VITÓRIA
Estávamos há duas horas acordados esperando o morcego zumbi aparecer, mas claro que ele não perderia a chance de nos fazer esperar aqui.
Confesso que fiquei muito curiosa com o que faríamos hoje e mais ainda com essa tal "informação importante" que ele possui e não quis falar, mesmo que eu tenha ido noite passada em seu quarto e ficado meia hora chorando aos seus pés implorando para que me contasse ao menos um pedacinho.
Me humilhei atoa, fiz tudo isso para no fim acabar sendo enxotada para fora do quarto por um Calebe muito zangado.
O que podia fazer, o perigo me atrai do mesmo modo que mel atrai ursos famintos. Eu não estou faminta, não por comida, mas por informação. Algo me diz que um acontecimento importante está por vir, que vai mudar o rumo de tudo.
— Vitória! — Gisele resmungou — Pare com isso agora.
A encarei com a sobrancelha arqueada, depois olhei para o lápis em minha mão, o qual eu estava usando pa
EMELIE Depois de uma noite mal dormida, devido às grandes reclamações de Ben sobre o quarto não estar a sua altura, levantamos bem cedo, a menina loira que estava com Calebe veio nos trazer o café da manhã e após nos encarar por um tempo, apenas saiu sem dizer nada. Na minha opinião, Ben, se tornou um pouco ranzinza depois que Dara informou que ficaria ausente por um tempo. Esperamos por algumas horas, que aparentavam ser uma eternidade, pensei que nossa presença só seria requerida à tarde. Com algumas batidas na porta, desperto dos devaneios e encaro a garota que veio nos guiar até a tal sala de reunião. Vitória, se não me engano, é o seu nome, negra, olhos castanhos, cabelos com cachos super definidos, pele sedosa e um sorriso de dar inveja. — O morcego zumbi, quero dizer, Calebe, ‘’pediu" educadamente para eu vir buscá-los. — informou me encarando. — Então, vamos! — Benjamim diz se levantando. — Espera! — ela quase
A nossa terra… Uma pequena esfera cheia de vida em meio a grande imensidão do espaço. No início, os demônios, tomavam conta, mas com muita luta foram vencidos, porém, milhares de anos depois eles ressurgiram com força total, prontos para destruir-nos sem um pingo de Piedade. Em todos os cinco continentes houveram ataques das forças de Trinity Maquiavel, por mais que fossem fracos, comparados aos ataques em Raise City para exterminar os Guerreiros Celestes, ainda assim tiveram suas consequências. As sedes da Corporação nas capitais, não fazia ideia do que estava havendo, e que todos os ataques ali presentes tinham ligação com Trinity. É certo que algo grande estava por vir, maior do que qualquer ser humano fosse capaz de suportar, mas até quando essa tormenta continuará? Pelas ruas de uma pequena favela, um casal caminha sorrateiramente, por entre os becos escuros e pessoas amedronta
Tudo ocorreu de acordo com o esperado, mesmo depois de alguns contratempos, finalmente estavam pousando no aeroporto de Raise City. A mulher encarou o céu cinzento tentando avistar o sol, ou alguns raios que sejam, porém, sem nenhum sucesso, pois o frio a neve e a escuridão parcial do dia se faziam presentes de maneira forte e implacável. Emília e Cléber entraram na limusine que os levaria ao lugar que tanto procuravam. As ruas da cidade estavam quase desérticas, alguns comércios ainda estavam fechados mesmo com o avanço do dia, na verdade, era até estranho, já que o ano novo havia se indicado pouco mais de dois dias atrás. Aquela cidade estava mais fria que o normal, a respiração se tornava fria assim que deixava o corpo quente. — Muito quieto e silencioso por aqui… — Cléber comentou quebrando o silêncio. — Agora que eu entendo o que somos, acho que preferia quando estávamos alheios a tudo. — resmungou. Cléber a abraçou
Pés descalços, roupas sujas e rasgadas, cabelos ao vento e respiração ofegante, compunha o visual da aluna que tentava impressionar o mestre. — Não precisa se esforçar tanto menina! — o homem reclama rindo. — Eu quero ter certeza que não falharei. — ela responde. O homem tinha uma aparência jovem e descontraída, porém era centrado, rígido e em uma idade bem avançada... Mesmo que quem o visse discordasse da última parte. — Você sabe que não pode vencer alguém mais experiente? — ele questiona tentando provocar. Ela assente com a cabeça, mas não se importa com o comentário, continua o treinamento pesado, usando toda a força restante, os Vaga-lumes¹ eram fortes, mas ela não desiste fácil... Aqueles seres brilhantes não davam trégua, apesar de pensarem ser apenas uma brincadeira. — Quando iremos para Raise City, Ben? — ela pergunta após perder pela décima vez. — Quando você vencer um Vaga-lume! — ele responde sério. Ela fecha a cara em desgosto e sai pisando duro pelo gramado verd
VitóriaNão tinha escapatória, eu estava cercada pelos inimigos, todos furiosos prontos para me estraçalhar a qualquer momento. — Não vão me pegar tão fácil! — grito antes de ataca-los. Uso minhas adagas para perfurar seus corpos e derrubá-los quase sem esforço, era como se não tivessem se importando. — Vitória! — eles gritam. — Que foi? — pergunto. — Só diga a verdade, não precisa de tudo isso. — Sofia resmunga. — É, sua louca, sabia que usar o dom da cura é cansativo? — Dalila comenta irritada. Fico emburrada. — Não deviam ter me atacado... — digo rindo — Não fui eu, juro, eu estava om Dimitrius, depois fui dormir, nunca jogaria as armas de vocês no lago. — Você ficou brava por ter sido rebaixada. — Bryan comenta. — Pela quinta vez esse ano... — Dalila me provoca. — ME DEIXA! Não fui eu e pronto, estou mais madura na arte das brincadeiras e irritações. Caminho mais rápido pelo que antes era o jardim, e agora estava coberto pela neve. O inverno havia chegado mais cedo es
RAISE CITY- CORPORAÇÃO N.V. VITÓRIA. Era nossa primeira missão oficial, porém nem todos pareciam alegres. Semile, Bryan e Lucas estavam encarregados da parte técnica, tínhamos até metade do 14° andar todinho pra gente, o que incluía oito salas, uma para cada um de nós sete, o que quer dizer que ainda sobra uma, e mais a sala de armas, e dois laboratórios. Eu, como líder tive que aprender um monte de coisas em menos de um dia com minha gêmea e o namorado dela, então já tinha um plano bolado na minha cabeça. Sofia e Dalila participariam da missão de campo e estavam muito animadas, a única pessoa infeliz nessa história era Dimitris que se negava a colaborar, pois afirmava que eu havia mudado muito em tão pouco tempo, assim não me importava mais com ele e me dedicava demais ao trabalho. A verdade é que ele estava fazendo ceninha para que eu ficasse com pena dele. Ganhamos contas no banco onde seria depositada semanalmente uma quantia ao qual seria utilizada no que necessitássemos.
RAISE CITY - BASE SECRETA - MANSÃO MACGREGOR. VITORIA Apesar de tudo, era impossível não se lembrar de tudo o que aconteceu há quase dois anos... As mortes de nossos amigos, parentes e companheiros, mexeram muito com muita gente, inclusive com nosso grupo de travessos que não está completo, faltam muitos dos nossos, mesmo que outros tenham aparecido, os lugares vazios em nossos corações permanecerão ocos... Josh, Lisa, Jadem, Carmem e... Emily! Nada é justo, poderíamos ter nos conhecido em outras ocasiões, sem mortes, brigas, traições ou qualquer coisa do tipo... Conseguimos convencer mamãe a nos dar a sala secreta, assim fizemos nossa base de operações especiais... Até tiramos uma foto em grupo para pendurar na parede... Ficou tudo bem organizado e houve várias modificações no resto da decoração e em relação aos aparelhos tecnológicos, graças aos nossos nerds profissionais... — Gostei do novo visual! — mamãe diz descendo a pequena escada da entrada — Eu trouxe biscoitos e cho
JADEM Depois de tanto tempo preso no submundo sobre as garras dos Chefões, finalmente tive uma grande sorte, ou melhor, uma segunda chance para me redimir de meus pecados... Ele apareceu na hora exata, ainda acho não ser digno de tudo o que aconteceu. O que Vitória acabou de me contar extinguiu todos os meus planos de ter paz na terra. A luz do sol não parecia tão convidativa agora. — Eu não posso dizer quem foi que me tirou, mas posso dizer tudo o que descobri... — comento receoso. Vitória ainda não aparentava estar crente de minha mudança, um tanto repentina para eles, porém longa para mim. — Não quero saber nada que venha de você. — ela resmunga. — Calma Vitoria, pense no que Calebe faria nessas situações. — o garoto que a acompanhava pediu. — Está bem... Prove que você realmente mudou. — ela diz autoritária. Eu não sabia exatamente como fazer isso, mas farei se for para me redimir. — O que quer que eu faça exatamente? — questiono. — Diga por que nos traiu e porque deve