— Bem, como sabem, sou responsável por conduzir... — Iniciei, mas Patrick interveio.— Claro, Sra. Elisabeth, pode nos dar licença? — Ele disse com uma frieza que não pude esconder minha decepção com tudo o que estava acontecendo naquela manhã.— Sim, senhor. — Respondi rapidamente, saindo da sala.Caminhei depressa para fora do galpão. Greg estava ao celular, aparentemente discutindo com alguém do outro lado da linha. Quando percebeu que eu saía do local sem os seguranças, ele me chamou:— Senhorita Elisabeth, onde pensa que vai?Acelerei mais os passos, sentindo que meu emocional estava prestes a desabar. Tremula, comecei a correr em direção ao carro. Notei que Greg me seguia a uma distância segura e respeitosa, e agradeci mentalmente por isso. Adentrei o veículo, permitindo que as lágrimas rolassem por meu rosto e os tremores tomassem conta de meu corpo.— Como consigo ser tão facilmente enganada? — Falei para mim mesma.Quando a porta do carro se abriu abruptamente, fui puxada com
Dei a volta e entrei no carro. Fomos em silêncio até a casa de repouso, e assim que o carro parou, saí correndo em direção à sala de lazer.— Sra. Elisabeth, está tudo bem? — A enfermeira perguntou, correndo atrás de mim.Morgan caminhava, observando atentamente ao redor, e Greg, não sei quando, nos havia seguido, com os seguranças se espalhando pelo local.— O que está acontecendo? — A profissional olhou assustada para os homens de terno preto e voltou-se para mim.— Onde está minha avó? — Falei alto, quase em um grito, saindo de sala em sala à sua procura, o frio percorrendo minha espinha, minhas mãos suando, o nervosismo tomando conta. — ONDE ELA ESTÁ?— Calma, Sra. Elisabeth, se me disser o que está acontecendo, talvez eu possa ajudar... — Ela começou a dizer, mas agarrei seu uniforme, puxando-a com força em minha direção.— Eu quero saber onde está minha avó imediatamente, ou não respondo por mim! — Ameacei, Patrick pousou as mãos sobre as minhas para que soltasse a profissional,
Acalentei Elisabeth em meus braços, acariciando suas costas enquanto observava ao redor. Seu ex-namorado parecia determinado a provocar medo, o que revelava muito sobre seu caráter. Ele buscava intimidar, mostrar quão vulnerável e acessível ela estava. — Lis, preciso do nome desse sujeito maldito — mantive o tom firme. Ela estremeceu em meus braços, limpando o rosto em minha camisa e erguendo o queixo em minha direção. — Patrick, eu preciso ir embora — respondeu com semblante temeroso, suspirando. Ela tentou se afastar, mas a segurei no lugar. — Por favor, não tente me impedir. — Não tentarei, farei — a encarei friamente. — Fugir não é a solução. Ele te encontrou aqui em Seattle, pelo que disse sobre seu ex. Esse desgraçado tem recursos para te encontrar até mesmo no inferno... Suspirei, segurando as mãos dela que soluçava em meio às lágrimas. — Não posso colocar você em risco também. Não compreende? — puxando as mãos bruscamente, Lis virou-se de costas. — Ele podia tê-la jogado
— Chute a arma para cá! — Ordenou a enfermeira, suando frio e nervosa, agitada, olhando para os lados. — Está esperando alguém? — Arqueei as sobrancelhas. — Eles já deveriam ter chegado! — Ela disse nervosa, tremendo compulsivamente. — Por favor, Caroline, você não precisa fazer isso... — Lis chorava ainda sobre a avó adormecida. — Não os machuque, prometo que irei com você sem relutâncias! — Não irá! — A encarei irritado, voltando para a enfermeira. — Caroline, este é o seu nome, certo? Ela assentiu, voltando para Elisabeth. — Senhora, me perdoe, eu realmente não tenho escolha... — Chorou ela. — O que ele tem contra você? Me diga, me deixe ajudá-la! — Avaliei sua postura, ciente de que ela estava sendo forçada àquilo. O celular vibrou mais vezes, e olhei a tela de notificação, lendo por cima, pois não conseguia ver toda a mensagem no aparelho que bloqueou a tela. — Entendi... Ele pegou alguém importante para você, não é? — Meus filhos! Aquele maldito fingiu se interessar por m
Lágrimas escorreram de seus olhos mesmo estando desmaiada. Acariciei seu rosto, pensando em tudo que esta mulher tinha passado sozinha nas mãos daquele psicopata. — Greg, eu vou protegê-la! — Ergui o olhar determinado. — Você me entendeu? — Estava ficando entediado mesmo com esta vida monótona de segurança. — Riu ele, assentindo. — Vamos acabar com ele! Chegamos à minha casa, numa região próxima às montanhas de Seattle, onde era mais seguro. Carreguei Elisabeth no colo até o meu quarto, mantendo as cortinas fechadas para sua privacidade. Tirei os sapatos de seus pés delicados e fiz uma massagem, perdido em pensamentos. — Como você foi parar nas mãos de um doente desses? — Puxei o lençol para cobri-la e olhei por cima dos ombros. — Vou descobrir quem ele é! Eu sabia que, da mesma forma que eu o investigaria, estaria sendo investigado. No entanto, o maldito tinha uma vantagem: eu era uma figura pública, com uma ex-mulher maluca disposta a falar! A passos firmes, fui até a sala onde
— Elisabeth, com ou sem nome, eu descobrirei quem ele é. — Ele sorriu gentilmente. — Há muito a te ensinar, não quero que fuja... Além disso, estamos namorando agora, lembra-se? Voltei o olhar rapidamente para o anel em meu dedo, esquecendo completamente da loucura em Cuba. Sorri, negando com a cabeça, determinada a tirar a joia do meu dedo. — Nem pense nisso! — A voz autoritária do CEO reverberou no ambiente, arrepiando-me. — Não se quebra compromissos dessa forma, não vou admitir; você e sua avó ficarão na minha casa. Patrick se levantou nervoso, afastando-se. — Para onde você vai? — Indaguei, levantando rapidamente e segurando seu braço. — Não fique bravo comigo, Patrick... Tente entender meus motivos. — Elisabeth, você não quer revelar o nome dele por medo ou por estar apegada ao passado? — Seus olhos ardiam, cheios de um mistério que eu nunca havia visto nele. — E então? — Pense bem no que está insinuando, Patrick. Eu te contei sobre o inferno que vivi nas mãos desse monstro
— Voltou... — Suspirei, triste. — Eu não sei o que fazer... Deveríamos fugir. — O que aquele homem bonito e elegante acha? Eu vejo o jeito que ele te olha. — Ela sorriu amável. — Patrick? — Sorri de volta. — O acha bonito? Cruzei os braços, provocativa, fazendo-a rir. — Se você não o pegar, eu pego, minha netinha. — Brincou ela, nos fazendo rir. — Ele quer nos proteger..., Mas receio que se machuque com isso... — Cocei os olhos, que enchiam a linha fina de lágrimas. — Não quero colocar mais ninguém em perigo. Talvez eu devesse só aceitar as consequências de minhas escolhas e deixá-lo me levar. — Não seja estúpida, Elisabeth Lis, não a criei para ser saco de pancada de um covarde como ele! — Eva disse nervosa. — Este belo homem que a quer proteger, acha que ele consegue? — Não sei... Morgan é muito rico e influente. Descobri há pouco tempo que ele era do exército, mas não sei sobre sua patente, nem muitos detalhes. — Confessei. — Mesmo assim, é muito arriscado. — Minha querida,
POV: PATRICKTransportei a família da enfermeira para fora do país, acionando meus contatos para garantir sua proteção. O desgraçado parecia estar sempre um passo à frente, e para piorar, Heloise estava de volta a Seattle, pronta para brincar.— Forbs, preciso que a contenha por enquanto! — Quase gritei ao telefone, enfurecido.— Patrick, se eu tivesse condições de controlar meus irmãos, não acha que já teria feito isso sem perturbá-lo? — Ele parecia frágil ao telefone, suspirando. — Sinto muito por vocês terminarem assim. Não esperava que minha irmã fosse tão doentia quanto nossa mãe.— Infelizmente, velho amigo, ela me parece pior... É lúcida em suas ações. Receio que o único problema mental de Heloise seja a obsessão por mim! — Cerrei os punhos. — O que ela está fazendo em Seattle?— Conseguiu 40% das ações da Forbs News Times... — Tossindo, ele limpou a garganta. — Minha mente já não é mais a mesma, Morgan. Preciso que os impeça de assumir tudo aquilo pelo qual lutei para conquist