— Diana. — ouvi sua voz ao mesmo tempo que seus braços me seguraram.
Não posso sorrir, não posso sorrir. Repeti para mim mesma.
— Caralho, princesa! — ele exclamou parecendo preocupado.
— O que aconteceu? — fingi uma voz sonolenta ao abrir meus olhos antes que eu desse uma risada e estragasse tudo.
— Você apagou por alguns segundos. Está tudo bem? — a expressão sincera dele me fez sentir uma culpa infundada.
Desde quando fiquei tão cínica?
Mas eu não iria simplesmente dizer que fingi um desmaio para sair de uma situação constrangedora.
— Estou sim... — me soltei dos seus braços que ainda me amparavam.
Percebi sua expressão mudar para duvidosa.
— Você não está... Grávida, está? — engoliu em seco.
— N&at
— E quem é você, Hugh Mikhail? — a pergunta escapou dos meus lábios me fazendo quase ficar arrependida se eu não visse seu rosto com uma expressão leve.— Eu sou um descendente viking. Nasci e fui criado aqui, meu pai foi embora para os Estados unidos quando eu tinha cinco anos para lutar box na Califórnia, ele voltava de seis em seis meses e acabou me ensinando muita coisa desse meio.Agora eu entendi o porquê das habilidades na hora da briga com Kaik.— Se me permite perguntar, e sua mãe? — ele engoliu em seco e sua expressão se tornou triste.— Faleceu. Eu e minha irmã Naya fomos criados pela Zarah até que ela fez vinte anos e foi embora com um estrangeiro que conheceu aqui. Eu iria seguir como lutador, meu pai estava me preparando para isso até que aconteceu questões que impediram.— O que houve?&mdash
Minha cabeça estava girando, talvez eu tivesse bebido além da conta. Hugh segurava minha mão para conseguir entrar em casa evitando que eu caísse nos pequenos degraus da frente, embora ele também não estivesse nada bem.— Então quer dizer que você nunca teve um orgasmo? — perguntou-me no momento em que passamos pela porta.— Ainda está com isso na cabeça? Está tão interessado na minha vida sexual ultimamente... — o provoquei.— Essa confissão saiu dos seus próprios lábios. — Hugh sorriu.— De qualquer forma, é verdade.— E nunca se quer tentou se dar prazer?— Não. Jeremy e a família disseram que só podia depois do casamento e antes dele eu só tive o Dick como namorado e éramos imaturos demais para pensar em sexo.— Por que eles ach
Quando sai daquele banheiro, foi inevitável o sentimento de humilhação que se apossou de mim. Mas se tinha algo que eu sabia bem, era fingir naturalidade em uma situação constrangedora, como por exemplo quando consegui fingir um desmaio. A partir daquele dia, eu iria fazer o possível para mostrar a ele minha indiferença e como ele não me afetava ou me deixava excitada apenas com sua voz.Mesmo que doesse, algo que era compreensível de se achar ridículo, eu iria tentar me afastar, talvez algo que nem junto tivesse, mas eu precisava acabar de uma vez por todas com a forte atração que sentia por ele, eu estava com medo dos meus sentimentos pois no fundo eu sentia que corria o sério risco de me apaixonar o que não era nada bom, levando em conta a reação dele ontem depois de termos quase transado.Sequei-me, vesti uma camisola confortável e mergulhei debaix
Diana Markovic— Deixa que eu pago a conta. — disse Hugh quando me viu retirando dinheiro da bolsa.— Não, eu pago. Fui eu quem pediu tudo isso. — decretei.— Eu quero pagar. — olhou-me com desaprovação.— Eu também quero pagar! — exclamei levantando a mão para a garçonete.— Meio a meio então, eu comi mais do que você.— Justo. — sorri.Assim que pagamos, saímos do restaurante juntos. Ele fez sinal para que eu esperasse no mesmo local e saiu sem dizer para onde em silêncio.— Pronta, princesa? — levantei os olhos que estavam no meu celular e encontrei Hugh na imagem mais excitante e linda de todas.Em cima de uma motocicleta preta. Quando eu pensei que não poderia achá-lo mais sexy e fascinante, ele conseguiu se superar. Tenho certeza que meus ol
Hugh não me deu chances de tentar indagar ou questionar sua última frase, no momento em que tentei, fui surpreendida pela mão grande e áspera dele junto a minha, fazendo-me correr de pressa.— Tem uma hospedagem aqui perto, não poderemos continuar o trajeto com essa chuva. — disse ele quando avistamos algumas casas muito parecidas com a da vila.— Mas e sua moto?— Ninguém rouba nada por aqui. Ela fica lá e quando parar de chover, a gente vai até o comprador.— Se você diz, está certo então. — dei de ombros entrando com ele debaixo da varanda de um local que eu supus ser a hospedagem.Estávamos um pouco molhados, então ele pediu uma toalha para um rapaz que estava na recepção. Depois que nos secamos, nos sentamos e começamos a conversar sobre coisas aleatórias e toda vez que eu tentava falar sobre
No dia seguinte acordei bem chateada, a tristeza da rejeição havia se transformado em raiva. Pensei em ir sozinha tomar café no restaurante mas ele poderia ir atrás como no dia anterior, então só me levantei vendo a cama de Hugh já vazia e arrumada. Peguei meu celular, tentei ligar para meus pais mas sem sucesso.Arrumei as coisas de dormi e fui para o banheiro, tomei um banho, escovei os dentes e vesti uma roupa nova qualquer. Tinha algumas peças sujas mas eu iria deixar para lavar quando chegasse na minha casa.Peguei uma bolsinha pequena na intenção de sair sem rumo e só voltar a noite, na hora de dormir de novo. Talvez Hugh tivesse mesmo razão em me afastar, evitaria meu sofrimento no futuro por ter um amor não correspondido.— Bom dia. — me assustei com a voz rouca.O olhei e ele estava encostado no batente da porta da cozinha com uma xícara
Não adiantaria eu ficar com a cara emburrada depois de tudo que ele falou, de qualquer forma eu também não conseguiria. Meu coração estava ardendo por isso, por tudo que ouvi sair de sua boca. Hugh também gostava de mim mas havia algo que o impedia de ficar comigo e eu estava disposta a não fazer a rejeitada e sim continuar agindo como se nada tivesse acontecido.Muitas vezes, casais que se gostam não são para ficarem juntos e se esse fosse o nosso caso, o que me restava? Chorar e espernear? Claro que não, restava-me somente entender e continuar vivendo mesmo que doesse.— Eu aceito o convite da Zarah para almoçar. — falei depois de um tempo em silêncio.— Ótimo. —Hugh sorriu com um brilho diferente nos olhos.Enquanto caminhavámos meu humor estava melhorando, era sábado e tinha muitas coisas diferentes nas tendas comerciai
O caminho de volta foi irritantemente lento, mesmo nós dois ansiosos para a massagem, parecia que estávamos em câmera lenta. Mas quando finalmente entramos pelas portas da pequena residência de Hugh, meu coração deu um salto, eu sabia que era apenas uma massagem mas o massagista era especial e só de pensar aquelas mãos sobre minha pele, já me sentia em chamas.— Está pronta, princesa? — perguntou-me assim que entramos para o quarto.— Sim. — respondi sem titubear.— Tire a roupa. — ordenou em tom sussurrante e isso estranhamente me deixou mais excitada. — Fique exatamente do jeito que ficou lá na tenda.Apenas assenti com a cabeça e tirei minha roupa, ficando apenas de calcinha e sutiã, um conjunto de lingerie preto, me virei de costas para tirar a parte de cima. Fechei os olhos e um arrepio me fez estremecer quando senti as m