A confraternização no Hotel Casa da Montanha estava sendo nada menos que espetacular, superando todas as minhas expectativas para a noite. Entre risos, danças e flertes, o ambiente se enchia de alegria e celebração. A música vibrava pelo salão e nós nos movíamos ao seu ritmo, desfrutando de cada momento. A energia era contagiante; bebemos, dançamos e deixamos as preocupações do ano que se encerrava para trás.
Poucos minutos antes da meia-noite, enquanto me divertia ao lado de Karen e Evilyn, senti uma mão grande envolver minha cintura de maneira surpreendente. Meu coração saltou. Girei meu rosto instintivamente e me deparei novamente com aqueles olhos marcantes que haviam perturbado minha noite anterior. Os mesmos olhos que agora me encaravam intensamente, tão perto e tão reais.
Minha voz se perdeu em algum lugar entre a surpresa e o nervosismo, meu corpo esqueceu momentaneamente como se comportar. Não entendi por que a presença daquele homem, que eu mal conhecia, provocava um tumulto tão grande em meu peito. Não deveria me sentir tão afetada, mas o jeito como ele me olhava — tão diretamente, tão intensamente — fazia todo o meu ser estremecer.
Engoli em seco, reunindo a coragem que havia se dispersado no momento em que nossos olhares se cruzaram. Tentei assumir uma postura calma e confiante, erguendo-me mais ereta. Lentamente, levantei meus olhos para encontrar os dele, tentando transmitir uma tranquilidade que eu definitivamente não sentia por dentro. A proximidade da virada do ano adicionava uma camada extra de expectativa ao momento, tornando tudo ainda mais elétrico.
— Boa noite, senhorita Campos — ele diz com uma tranquilidade que contrasta com o meu estado interno de surpresa.
Paralisada, só consigo observá-lo, enquanto, pelo canto do olho, noto Karen cochichando algo para Evilyn. A cumplicidade entre elas é evidente, Evilyn me lança um sorriso conspiratório.
— Vamos dar uma volta, nos vemos daqui a pouco, maninha — diz Evilyn, claramente se divertindo com a situação.
— Aonde vocês vão? — Pergunto, um tanto ansiosa.
— Não iremos demorar, se divirta com seu amigo — Karen responde com um sorriso maroto, eu apenas balanço a cabeça, frustrada, enquanto elas se afastam, ainda sussurrando uma para a outra.
Voltando minha atenção para o homem ao meu lado, ele me oferece um sorriso caloroso.
— É um prazer te reencontrar — afirma ele.
Após alguns segundos de um silêncio carregado, tomo uma atitude e ajeito novamente minha postura, delicadamente afastando sua mão que permanecia em minha cintura. Essa proximidade não esperada me fazia sentir uma mistura de desconforto e atração, algo que precisava gerenciar com cuidado.
— O prazer é meu, mas... eu gostaria de entender, como você me encontrou aqui? — Pergunto, buscando manter a conversa em um território neutro enquanto tentava entender suas intenções.
— Como você conseguiu ficar ainda mais bonita? — Ele pergunta, de forma divertida, eu sorrio timidamente, sem saber bem como responder.
— Você é muito simpático, senhor — tento manter a formalidade, ainda que seu flerte me desarme um pouco.
— Por favor, não me chame de ‘senhor’, me sinto muito mais velho assim — ele brinca e ambos sorrimos. — Prazer, meu nome é Carlos Eduardo — diz ele, estendendo a mão em minha direção. — Cadu para você.
— Emily! — Me apresento formalmente, retribuindo o aperto de mão.
— Você é linda, Emily. Veio acompanhada? — Ele questiona, claramente interessado.
— Direto ao ponto, hein? — Sorrio, apreciando sua abordagem direta, mas descontraída.
— Gosto de ser prático — ele continua, seus olhos fixos nos meus enquanto segura minha mão com firmeza. — Então, você tem namorado? — Insiste, um tanto ousado.
— Não, eu não tenho namorado — confesso e percebo um sorriso de satisfação brotar em seu rosto. Apesar da atração mútua, sinto a necessidade de estabelecer um limite, então puxo minha mão, delicadamente, de volta para mim.
Ele parece notar meu gesto e dá um passo para trás, respeitando meu espaço. A noite promete desdobramentos interessantes, e, embora eu esteja cautelosa, não posso negar o tremor interno que a presença dele me provoca.
— Então hoje é o seu dia de sorte — diz ele, com um sorriso maroto.
Encaro-o, confusa.
— Meu dia de sorte? Por quê? — Pergunto, curiosa e achando graça na situação.
— Eu também não tenho compromisso com ninguém, sendo assim, nada nos impede de sermos namorados por uma noite. O que você acha? — Sugere, mantendo um tom sério, embora seus olhos brilhassem com um humor implícito.
Gargalho, surpresa com sua proposta e tomo um gole do meu drink para disfarçar meu nervosismo momentâneo.
— Você é bom, devo confessar — admito, vendo-o sorrir, satisfeito com minha reação.
— Então, aceita? — Ele insiste, claramente divertido com nosso flerte.
— E o que namorados de uma noite fazem? — Questiono, provocativa, saboreando mais um pouco do meu drink, sem desviar os olhos dos dele.
— Tudo o que você quiser, ou tudo o que uma noite pode nos reservar — ele responde, sua mão encontrando novamente minha cintura, trazendo-nos para mais perto enquanto nossos olhares permanecem interligados. — Então, o que falta para começarmos a aproveitar a noite?
— E quem disse que desejo curtir minha noite ao seu lado? — Digo seriamente, ao levar o copo aos lábios para mais um gole, sem desviar os olhos dos dele.
Ele sorri, um tanto sem graça, claramente não esperando essa reviravolta. A tensão entre nós é palpável, uma mistura de desafio e atração que parece eletrizar o ar ao nosso redor.
— Sei que deseja tanto quanto eu, curtir essa noite e, também sei, que deseja que seja ao meu lado — Cadu afirma com um brilho provocativo nos olhos, eu o encaro, impressionada com sua audácia. Ele claramente não é nada modesto.— E digo mais, não me impressionaria se me dissesse que sonhou comigo a noite toda — ele acrescenta, soltando uma risada baixa que ressoa com uma confiança quase tangível.Eu gargalho, não apenas pela ousadia de suas palavras, mas também pelo charme despretensioso que ele exibe.— É muito convencido — afirmo, ainda rindo, mas ele apenas sorri, um sorriso que parece iluminar seu rosto inteiro.— O que te faz acreditar nisso? — Questiono, desafiando-o a justificar sua premissa.Ele então se inclina, diminuindo a distância entre nós e sussurra em meu ouvido, sua voz baixa e rouca enviando arrepios pela minha espinha, enquanto sua mão aperta minha cintura de forma possessiva, mas gentil.— Estou errado? — Ele pergunta, recuando apenas o suficiente para que nossos
Carlos Eduardo: Minha admiração pela beleza feminina sempre foi meu calcanhar de Aquiles. Existe algo hipnotizante sobre a forma como as mulheres carregam sua beleza e graça, um espetáculo que não consigo deixar de apreciar. Não me entenda ma'l, não é que eu seja arrogante, mas sim, tenho excesso de confiança e quando uma mulher captura minha atenção, a conquista se torna uma espécie de arte para mim, arte essa que me enche os olhos e faz com que eu comece agir no mesmo instante. Sou meticuloso nesse processo, um verdadeiro estrategista, não tenho medo da negativa, mas posso me vangloriar que na maioria das vezes ela não vem. Afinal, tenho um bom olhar para descobrir exatamente o que encanta cada uma delas, e me orgulho de ter o carisma e a delicadeza necessária para fazê-las se sentirem únicas e desejadas. Meu toque, ah, meu toque é como seda — suave e irresistível, uma habilidade aprimorada que poucas têm a força para negar. Em cada sorriso que provoco, em cada olhar que troco, há u
Na noite seguinte, após um dia de descanso e tranquilidade, dirigi-me ao salão principal do hotel para celebrar a passagem de ano com minha família e amigos. Envolvido na atmosfera festiva, meu olhar vagava pelo salão, identificando alguns rostos conhecidos. Entre sorrisos e acenos, um homem aproximou-se de forma cordial e cumprimentou-me com um aperto de mão firme. Era o gerente do restaurante onde havia jantado na véspera. Durante nossa conversa amigável, ele mencionou que fazia reservas no hotel todos os anos para a confraternização dos funcionários. Enquanto ele falava, minha mente divagava, lembrando-me da encantadora recepcionista que havia capturado minha atenção naquela noite. Meus olhos, então, começaram a percorrer ansiosamente o salão, buscando reencontrar a jovem que tanto me intrigara. E, como se movidos por sorte ou destino, logo a avistei. Ela estava ainda mais linda, envolvida em uma conversa animada com algumas colegas, irradiando uma beleza que parecia ainda mais int
Após alguns momentos de conversa leve e risadas compartilhadas, as amigas de Emily retornaram e o espetáculo da queima de fogos começou. De maneira quase sincronizada, nos dirigimos para a frente do hotel, um ponto privilegiado para admirar a beleza desse momento especial. Ao nosso redor, a multidão começava a se agitar em antecipação, os olhos de todos voltados para o céu que logo seria iluminado.Emily olhou nos meus olhos, claramente encantada com o esplendor dos fogos que começavam a estourar acima de nós. Respondi com um sorriso e, aproveitando a magia do momento, beijei seus lábios suavemente mais uma vez.— Feliz ano novo, linda Emily! — Exclamei, segurando seu rosto gentilmente com uma das mãos, mantendo nosso olhar conectado.— Feliz ano novo, Cadu! — Ela retribuiu, com um tom amável e um brilho de felicidade nos olhos.As amigas e colegas de trabalho dela se aproximaram, cumprimentando-nos alegremente, assim como algumas pessoas desconhecidas que compartilhavam o espaço cono
Enquanto caminhávamos em direção à piscina, a atmosfera tranquila da noite nos envolvia suavemente. A luz suave refletida na água criava um cenário perfeito para aquele momento. Emily, ao meu lado, parecia curiosa sobre minha vida.— Você mora na cidade? — Ela questionou, olhando para mim com interesse.— Não, na verdade, meus pais moram aqui no hotel — expliquei, apontando levemente na direção do grande edifício que abrigava o hotel.— Você realmente não tem compromisso com ninguém? Não é casado? — Ela perguntou seriamente, seu olhar fixo no meu, como se tentasse ler além das palavras.— Por essa noite, tenho compromisso com você — afirmei, com um sorriso. Antes que pudesse reagir verbalmente, ela se aproximou e me beijou nos lábios, um gesto espontâneo que falava mais do que palavras. — E você, não é casada, certo? — Perguntei após o beijo, buscando entender um pouco mais sobre ela também.— Não! Fique tranquilo — ela respondeu com um sorriso brincalhão, negando com a cabeça.Nós s
Enquanto Emily observava o ambiente com admiração, pude ver o brilho de encantamento em seus olhos. A luz suave do ambiente refletia em seu rosto, destacando a sinceridade de seu olhar curioso.— Aqui é muito bonito — ela comentou, sua voz misturada com uma ponta de surpresa. Me levantei brevemente e após voltei a me aproximar, lhe servindo com mais vinho tinto. O aroma rico e envolvente do vinho parecia enriquecer ainda mais aquele momento.— Seus pais moram nesse apartamento? — Ela perguntou, tomando um pequeno gole, seus olhos ainda percorrendo cada detalhe do espaço.— Não, eles moram no andar debaixo. Aqui sou apenas eu — expliquei.— É muito grande para uma só pessoa — ela observou com um sorriso, e eu retribuí com um aceno leve de cabeça.— Já me acostumei — respondi, enquanto degustava meu vinho, ela continuava a explorar o lugar com os olhos, claramente fascinada. A cada novo olhar que ela lançava ao ambiente, mais eu a admirava. Emily possuía uma beleza simples e deslumbrant
Já na cozinha, Emily se encostou suavemente na mesa enquanto eu cuidadosamente servia o que ela desejava. Após ela terminar sua bebida, posicionei-me à sua frente, encurralando-a gentilmente contra a mesa ao repousar minhas mãos sobre esta, uma de cada lado do seu corpo. Encarei seus olhos atentamente, notando um brilho de expectativa misturado com uma pitada de desafio. Ela não se intimida e isso torna tudo ainda mais gostoso. — Quer outra bebida? Um drink dessa vez? — Perguntei, minha voz baixa e suave, tentando persuadi-la a prolongar aquele momento. — Não obrigada — Ela sorriu, agradecendo enquanto recusava delicadamente. A intensidade do nosso olhar compartilhado cresceu, e percebi uma curiosidade tingida de malícia em seus olhos, que exploravam os meus em busca de minhas intenções. Senti sua pele se arrepia
Segurei seu pescoço delicadamente e apertei sua cintura, aumentando a pressão e intensidade com que me movia dentro dela. Senti o quadril de Emily se movimentando em busca de ainda mais contato, uma resposta que incendiava ainda mais o meu desejo de possuí-la com mais força.— Caralho! Que boceta gostosa... — gemo, sentindo cada contorno e aperto dela ao meu redor, enquanto observo Emily morder o lábio e sorrir, entregue ao prazer que a atravessava.— Isso Cadu, continue por favor, me fode gostoso — ela disse, sua voz carregada de malícia e desejo.— Safada... você é muito gostosa — afirmei, apertando o pescoço dela delicadamente.As sensações se in