Mel— O nome dele é Aiden Cole. Ele estuda direito e tem toda uma vida programada. Mas é bem problemático, então...— Drogas?— Não! Quer dizer, eu não sei exatamente qual é o problema dele, mas tenho certeza de que não envolve drogas. — Ele meneia a cabeça.— Então, está apaixonada? — bufo audivelmente.— Não sei. Eu acho que... sim. Quer dizer, não tenho certeza.— Está confusa.— É.— Entendi. — Papai suspira baixinho e eu volto a fitá-lo. — Só me promete que não deixar esse sentimento te derrubar nunca, filha.— Eu não vou!— Não importa o que aconteça?— Eu prometo!— Ótimo! — Ele me abraça e beija o topo da minha cabeça.***... Que tal uma noite de cinema só com as garotas?Essa foi a primeira mensagem que eu vi assim que liguei o telefone que me obriguei a desligar pelo resto do dia e sorri. Abby está me salvando e nem sabe disso. Portanto, enviei uma confirmação de volta, prometendo levar a pipoca e corre para o banheiro. A viagem de Cape May até nova York com os meus pais fo
MelNo dia seguinte eu entrei na faculdade de cabeça erguida ao lado dos meus verdadeiros amigos e me forcei a todo custo não o olhar, embora fosse algo impossível já que a maneira como se vestia chamava a atenção de todo mundo. Jeans preto, camisa e casaco com capuz da mesma cor e os malditos óculos escuros que escondem todas as verdades dos seus olhos. Mas era como se estivesse usando um cabresto também, porque ele mantinha o seu olhar sempre para frente. Uma coisa bem estranha, ele não estava mais enturmado e isso também era preocupante, porque estava sempre sozinho.— O que está fazendo? — Abby inquire baixo e áspero me cutucando e eu me ajeito na cadeira desviando os meus olhos para ela.— Nada! — resmungo no mesmo tom me sentindo incomodada.— Você estava olhando para ele, Melissa!— Não, eu não estava! — Quanta maturidade hein, Dona Melissa Jones! Ralho comigo mesma e bufo baixinho.— É claro que estava! — Reviro os olhos.— A aula! — advirto-a e me forço a me concentrar.Do qu
Mel— Acontece que você não me conhece, Ethan! — ralho com desdém e ele abre um sorriso pequeno.— Não a fundo, mas o seu jeito de falar e esse seu sorriso. Você é uma garota fascinante, Melissa! Pena que só descobri isso quando se envolveu com o meu amigo! — Pressiono os lábios.— Desculpa, mas é difícil de acreditar nessa história! — rebato e continuo a minha caminhada.— Eu imaginei que não acreditaria em mim. Mas eu juro que é a mais pura verdade. No entanto, eu sei que ele também te ama. — Paro outra vez para encará-lo, só que estou furiosa.— Não, ele não me ama e deixou isso bem claro na frente de uma plateia bem animada! — rosno entre dentes. Ethan fica em silêncio e eu resolvo encerrar essa conversa absurda de uma vez. — E eu não vou me meter nas suas burradas outras vez. Nem nas suas e nem nas de ninguém!— Melissa, por favor!— Me deixa em paz, Ethan! — rosno irritada e atravesso a rua. Ele aceitou a corrida. Penso. Que merda, Aiden! O que você está fazendo?! Não é da sua c
AidenÉ possível mensurar a raivo que guardo dentro de mim. Ela é maior do que o meu ego, bem maior do que todos os meus sonhos e principalmente, é maior do que eu. Contudo, eu tenho um pensamento comigo. Não sou a causa do seu fracasso, porém, me sinto tão fracassado quanto ele. Esvazio mais uma garrafa de cerveja e a largo de qualquer jeito no chão. A meu ver eu só tenho duas saídas para sair de vez dessa merda. Uma, tem um pacotinho de pó por onde posso viajar e me esquecer dos últimos episódios da minha vida e dois, dá cabo dela, mas sou covarde demais para fazer qualquer um dos dois. Embora não pareça tia Lina teve todo o cuidado de me proteger das drogas e ela sempre me mostrou o lado bom da vida, mas eu nunca vi esse lado de fato, apenas fingia ver para agradá-la. Respiro fundo e abro outra garrafa, bebendo a metade dela em seguida. Somente uma pessoa foi capaz me fazer sentir bem comigo mesmo e ela mora a algumas quadras daqui. Entretanto, Melissa Jones deve ser intocável para
Aiden— Feito, Senhor Cole! — Penso em me afastar ignorando o seu gesto quando ele continua. — Fique de olho no seu e-mail, enviarei um contrato para ele em breve.— Contrato? — Franzo o cenho em confusão. Do que porra ele está falando?— Sei que é um homem de palavras, Senhor Cole, mas eu do tipo a moda antiga e prefiro confiar em assinaturas. Assim terei a certeza de que não voltará atrás do acordo em hipótese alguma. — Apenas meneio a cabeça em concordância. Mas o que Alle não faz ideia é de que ele está errado. Como ele mesmo disse, eu não tenho mais nada a perder e não pretendo retroceder a esse acordo por nada desse mundo.***O barulho de motores dos carros me diz que os rapazes já estão em casa. Contudo, permaneço quieto no meu lugar tomando a minha cerveja enquanto fito o céu de um fim de tarde, deitado no meu cantinho. Não tenho falado com eles desde o feriado e mal os tenho visto também. Sim, estou evitando ter que falar com eles e talvez até esteja fugindo da alegria porqu
MelUm tribunal improvisado dentro de uma sala de aula onde os alunos são coadjuvantes de um cenário jurídico. A coisa parece ser bem simples, mas acredite, não é. Em uma mesa grande e escura está a Senhora Smith encenando o papel de uma juíza que será responsável pelo veredito. E pelas cenas que assisti até agora a mulher é implacável com os estudantes candidatos a única vaga oferecida em um escritório de advogados renomados. Literalmente um massacre de julgamentos simulados e eu já estou suando frio pois mesmo tendo o papel de acusação desse jogo, terei um adversário que é praticamente a minha cópia. Porque sim, eu passei para o Aiden todas as minhas estratégias e maneiras de elaborações. O pior ainda não está nessa parte e sim em ter que olhá-lo nos olhos todas as vezes que for confrontá-lo e me deixar levar pela raiva pode ser o meu ponto fraco, porque o meu caráter profissional ainda está se construindo. Respiro fundo algumas vezes e solto o ar ela boca para tentar me tranquiliza
Mel— Melissa?! — Escuto Abby me chamar, mas agora não posso. Eu quero ficar sozinha e chorar tudo que está me sufocando por dentro. Na calçada pego o primeiro táxi que vejo e entro nele. Passo o meu endereço e procuro olhar pela janela para me acalmar. Não demora e estou entro no dormitório, fechando a porta com chave. Que merda você fez, Melissa? Essa era a sua chance de derrotá-lo de verdade, de mostrar que você é a melhor. No entanto você jogou tudo no lixo como se não fosse nada! Desolada, me deixo cair sentada no sofá e só então me lembro de que deixei o meu material na sala de aula. Reviro os olhos frustrada e encaro o teto. Pelo menos ele já sabe como me sinto e provavelmente nunca mais o verei na minha frente outra vez. É melhor assim, Melissa. Cortar o mal pela raiz é a melhor opção. No fundo você teve a pior experiência com o primeiro amor.— Hum! — Solto um gemido frustrante e me deito no sofá, livrando-me dos meus sapatos e estico as pernas em cima dele, cruzando-as em se
MelHoras depois...— Hum! Hum! — resmungo arrastando uma mão pelo colchão estreito, sentindo o meu lado vazio. Ele se foi! Pegou o queria e se foi! Bufo frustrada pensando no que aconteceu há poucas horas. O meu quarto está escuro, mas a penumbra não me impede rever as cenas quentes de sexo que fizemos. Respiro fundo e vou para o banheiro. Tomo um banho rápido e ponho um pijama. O silêncio do quarto me incomoda, tudo nesse lugar me incomoda. — Burra! Burra! Burra! — rosno dando batidas na minha testa e resolvo ir fazer algo para comer. Entretanto, ao abrir a porta do quarto o vejo em pé perto da janela e o meu coração dispara. Ele não foi embora! Constato e droga, estou rindo por dentro por isso. O cheiro de comida preenche as minhas marinas e a minha boca se enche d’água. Cautelosa, adentro a sala e ele se dar conta da minha presença, soltando uma fumaça esbranquiçada pela boca. Desde quando ele fuma? — Ah, oi! — digo levando os meus braços para atrás do meu corpo porque não sei o q