A jornalista decidiu não pensar muito sobre como seria o encontro no dia seguinte e virou a noite aprendendo sobre motores de carros esportivos e quase não se levantou com tempo o suficiente para se arrumar para encontrar com Noah para a exclusiva, na manhã seguinte.
Quando se levantou, pegou o celular na mesa de cabeceira, sentido a brisa que vinha da janela aberta lhe refrescando e ao notar que estava atrasada, deu um pulo da cama.
Sabia que ele poderia levar a entrevista com outras intenções, mas Ivy apareceria com tantas perguntas que ele ficaria com a garganta seca por falar demais.
Daria seu máximo para fazer um trabalho excelente e o resto… deixaria que ele tomasse a iniciativa. Tomou banho rapidamente e após, colocou sua mala sobre a cama.
Achou em meio suas roupas um vestido floral lindíssimo, de alças finas e renda, presente de quando Carl havia ido ao Hawaii com sua namorada. Em Toronto, nunca houve ocasião para usar, mas naquele momento poderia passar uma ideia errada de descontração para Noah e ela queria seguir a linha profissional. Uma profissional bem linda, que fosse competente e encantadora. Acabou usando a única calça pantalona que tinha levado e um cropped laranja, uma cor que estava na sua coloração pessoal e ela só tinha por conta da indicação profissional, arrematando o look com acessórios prata. Usar roupa social em uma entrevista na praia era demais até para ela.
— Competente e charmosa… — murmurou vendo o ótimo trabalho que fez ao esconder suas olheiras com corretivo, no reflexo do espelho do enorme banheiro do hotel cinco estrelas. — Por que ele tinha que ser meu entrevistado?! Isso não vai ser fácil.
Passou protetor solar e perfume e irritada por não ter levado óculos de sol para um paraíso como aquele, tendo que ficar com seus óculos de grau para proteger os olhos da luz solar forte, saiu do quarto, pegando uma pequena bolsa para levar a chave do quarto e seu telefone. Sua inseparável agenda não iria na mão. Estava atrasada demais para pedir café da manhã, mas sua lista de perguntas estava perfeita.
Só quando chegou ao saguão do hotel que se deu conta que não sabia onde era o restaurante. Foi até a recepção pedir informação. — Dónde está el restaurante del hotel? — perguntou para uma moça baixinha que estava uniformizada logo atrás do balcão.
O recepcionista explicou para Ivy e ela conseguiu achar sem grandes problemas, chegando até as mesas na areia branca. A moça estava impressionada com a beleza do lugar, o dia estava lindo com sol forte e a brisa ajudava a refrescar o calor, fazendo os cabelos da moça dançarem ao ritmo do vento. Sentou em uma mesa qualquer, já que todas tinham um guarda sol. Estava feliz por seus óculos terem antirreflexo. A praia era incrível, com o mar de águas ora azuis ora verdes.
Estava no horário combinado e não estava vendo Noah em nenhuma mesa próxima. Estava buscando no lugar errado, pois ele estava caminhando pela areia, vindo em sua direção. Sem camisa, bronzeado, molhado e segurando uma prancha de surf, o homem parecia estar gravando um comercial, daqueles que os rapazes andam passando a mão nos cabelos para tirar o excesso de água, sempre para empresas de cuecas. — Misericórdia…
Aquele conjunto de peitoral com um pouco de pelo e abdome com um pacote de seis estava fazendo várias mulheres se virarem enquanto ele andava até onde Ivy estava. Não devia ser normal toda aquela beleza, o jeito como ele se comportava como um homem. Desviou o olhar do corpo de Noah e focou em seu rosto, que ostentava um genuíno sorriso.
— Bom dia! — Disse ele travando a prancha na areia, realçando os músculos de seus braços fortes. — Teve problemas para chegar até aqui? — Perguntou para Ivy, enquanto sentava em uma cadeira próximo dela.
— Não, na verdade não, eu até ofereceria uma toalha, mas não trouxe nenhuma comigo. — Disse ela, tentando ficar o olhar no rosto dele, o que era difícil com aquele corpo sarado. — E bom dia para você também.
As gotas d'água estavam escorrendo do pescoço para o peito, tirando a concentração da mulher. — Eu trouxe uma. — Apontou com o queixo pra uma mesa próxima, onde estavam algumas coisas. — Marquei a exclusiva aqui porque com o lançamento do Kronos, eu estive sem tempo de relaxar. Espero que não se importe. — Ele passou a mão pelo cabelo, arrumando os fios escuros — Pode ficar de biquíni, se quiser, não me importo.
— Não é problema e não uso biquíni — aquele era um assunto delicado para ela.
— Por qual motivo?
— Sem perguntas pessoais, por favor, apenas trabalho, certo? — Disse olhando para ele. Naquele momento, ela queria óculos de sol para não ser pega em flagrante, porque estava difícil não babar no homem. — Obrigada pelo convite para almoçarmos, aliás, esse lugar é realmente um pedaço do paraíso. Tudo aqui parece encantador. — Disse olhando o mar.
— É, eu também acho. —
Concordou Noah, olhando pra ela.O celular de Ivy começou a vibrar sobre a mesa, chamando a atenção de ambos. O nome de Amanda estava na tela. — Você se importa? — Perguntou apontando para o telefone.
— Fique à vontade. — Noah levantou, aproveitando para ir até a mesa onde estavam seus pertences, assim como dar privacidade para ela, que o acompanhou com o olhar.
— Oi! O que você tá fazendo de bom?
— Indo almoçar com uma fonte e você? — Se comentasse que estava com um homem, Amanda iria querer detalhes e Ivy não tinha nenhum que fosse agradá— la.
— Querendo saber como foi a festa de ontem. Arranjou um encontro?
Ela não fazia ideia.
— Não como você imagina. Preciso focar no que estou fazendo agora, Mandy, quando acabar eu te ligo! — Sua companhia estava voltando para a mesa.
— Meu Deus, você não sabe mesmo se divertir! Quando voltar, temos que sair, o Theo tem um primo que..
— Certo, depois a gente se fala! — Desligou antes de Amanda continuar seu monólogo de reclamações sobre a vida pouco agitada de Ivy.
Noah voltou usando óculos de sol, elevando o nível do que a mulher entendia como sexy. Ele colocou na mesa uma camisa, que obviamente colou em seu corpo definido e o celular, fazendo Ivy também mexer em seu aparelho de telefone para começar a gravar todo o encontro. Ela precisava das mãos ocupadas para não querer colocar suas mãos nele.
O homem não jogava limpo.
— Eu tenho uma lista de perguntas, se importa de responder enquanto comemos? — Perguntou ligando o gravador de voz de seu celular e abrindo sua agenda, onde o trabalho da madrugada estava todo compilado.
— Não, podemos começar. — Ele deitou numa cadeira de bronzear ao lado de Ivy, colocando os braços atrás da cabeça e relaxando com a brisa. — Desculpe não estar no modo profissional como você tinha solicitado, Senhorita Lewis, mas eu não tiro férias há oito meses e estava precisando surfar.
— Você surfa sempre que pode?
— Essa é a sua primeira pergunta? — Ele sorriu para ela, mostrando todos os dentes e a encenação como um modelo de praia continuou. — Saber o que faço com meu tempo livre?
— É só uma curiosidade. Parece um esporte difícil. — Justificou. Ivy nunca foi muito chegada em mar ou esportes radicais.
— Sem perguntas pessoais, por favor, apenas trabalho, certo? — Repetiu o que ela tinha dito antes, um tom de brincadeira que a fez revirar os olhos por trás dos óculos de grau. — Não é difícil, mas demora um pouco para se acostumar com o cansaço depois de pegar algumas ondas. É como sexo, um esforço que é compensado pelo adrenalina.
— Podemos pedir nossa refeição? — pediu e mordeu o lábio, querendo mudar para qualquer assunto mais seguro do que aquele com um homem tão atraente quanto Noah. — Eu sequer tomei café da manhã.
— Claro, agora mesmo. — a expressão dele mudou e Ivy não se importou se ele pensou ou não que ela era uma daquelas aficionadas por dietas. Noah fez um sinal para um garçom que estava perto, sendo atendido imediatamente.
Pediram uma refeição de frutos do mar magnífica e ele a acompanhou em todos os pratos, parecendo satisfeito ao vê-la comer. A entrevista foi tranquila, para a surpresa dela. Ele respondia sem titubear todas as suas perguntas e Ivy decidiu não questioná-lo sobre nada pessoal, para não dar margem para que ele quisesse questioná-la também. Vez ou outra Noah corrigia algo que o g****e havia ensinado de forma equivocada para a jornalista sobre carros e eles acabaram pedindo uma duas sobremesas para que todas as perguntas dela pudessem ser respondidas. Noah não se importou em trocar de roupa depois do almoço e foi de chinelos apresentar o carro que tinha projetado. Ele parecia um bilionário em seu oásis particular, com sol, praia e carros de luxo disponíveis, com o óculos de sol preso na gola da camisa falando com orgulho de seu brinquedinho potente.
— Esse banco é bem macio. — Ela elogiou, passando os dedos pelo estofado. O carro era tecnologia pura, dos botões sofisticados aos aros das rodas. Deveria ser a coisa mais chique que ela viu na vida, mesmo sua família tendo uma boa condição financeira.
— A equipe pensou em um aplicativo para conectar o celular dos clientes ao painel. — Ele pegou o próprio celular e mostrou para ela as funções. — Mas não como em carros normais, música e leitura de e-mail por comando de voz. Você pode ligar e desligar o carro pelo seu telefone, acelerar, fazê-lo frear caso o motorista perca o controle.
— Interessante! Quantos carros como esse vocês produziram? — Eles estavam dentro do veículo, sentados lado a lado. A capacidade era para duas pessoas e até mesmo um homem grande como Noah ficava confortável dentro do automóvel.
— Oitenta, mas estamos pensando em fechar nas cem unidades. Nossos clientes gostam do que é exclusivo e nós damos assistência para modificações e personalizações, além de trabalharmos com manutenção. — Noah ligou o carro com a chave e o motor rugir alto, fazendo Ivy rir. Eles estavam na frente do hotel e o Kronos chamava muita atenção. — Quer dirigir?
— Com certeza não! — Ivy ficava nervosa só de pensar em quantos quilômetros aquele carro fazia. — Eu vim cobrir a sua primeira vez, então tenho que gravar, se estiver tudo bem por você. — Ela já estava ligando a câmera de seu telefone.
Ele assentiu, olhando na direção dela. Noah inclinou-se chegando bem perto de Ivy, encarando-a com seus lindos olhos azuis enquanto pegava o cinto de segurança e a prendia no banco.
— Segurança é tudo, senhorita Lewis — ele havia chegado tão perto que Ivy quase sentiu a barba dele roçar em seu rosto, fazendo Ivy quase derrubar o celular. Ele tinha um jeito que era dele, não de perfume, que estava mexendo com o juízo dela — acho que eu deveria alertá-la de uma coisa antes de sairmos — o homem se afastou e prendeu o próprio cinto.
— Do quê? — Ela viu ele colocar as mãos no volante e sorrir ao olhá-la.
— Comigo é sempre com emoção!
Quem também queria tá nesse lugar com um homão desses? EU!!!
O vento brincava com os cabelos de Ivy enquanto Noah passeava rápido pelas ruas de Boca Del Toro. O carro rugia debaixo deles e ela sentia seu coração pulsando ao saber que estavam rápidos, mas sequer na metade da potência que o Kronos tinha. — Cuidado! — Ivy gritou, vendo a curva estreita da qual eles se aproximavam. As mãos dela apertaram os bancos de couro e a jornalista sentiu o cinto de segurança lhe apertar fixar no lugar quando Noah diminuiu a velocidade, mesmo que gradativamente. — Quer colocar uma música? — ele perguntou com um sorriso brincalhão, tranquilo ao dirigir algo que tinha projetado. Era muito claro para ela como Noah confiava naquele carro, como um produto que ele mesmo assinou. — Eu não sei se conseguiria… — a verdade era que seu estômago estava embrulhado da quantidade de comida que degustaram junto do nervosismo por estarem indo tão rápido e as pessoas parecem tão pequenas nas ruas estreitas. Tudo passava num borrão e ela se sentia como em Velozes e Furiosos
Ao bater a porta de seu apartamento, Ivy suspirou de cansaço. Estava moída das tantas horas de viagem a mais que fez por conta do mau tempo em sua primeira conexão. Não existia nada como a sensação de estar em casa, dormir na sua cama e tomar banho no seu banheiro. Iria gastar ao menos uma hora dentro de sua banheira, para relaxar todos os músculos tensos depois de tanto tempo dentro sem dormir.Estava tudo exatamente como ela deixou quando saiu para sua viagem para Boca Del Toro, o que era um alívio. Tirou seus sapatos e sentou no sofá, passando a mão no cabelo em um gesto habitual.Essa viagem aconteceu mesmo?Quando estava saindo do hotel, viu Noah no deck, de roupas trocadas e esperando por ela.— Você não achou mesmo que eu iria te deixar ir sozinha, não é? — ele perguntou, dando um sorriso ao notar como a pegou de surpresa.Foram juntos até o porto e ele queria se certificar que Ivy iria pegar o barco em segurança. Eles quase se beijaram em despedida, mas não estavam sozinhos
Ivy apagou as luzes fortes de seu quarto e deitou em sua cama macia, enfim, deixando seu corpo relaxar, percebendo que estava realmente cansada do dia cheio que teve. Mal tinha chegado de viagem e a visita da amiga não a deixou descansar como gostaria. A jornalista ficou até tarde dando colo para Katy e depois de um grande pote de sorvete de creme, apesar do frio na cidade, a amiga começou a contar que foi de surpresa até o estúdio de tatuagem que Victor tinha no centro da cidade e enquanto ela gravava alguns vídeos para o perfil profissional dele, chegaram algumas notificações de uma menina, perguntando se o encontro deles ia dar certo. Katy contou que saiu dizendo que ia ao banheiro para ver o que era aquilo. E depois de trancar a porta, abriu a conversa e o idiota, como ela disse, sequer tinha colocado senha no aplicativo de mensagens anônimo, onde vinha paquerando a garota há semanas, para o choque de Katy, que conseguiu segurar a raiva de quase jogar o celular dele no aparelho sa
— Ivy, acorda! — sentiu um cutucão no braço e abriu os olhos, sentindo-se desnorteada e a luz que vinha da janela a fez cobrir os olhos por instinto. Estava dormindo tão bem que nem lembrava que havia companhia em sua casa.— Só mais cinco minutinhos, Katy… — pediu, a voz preguiçosa, exatamente como ela se sentia.— Amiga, eu já vim aqui desligar o seu alarme chato que você já colocou no modo soneca duas vezes e vi uma mensagem de um tal de Noah. — ela comentou, com os cabelos presos de qualquer jeito e o rosto com sinais do chororô da noite anterior — Quem é esse cara, hein? — Katy perguntou, sentando na cama de Ivy, usando um pijama que tinha pegado emprestado da amiga na noite anterior. A jornalista abriu os olhos sem vontade alguma e notou a amiga já com uma xícara de café nas mãos, enchendo seu quarto com o cheiro delicioso — Que fofoca é essa que você não está me contando? Ivy esticou os braços sobre a cabeça, sentindo as costas mais relaxadas por dormir em sua cama depoi
Ivy entrou na sala de reuniões no dia seguinte, onde seus novos “filhotes” como Katy os batizou, estavam esperando por ela. Quando abriu a porta, a dupla se levantou num salto e a jornalista teve de prender o riso por conta da expressão de susto que ambos tinham em seus rostos.— Bom dia, pessoal! Sou Ivy Lewis, editora e vou supervisionar vocês durante o período que estagiarem aqui na Chankin News. — Apresentou-se para os estudantes que iriam trabalhar na emissora durante todo o próximo semestre e com a possibilidade de continuarem lá por mais um ano e meio caso fossem bem. A seleção era bem rigorosa e estar no grupo seleto de estagiários de uma emissora como aquela não era qualquer coisa para o currículo de um estudante de jornalismo. A emissora era muito exigente no tocante de funcionários qualificados, mesmo que aqueles tivessem lá para aprender e o currículo de ambos era muito bom. — Espero que seja uma experiência que possa contribuir para a carreira profissional de vocês e s
Ivy já estava em casa, de toalha, pronta para entrar no banho quente depois que chegou em casa na sexta à noite. O restante da semana tinha passado rápido com ela ajudando na adaptação de Kim e Marco, além de continuar seus trabalhos como editora. Prendeu os cabelos longos com uma liga e foi até sua suíte preparar um banho relaxante. Escolheu alguns sais perfumados que tinha ganhado de Katy, que estava até dando em cima de Marco por esses dias na redação, parecendo mais do que disposta a esquecer Victor. Antes de chegar em casa naquela sexta, Ivy fora com Katy no apartamento de Victor, depois do expediente na emissora, para dar apoio moral para a amiga, que buscou todas as suas coisas na casa do ex-namorado. Elas entraram no imóvel usando a chave reserva que Katy tinha e após juntarem todas as coisas dela, com algumas indo direto para o saco de lixo, como retratos dela e de Victor que ainda estavam decorando o local, foram de metrô para casa, com Ivy sentindo ainda mais falta de seu c
— Onde nós vamos? — Perguntou Ivy para Noah, depois que ele abriu a porta do carro para ela e também adentrou o veículo. Ela colocou o cinto de segurança e o CEO ligou o carro olhando para trás e dando a ré com agilidade. Algumas pessoas na calçada olhavam o modelo com certa inveja. Era um lançamento de luxo, afinal, mesmo que a cidade de Toronto fosse uma metrópole, o design daquele carro era muito bonito e chamativo. — Vamos comer em um dos meus lugares favoritos. Fica a uns 45 minutos daqui. — Disse ele, avançando com o veículo. — Se você fosse em um carro comum e dentro da lei. Todavia, nós vamos chegar lá mais rápido. — Como assim? — Ivy percebeu que o interior do carro era todo em couro preto e com algumas luzes de led. Não era o mesmo veículo que eles andaram em Bocas Del Toro. — Nós temos que testar este daqui, depois das alterações que eu fiz. Se não em Bocas, que seja aqui em Toronto mesmo. — Disse tocando a marcha e os olhos de Ivy viram os ponteiros em 100 km/h. —
Noah estava despertando com um suave toque em seu rosto. Os dedos delicados estavam traçando as linhas do seu nariz, depois dos olhos, das sobrancelhas e acariciavam sua barba cheia com cuidado. Estava aconchegante e quentinho, mesmo depois do banho que eles compartilharam, com o casal fazendo brincadeiras e Ivy insistindo que Noah secasse o cabelo que ele afirmou secar sozinho. Ele abriu os olhos e viu ela, a mulher que não saia de sua cabeça, deitada sobre o peito dele, bem perto, mas ainda não o suficiente, se comparado com o quanto ele desejou a presença de Ivy nas últimas semanas. — Eu te acordei, não foi? — ela o perguntou, retirando a mão do rosto dele e colocando debaixo do queixo, olhando-o com aqueles as orbes amendoadas que o encantaram desde a primeira vez. — Também dormi um pouquinho. — Não exatamente — o homem deu um grande bocejo e com a mão que estava livre, coçou os olhos. — Eu não preciso de muito sono para ficar novinho em folha e é muito bom te ver e não só so