Já no consultório. Estou deitada na maca para que a doutora Mia, passe o gel em minha barriga para que possamos ver meu bebê.
— Suponho que todos estejam curiosos para saber o sexo do bebê.
— Sim. — Dizemos todos.
Ela começa a mexer e parece procurar algo. Olho para a tela sem piscar, pois não quero perder nada. Marcos e tia Kiara seguram minhas mãos, cada um de um lado.
— Bom seu bebê está saudável e está crescendo bem.
— Que bom…, mas agora dá para ver o sexo do meu netinho?
— Tia!
— Que foi? Só disse o que vocês ficaram com vergonha de perguntar. — Rimos dela.
— Então doutora dá para saber o sexo?
— Sim… — ela volta a procurar algo. — Está vendo aqui? — ela aponta na tela.
— Estou.
— Isso
Estou tão feliz, por saber que serei pai de uma menina, já posso até vê-la correndo pelo jardim, me pedindo para brincar de boneca com ela e tudo mais. E agora só falta pedir Clara em casamento e ela aceitar para minha felicidade ser completa. Vou aproveitar que já comprei a aliança para pedi-la esta noite em casamento. Só o que me preocupa no momento é o fato de tudo estar quieto de mais. Dês da morte de Eduarda que não temos nem sinal do assassino em série. Sei que ele não desistiu de Clara assim tão facilmente. Ele é um psicopata e gosta de brincar com suas presas. Denis e Sérgio concordam comigo sobre isso. Falando neles, ambos estão trabalhando muito no caso. Se ao menos Clara se lembrasse do rosto do assassino. Os dois acham que deveríamos forçá-la mais para ver se conseguimos que ela se lembre. Eles sujeitam levá-la até o antigo apartamento dela, mas não permiti, pois, a gravidez dela é de risco e isso pode fazer mal a ela e ao bebê, e isso eu não permitiria. Aproveitei que
Acordo e dou de cara com um lindo vestido em minha poltrona. Isso só pode ser coisa de Marcos. Mas resolvo entrar na brincadeira. Tomo banho e o visto. Desço a escada e dou de cara com um lindo Marcos me esperando no pé da escada. “É impressão minha ou isso aqui está muito quieto e escuro? Cadê todos os meus seguranças. Ainda não vi nenhum.” Marcos me guia até os fundos da casa. Nossa hoje ele está tão misterioso. Quando volto a realidade fico boquiaberta com o que vejo. Não acredito no que estou vendo. Marcos preparou um piquenique iluminado por pisca piscas para nós dois. Que lindo que ficou. Ele me leva até a toalha onde me sento junto as almofadas. — Não acredito nisso. — Fico impressionada. — Queria comemorar que já sabemos o sexo da nossa filha. — Aí que lindo Marcos! — O abraço e beijo. — Que bom que gostou, espero que goste também da comida. Ele me explica que pediu para que os policiais, meus seguranças, fizessem a ronda, mas só na parte da frente. Está explicado o po
No outro dia, acordo como o sol forte que iluminava o quarto. Sinto um corpo quente ao meu lado e mãos sobre minha cintura me segurando, com cuidado me viro na cama dando de cara com um lindo homem adormecido. Marcos. Como tenho sorte de tê-lo em minha vida. Fico aqui quietinha olhando-o. Ele parece tão sereno dormindo nem parece o meu Marcos protetor, a não ser pelo seu braço ao meu redor que me prende a ele. Marcos faz isso sempre, dês de que saí do hospital. Acho que ele tem medo de algo acontecer comigo. Não resisto, levo minha mão até seu rosto e o acaricio para ter certeza de que ele está aqui comigo. É real. Faço isso sempre que acordo antes dele. Quero sempre ter a certeza de ele está aqui e me ama. Como sonhei com isso minha vida toda. Lembro-me da noite passada e de como nossa noite foi pra lá de maravilhosa, no final já cansados dormimos agarradinhos. — Você deveria voltar a dormir. — diz Marcos sonolento. — Desculpe não queria te acordar. — Ele pega a minha mão que est
Só pode ser brincadeira isso tudo. Como assim eles vão se casar. Não podem. Clara é minha, só minha. Já não basta eu ter tentado matar aquele idiota, mas não, ele tinha que ser resistente e não morreu durante o atropelamento. Cansei disso, fiquei parado por muito tempo, já é hora de voltar à matança. Se eles acham que se livraram de mim estão muito enganados. Se antes eu era ruim agora serei mil vezes pior. Agora minhas vítimas serão todas iguais a Clara, sem exceção. Quero ver a cara deles. Pois não tem nada que possa levar a mim. Vai ser maravilhoso voltar a brincar de caça aos ratos. Eles abusaram da sorte, agora sofrerão as consequências. Não permitirei que Marcos se case com minha Beatriz e nem que assuma a paternidade da minha filha. Não é por que quero dar fim a vida dela que ela deixará de ter meu sangue e meu gene. Já posso até ver o primeiro bilhete que deixarei. Vou a assustar bastante antes de fato atingi-la. Clara você vai se arrepender de tê-lo escolhido e não a mim.
Aquele filho da mãe voltou a atacar. Sabia que ele estava quieto demais. Se bem que demorou para ele reaparecer. Hoje quando cheguei na delegacia recebi o comunicado de mais uma vítima do assassino em série. Sem perder tempo fui até o local do crime. Lá encontro Sérgio e os outros policiais procurando pistas. Sérgio que estava perto do corpo quando me vê se levanta e vem até mim. — Ele mudou seu modus operandi. — diz me entregando um bilhete datilografado. Querida Clara fico feliz em saber que você está em um lugar seguro, mas sinto em lhe informar que não por muito tempo. Estou louco para te reencontrar. Fiquei sabendo que você não se lembra do nosso último encontro, o que é uma lástima, pois agora estou ainda mais ansioso pelo nosso próximo encontro. PS: Espero que não se importe, mas usei uma substituta para você já que não te tenho ao meu alcance. Termino de ler o bilhete e vou até o corpo da jovem. Surpreendo me ao perceber que ela tem as mesmas características de Clara. P
Nem preciso dizer que quando acordei Marcos ficou enchendo-me o saco. Tem hora que ele é muito controlador, o que me deixa louca. Não tiro a razão dele de se preocupar tanto comigo, mas tem hora que irrita. Depois desta morte muitas outras vieram em poucas semanas, em menos de um mês e meio o assassino em série já tinha matado treze mulheres. E isso me afetava cada vez mais. Pois eu sabia que todas as vítimas feitas por ele era um aviso direto para mim. Eu já não comia direito, e o que comia não parava em meu estômago. Em vez de engordar, estou emagrecendo. Marcos não sabe mais o que fazer para me ajudar coitado. Ele está sofrendo por não conseguir me ajudar e com isso acabo sofrendo mais ainda. Nestes últimos meses me tornei amiga de Denis e Sérgio. Eles são legais quando não estão falando de trabalho. Mas tenho que confessar que não gosto da maneira como Sérgio me olha. Não sei porquê, mas não me sinto cem por cento confortável perto dele apesar de tudo. Falando nele. Ele foi pe
Estou conversando com Denis quando Sérgio aparece sozinho. — Onde está Clara? — pergunto. — Na beira da piscina tomando suco. — Você deixou, ela sozinha? — Marcos, a casa está cercada por policiais armados, nada pode acontecer a ela. — diz Denis. — Não é isso que me preocupa, e sim o fato dela estar sempre passando mal e estar na beira da piscina sendo que ela não sabe nadar. Não demora, escuto um barulho vindo do lado de fora. — Clara!? Corremos para os fundos a procura dela. Olho para a piscina e vejo-a desacordada. Sem pensar muito pulo na água indo até ela. Pego-a no colo e a levo para a beira da piscina onde Denis e Sérgio me ajudam a retirá-la da água. Saio da água em seguida e faço massagem cardíaca seguida de respiração boca a boca. Entro em desespero pois ela não reage. — Vamos meu anjo, reage, você não pode me abandonar assim, seja forte pela nossa filha. Parecendo escutar meu pedido ela reage colocando água para fora e tossindo. — Obrigado Deus! — Marcos!? — fa
Consegui dar um susto bonito neles. Faz algum tempo que descobri que minha Beatriz não sabe nadar, vejam só. Esta descoberta foi perfeita, pois com ela bolei um plano. Ela já vinha passando mal. Foi só colocar um remedinho no suco dela para ver a magia acontecer. Viu com se deve aproveitar a oportunidade que temos. Aproveitei que Clara está fragilizada pelas mortes, sim, ela se sente culpada por cada vítima que faço. Foi tão fácil pegá-la desprevenida. Confesso que senti muito prazer em ver meu plano ser bem-sucedido. Quando vi o desespero de Marcos e Denis, minha felicidade chegou ao auge. Está certo que Clara demorou a recobrar a consciência. Posso dizer que por um segundo me preocupei com a vida dela, mas só por um segundo mesmo. Pois a Clara que estava ali na minha frente não era minha Beatriz, pelo menos não totalmente. Não entendo, porque ela não se lembra de mim. Será que ela não quer se lembrar? Acho que não, pois a verdadeira Clara, minha Beatriz, me amava muito. Bom já