Quando Mia acordou ainda estava meio tonta, seus sentidos foram voltando aos poucos e ela focou na imagem de Zyner parado um pouco à frente dela. Tentou se mexer e percebeu que suas mãos estavam para cima amarradas com correntes e ela estava presa contra uma árvore. Olhou para cima e viu as árvores cobrindo o céu, já deveria ter escurecido.
Só conseguia ver ao redor pelas tochas com fogo em volta da floresta.
Ela olhou para frente e viu Z se aproximando, abaixou os olhos e sentiu o leve carinho que ele fez no rosto dela, tentou se afastar, mas ele agarrou o seu rosto e fez com que o olhar dela encontrasse os dele.
— Zyner, o que você está fazendo? — Questionou ten
Mia acordou sentindo a claridade bater contra o seu rosto incomodar, abriu os olhos bem devagar, de repente ela ouviu tudo ao seu redor, desde os pássaros cantando lá fora, aos barulhos vindos da cozinha dos empregados. Eram vários sons em simultâneo, mas um em particular chamou sua atenção — ou melhor dizendo — dois sons; as batidas de dois corações. Olhou para a porta e viu Kenneth entrando segurando Kiara no colo.— Olha filha, mamãe acordou. — Ele sussurrou bem baixinho e se aproximou dela, se sentando ao seu lado. — Olá meu amor.— Meu Deus! Ela é tão linda. — Disse se emocionando olhando para a recém-nascida.O seu marido logo lhe entregou a filha para ela s
( Nove anos depois )Kenneth observou a filha escondida entre os arbustos, fora da mansão, ele franziu o cenho e logo captou qual era a intenção daquela criança. Balançou a cabeça e cruzou os braços.Um grupo de crianças da aldeia se aproximavam e um empurrava o outro para ver quem iria ir primeiro, até que um corajoso menino se aproximou do sino. E quando as mãos dele chegaram perto do sino. Kenneth ergueu uma sobrancelha e fez um barulho entre os galhos da árvore, apenas para assustá-los.Então aconteceu o que ele previu, todas as crianças saíram correndo e gritando, uns se atrapalharam na neve e caíram no chão.
Aldeia Florswood (Inglaterra)Eu não deveria estar aqui!Ela repetia essa frase em sua mente o tempo inteiro, porém a emoção do momento era maior que o seu medo fazendo com que toda adrenalina em seu corpo reagisse. Continuou seguindo, seus pés pequenos e delicados afundavam na neve deixando os rastros de pegadas pelo caminho. Ouviu as risadas baixas atrás dela e virou os olhos, ignorando completamente. Fora aquilo, estava tudo muito silencioso.Pelo menos estava perto do seu destino, entre os galhos e troncos das árvores, ela podia ver um grande muro de pedras e uma parte das janelas.Apressou os passos quase correndo pela neve, segurando com as duas mãos o capuz vermelho para continuar cobrindo a sua cabeça. Assim que chegou na última árvore ela parou, observando a pequena neblina que se formou de repente sobre o lugar. O som de passos atrás de si também pararam.— Está com medo Aime? — a voz ao fundo sussurrou diverti
Aldeia de Florswood 142410 anos depois.Mia olhou fixamente para o ponto em que queria. Respirou fundo e, soltando o ar devagar, disparou a flecha acertando no tronco, exatamente como o seu pai a havia ensinado. Sorrindo, relaxou os músculos, fechou os olhos sentindo a brisa gelada passar por seu rosto e olhou para o céu totalmente nublado. Amava aquela época do ano, quando havia acordado pela manhã observou que a chuva de neve tinha dado uma trégua, então aproveitou para ir treinar logo cedo.Ela olhou para as duas flechas em sua bolsa e atirou rapidamente contra o alvo improvisado em uma madeira. Olhou para as flechas penduradas no ponto certo e sorriu.— Ah! Eu estava perguntando-me quem era o ladrão que havia pegado minhas armas — anunciou uma voz que ela conhecia muito bem.Virou-se na direção da pessoa e sorriu encontrando o pai a encarando com as mãos no bolso das calças.— Bom dia, pai! — saudou e se
Kenneth observou da janela do seu quarto o jardim coberto por neve, havia um chafariz bem no meio do local, seu olhar vagou mais uma vez para o horizonte. Possuindo a visão completa da floresta, se virou e saiu do quarto andando pelo enorme corredor escuro da mansão, pedira para os criados não deixarem as velas acesas durante à noite, já que sua visão era aprimorada no escuro. E a claridade o incomodava às vezes.Seu olfato e sua audição estavam-lhe alertando para não prosseguir no corredor, ainda mais quando ele ouviu perfeitamente os gemidos, virou os olhos, depois iria combinar com Tristan os lugares específicos para ele poder ficar com a noiva em paz, afinal logo teriam mais uma pessoa naquela casa e com certeza ela não iria ter os instintos de alerta assim como os dele. Decidindo não atrapalhar o momento do casal retornou o caminho todo que fizera e escolheu ir pela ala oeste.Enquanto andava até o escritório, observou cada parte da mansão, mesmo estando todos
A mansão estava um completo silêncio, pelo horário todos ainda deveriam estar dormindo, enquanto isso, o escritório era o seu lugar preferido, até agora.Os dedos do duque não paravam de tamborilar sobre a mesa, adquiriu essa mania quando ficava inquieto — pensando em algo que não conseguia tirar da cabeça. Estava totalmente intrigado com o encontro inesperado com a moça de cabelo ruivo. Para a sua surpresa, aquela criança intrusa e atrevida se tornou uma belíssima mulher. Outra coisa que estava o deixando louco era o cheiro completamente delicioso dela.Somente ele sabia o esforço pelo qual tinha que fazer para controlar o seu instinto animal e o desejo insano que sentiu.Ke
Quando a carruagem parou, Kenneth desceu, percebendo o sorriso completamente debochado e cínico no rosto de Tristan. Nem mesmo ele podia evitar o sorriso de satisfação, só por lembrar que a afetava de uma maneira tão deliciosa.Se Mia soubesse as coisas sujas que imaginava em fazer com ela, nem olharia para ele com aqueles olhos verdes brilhantes, prontos para serem revirados de tanto prazer.— Então — Tristan começou —, o que foi aquilo? Que desejo sexual explícito! — Sorriu, tirando as rédeas do cavalo e soltando o animal na mansão em seguida, acrescentou; — Por que tenho a certeza de que encontrou sua futura esposa.— Acredito que sim — afirmou, com um sorriso extremamente
As batidas ocas na porta do seu quarto eram insistentes, ela se remexeu na cama incomodada pela vigésima vez, enquanto ouvia Agnes chamando pelo seu nome. Abriu os olhos rapidamente e sentiu que algo estava errado, sua mãe não era de acordá-la desse jeito e tinha algo estranho na voz, deu um pulo da cama e foi até a porta. A mulher estava com o rosto tão pálido que demonstrava aflição e medo.O que tinha acontecido havia sido grave. Os primeiros pensamentos dela foram no pai.— Mãe, o que houve? — Perguntou franzindo o cenho, confusa e assustada.— Filha! Acabaram de achar alguém morto na floresta. — Respondeu a mais velha. — Calma, não foi nada com seu pai. Ele está be