JADEM
Mandy, aquela cadela demoníaca havia nos obrigado a jantar com ela, o tal cardápio era falso, demônios não costumam ter carne humana sempre...
Na verdade ela está interessada em Calebe, é impossível não perceber os olhares de curiosidade e as insinuações feitas por ela durante a refeição, os quais meu querido irmãozinho ignorou completamente.
Após constatar que não obteve sucesso em tentar conquistar Calebe e nem nos obrigando a contar o que estávamos fazendo nos domínios de Trinity, nos jogou em uma cela nos subterrâneos do castelo assombrado, onde tudo era escuro e sujo.
— Droga! Já estou com dificuldade de respirar e aquela m*****a pegou nossas mochilas com os objetos dentro. — resmungo mais para mim mesmo, já que Calebe estava distraído.
— Só as suas, consegui tirar alguns objetos da minha mochila. — ele diz calmamente.
Essa é a nossa diferença, ele pensou em tudo e e
CALEBE Levantando a cabeça, observo atentamente o local onde me encontro...Uma cela fria e escura. Meu corpo dói, meus olhos lutam para se manter abertos e não consigo identificar se ainda estou nos domínios de Trinity ou não. As lembranças dos últimos acontecimentos voltam com força total, o que faz minha cabeça girar com força, e sinto ânsia de vomito devido à forte tontura. Jadem e Korá conseguiram escapar, isso é bom, pelo menos estarei despreocupado em relação à essa questão... Aquela queda me fez um baita estrago, devo ter desmaiado por horas, talvez dias, não tenho como saber. A porta de ferro, a qual nem havia percebido, se abre vagarosamente e uma fraca luz invade o ambiente. Eu me encontrava em uma sala pequena, sem móveis, janela ou qualquer outra coisa, apenas meu corpo estirado no chão frio. — Como foi seu resto de tarde meu amor? — uma voz familiar pergunta. Se aproximando mais, consigo distinguir
VITÓRIA Estávamos há duas horas acordados esperando o morcego zumbi aparecer, mas claro que ele não perderia a chance de nos fazer esperar aqui. Confesso que fiquei muito curiosa com o que faríamos hoje e mais ainda com essa tal "informação importante" que ele possui e não quis falar, mesmo que eu tenha ido noite passada em seu quarto e ficado meia hora chorando aos seus pés implorando para que me contasse ao menos um pedacinho. Me humilhei atoa, fiz tudo isso para no fim acabar sendo enxotada para fora do quarto por um Calebe muito zangado. O que podia fazer, o perigo me atrai do mesmo modo que mel atrai ursos famintos. Eu não estou faminta, não por comida, mas por informação. Algo me diz que um acontecimento importante está por vir, que vai mudar o rumo de tudo. — Vitória! — Gisele resmungou — Pare com isso agora. A encarei com a sobrancelha arqueada, depois olhei para o lápis em minha mão, o qual eu estava usando pa
EMELIE Depois de uma noite mal dormida, devido às grandes reclamações de Ben sobre o quarto não estar a sua altura, levantamos bem cedo, a menina loira que estava com Calebe veio nos trazer o café da manhã e após nos encarar por um tempo, apenas saiu sem dizer nada. Na minha opinião, Ben, se tornou um pouco ranzinza depois que Dara informou que ficaria ausente por um tempo. Esperamos por algumas horas, que aparentavam ser uma eternidade, pensei que nossa presença só seria requerida à tarde. Com algumas batidas na porta, desperto dos devaneios e encaro a garota que veio nos guiar até a tal sala de reunião. Vitória, se não me engano, é o seu nome, negra, olhos castanhos, cabelos com cachos super definidos, pele sedosa e um sorriso de dar inveja. — O morcego zumbi, quero dizer, Calebe, ‘’pediu" educadamente para eu vir buscá-los. — informou me encarando. — Então, vamos! — Benjamim diz se levantando. — Espera! — ela quase
A nossa terra… Uma pequena esfera cheia de vida em meio a grande imensidão do espaço. No início, os demônios, tomavam conta, mas com muita luta foram vencidos, porém, milhares de anos depois eles ressurgiram com força total, prontos para destruir-nos sem um pingo de Piedade. Em todos os cinco continentes houveram ataques das forças de Trinity Maquiavel, por mais que fossem fracos, comparados aos ataques em Raise City para exterminar os Guerreiros Celestes, ainda assim tiveram suas consequências. As sedes da Corporação nas capitais, não fazia ideia do que estava havendo, e que todos os ataques ali presentes tinham ligação com Trinity. É certo que algo grande estava por vir, maior do que qualquer ser humano fosse capaz de suportar, mas até quando essa tormenta continuará? Pelas ruas de uma pequena favela, um casal caminha sorrateiramente, por entre os becos escuros e pessoas amedronta
Tudo ocorreu de acordo com o esperado, mesmo depois de alguns contratempos, finalmente estavam pousando no aeroporto de Raise City. A mulher encarou o céu cinzento tentando avistar o sol, ou alguns raios que sejam, porém, sem nenhum sucesso, pois o frio a neve e a escuridão parcial do dia se faziam presentes de maneira forte e implacável. Emília e Cléber entraram na limusine que os levaria ao lugar que tanto procuravam. As ruas da cidade estavam quase desérticas, alguns comércios ainda estavam fechados mesmo com o avanço do dia, na verdade, era até estranho, já que o ano novo havia se indicado pouco mais de dois dias atrás. Aquela cidade estava mais fria que o normal, a respiração se tornava fria assim que deixava o corpo quente. — Muito quieto e silencioso por aqui… — Cléber comentou quebrando o silêncio. — Agora que eu entendo o que somos, acho que preferia quando estávamos alheios a tudo. — resmungou. Cléber a abraçou
Pés descalços, roupas sujas e rasgadas, cabelos ao vento e respiração ofegante, compunha o visual da aluna que tentava impressionar o mestre. — Não precisa se esforçar tanto menina! — o homem reclama rindo. — Eu quero ter certeza que não falharei. — ela responde. O homem tinha uma aparência jovem e descontraída, porém era centrado, rígido e em uma idade bem avançada... Mesmo que quem o visse discordasse da última parte. — Você sabe que não pode vencer alguém mais experiente? — ele questiona tentando provocar. Ela assente com a cabeça, mas não se importa com o comentário, continua o treinamento pesado, usando toda a força restante, os Vaga-lumes¹ eram fortes, mas ela não desiste fácil... Aqueles seres brilhantes não davam trégua, apesar de pensarem ser apenas uma brincadeira. — Quando iremos para Raise City, Ben? — ela pergunta após perder pela décima vez. — Quando você vencer um Vaga-lume! — ele responde sério. Ela fecha a cara em desgosto e sai pisando duro pelo gramado verd
VitóriaNão tinha escapatória, eu estava cercada pelos inimigos, todos furiosos prontos para me estraçalhar a qualquer momento. — Não vão me pegar tão fácil! — grito antes de ataca-los. Uso minhas adagas para perfurar seus corpos e derrubá-los quase sem esforço, era como se não tivessem se importando. — Vitória! — eles gritam. — Que foi? — pergunto. — Só diga a verdade, não precisa de tudo isso. — Sofia resmunga. — É, sua louca, sabia que usar o dom da cura é cansativo? — Dalila comenta irritada. Fico emburrada. — Não deviam ter me atacado... — digo rindo — Não fui eu, juro, eu estava om Dimitrius, depois fui dormir, nunca jogaria as armas de vocês no lago. — Você ficou brava por ter sido rebaixada. — Bryan comenta. — Pela quinta vez esse ano... — Dalila me provoca. — ME DEIXA! Não fui eu e pronto, estou mais madura na arte das brincadeiras e irritações. Caminho mais rápido pelo que antes era o jardim, e agora estava coberto pela neve. O inverno havia chegado mais cedo es
RAISE CITY- CORPORAÇÃO N.V. VITÓRIA. Era nossa primeira missão oficial, porém nem todos pareciam alegres. Semile, Bryan e Lucas estavam encarregados da parte técnica, tínhamos até metade do 14° andar todinho pra gente, o que incluía oito salas, uma para cada um de nós sete, o que quer dizer que ainda sobra uma, e mais a sala de armas, e dois laboratórios. Eu, como líder tive que aprender um monte de coisas em menos de um dia com minha gêmea e o namorado dela, então já tinha um plano bolado na minha cabeça. Sofia e Dalila participariam da missão de campo e estavam muito animadas, a única pessoa infeliz nessa história era Dimitris que se negava a colaborar, pois afirmava que eu havia mudado muito em tão pouco tempo, assim não me importava mais com ele e me dedicava demais ao trabalho. A verdade é que ele estava fazendo ceninha para que eu ficasse com pena dele. Ganhamos contas no banco onde seria depositada semanalmente uma quantia ao qual seria utilizada no que necessitássemos.