Diana Markovic
Entrei na hospedagem mas não vi a moça da recepção, porém minhas malas estavam exatamente como as deixei e isso que importava. As peguei e comecei a tentar uma missão impossível que era eu conseguir subir com elas pelas escadas estreitas do lugar. Após várias tentativas eu soltei um pequeno grito de derrota.
— Precisa de ajuda? — ouvi a voz de Hugh atrás de mim. Senti uma vontade instantânea de sorrir mas logo tratei de me recompor.
Ele devia ter visto minha luta de longe, já que as portas da hospedagem eram grandes e dava para ver claramente as escadas lá da rua.
— Sim, por favor. — limpei a garganta para a voz sair direito.
Hugh não me olhou muito, ainda estava sério mas mesmo assim pegou minhas duas malas sem nenhum esforço e sobiu com elas pelas escadas.
— Qual n&uacu
Minutos depois ele voltou com minhas malas, tentei não observar muito os músculos marcando a camisa cinza suja de trabalho, o suor, a rusticidade da imagem dele naquele momento. Ele era um selvagem e bruto que me tratou como um nada, pelo amor de Deus, eu não podia ficar excitada toda vez que esse homem respirasse na minha frente!— Aqui estão suas coisas. Estarei de volta em três horas. Não quebre ou mexa em nada. Seu dinheiro não paga por nenhum item dentro dessa casa. — falou friamente e se foi após colocar as malas para dentro.Precisava agora organizar meus pensamentos e minhas coisas para enfrentar uma semana naquele lugar que pelo que já havia notado até então, não seria nada fácil.Nas próximas horas passei organizando todas as minhas coisas de higiene em algum lugar do banheiro de Hugh, nada que ficasse bagunçado, eu odiava bagunça.
No dia seguinte eu acordei sentindo minha coluna um pouco dolorida, era meu segundo dia lá e eu pensei então que talvez em uma semana eu estivesse entrevada de tanto dormir no chão. Dobrei todos os lençóis e coloquei em cima de uma cadeira para a noite eu fazer novamente a cama. A cama de Hugh estava novamente vazia o que me fez deduzir que já havia saído para o trabalho.Caminhei bocejando para o banheiro mas me assustei com a silhueta dele na cozinha mexendo no fogão. Parei no batente da porta e limpei a garganta tendo sua atenção para mim.— Bom dia. Não vai trabalhar hoje? — perguntei cruzando os braços arrepiada com o vento frio que entrou pela janela.— Bom dia. Não deu meu horário ainda. — respondeu — Café?— Sim. — falei — Me esqueci que ontem eu acordei quase ao meio dia e por isso não te
— No mundo da lua? — olhei para trás encontrando Hugh. Evitei sorrir, somente o encarei vendo ele se sentar ao meu lado.Ele estava sujo e suado, mas isso só fez com que eu o achasse mais sexy. Ao mesmo tempo imaginei ele trabalhando com os músculos de fora carregando peso ou quebrando lenha como vi outro dia com aquele monte de homens estilo vikings com barba grande, cara de mau, tatuagens e...— Há algo errado com meu braço? — Hugh chamou minha atenção e eu notei que meu olhar estava paralisado nos bíceps dele.— Uh... Não. É que eu estava pensando em uma coisa. — tentei me explicar sem gaguejar.— Sei... Está com fome? Porque eu estou faminto! — mordeu o lábio inferior obrigando-me a pensar malícia.Tenho certeza que minha calcinha molhou junto com o lábio carnudo que ele acabara de umidecer com
Permaneci de pé olhando para eles com uma expressão confusa no rosto. Em segundos comecei a me recordar do nome que a moça da hospedagem me deu e que fez Hugh me levar para a casa dele nos ombros para que eu não ficasse uma semana na casa do homem. Kaik Mailing. Por que o desespero de Hugh em não tê-lo perto de mim?Ai meu Deus! Ele é gay e Kaik é bissexual?— Vai pro inferno, Mikhail! — o moreno exclamou.— Não me faça quebrar a sua cara aqui na frente de todo mundo, seu merda.— Gente, o que está acontecendo? — perguntei resolvendo tentar apaziguar.Não deveria ser nada bonito dois homens daquele tamanho trocando socos e pontapés. Tenho pânico só de pensar no sangue que sairia deles. Fariam um estrago um no outro, certeza.— Nada. — Hugh grunhiu entredentes.— Por que n&atild
— Diana. — ouvi sua voz ao mesmo tempo que seus braços me seguraram.Não posso sorrir, não posso sorrir.Repeti para mim mesma.— Caralho, princesa! — ele exclamou parecendo preocupado.— O que aconteceu? — fingi uma voz sonolenta ao abrir meus olhos antes que eu desse uma risada e estragasse tudo.— Você apagou por alguns segundos. Está tudo bem? — a expressão sincera dele me fez sentir uma culpa infundada.Desde quando fiquei tão cínica?Mas eu não iria simplesmente dizer que fingi um desmaio para sair de uma situação constrangedora.— Estou sim... — me soltei dos seus braços que ainda me amparavam.Percebi sua expressão mudar para duvidosa.— Você não está... Grávida, está? — engoliu em seco.— N&at
— E quem é você, Hugh Mikhail? — a pergunta escapou dos meus lábios me fazendo quase ficar arrependida se eu não visse seu rosto com uma expressão leve.— Eu sou um descendente viking. Nasci e fui criado aqui, meu pai foi embora para os Estados unidos quando eu tinha cinco anos para lutar box na Califórnia, ele voltava de seis em seis meses e acabou me ensinando muita coisa desse meio.Agora eu entendi o porquê das habilidades na hora da briga com Kaik.— Se me permite perguntar, e sua mãe? — ele engoliu em seco e sua expressão se tornou triste.— Faleceu. Eu e minha irmã Naya fomos criados pela Zarah até que ela fez vinte anos e foi embora com um estrangeiro que conheceu aqui. Eu iria seguir como lutador, meu pai estava me preparando para isso até que aconteceu questões que impediram.— O que houve?&mdash
Minha cabeça estava girando, talvez eu tivesse bebido além da conta. Hugh segurava minha mão para conseguir entrar em casa evitando que eu caísse nos pequenos degraus da frente, embora ele também não estivesse nada bem.— Então quer dizer que você nunca teve um orgasmo? — perguntou-me no momento em que passamos pela porta.— Ainda está com isso na cabeça? Está tão interessado na minha vida sexual ultimamente... — o provoquei.— Essa confissão saiu dos seus próprios lábios. — Hugh sorriu.— De qualquer forma, é verdade.— E nunca se quer tentou se dar prazer?— Não. Jeremy e a família disseram que só podia depois do casamento e antes dele eu só tive o Dick como namorado e éramos imaturos demais para pensar em sexo.— Por que eles ach
Quando sai daquele banheiro, foi inevitável o sentimento de humilhação que se apossou de mim. Mas se tinha algo que eu sabia bem, era fingir naturalidade em uma situação constrangedora, como por exemplo quando consegui fingir um desmaio. A partir daquele dia, eu iria fazer o possível para mostrar a ele minha indiferença e como ele não me afetava ou me deixava excitada apenas com sua voz.Mesmo que doesse, algo que era compreensível de se achar ridículo, eu iria tentar me afastar, talvez algo que nem junto tivesse, mas eu precisava acabar de uma vez por todas com a forte atração que sentia por ele, eu estava com medo dos meus sentimentos pois no fundo eu sentia que corria o sério risco de me apaixonar o que não era nada bom, levando em conta a reação dele ontem depois de termos quase transado.Sequei-me, vesti uma camisola confortável e mergulhei debaix