Pensando na proposta com mais calma ,Cecília mordeu o lábio, a ideia de ter Gael por perto a confortava, mesmo com toda a sua arrogância e autoritarismo. No fundo, ela sentia que com ele por perto, nada de ruim poderia acontecer. E, de certa forma, havia uma parte dela que gostava dessa segurança, desse domínio que ele exercia.---- Está bem — ela finalmente disse, suspirando enquanto olhava para ele com determinação. — Eu aceito.Gael sorriu novamente, dessa vez de uma maneira mais suave, quase carinhosa. Aproximou-se e a puxou para um abraço, seus lábios tocando suavemente o topo da cabeça dela.---- Eu sabia que você aceitaria. E, confie em mim, Cecília. Comigo por perto, ninguém vai te machucar.Ela se aninhou nos braços dele, um misto de nervosismo e alívio a envolvendo. Por mais complicada que fosse a situação, algo lhe dizia que com Gael ao seu lado, ela estava mais segura do que jamais estivera. E talvez, apenas talvez, aquele novo trabalho fosse o começo de uma nova vida par
Nas primeiras semanas, a vida de Cecília na mansão dos Ferraz estava longe de ser fácil. Suportar as humilhações e o desprezo que a avó de Gael, Helena, a tratava era um desafio constante. Mesmo sabendo que ela estava lá para cuidar do marido, Helena fazia questão de tornar sua vida insuportável. Não bastasse, ainda fazia Cecília servir café a ela, suas amigas esnobes, e a sempre presente Mayra, que parecia fazer questão de estar por perto o tempo todo.A sala de estar se tornava uma arena de fofocas e risadas maldosas. Cecília, apesar de ser enfermeira, era obrigada a desempenhar o papel de criada. Servia chá e café enquanto Helena e suas amigas faziam comentários venenosos sobre todos à sua volta. Era um show de arrogância que a deixava cada vez mais irritada, mas Cecília engolia cada palavra. Afinal, seu trabalho ali era cuidar do senhor Alberto, o marido de Helena, não se envolver em confrontos. Mas Helena parecia tirar prazer em humilhá-la. Chegava ao ponto de estender o pé
Ela agradeceu timidamente pela defesa, mas, antes que pudesse se justificar mais, Gael se aproximou, sua presença tornando o ar mais pesado.--- Eu só fiz isso porque odeio injustiça, Cecília. Não porque me importo com você — disse ele, com um olhar firme, como se quisesse convencer a si mesmo. ___Mas, se você realmente quer me agradecer, vá ao meu quarto esta noite...Aliás você não está cumprindo com nosso trato e eu estou cansado de me aliviar sozinho pensando em você ou tomando banhos gelados para apagar meu fogo.Cecília o olhou surpresa, sua respiração falhando por um segundo. Ela já havia recusado várias vezes suas investidas desde que chegaram à mansão dos avós.---- Eu... eu não me sinto bem fazendo isso aqui, Gael. Essa casa tem empregados por todos os lados. E se sua avó descobrir?Ele riu, uma risada amarga, e cruzou os braços:---- Eu não dou a mínima para isso ou para os empregados. Você me deve isso. Não esqueça do nosso trato.Cecília sentiu o peso daquelas palavras, e
Cecília se deliciava com a resposta de Gael a sua carícia ousada, movendo-se com uma mistura de ansiedade e provocação, enquanto ele gemia roucamente, segurando seu cabelo com força. Cada movimento lento e deliberado a fazia sentir o poder que exercia sobre ele, e o prazer que ele sentia era palpável. Gael fechou os olhos, os músculos tensos, e gemeu alto, o corpo dele estremecendo sob as carícias de sua língua habilidosa. Ele sabia que estava à beira de perder o controle.___Cecília... se continuar assim, vou gozar na sua boca — ele avisou, a voz entrecortada, segurando os lençóis com força para conter o clímax.Mas ela não parou. Pelo contrário, aumentou o ritmo, provocando-o ainda mais, sentindo o gosto dele na boca, o calor do corpo dele se intensificando. Gael, no entanto, com um esforço sobre-humano, puxou-a de volta, erguendo-a com um movimento ágil e a posicionou de frente para ele. Sem cerimônias, tomou seus lábios com ferocidade, suas mãos explorando o corpo nu de Cecília,
A lembrança da noite passada a fazia corar. Cada vez que pensava em como havia se entregado a ele, como seu corpo respondia ao dele, um calor lhe subia pelas bochechas. Mas também havia algo mais ali, algo que ela não conseguia ignorar. O atraso no seu ciclo não era algo que poderia varrer para debaixo do tapete por muito mais tempoCecília mordeu o lábio, hesitante. E se... estivesse grávida? Aquela possibilidade a aterrorizava e, ao mesmo tempo, despertava algo dentro dela. Ter um filho de Gael era uma ideia que, por mais arriscada e impossível que parecesse, mexia com seus sentimentos de uma forma que ela não sabia explicar.___ Não, não pode ser — murmurou para si mesma, tentando afastar o medo crescente.Sabia que, se fosse verdade, a tempestade que viria seria devastadora. Gael jamais aceitaria uma gravidez assim, especialmente nas circunstâncias em que estavam. E sua avó... aquela mulher fria e calculista faria qualquer coisa para evitar um escândalo, e Cecília sabia que seu
Por mais que ela tentasse se controlar, a ansiedade a corroía por dentro, e o medo de que Gael lhe mandasse abortar o bebê era muito grande, mesmo sabendo que ela nunca faria isso. Mas ela não o conhecia de verdade, porque Gael era uma incógnita para ela, e seu medo era que ele usasse seu poder e dinheiro para obrigá-la a fazer essa monstruosidade. Agora, tomada pelo medo de que Gael, e principalmente sua avó, pudesse fazer algo contra seu bebê, ela tomou uma decisão: iria embora daquela casa antes que descobrissem sua gravidez. Levantando-se da cama com determinação renovada, começou a juntar suas coisas, pronta para sair daquela casa antes que fosse tarde demais. O telefone tocou de forma insistente, quebrando o silêncio sufocante que preenchia o quarto de Cecília. Seu coração, já apertado pelo turbilhão de emoções após a descoberta da gravidez, acelerou ainda mais. Ao ver o nome de sua avó no visor, uma pontada de preocupação a atingiu. Sua avó raramente ligava àquela hora, a
Cecília respirou fundo, tentando controlar o turbilhão de emoções que a dominava. Ela sabia que precisava agir com cautela. Não podia mais sair daquela casa. O plano de fugir para Morro que havia elaborado em um momento de pânico ao descobrir a gravidez, agora parecia impossível. Fugir para o Morro seria suicídio. Tiago a controlaria, a dominaria, a manteria como sua prisioneira e se descobrir sua gravidez com certeza iria exigir que abortasse o bebê ,uma atitude que ela temia vir de Gael mas que ela tinha certeza que viria de e Tiago. Ela sabia que não estava segura. Mesmo naquela casa, precisava ser cuidadosa. Precisava esconder a gravidez o máximo possível, até encontrar um lugar seguro onde pudesse se refugiar e tirar seus avós do Morro também. Eles não poderiam ficar nas mãos de Tiago, especialmente agora que ele se mostrara capaz de qualquer coisa. Cecília sentou-se na beira da cama, abraçando o próprio corpo, tentando pensar em uma saída. Seu coração batia a
Ao sair, o cheiro forte do antisséptico começou a afetá-la. Seu estômago revirou e, antes que pudesse se controlar, uma onda de náusea a dominou. Sentiu-se tonta e mal conseguiu caminhar até o banheiro mais próximo. Lá, ajoelhou-se rapidamente, levando a mão à boca e vomitando novamente mesmo sem ainda ter ingerido alimento algum Enquanto lavava o rosto e tentava se acalmar, ouviu passos leves atrás de si. Cecília mal havia conseguido se recompor do mal-estar quando, ao sair do banheiro, deu de cara com Mayra, que a observava com uma expressão amarga, carregada de rancor. A mulher parecia estar esperando por aquele momento, e o olhar de ódio que lançou em direção a Cecília deixava claro que ela já tinha suas próprias conclusões formadas. Cecília sentiu um arrepio percorrer sua espinha. — Então eu estava certa— Mayra começou, cruzando os braços. — Eu estava suspeitando, mas agora tenho certeza. Você está grávida. Acha que não notei as mudanças no seu corpo desde que veio pa