Emma sentiu o sangue gelar ao ouvir as palavras de Victor. Melissa estava livre, à solta, e provavelmente a caminho de Noah. Ela olhou para Alexander com os olhos arregalados de pânico, e ele desligou o telefone rapidamente.— Temos que ir. Agora.Sem perder mais um segundo, eles correram para o carro. O medo pulsava em cada célula do corpo de Emma, e suas mãos tremiam enquanto ela se segurava no banco. Alexander dirigia com uma expressão séria e sombria, acelerando o carro com força.— Como Melissa conseguiu escapar? — perguntou Emma, a voz tremendo.— Não sei, mas Victor disse que ela desapareceu do radar. Provavelmente contou com a ajuda de Paulo ou algum outro cúmplice. Eles podem estar tentando fugir com Noah ou usá-lo como isca.Emma apertou os olhos, tentando afastar os pensamentos horríveis que invadiam sua mente.— Não… não posso perder meu filho, Alex.Alexander segurou a mão dela com firmeza por um momento, sem tirar os olhos da estrada.— Não vamos deixar isso acontecer. C
Emma caiu de joelhos no chão do cais, completamente exausta. O alívio por ver Noah em segurança era avassalador, mas o medo e a adrenalina ainda corriam por seu corpo, deixando-a à beira do colapso.Alexander, ainda segurando Noah com força, correu até Emma e a ajudou a se levantar. Noah, chorando, estendeu os braços para a mãe, e Emma o pegou, abraçando-o com tudo que tinha, como se nunca mais fosse soltá-lo.— Mamãe… eu estava com medo… — soluçou o menino.— Está tudo bem agora, meu amor. Eu estou aqui. Você está seguro.Enquanto Emma apertava Noah em seus braços, Alexander olhou para Melissa, que ainda estava parada perto do cais, com um sorriso cínico nos lábios. Ela não parecia derrotada – parecia alguém que ainda tinha cartas na manga.— Fique onde está, Melissa, — avisou Alexander, com a voz firme e fria. — Não ouse tentar nada.Melissa levantou as mãos em um gesto de falsa inocência, mas o brilho perigoso em seus olhos não desapareceu.— Vocês venceram essa batalha, mas a guer
A revelação de Melissa ecoou como um trovão nos ouvidos de Emma e Alexander. Eles ficaram em silêncio por um longo momento, tentando absorver as palavras dela. Emma sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao imaginar Paulo à solta, planejando algo terrível.— Como podemos confiar em você? — perguntou Alexander, com o olhar gelado. — Você já nos traiu antes.Melissa riu, uma risada fria e sem alegria.— Não estou pedindo que confiem em mim, Alexander. Só estou dando a vocês a chance de se prepararem. Paulo está fora de controle, e ele não vai descansar até destruir tudo o que vocês construíram.Emma apertou a mão de Alexander, tentando controlar o pânico que crescia dentro dela.— Onde ele está agora? — perguntou ela.Melissa inclinou a cabeça, como se estivesse considerando se deveria ou não revelar mais informações.— Ele está escondido em uma casa abandonada nos arredores da cidade. Era o lugar onde costumávamos nos encontrar para planejar nossas… operações. Se vocês forem rápidos,
Depois da tempestade emocional causada pela visita de Beatriz e Carolina, a mansão foi tomada por um silêncio estranho, quase opressivo. Emma se sentia exausta, como se tivesse travado uma batalha sem fim, mas ainda assim havia algo dentro dela que não estava em paz.Alexander estava tenso, andando pela casa como uma bomba prestes a explodir. Embora tivesse defendido Emma com todas as forças diante da família, o desgaste daquela situação parecia estar cobrando seu preço.Naquela noite, depois de colocar Noah para dormir, Emma encontrou Alexander no escritório. Ele estava sentado à mesa, os olhos fixos em um documento que parecia não ter fim, mas ela sabia que sua mente estava longe dali.— Alex, — ela chamou suavemente, entrando no cômodo.Ele levantou o olhar e forçou um pequeno sorriso.— Está tudo bem, Emma?— Acho que deveria ser eu a perguntar isso, — respondeu ela, aproximando-se. — Você não parece bem.Alexander suspirou e passou a mão pelos cabelos, um gesto típico de quando e
Emma sentiu o coração disparar ao ver o olhar sombrio de Alexander. Ele parecia carregado de uma tensão quase palpável, como se estivesse prestes a explodir. Pegou Noah no colo rapidamente e o levou para dentro da casa, percebendo que o que Alexander tinha a dizer não era algo que o filho deveria ouvir. — O que está acontecendo? — perguntou Emma assim que Noah estava seguro no quarto. Alexander andava de um lado para o outro na sala de estar, com os punhos cerrados e o maxilar travado. Ele parecia um leão enjaulado, furioso e à beira de perder o controle. — Paulo me ligou, — ele disse finalmente, a voz baixa e carregada de raiva. Emma ficou pálida no mesmo instante. — O quê? O que ele queria? Alexander parou e encarou Emma com um olhar que misturava raiva, frustração e preocupação. — Ele disse que sabe coisas sobre o seu passado. Disse que quer te destruir e que está perto de conseguir o que quer. Emma sentiu o chão desabar sob seus pés. Seu passado. Aquele passado que
A tensão na mansão dos Mancini estava quase insuportável. A ameaça de Paulo pairava como uma sombra crescente sobre Emma, mas, sem que ela soubesse, havia outra tempestade à espreita. Uma verdade escondida nas profundezas do passado de Alexander que, quando revelada, mudaria tudo.Naquela noite, Emma estava sentada na biblioteca, lendo um livro para tentar acalmar a mente. Mas sua tranquilidade foi interrompida quando ouviu vozes vindo do escritório de Alexander. A porta estava entreaberta, e Emma se aproximou sem fazer barulho, captando partes da conversa.— Precisamos agir antes que a situação fuja do controle, — disse uma voz grave que Emma não reconheceu. — Paulo está cruzando uma linha perigosa. Se não o silenciarmos logo, ele pode expor mais do que gostaríamos.Emma franziu o cenho, sem entender completamente o que estava sendo discutido.— Deixe Paulo comigo, — respondeu Alexander, com uma frieza que Emma nunca tinha ouvido antes. — Ele acha que tem poder, mas está brincando co
Os dias seguintes foram um verdadeiro teste para Emma. A distância entre ela e Alexander era quase palpável, mas o amor e o desejo que ainda sentia por ele tornavam tudo mais complicado. Enquanto tentava agir normalmente por Noah, a tensão em seu coração crescia a cada olhar que trocava com Alexander.Ele estava tentando respeitar o espaço que ela pedira, mas Emma percebia o olhar atento dele a cada movimento seu. Alexander estava sempre por perto, mesmo que à distância, e essa vigilância constante a deixava dividida entre a segurança que ele proporcionava e o medo do que ele representava.---Uma noite, enquanto Emma colocava Noah para dormir, ouviu uma batida suave na porta. Alexander estava do lado de fora, com uma expressão séria.— Podemos conversar? — perguntou ele.Emma hesitou por um momento antes de assentir.Eles desceram até a sala de estar, e Alexander serviu uma taça de vinho para ela e um uísque para si. Ele sentou-se no sofá ao lado dela, mas mantendo uma distância resp
O som do disparo ecoou pela mansão, seguido por uma série de tiros e gritos. Emma correu até a janela do quarto e viu a movimentação no jardim, onde os seguranças de Alexander estavam em confronto com os homens de Paulo. O pânico tomou conta dela, e o medo de perder Alexander a invadiu com força. Noah estava no chão, escondido sob a cama, seguindo as instruções de sua mãe, mas Emma não conseguia afastar a ansiedade de que algo ruim aconteceria.Ela se levantou, com a intenção de ir até Alexander, mas antes que pudesse sair do quarto, alguém bateu na porta. Era uma das funcionárias, pálida e trêmula.— Senhora Emma, eles estão se aproximando... — disse ela, com a voz trêmula. — Você precisa sair, agora. Eles estão entrando pela parte de trás!Emma sentiu um calafrio na espinha. Ela não podia deixar que aquilo chegasse até Noah. Com a respiração acelerada, ela correu até a porta do quarto e trancou, pegando o celular para tentar ligar para Alexander. Mas a ligação caiu logo após o prime