O amanhecer chegou com a suavidade de um novo começo. O céu se tingia de laranja e rosa enquanto Emma despertava ao lado de Alexander. Ela o observava enquanto ele dormia, seus traços relaxados, a paz evidente em seu rosto. Nos últimos dias, algo havia mudado dentro dela. A insegurança que ela sentira durante tanto tempo começava a se dissipar, e o amor que ela sentia por Alexander se tornava ainda mais claro, mais profundo.Ela sabia que ainda havia muitos desafios à frente, mas sentia que, com ele ao seu lado, poderia enfrentar qualquer um deles.Quando Alexander despertou, seus olhos se encontraram com os dela, e ele sorriu, um sorriso caloroso e cheio de ternura. Ele se aproximou, beijando sua testa suavemente.— Bom dia, amor. — Sua voz estava rouca, como se a noite tivesse sido longa e cheia de sonhos profundos. Mas havia algo no brilho de seus olhos que fazia Emma sentir que o peso da noite anterior havia se dissipado.Ela sorriu, sentindo um alívio no peito. Algo estava difere
A manhã que começara calma e cheia de declarações apaixonadas rapidamente se tornou turbulenta. Depois da conversa tensa sobre Melissa e a ameaça que pairava sobre eles, Emma e Alexander passaram o resto do dia em um silêncio estranho e carregado de tensão. Emma sabia que Alexander ainda estava guardando algo. E agora, mais do que nunca, ela sentia que precisava descobrir a verdade.A tensão culminou à noite, quando ambos estavam na sala. Alexander mexia em seu laptop, aparentemente concentrado em uma série de e-mails, mas Emma não conseguia ignorar a inquietação que pulsava dentro dela. Ela precisava de respostas.— Alex, — disse Emma, quebrando o silêncio. Sua voz soou firme, mas por dentro, o coração dela batia rápido. — Você disse que me contaria tudo. Que não esconderia mais nada. Então… é agora.Alexander levantou os olhos do laptop, percebendo o olhar determinado de Emma. Ele sabia que não poderia mais adiar aquela conversa. Não com o olhar dela perfurando o seu, exigindo a ver
A manhã seguinte chegou com uma sensação diferente no ar. Apesar do peso dos acontecimentos da noite anterior, Emma sentia que algo dentro dela havia mudado. A conversa com Alexander, o pedido de desculpas e o compromisso renovado de honestidade haviam trazido uma espécie de clareza. Não seria fácil, mas ela estava disposta a lutar por aquele amor — e também a enfrentar Melissa de frente.Alexander já estava acordado quando Emma desceu as escadas. Ele estava na cozinha, preparando café, mas parou ao vê-la. Um sorriso cauteloso surgiu em seu rosto, como se ele ainda estivesse tentando medir o estado emocional dela.— Bom dia — disse ele, tentando manter a voz leve.— Bom dia — respondeu Emma, aproximando-se.Houve um breve momento de hesitação antes de Alexander estender a mão. Emma a segurou, e o calor do toque dele a confortou.— Dormiu bem? — perguntou ele.— Não muito, — admitiu Emma. — Minha mente não parava de pensar em tudo o que aconteceu.Alexander assentiu, compreensivo.— Eu
Na manhã seguinte, a rotina da casa seguiu aparentemente normal. Noah corria pela sala de estar com sua energia habitual, e Emma se esforçava para não demonstrar o turbilhão de emoções que sentia. Alexander saiu cedo para uma reunião importante na empresa, deixando Emma sozinha com Noah e os funcionários da mansão. Ela sabia que precisava agir com naturalidade, mas seu olhar atento observava cada detalhe, cada gesto suspeito. Foi então que ela percebeu algo estranho. Ao passar pelo corredor que levava ao escritório de Alexander, ouviu vozes baixas e uma risada abafada. Curiosa e desconfiada, aproximou-se silenciosamente e espiou pela porta entreaberta. Lá dentro, estavam Clara, a governanta, e Paulo, o motorista. Eles conversavam em tom baixo e riam, como se compartilhassem um segredo. Emma sentiu o coração acelerar. Estaria ali a conexão que procuravam? Decidida a descobrir mais, Emma deu um passo à frente e entrou no escritório. Clara e Paulo se sobressaltaram ao vê-la e ra
A sensação de que o pior estava por vir pairava no ar como uma tempestade prestes a desabar. Emma e Alexander partiram rapidamente para o local combinado com Victor, cada um imerso em seus próprios pensamentos sombrios. A estrada parecia interminável, e o silêncio dentro do carro era quase insuportável.Emma observava as árvores passando pela janela, o coração pesado. Apesar de toda a força que tentava demonstrar, o medo a corroía por dentro. Melissa era implacável, e a sensação de que eles estavam sendo conduzidos diretamente para uma armadilha não saía de sua mente.— Vamos superar isso, Emma, — disse Alexander, quebrando o silêncio. Mas sua voz estava distante, como se nem ele acreditasse totalmente nas próprias palavras.Emma apenas assentiu, sem desviar o olhar da janela.---Quando chegaram ao local do encontro – um galpão abandonado na periferia da cidade – encontraram Victor esperando por eles do lado de fora, com uma expressão séria e tensa.— O que descobriu? — perguntou Ale
Emma sentiu o sangue gelar ao ouvir as palavras de Victor. Melissa estava livre, à solta, e provavelmente a caminho de Noah. Ela olhou para Alexander com os olhos arregalados de pânico, e ele desligou o telefone rapidamente.— Temos que ir. Agora.Sem perder mais um segundo, eles correram para o carro. O medo pulsava em cada célula do corpo de Emma, e suas mãos tremiam enquanto ela se segurava no banco. Alexander dirigia com uma expressão séria e sombria, acelerando o carro com força.— Como Melissa conseguiu escapar? — perguntou Emma, a voz tremendo.— Não sei, mas Victor disse que ela desapareceu do radar. Provavelmente contou com a ajuda de Paulo ou algum outro cúmplice. Eles podem estar tentando fugir com Noah ou usá-lo como isca.Emma apertou os olhos, tentando afastar os pensamentos horríveis que invadiam sua mente.— Não… não posso perder meu filho, Alex.Alexander segurou a mão dela com firmeza por um momento, sem tirar os olhos da estrada.— Não vamos deixar isso acontecer. C
Emma caiu de joelhos no chão do cais, completamente exausta. O alívio por ver Noah em segurança era avassalador, mas o medo e a adrenalina ainda corriam por seu corpo, deixando-a à beira do colapso.Alexander, ainda segurando Noah com força, correu até Emma e a ajudou a se levantar. Noah, chorando, estendeu os braços para a mãe, e Emma o pegou, abraçando-o com tudo que tinha, como se nunca mais fosse soltá-lo.— Mamãe… eu estava com medo… — soluçou o menino.— Está tudo bem agora, meu amor. Eu estou aqui. Você está seguro.Enquanto Emma apertava Noah em seus braços, Alexander olhou para Melissa, que ainda estava parada perto do cais, com um sorriso cínico nos lábios. Ela não parecia derrotada – parecia alguém que ainda tinha cartas na manga.— Fique onde está, Melissa, — avisou Alexander, com a voz firme e fria. — Não ouse tentar nada.Melissa levantou as mãos em um gesto de falsa inocência, mas o brilho perigoso em seus olhos não desapareceu.— Vocês venceram essa batalha, mas a guer
A revelação de Melissa ecoou como um trovão nos ouvidos de Emma e Alexander. Eles ficaram em silêncio por um longo momento, tentando absorver as palavras dela. Emma sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao imaginar Paulo à solta, planejando algo terrível.— Como podemos confiar em você? — perguntou Alexander, com o olhar gelado. — Você já nos traiu antes.Melissa riu, uma risada fria e sem alegria.— Não estou pedindo que confiem em mim, Alexander. Só estou dando a vocês a chance de se prepararem. Paulo está fora de controle, e ele não vai descansar até destruir tudo o que vocês construíram.Emma apertou a mão de Alexander, tentando controlar o pânico que crescia dentro dela.— Onde ele está agora? — perguntou ela.Melissa inclinou a cabeça, como se estivesse considerando se deveria ou não revelar mais informações.— Ele está escondido em uma casa abandonada nos arredores da cidade. Era o lugar onde costumávamos nos encontrar para planejar nossas… operações. Se vocês forem rápidos,