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Mãe Sabina

Ela estava sentada em uma espécie de toco com duas cadeiras postadas à frente. As cadeiras eram baixas para que o consulente pudesse ficar à mesma altura da velha. Com isso ela podia encarar cada um diretamente nos olhos. E que olhos! Parece que deixavam as pessoas nuas, verrumando até o âmago, desvendando a alma de cada um. Achei que seria impossível ocultar algo daquela anciã.

Trajava apenas um vestidinho de chita, estampado com motivos florais vermelhos. Magra: Canelas secas, seios murchos e os pés descalços bem assentados no piso do aposento. Dentes? Se os possuía estavam guardados em algum lugar dentro da casa; mas o sorriso vazio era franco e sincero.  

Logo que nos viu sentados iluminou seus olhinhos vivos com um raio de luz aceso no interior de seu coração. As gengivas lisas e gastas abriram-se mostrando satisfa&cc

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