forma que ela não sabia explicar.___ Não, não pode ser — murmurou para si mesma, tentando afastar o medo crescente.Sabia que, se fosse verdade, a tempestade que viria seria devastadora. Gael jamais aceitaria uma gravidez assim, especialmente nas circunstâncias em que estavam. E sua avó... aquela mulher fria e calculista faria qualquer coisa para evitar um escândalo, e Cecília sabia que seu
Por mais que ela tentasse se controlar, a ansiedade a corroía por dentro, e o medo de que Gael lhe mandasse abortar o bebê era muito grande, mesmo sabendo que ela nunca faria isso. Mas ela não o conhecia de verdade, porque Gael era uma incógnita para ela, e seu medo era que ele usasse seu poder e dinheiro para obrigá-la a fazer essa monstruosidade. Agora, tomada pelo medo de que Gael, e principalmente sua avó, pudesse fazer algo contra seu bebê, ela tomou uma decisão: iria embora daquela casa antes que descobrissem sua gravidez. Levantando-se da cama com determinação renovada, começou a juntar suas coisas, pronta para sair daquela casa antes que fosse tarde demais. O telefone tocou de forma insistente, quebrando o silêncio sufocante que preenchia o quarto de Cecília. Seu coração, já apertado pelo turbilhão de emoções após a descoberta da gravidez, acelerou ainda mais. Ao ver o nome de sua avó no visor, uma pontada de preocupação a atingiu. Sua avó raramente ligava àquela hora, a