Estou conversando com Denis quando Sérgio aparece sozinho. — Onde está Clara? — pergunto. — Na beira da piscina tomando suco. — Você deixou, ela sozinha? — Marcos, a casa está cercada por policiais armados, nada pode acontecer a ela. — diz Denis. — Não é isso que me preocupa, e sim o fato dela estar sempre passando mal e estar na beira da piscina sendo que ela não sabe nadar. Não demora, escuto um barulho vindo do lado de fora. — Clara!? Corremos para os fundos a procura dela. Olho para a piscina e vejo-a desacordada. Sem pensar muito pulo na água indo até ela. Pego-a no colo e a levo para a beira da piscina onde Denis e Sérgio me ajudam a retirá-la da água. Saio da água em seguida e faço massagem cardíaca seguida de respiração boca a boca. Entro em desespero pois ela não reage. — Vamos meu anjo, reage, você não pode me abandonar assim, seja forte pela nossa filha. Parecendo escutar meu pedido ela reage colocando água para fora e tossindo. — Obrigado Deus! — Marcos!? — fa
Consegui dar um susto bonito neles. Faz algum tempo que descobri que minha Beatriz não sabe nadar, vejam só. Esta descoberta foi perfeita, pois com ela bolei um plano. Ela já vinha passando mal. Foi só colocar um remedinho no suco dela para ver a magia acontecer. Viu com se deve aproveitar a oportunidade que temos. Aproveitei que Clara está fragilizada pelas mortes, sim, ela se sente culpada por cada vítima que faço. Foi tão fácil pegá-la desprevenida. Confesso que senti muito prazer em ver meu plano ser bem-sucedido. Quando vi o desespero de Marcos e Denis, minha felicidade chegou ao auge. Está certo que Clara demorou a recobrar a consciência. Posso dizer que por um segundo me preocupei com a vida dela, mas só por um segundo mesmo. Pois a Clara que estava ali na minha frente não era minha Beatriz, pelo menos não totalmente. Não entendo, porque ela não se lembra de mim. Será que ela não quer se lembrar? Acho que não, pois a verdadeira Clara, minha Beatriz, me amava muito. Bom já
Depois do incidente com a piscina, Marcos não me deixa chegar mais perto dela, não fico mais sozinha, sempre tem alguém junto comigo. Ordens de Marcos. Geralmente eles reservam entre eles, Marcos, Denis e Sérgio sempre um fica me vigiando, além dos meus seguranças.Isso está se tornando um saco, queria me lembrar logo para poder colocar este assassino atrás das grades e poder viver minha vida em paz. Por causa dele, vivo trancada, e a cada dia me sinto mais culpada pelas vítimas dele. O que não faz nada bem para minha gravidez.Semana passada tive até um sangramento, mas no final deu tudo certo, graças a Deus não perdi minha menina. A doutora Mia pediu para que evitasse o máximo de estresse possível. Mas isso é difícil em minhas condições.Se eu pudesse me lembrar, tudo seria tão mais fácil. E o pior de tudo que não quero que minha filha nasça neste ambiente conturbado e perigoso. Tudo que quero e mantê-la longe disso tudo. Mas o assassino em série faz novas vítimas e sempre deixa bil
Já é de tarde e nada de Marcos chegar. Vai ver ele virou vidente e viu que o aguardava quando chegasse em casa. Uma hora ele vai ter que aparecer, e quando isso acontecer. Coitado dele. Gente ele não vai morrer tão cedo, adivinhem quem acaba de aparecer na sala de TV. isso mesmo, Marcos. — Querida como foi seu dia? — pergunta se sentando do meu lado. — Me diz você Marcos. — Me viro em sua direção o olhando nos olhos. — Tia Kiara te contou, não é? — Sim, espero que tenha uma boa explicação. — Minha pequena, você sabe o porquê. — Ele tenta me abraçar, mas me desvencilho. — Sim sei bem. — Levanto-me. — Não sou de porcelana Marcos, e já te disse isso um milhão de vezes. Eu não posso e nem quero viver dentro de uma bolha. — Juro que não entendo você, só fiz isso para te poupar de um estresse desnecessário. — diz levando as mãos ao rosto. — Seu problema Marcos é achar que tudo é desnecessário. Floquinho é minha gatinha. E está sumida. — Sim, mas logo ela aparece. — Você é inacred
No outro dia de manhã aproveito que Marcos estava cansado e me levanto da cama, para ligar para o Sérgio. Ele e o único que me conta as coisas nesta casa. O telefone toca duas vezes antes dele atender. — Alô? — Sérgio, sou eu, Clara. — Clara!? O que foi? — O que aconteceu ontem além do assassinato? — Ele não te contou? — Não, o que? — Não sei se posso te falar então, Marcos pode não gostar. — Ah Sérgio, você é o único que me conta tudo. Pensei que fosse meu amigo. — É sou, só não posso te contar. — Ah vai, conta, ninguém vai ficar sabendo. — Ele parece pensar. — Eu não posso te dizer, mas se você ver os e-mails de Marcos talvez você descubra o que quer saber. — Como faço isso? E como vou saber em qual e-mail achar? — Marcos sempre deixa o e-mail dele aberto aí no computador, é simples e só procurar pelo último e-mail que eu mandei. — Aí te adoro. Muito abrigada! Tchau. — Tchau. — Desliga. Volto para o quarto para conferir se Marcos ainda estava dormindo. O encontro aga
Meu plano funcionou perfeitamente, com a morte da gatinha e com as mentiras de Marcos consegui fazer com que Clara se desentendesse com ele. Soube até que quase desmancharam o noivado, preferia que tivesse terminado, mas não se meche em time que está ganhando. O romance dos dois está por um fio. O que é perfeito, só falta ela recobrar a memória para que tudo fique perfeito. Estou adorando a aflição deles, já fiz quantas vítimas mesmo? Ah sim, cinquenta e seis. Está ficando difícil encontrar garotas como Clara. Tudo culpa do alerta que decidiram soltar na mídia informando que mulheres com as características como de Clara estavam em perigo. Isso dificultou um pouco as coisas para mim, mas ainda consigo encontra uma ou outra. Percebo que um sorriso se formou em meu rosto, fico assim toda vez que me lembro das mortes, dos gritos e das súplicas, mas no fim todas acabavam sangrando até a morte. E inacreditável a força de vontade que umas apresentam na tentativa em vão de se salvarem. Po
Tomo coragem e saio do carro e entro no edifício. Subo até meu apartamento. Paro enfrente a porta que está lacrada com fitas amarelas de não ultrapasse. As rasgo para poder entrar. Na sala uma porta em minha cabeça parece se abrir, muitas memórias me vêm daquele dia. Eu tinha viajado com Marcos, mas por causa de nossa briga resolvi voltar mais cedo. Lembro de chegar e ver a porta aberta o que era estranho pois não tínhamos o costume de fazer isso. Escuto um grito e corro para o quarto de Duda. Faço o mesmo assim como na minha memória. Chego no quarto, vejo Duda no chão coberta por sangue, e há um homem perto dela, sei que o conheço. Posso sentir isso, mas não consigo ver seu rosto. Minhas memórias param por aí. Voltando a realidade, vejo que estou parada na porta do quarto de Duda, assim como nos outros cômodos têm faixas amarelas. Entro, no chão ainda pude se ver o sangue. Vou até lá. Me sento no chão. — Desculpa Duda! Se eu tivesse chegado um pouco mais cedo poderia tê-la salvad
Adivinhem o que estou fazendo. Montando a árvore de natal e decorando a casa. Pois o natal está chegando faltam apenas 5 dias. Sei que não será o meu melhor natal, mas é o que tenho. Não pude comprar os presentes, porém pedi tia Kiara que comprasse para mim. Tenho que dizer que depois que dei uma escapulida e fui para meu antigo apartamento percebi que nunca tive e nem tenho culpa pelos assassinatos. Eu como as outras sou apenas uma vítima. Depois que me livrei dessa culpa minha saúde até melhorou. Já consigo comer melhor sem passar mal. Por causa disso consegui ganhar mais peso e minha barriga ficou maior. Então agora estou com mais dificuldade de fazer as coisas, por exemplo, vou ter que chamar Marcos para colocar a estrela no topo da árvore. O chamo e ele sobe na pequena escada para colocar a estrela. Depois que ele desse vem até mim e me abraça por trás. — Está tudo lindo. — Sim está, você caprichou. — diz beijando o topo da minha cabeça. — Sabe o que eu estava lembrando. —