Clara demorou três semanas para acordar e agora que acordou não se lembra dos últimos dois anos da vida dela. Foi difícil ter que contar tudo para ela, assim como foi difícil contar para os tios dela, pais de Eduarda.
Todos eles sofreram muito com a morte de Duda. Foi bom ter a presença de Marcos, pois ele pode acalmá-la, assim como fez com seus tios. Ela também se espantou em saber que estava grávida.
Como ela não se lembrava, Marcos disse que o filho é dele, mas tenho minhas dúvidas sobre isso, porém quem sou eu para julgá-lo. Talvez no lugar dele, fizesse o mesmo. Sei que ele deve ter feito isso para acalmá-la.
Isso significa que ela não se lembra de nada relacionado ao ataque que sofreu. Muito menos sabia sobre a gravidez. Ela estava tão confusa e vulnerável que tive que me controlar para não a pegar em meus braços e dize
Fique neste hospital por mais uma semana, uma semana só fazendo exames, e para tirar o gesso também. Minha perna já está quase nova, ah durante essa semana também me fizeram fazer fisioterapia, por causa da perna não mais quebrada. Como já disse ela já está quase nova. Só o que me incomoda é minha costela, mas ela também já está melhor. Hoje eu faria meu último exame antes de receber alta, e é meu primeiro ultrassom. Eu estou eufórica para ver e ouvir o coraçãozinho do meu bebê. Neste momento estou aqui em uma maca esperando pela médica que ia me atender. Logo ela entra junto com Marcos. Ela era evidentemente descendente de orientais, pois ela tinha olhos escuros e puxados. Seu cabelo era longo, liso e negro, ah ela tinha uma franjinha também e é alta, muito alta o que acho injusto, pois sou baixinha. “Olha o recalque Clara.” Não é recalque consciência, só estou comentando que a genética não foi tão boa comigo. “Sei!” — Olá sou a doutora Mia Yume Youn
Chegamos ao sítio. Olha tenho que concordar com Marcos, aqui é muito lindo. Fiquei maravilhada com as árvores, flores, até com o lago que tem aqui. Parece até que estou em um bosque.A casa também é linda, ela tem dois andares, é toda branca e no segundo andar tinha até uma sacada. Seria maravilhoso se eu não estivesse aqui para me esconder de um louco.Entramos na casa. Os dois me apresentam aos outros policiais que fariam minha segurança. Assim que terminamos com os policiais, eles me mostram a casa. Vimos toda a parte de baixo para depois subirmos.Vocês tinham que ver este jardim dos fundos, é lindo, além é claro das árvores que cercavam a casa. Daqui onde estou posso ver até uma trilha que não sei para onde dá.— Para onde dá aquela trilha ali? — Pergunto curiosa.— Para uma linda cachoeir
Acho que não ouvi direito, mas tenho certeza de tê-la escutado dizer que se lembrou. Não posso acreditar. Ela se lembrou!— Você se lembrou? — pergunto me levantando abruptamente.— Não de tudo, mas de um momento que passei com você. Pude sentir o quanto te amo Marcos. E é muito mesmo.Fico tão feliz por ela se lembrar que a levanto e a giro. Clara dá risadas. Eu a coloco novamente no banco e a beijo com paixão. Nunca me esquecerei deste momento.— O que está acontecendo aqui?Nos afastamos no susto. Clara ao ver que é tia Kiara cora, com vergonha por sermos pegos em um momento desse.— Não entendo o motivo de estar vermelha Clara. Até onde sei casais normais se beijam.— Tia!— Oi tia. — Digo indo abraçá-la.— Vocês ainda não me disseram o porqu&e
Já se passou um mês e as coisas por aqui continuam tranquilas. Ao que parece o assassino em série ressorveu dar trégua. O que é bom, eu acho. Mas todo este silêncio está deixando Marcos e Denis neuróticos. Isso já está me dando nos nervos, olha que nem estou falando dos outros policiais que ficam me vigiando noite e dia. Está parecendo até o BBB. Sério!Semana passada, eles cismaram que tinha alguém rondando a casa. Nem me deixaram sair para fazer minha caminhada pelo jardim, muito menos aproveitar a cachoeira. O mais engraçado de tudo foi que no final não era alguém e sim uma gatinha que estava rondando a casa.Não preciso dizer que ri muito dos dois, quase fiz xixi, mas isso fica entre nós. E sabe o melhor, ganhei uma amiga nova, a senhora floquinho, pois a gatinha e branca com muitas pintinhas pretas, tipo o sorvete.Fala
Já no consultório. Estou deitada na maca para que a doutora Mia, passe o gel em minha barriga para que possamos ver meu bebê.— Suponho que todos estejam curiosos para saber o sexo do bebê.— Sim. — Dizemos todos.Ela começa a mexer e parece procurar algo. Olho para a tela sem piscar, pois não quero perder nada. Marcos e tia Kiara seguram minhas mãos, cada um de um lado.— Bom seu bebê está saudável e está crescendo bem.— Que bom…, mas agora dá para ver o sexo do meu netinho?— Tia!— Que foi? Só disse o que vocês ficaram com vergonha de perguntar. — Rimos dela.— Então doutora dá para saber o sexo?— Sim… — ela volta a procurar algo. — Está vendo aqui? — ela aponta na tela.— Estou.— Isso
Estou tão feliz, por saber que serei pai de uma menina, já posso até vê-la correndo pelo jardim, me pedindo para brincar de boneca com ela e tudo mais. E agora só falta pedir Clara em casamento e ela aceitar para minha felicidade ser completa. Vou aproveitar que já comprei a aliança para pedi-la esta noite em casamento. Só o que me preocupa no momento é o fato de tudo estar quieto de mais. Dês da morte de Eduarda que não temos nem sinal do assassino em série. Sei que ele não desistiu de Clara assim tão facilmente. Ele é um psicopata e gosta de brincar com suas presas. Denis e Sérgio concordam comigo sobre isso. Falando neles, ambos estão trabalhando muito no caso. Se ao menos Clara se lembrasse do rosto do assassino. Os dois acham que deveríamos forçá-la mais para ver se conseguimos que ela se lembre. Eles sujeitam levá-la até o antigo apartamento dela, mas não permiti, pois, a gravidez dela é de risco e isso pode fazer mal a ela e ao bebê, e isso eu não permitiria. Aproveitei que
Acordo e dou de cara com um lindo vestido em minha poltrona. Isso só pode ser coisa de Marcos. Mas resolvo entrar na brincadeira. Tomo banho e o visto. Desço a escada e dou de cara com um lindo Marcos me esperando no pé da escada. “É impressão minha ou isso aqui está muito quieto e escuro? Cadê todos os meus seguranças. Ainda não vi nenhum.” Marcos me guia até os fundos da casa. Nossa hoje ele está tão misterioso. Quando volto a realidade fico boquiaberta com o que vejo. Não acredito no que estou vendo. Marcos preparou um piquenique iluminado por pisca piscas para nós dois. Que lindo que ficou. Ele me leva até a toalha onde me sento junto as almofadas. — Não acredito nisso. — Fico impressionada. — Queria comemorar que já sabemos o sexo da nossa filha. — Aí que lindo Marcos! — O abraço e beijo. — Que bom que gostou, espero que goste também da comida. Ele me explica que pediu para que os policiais, meus seguranças, fizessem a ronda, mas só na parte da frente. Está explicado o po
No outro dia, acordo como o sol forte que iluminava o quarto. Sinto um corpo quente ao meu lado e mãos sobre minha cintura me segurando, com cuidado me viro na cama dando de cara com um lindo homem adormecido. Marcos. Como tenho sorte de tê-lo em minha vida. Fico aqui quietinha olhando-o. Ele parece tão sereno dormindo nem parece o meu Marcos protetor, a não ser pelo seu braço ao meu redor que me prende a ele. Marcos faz isso sempre, dês de que saí do hospital. Acho que ele tem medo de algo acontecer comigo. Não resisto, levo minha mão até seu rosto e o acaricio para ter certeza de que ele está aqui comigo. É real. Faço isso sempre que acordo antes dele. Quero sempre ter a certeza de ele está aqui e me ama. Como sonhei com isso minha vida toda. Lembro-me da noite passada e de como nossa noite foi pra lá de maravilhosa, no final já cansados dormimos agarradinhos. — Você deveria voltar a dormir. — diz Marcos sonolento. — Desculpe não queria te acordar. — Ele pega a minha mão que est