— Sei que deseja tanto quanto eu, curtir essa noite e, também sei, que deseja que seja ao meu lado — Cadu afirma com um brilho provocativo nos olhos, eu o encaro, impressionada com sua audácia. Ele claramente não é nada modesto.
— E digo mais, não me impressionaria se me dissesse que sonhou comigo a noite toda — ele acrescenta, soltando uma risada baixa que ressoa com uma confiança quase tangível.
Eu gargalho, não apenas pela ousadia de suas palavras, mas também pelo charme despretensioso que ele exibe.
— É muito convencido — afirmo, ainda rindo, mas ele apenas sorri, um sorriso que parece iluminar seu rosto inteiro.
— O que te faz acreditar nisso? — Questiono, desafiando-o a justificar sua premissa.
Ele então se inclina, diminuindo a distância entre nós e sussurra em meu ouvido, sua voz baixa e rouca enviando arrepios pela minha espinha, enquanto sua mão aperta minha cintura de forma possessiva, mas gentil.
— Estou errado? — Ele pergunta, recuando apenas o suficiente para que nossos olhos se encontrem novamente. Seu olhar é intenso, quase palpável, como se pudesse ler cada pensamento meu.
Nesse momento, eu me encontro incapaz de desviar o olhar, perdida na profundidade de seus olhos que parecem buscar algo em mim. A verdade é que, de alguma forma desconcertante, ele não estava completamente errado.
— Porque eu sonhei com você a noite inteira — ele confessa suavemente, sua boca se aproximando lentamente da minha em uma promessa não dita.
Eu permito que o espaço entre nós diminua ainda mais, nossos lábios a ponto de se tocarem. A tensão entre nós cresce, carregada de antecipação e desejo. O mundo ao redor parece desaparecer, deixando apenas a nós dois e a promessa de um beijo que já altera nossos sentidos antes mesmo de se concretizar.
Seus lábios encontram os meus de forma suave, ele me girou com destreza e suas mãos firmes abraçam minha cintura, unindo nossos corpos de maneira irresistível. Com um movimento ousado, ele morde meu lábio inferior suavemente, mantendo nossas bocas conectadas em um balé de sensações.
O beijo se aprofunda; sua língua busca a minha, pedindo passagem de maneira audaciosa e se entrelaça com ela em uma dança surpreendente e íntima. A combinação de beijos e mordidas delicadas faz minha pele se arrepiar, cada toque elevando a intensidade do momento. Ele percebe o efeito que suas ações têm sobre mim e isso parece encorajá-lo a ousar ainda mais, explorando novos ritmos e intensidades.
Após alguns momentos intensos, Cadu me conduz com gentileza para um canto mais reservado do salão. Seu sorriso é cativante e ele mantém o contato visual, lendo as reações em meu rosto enquanto sinto minhas costas tocando a parede fria. A mudança de temperatura é um contraste bem-vindo ao calor do nosso encontro.
Ele dá um passo para trás, ainda me segurando pela cintura, como se quisesse garantir que eu estivesse completamente envolvida nesse momento com ele, cada gesto calculado para intensificar nossa conexão. A música e as conversas ao redor tornam-se um murmúrio distante, enquanto o foco permanece no elo que criamos através de nosso olhar e toque.
— Sua boca é deliciosa — ele murmura, o tom de sua voz carregado de uma malícia palpável que faz meu coração bater mais rápido.
— A sua também não é nada mal — respondo, permitindo-me sorrir, envolvida pelo clima de flerte que se intensifica a cada palavra.
Sua mão desliza suavemente para minha nuca, puxando-me um pouco mais para perto. Ele mantém seu olhar fixo no meu, seus olhos brilhando com desejo não disfarçado. De repente, ele morde meu lábio inferior suavemente e, logo depois, seus lábios se apoderam dos meus de forma intensa e envolvente.
Nosso beijo se torna urgente, como se houvesse uma fome insaciável a ser saciada. Sua boca explorava cada centímetro da minha com uma ousadia que me arrebatava, transformando aquele encontro numa dança ardente e provocante. Sua língua invade minha boca sem hesitação, entrelaçando-se à minha de maneira excitante e intensa.
Sinto suas mãos firmes — uma ainda em minha nuca e a outra deslizando para as minhas costas — pressionando-me contra ele, ampliando a intensidade de cada contato. O calor de seus toques me envolve, fazendo meu corpo queimar em resposta ao ritmo crescente de nossa conexão.
Nesse momento, tudo ao nosso redor parece desaparecer, e apenas a sensação avassaladora de sua proximidade ocupa minha mente. A realidade se resume ao som de nossos corações batendo em uníssono e ao calor trocado em cada respiração compartilhada.
O beijo que se segue é ainda mais ousado e urgente, a malícia entre nós aumentando a cada instante. Suas mãos começam a explorar meu corpo de forma mais atrevida, deslizando com suavidade da minha cintura até a barra do meu vestido. Sinto os dedos dele acariciarem minhas pernas, subindo lentamente até apertarem minhas coxas, provocando uma onda de arrepios que percorre minha pele. O contato é eletrizante, e cada toque seu aumenta a tensão e o desejo que nos envolve.
Pouco depois, ele sorri e, num gesto brincalhão, morde minha boca suavemente. Nossas testas se encostam e ele sussurra próximo ao meu ouvido, sua voz carregada de um tom sedutor:
— Ainda acha que não é nada mal? — Questiona, seus olhos brilhando com um desafio divertido.
Surpresa pelo efeito que seu beijo teve sobre mim, fico sem palavras. A respiração me falha por um instante e tudo o que consigo fazer é sorrir, ainda ofegante. Encaro-o e ele retribui o sorriso, seus olhos revelando uma cumplicidade muda. Seu corpo se pressiona contra o meu e posso sentir o contorno de sua ereção, a proximidade revelando seu entusiasmo palpável.
— O que acha de irmos até o meu quarto? — Ele propõe, com um brilho travesso nos olhos. No entanto, nego imediatamente com a cabeça, estabelecendo meus limites.
— Eu não vou transar com você — respondo com firmeza, ele sorri, aparentemente achando graça na minha afirmação.
— Direta, você — ele comenta, diante a minha sinceridade.
— Gosto de ser prática — repito suas palavras anteriores, mantendo um sorriso.
Ele gargalha e, num gesto leve, morde meu lábio de maneira brincalhona.
— Tudo bem! — Ele concorda rapidamente. — Eu só quero te conhecer melhor.
— Quer me conhecer melhor me levando para o seu quarto? — Pergunto, com uma expressão séria.
— Qual o problema? Lá podemos ficar mais à vontade — ele sugere, tentando parecer casual.
— Não é uma boa ideia. Acho melhor pararmos por aqui — afirmo, querendo deixar claro minha decisão. — Acabamos de nos conhecer e eu não sou o tipo de pessoa que você procura.
— Ei, calma, tudo bem. Se você prefere ficar aqui, não vejo problema — ele rapidamente tenta amenizar a situação, seu sorriso buscando aliviar qualquer tensão. Com delicadeza, ele segura meu rosto com suas mãos e deposita um beijo suave em meus lábios. — Eu só quero curtir a noite — ele continua, suas mãos deslizando para minha cintura e me puxando para mais perto, fazendo nossos corpos se chocarem suavemente. — E beijar muito essa boca — sorrio e, mais uma vez, nossas bocas se encontram em um beijo calmo.
Carlos Eduardo: Minha admiração pela beleza feminina sempre foi meu calcanhar de Aquiles. Existe algo hipnotizante sobre a forma como as mulheres carregam sua beleza e graça, um espetáculo que não consigo deixar de apreciar. Não me entenda ma'l, não é que eu seja arrogante, mas sim, tenho excesso de confiança e quando uma mulher captura minha atenção, a conquista se torna uma espécie de arte para mim, arte essa que me enche os olhos e faz com que eu comece agir no mesmo instante. Sou meticuloso nesse processo, um verdadeiro estrategista, não tenho medo da negativa, mas posso me vangloriar que na maioria das vezes ela não vem. Afinal, tenho um bom olhar para descobrir exatamente o que encanta cada uma delas, e me orgulho de ter o carisma e a delicadeza necessária para fazê-las se sentirem únicas e desejadas. Meu toque, ah, meu toque é como seda — suave e irresistível, uma habilidade aprimorada que poucas têm a força para negar. Em cada sorriso que provoco, em cada olhar que troco, há u
Na noite seguinte, após um dia de descanso e tranquilidade, dirigi-me ao salão principal do hotel para celebrar a passagem de ano com minha família e amigos. Envolvido na atmosfera festiva, meu olhar vagava pelo salão, identificando alguns rostos conhecidos. Entre sorrisos e acenos, um homem aproximou-se de forma cordial e cumprimentou-me com um aperto de mão firme. Era o gerente do restaurante onde havia jantado na véspera. Durante nossa conversa amigável, ele mencionou que fazia reservas no hotel todos os anos para a confraternização dos funcionários. Enquanto ele falava, minha mente divagava, lembrando-me da encantadora recepcionista que havia capturado minha atenção naquela noite. Meus olhos, então, começaram a percorrer ansiosamente o salão, buscando reencontrar a jovem que tanto me intrigara. E, como se movidos por sorte ou destino, logo a avistei. Ela estava ainda mais linda, envolvida em uma conversa animada com algumas colegas, irradiando uma beleza que parecia ainda mais int
Após alguns momentos de conversa leve e risadas compartilhadas, as amigas de Emily retornaram e o espetáculo da queima de fogos começou. De maneira quase sincronizada, nos dirigimos para a frente do hotel, um ponto privilegiado para admirar a beleza desse momento especial. Ao nosso redor, a multidão começava a se agitar em antecipação, os olhos de todos voltados para o céu que logo seria iluminado.Emily olhou nos meus olhos, claramente encantada com o esplendor dos fogos que começavam a estourar acima de nós. Respondi com um sorriso e, aproveitando a magia do momento, beijei seus lábios suavemente mais uma vez.— Feliz ano novo, linda Emily! — Exclamei, segurando seu rosto gentilmente com uma das mãos, mantendo nosso olhar conectado.— Feliz ano novo, Cadu! — Ela retribuiu, com um tom amável e um brilho de felicidade nos olhos.As amigas e colegas de trabalho dela se aproximaram, cumprimentando-nos alegremente, assim como algumas pessoas desconhecidas que compartilhavam o espaço cono
Enquanto caminhávamos em direção à piscina, a atmosfera tranquila da noite nos envolvia suavemente. A luz suave refletida na água criava um cenário perfeito para aquele momento. Emily, ao meu lado, parecia curiosa sobre minha vida.— Você mora na cidade? — Ela questionou, olhando para mim com interesse.— Não, na verdade, meus pais moram aqui no hotel — expliquei, apontando levemente na direção do grande edifício que abrigava o hotel.— Você realmente não tem compromisso com ninguém? Não é casado? — Ela perguntou seriamente, seu olhar fixo no meu, como se tentasse ler além das palavras.— Por essa noite, tenho compromisso com você — afirmei, com um sorriso. Antes que pudesse reagir verbalmente, ela se aproximou e me beijou nos lábios, um gesto espontâneo que falava mais do que palavras. — E você, não é casada, certo? — Perguntei após o beijo, buscando entender um pouco mais sobre ela também.— Não! Fique tranquilo — ela respondeu com um sorriso brincalhão, negando com a cabeça.Nós s
Enquanto Emily observava o ambiente com admiração, pude ver o brilho de encantamento em seus olhos. A luz suave do ambiente refletia em seu rosto, destacando a sinceridade de seu olhar curioso.— Aqui é muito bonito — ela comentou, sua voz misturada com uma ponta de surpresa. Me levantei brevemente e após voltei a me aproximar, lhe servindo com mais vinho tinto. O aroma rico e envolvente do vinho parecia enriquecer ainda mais aquele momento.— Seus pais moram nesse apartamento? — Ela perguntou, tomando um pequeno gole, seus olhos ainda percorrendo cada detalhe do espaço.— Não, eles moram no andar debaixo. Aqui sou apenas eu — expliquei.— É muito grande para uma só pessoa — ela observou com um sorriso, e eu retribuí com um aceno leve de cabeça.— Já me acostumei — respondi, enquanto degustava meu vinho, ela continuava a explorar o lugar com os olhos, claramente fascinada. A cada novo olhar que ela lançava ao ambiente, mais eu a admirava. Emily possuía uma beleza simples e deslumbrant
Já na cozinha, Emily se encostou suavemente na mesa enquanto eu cuidadosamente servia o que ela desejava. Após ela terminar sua bebida, posicionei-me à sua frente, encurralando-a gentilmente contra a mesa ao repousar minhas mãos sobre esta, uma de cada lado do seu corpo. Encarei seus olhos atentamente, notando um brilho de expectativa misturado com uma pitada de desafio. Ela não se intimida e isso torna tudo ainda mais gostoso. — Quer outra bebida? Um drink dessa vez? — Perguntei, minha voz baixa e suave, tentando persuadi-la a prolongar aquele momento. — Não obrigada — Ela sorriu, agradecendo enquanto recusava delicadamente. A intensidade do nosso olhar compartilhado cresceu, e percebi uma curiosidade tingida de malícia em seus olhos, que exploravam os meus em busca de minhas intenções. Senti sua pele se arrepia
Segurei seu pescoço delicadamente e apertei sua cintura, aumentando a pressão e intensidade com que me movia dentro dela. Senti o quadril de Emily se movimentando em busca de ainda mais contato, uma resposta que incendiava ainda mais o meu desejo de possuí-la com mais força.— Caralho! Que boceta gostosa... — gemo, sentindo cada contorno e aperto dela ao meu redor, enquanto observo Emily morder o lábio e sorrir, entregue ao prazer que a atravessava.— Isso Cadu, continue por favor, me fode gostoso — ela disse, sua voz carregada de malícia e desejo.— Safada... você é muito gostosa — afirmei, apertando o pescoço dela delicadamente.As sensações se in
Três meses depois…A tranquilidade da minha rotina foi interrompida há dois meses, quando conheci Bernardo em uma festa que frequentei com Karen e Evilyn. Ele era um amigo em comum de uma colega da minha irmã, e nosso encontro casual evoluiu rapidamente. Ficamos juntos e, um mês depois, decidimos assumir um namoro.No entanto, esse relacionamento não foi bem recebido por minha família e Karen. Elas presenciaram o final de uma discussão acalorada entre Bernardo e eu, onde ele se alterou e falou coisas que definitivamente não deveriam ter sido ditas. Esse incidente foi suficiente para que elas formassem uma opinião negativa sobre ele.O que elas não sabem, e o que eu escondi, foi o que aconteceu momentos antes daquela discussão. Em um impulso de raiva, Bernardo apertou meu braço com tanta força que deixou marcas visíveis na minha pele. Se já era difícil para elas aceitarem nosso relacionamento ouvindo apenas palavras duras, não consigo nem imaginar como reagiriam se soubessem da agressã