Ivy apagou as luzes fortes de seu quarto e deitou em sua cama macia, enfim, deixando seu corpo relaxar, percebendo que estava realmente cansada do dia cheio que teve. Mal tinha chegado de viagem e a visita da amiga não a deixou descansar como gostaria. A jornalista ficou até tarde dando colo para Katy e depois de um grande pote de sorvete de creme, apesar do frio na cidade, a amiga começou a contar que foi de surpresa até o estúdio de tatuagem que Victor tinha no centro da cidade e enquanto ela gravava alguns vídeos para o perfil profissional dele, chegaram algumas notificações de uma menina, perguntando se o encontro deles ia dar certo. Katy contou que saiu dizendo que ia ao banheiro para ver o que era aquilo. E depois de trancar a porta, abriu a conversa e o idiota, como ela disse, sequer tinha colocado senha no aplicativo de mensagens anônimo, onde vinha paquerando a garota há semanas, para o choque de Katy, que conseguiu segurar a raiva de quase jogar o celular dele no aparelho sa
— Ivy, acorda! — sentiu um cutucão no braço e abriu os olhos, sentindo-se desnorteada e a luz que vinha da janela a fez cobrir os olhos por instinto. Estava dormindo tão bem que nem lembrava que havia companhia em sua casa.— Só mais cinco minutinhos, Katy… — pediu, a voz preguiçosa, exatamente como ela se sentia.— Amiga, eu já vim aqui desligar o seu alarme chato que você já colocou no modo soneca duas vezes e vi uma mensagem de um tal de Noah. — ela comentou, com os cabelos presos de qualquer jeito e o rosto com sinais do chororô da noite anterior — Quem é esse cara, hein? — Katy perguntou, sentando na cama de Ivy, usando um pijama que tinha pegado emprestado da amiga na noite anterior. A jornalista abriu os olhos sem vontade alguma e notou a amiga já com uma xícara de café nas mãos, enchendo seu quarto com o cheiro delicioso — Que fofoca é essa que você não está me contando? Ivy esticou os braços sobre a cabeça, sentindo as costas mais relaxadas por dormir em sua cama depoi
Ivy entrou na sala de reuniões no dia seguinte, onde seus novos “filhotes” como Katy os batizou, estavam esperando por ela. Quando abriu a porta, a dupla se levantou num salto e a jornalista teve de prender o riso por conta da expressão de susto que ambos tinham em seus rostos.— Bom dia, pessoal! Sou Ivy Lewis, editora e vou supervisionar vocês durante o período que estagiarem aqui na Chankin News. — Apresentou-se para os estudantes que iriam trabalhar na emissora durante todo o próximo semestre e com a possibilidade de continuarem lá por mais um ano e meio caso fossem bem. A seleção era bem rigorosa e estar no grupo seleto de estagiários de uma emissora como aquela não era qualquer coisa para o currículo de um estudante de jornalismo. A emissora era muito exigente no tocante de funcionários qualificados, mesmo que aqueles tivessem lá para aprender e o currículo de ambos era muito bom. — Espero que seja uma experiência que possa contribuir para a carreira profissional de vocês e s
Ivy já estava em casa, de toalha, pronta para entrar no banho quente depois que chegou em casa na sexta à noite. O restante da semana tinha passado rápido com ela ajudando na adaptação de Kim e Marco, além de continuar seus trabalhos como editora. Prendeu os cabelos longos com uma liga e foi até sua suíte preparar um banho relaxante. Escolheu alguns sais perfumados que tinha ganhado de Katy, que estava até dando em cima de Marco por esses dias na redação, parecendo mais do que disposta a esquecer Victor. Antes de chegar em casa naquela sexta, Ivy fora com Katy no apartamento de Victor, depois do expediente na emissora, para dar apoio moral para a amiga, que buscou todas as suas coisas na casa do ex-namorado. Elas entraram no imóvel usando a chave reserva que Katy tinha e após juntarem todas as coisas dela, com algumas indo direto para o saco de lixo, como retratos dela e de Victor que ainda estavam decorando o local, foram de metrô para casa, com Ivy sentindo ainda mais falta de seu c
— Onde nós vamos? — Perguntou Ivy para Noah, depois que ele abriu a porta do carro para ela e também adentrou o veículo. Ela colocou o cinto de segurança e o CEO ligou o carro olhando para trás e dando a ré com agilidade. Algumas pessoas na calçada olhavam o modelo com certa inveja. Era um lançamento de luxo, afinal, mesmo que a cidade de Toronto fosse uma metrópole, o design daquele carro era muito bonito e chamativo. — Vamos comer em um dos meus lugares favoritos. Fica a uns 45 minutos daqui. — Disse ele, avançando com o veículo. — Se você fosse em um carro comum e dentro da lei. Todavia, nós vamos chegar lá mais rápido. — Como assim? — Ivy percebeu que o interior do carro era todo em couro preto e com algumas luzes de led. Não era o mesmo veículo que eles andaram em Bocas Del Toro. — Nós temos que testar este daqui, depois das alterações que eu fiz. Se não em Bocas, que seja aqui em Toronto mesmo. — Disse tocando a marcha e os olhos de Ivy viram os ponteiros em 100 km/h. —
Noah estava despertando com um suave toque em seu rosto. Os dedos delicados estavam traçando as linhas do seu nariz, depois dos olhos, das sobrancelhas e acariciavam sua barba cheia com cuidado. Estava aconchegante e quentinho, mesmo depois do banho que eles compartilharam, com o casal fazendo brincadeiras e Ivy insistindo que Noah secasse o cabelo que ele afirmou secar sozinho. Ele abriu os olhos e viu ela, a mulher que não saia de sua cabeça, deitada sobre o peito dele, bem perto, mas ainda não o suficiente, se comparado com o quanto ele desejou a presença de Ivy nas últimas semanas. — Eu te acordei, não foi? — ela o perguntou, retirando a mão do rosto dele e colocando debaixo do queixo, olhando-o com aqueles as orbes amendoadas que o encantaram desde a primeira vez. — Também dormi um pouquinho. — Não exatamente — o homem deu um grande bocejo e com a mão que estava livre, coçou os olhos. — Eu não preciso de muito sono para ficar novinho em folha e é muito bom te ver e não só so
— Ele é um dos estagiários que eu falei pra você que estou supervisionado. Acho que só quis ser gentil — Falou e o abraçou, escondendo seu rosto no peito forte do homem, ele estava com a musculatura tensa por conta de tantas horas de avião. Com um suspiro, ele a abraçou de volta e o encaixe deles era muito natural. — Segunda eu vou pedir a ele pra não comentar que te viu aqui, a matéria acabou de sair, era bom… esperar um pouco. — Ivy procurou o rosto de Noah, querendo ver a reação dele sobre aquele tema. — Não me importo da gente fazer do seu jeito, mas espero que isso não nos atrapalhe de circularmos juntos. Não sou nenhum adolescente que precisa namorar escondido, mesmo que um pouco de aventura não faça mal a ninguém — foi a vez dele dar uma piscadinha para ela e o olhos azuis que Noah tinha talvez estivessem se transformando na cor favorita dela.— Não vai, mas nós podemos ser discretos. Por um instante achei que fosse alguma emergência! — Comentou a jornalista em tom de bri
Noah havia deixado Ivy dormindo antes de sair do apartamento dela. Tinha acordado no meio da noite em função da baixa temperatura na sala e percebeu que tinham adormecido no sofá, depois de assistirem “Continência ao Amor”. Então, a pegou no colo e a levou para a cama, coisa que ela não tinha sequer notado, pois continuou em um sono profundo e voltou a trouxe para seus braços, dormindo junto dela. Quando acordou, ao checar as horas no telefone que estava na mesa de cabeceira, viu que precisava se apressar ou então perderia a reunião que tinha com Samuel e Joe. Levantar foi uma tortura, pois significava que Ivy não continuaria em seus braços, pelo menos por algumas horas. Terminou seus compromissos antes do prazo pelo descanso mas principalmente porque estava ansioso para ver a jornalista novamente.Quem diria, que ele estaria namorando em menos de um mês após conhecer alguma mulher! Era estranho como Noah sentia-se leve e tranquilo com ela, principalmente depois que seu último relacio