Assim que nos acomodamos nas cadeiras confortáveis do salão, o ambiente começou a se encher de risadas e conversas animadas. O ar estava carregado de expectativa e o cheiro de produtos de cabelo e esmalte.
— Então, meninas, qual o plano para o cabelo hoje? Algo dramático ou clássico? — Perguntou Evilyn, folheando uma revista de moda que mostrava várias tendências de penteados para festas.
— Estou pensando em algo com ondas, bem glamouroso. Quero que meu cabelo brilhe tanto quanto a bola de discoteca! — Disse Karen, já discutindo opções com a cabeleireira, que sorria diante do entusiasmo dela.
— Acho que vou de coque alto. Algo elegante, sabe? Com alguns fios soltos para dar um toque mais suave — comentei, imaginando o penteado perfeito que complementaria meu vestido.
— Ótima escolha, Emi. Vai ficar linda! — Evilyn me encorajou, antes de se voltar para a própria consulta. — Eu quero algo bem moderno... talvez um half bun com tranças?
A cabeleireira de Evilyn acenou, já trazendo suas ferramentas e produtos necessários para começar a transformação.
— E que tal as unhas? Vamos combinar ou cada uma vai de um jeito? — Karen levantou a questão, olhando para as próprias unhas ainda sem fazer.
— Acho que deveríamos combinar! Que tal algo metálico? Combinaria com a noite de Ano Novo — sugeri, empolgada com a ideia de estarmos todas em sintonia.
— Metálico soa perfeito! — Evilyn concordou, já chamando a manicure para discutir as cores disponíveis.
Entre o zumbido dos secadores de cabelo e o burburinho das outras clientes, compartilhamos histórias engraçadas sobre nossos réveillons passados, risadas sobre gafes que cometemos e planos para o futuro. A atmosfera era leve e alegre, exatamente o que precisávamos para nos preparar para uma noite de celebração.
— Meninas, não esqueçam do spray fixador! Hoje à noite, não queremos que nada saia do lugar, não é? — Karen brincou, enquanto a cabeleireira aplicava uma generosa quantidade em seu cabelo já estilizado.
— Definitivamente, não! Quero dançar até o amanhecer sem me preocupar com o cabelo — respondi, rindo, enquanto a cabeleireira terminava de ajustar meu coque.
Finalizadas as transformações, nos olhamos no espelho, satisfeitas e empolgadas com nossos visuais. Estávamos prontas para brilhar e receber o novo ano com estilo e alegria.
(...)
Ao entrar no meu quarto, Evilyn não contém o entusiasmo ao me ver já pronta para a noite.
— Estamos lindas, essa noite promete, maninha — diz ela, admirando minha produção.
Observo minha reflexão no espelho com um misto de apreensão e admiração. O vestido preto, escolhido para a ocasião, abraça minhas curvas de maneira ousada, terminando um pouco acima dos joelhos. As lantejoulas que adornam o decote acrescentam um brilho sutil, refletindo cada feixe de luz.
— Não acha que está exagerado? — questiono, insegura. — Eu não sei, agora o vestido parece estar muito curto e a maquiagem em excesso.
A maquiagem que escolhi para a noite é definitivamente marcante. A base é perfeitamente aplicada, criando uma tela lisa e uniforme. Utilizei um corretivo para iluminar abaixo dos olhos, garantindo um olhar desperto e vibrante. Nas bochechas, um blush pêssego adiciona um toque de cor saudável, enquanto o iluminador nas têmporas capta a luz, conferindo um brilho sutil e sofisticado.
Para os olhos, optei por uma sombra dourada que cobre as pálpebras, complementada por um esfumado marrom no côncavo para adicionar profundidade. Um delineador preto traça uma linha fina e precisa acima dos cílios, terminando em um discreto gatinho que eleva e amplia o olhar. Máscara de cílios preta foi generosamente aplicada, curvando e alongando os cílios, o que intensifica ainda mais os olhos.
Os lábios são cobertos por um batom vermelho matte, ousado e definido, que contrasta com a neutralidade do rosto e se harmoniza com o preto do vestido.
Evilyn, usando um vestido azul-celeste com detalhes em prata que caía fluidamente até os tornozelos, sorri através do reflexo no espelho. Sua maquiagem é um espetáculo à parte, com olhos destacados em tons de azul metálico e um batom nude que realça a suavidade de seu rosto.
— Nada disso, está linda, não tem nada exagerado, você está maravilhosa — afirma ela, convicta.
— É, espero que seja só impressão — respondo, tentando absorver sua confiança. Ela coloca a mão em meu ombro e me oferece um sorriso tranquilizador pelo espelho.
— Então, vamos? Karen deve estar agitada nos esperando.
— Sim, vamos antes que ela venha aqui e nos arraste. Ela já me ligou umas vinte vezes — digo, rindo da impaciência característica de Karen.
Despedimos da minha mãe e seguimos ao nosso destino, Karen nos espera em sua casa, já pronta. Ela optou por um vestido vermelho vibrante que termina em uma cascata de franjas, perfeito para a dança. Seus cabelos estão soltos em ondas perfeitas, e a maquiagem é dramática, com olhos esfumados em preto e lábios em vermelho profundo.
— Finalmente! Já estava pensando em mandar uma equipe de busca — brinca Karen, nos apressando para sair.
Rimos e entramos no carro, seguindo diretamente para o Hotel Casa da Montanha, onde aconteceria a confraternização de fim de ano. A conversa no caminho é leve, pontuada por risadas e uma antecipação palpável pelo que a noite reservaria.
— Uau! Que luxo! — Exclama Evilyn, encantada, antes mesmo de cruzarmos as portas do Hotel Casa da Montanha. Sua fachada imponente já anunciava o que encontraríamos lá dentro.
Uma vez no lobby, fomos recebidas por uma recepcionista extremamente simpática, que nos cumprimentou com um sorriso acolhedor. Ela nos deixou à vontade para explorar as instalações e nos indicou onde poderíamos encontrar nossos colegas.
Conforme caminhávamos pelo hotel, era impossível não ficar maravilhada com a perfeição daquele espaço. Cada detalhe parecia meticulosamente planejado: lustres cintilantes pendiam do teto alto, as paredes eram adornadas com tapeçarias elegantes e arte sofisticada. Tudo exalava luxo, desde o mobiliário até o comportamento das pessoas, todas vestidas com elegância e exibindo sorrisos felizes.
Após alguns minutos de pura admiração, dirigimo-nos ao grande salão onde nossos colegas já estavam reunidos. O salão estava vibrante, decorado com temas festivos e uma iluminação que realçava a atmosfera de celebração. Todos se encontravam visivelmente animados, conversando animadamente e desfrutando do ambiente.
Ao nos aproximarmos, um garçom educado se aproximou, oferecendo drinks, água ou suco. Aceitamos drinks e com taças em mãos, Karen levantou a sua.
— Que essa noite seja simplesmente incrível — disse ela, erguendo a taça para o brinde.
— Vamos nos divertir muito, meninas, merecemos fechar o ano com chave de ouro — comemorou Evilyn, todas nós tocamos nossas taças em um gesto de concordância e alegria.
A música suave ao fundo começava a ganhar volume e a promessa de uma noite memorável pairava no ar, enchendo nossos corações de expectativa e nossos sorrisos de antecipação.
A confraternização no Hotel Casa da Montanha estava sendo nada menos que espetacular, superando todas as minhas expectativas para a noite. Entre risos, danças e flertes, o ambiente se enchia de alegria e celebração. A música vibrava pelo salão e nós nos movíamos ao seu ritmo, desfrutando de cada momento. A energia era contagiante; bebemos, dançamos e deixamos as preocupações do ano que se encerrava para trás.Poucos minutos antes da meia-noite, enquanto me divertia ao lado de Karen e Evilyn, senti uma mão grande envolver minha cintura de maneira surpreendente. Meu coração saltou. Girei meu rosto instintivamente e me deparei novamente com aqueles olhos marcantes que haviam perturbado minha noite anterior. Os mesmos olhos que agora me encaravam intensamente, tão perto e tão reais.Minha voz se perdeu em algum lugar entre a surpresa e o nervosismo, meu corpo esqueceu momentaneamente como se comportar. Não entendi por que a presença daquele homem, que eu mal conhecia, provocava um tumulto
— Sei que deseja tanto quanto eu, curtir essa noite e, também sei, que deseja que seja ao meu lado — Cadu afirma com um brilho provocativo nos olhos, eu o encaro, impressionada com sua audácia. Ele claramente não é nada modesto.— E digo mais, não me impressionaria se me dissesse que sonhou comigo a noite toda — ele acrescenta, soltando uma risada baixa que ressoa com uma confiança quase tangível.Eu gargalho, não apenas pela ousadia de suas palavras, mas também pelo charme despretensioso que ele exibe.— É muito convencido — afirmo, ainda rindo, mas ele apenas sorri, um sorriso que parece iluminar seu rosto inteiro.— O que te faz acreditar nisso? — Questiono, desafiando-o a justificar sua premissa.Ele então se inclina, diminuindo a distância entre nós e sussurra em meu ouvido, sua voz baixa e rouca enviando arrepios pela minha espinha, enquanto sua mão aperta minha cintura de forma possessiva, mas gentil.— Estou errado? — Ele pergunta, recuando apenas o suficiente para que nossos
Carlos Eduardo: Minha admiração pela beleza feminina sempre foi meu calcanhar de Aquiles. Existe algo hipnotizante sobre a forma como as mulheres carregam sua beleza e graça, um espetáculo que não consigo deixar de apreciar. Não me entenda ma'l, não é que eu seja arrogante, mas sim, tenho excesso de confiança e quando uma mulher captura minha atenção, a conquista se torna uma espécie de arte para mim, arte essa que me enche os olhos e faz com que eu comece agir no mesmo instante. Sou meticuloso nesse processo, um verdadeiro estrategista, não tenho medo da negativa, mas posso me vangloriar que na maioria das vezes ela não vem. Afinal, tenho um bom olhar para descobrir exatamente o que encanta cada uma delas, e me orgulho de ter o carisma e a delicadeza necessária para fazê-las se sentirem únicas e desejadas. Meu toque, ah, meu toque é como seda — suave e irresistível, uma habilidade aprimorada que poucas têm a força para negar. Em cada sorriso que provoco, em cada olhar que troco, há u
Na noite seguinte, após um dia de descanso e tranquilidade, dirigi-me ao salão principal do hotel para celebrar a passagem de ano com minha família e amigos. Envolvido na atmosfera festiva, meu olhar vagava pelo salão, identificando alguns rostos conhecidos. Entre sorrisos e acenos, um homem aproximou-se de forma cordial e cumprimentou-me com um aperto de mão firme. Era o gerente do restaurante onde havia jantado na véspera. Durante nossa conversa amigável, ele mencionou que fazia reservas no hotel todos os anos para a confraternização dos funcionários. Enquanto ele falava, minha mente divagava, lembrando-me da encantadora recepcionista que havia capturado minha atenção naquela noite. Meus olhos, então, começaram a percorrer ansiosamente o salão, buscando reencontrar a jovem que tanto me intrigara. E, como se movidos por sorte ou destino, logo a avistei. Ela estava ainda mais linda, envolvida em uma conversa animada com algumas colegas, irradiando uma beleza que parecia ainda mais int
Após alguns momentos de conversa leve e risadas compartilhadas, as amigas de Emily retornaram e o espetáculo da queima de fogos começou. De maneira quase sincronizada, nos dirigimos para a frente do hotel, um ponto privilegiado para admirar a beleza desse momento especial. Ao nosso redor, a multidão começava a se agitar em antecipação, os olhos de todos voltados para o céu que logo seria iluminado.Emily olhou nos meus olhos, claramente encantada com o esplendor dos fogos que começavam a estourar acima de nós. Respondi com um sorriso e, aproveitando a magia do momento, beijei seus lábios suavemente mais uma vez.— Feliz ano novo, linda Emily! — Exclamei, segurando seu rosto gentilmente com uma das mãos, mantendo nosso olhar conectado.— Feliz ano novo, Cadu! — Ela retribuiu, com um tom amável e um brilho de felicidade nos olhos.As amigas e colegas de trabalho dela se aproximaram, cumprimentando-nos alegremente, assim como algumas pessoas desconhecidas que compartilhavam o espaço cono
Enquanto caminhávamos em direção à piscina, a atmosfera tranquila da noite nos envolvia suavemente. A luz suave refletida na água criava um cenário perfeito para aquele momento. Emily, ao meu lado, parecia curiosa sobre minha vida.— Você mora na cidade? — Ela questionou, olhando para mim com interesse.— Não, na verdade, meus pais moram aqui no hotel — expliquei, apontando levemente na direção do grande edifício que abrigava o hotel.— Você realmente não tem compromisso com ninguém? Não é casado? — Ela perguntou seriamente, seu olhar fixo no meu, como se tentasse ler além das palavras.— Por essa noite, tenho compromisso com você — afirmei, com um sorriso. Antes que pudesse reagir verbalmente, ela se aproximou e me beijou nos lábios, um gesto espontâneo que falava mais do que palavras. — E você, não é casada, certo? — Perguntei após o beijo, buscando entender um pouco mais sobre ela também.— Não! Fique tranquilo — ela respondeu com um sorriso brincalhão, negando com a cabeça.Nós s
Enquanto Emily observava o ambiente com admiração, pude ver o brilho de encantamento em seus olhos. A luz suave do ambiente refletia em seu rosto, destacando a sinceridade de seu olhar curioso.— Aqui é muito bonito — ela comentou, sua voz misturada com uma ponta de surpresa. Me levantei brevemente e após voltei a me aproximar, lhe servindo com mais vinho tinto. O aroma rico e envolvente do vinho parecia enriquecer ainda mais aquele momento.— Seus pais moram nesse apartamento? — Ela perguntou, tomando um pequeno gole, seus olhos ainda percorrendo cada detalhe do espaço.— Não, eles moram no andar debaixo. Aqui sou apenas eu — expliquei.— É muito grande para uma só pessoa — ela observou com um sorriso, e eu retribuí com um aceno leve de cabeça.— Já me acostumei — respondi, enquanto degustava meu vinho, ela continuava a explorar o lugar com os olhos, claramente fascinada. A cada novo olhar que ela lançava ao ambiente, mais eu a admirava. Emily possuía uma beleza simples e deslumbrant
Já na cozinha, Emily se encostou suavemente na mesa enquanto eu cuidadosamente servia o que ela desejava. Após ela terminar sua bebida, posicionei-me à sua frente, encurralando-a gentilmente contra a mesa ao repousar minhas mãos sobre esta, uma de cada lado do seu corpo. Encarei seus olhos atentamente, notando um brilho de expectativa misturado com uma pitada de desafio. Ela não se intimida e isso torna tudo ainda mais gostoso. — Quer outra bebida? Um drink dessa vez? — Perguntei, minha voz baixa e suave, tentando persuadi-la a prolongar aquele momento. — Não obrigada — Ela sorriu, agradecendo enquanto recusava delicadamente. A intensidade do nosso olhar compartilhado cresceu, e percebi uma curiosidade tingida de malícia em seus olhos, que exploravam os meus em busca de minhas intenções. Senti sua pele se arrepia