SOFIA
Apesar de Trinity não ter declarado guerra, estávamos totalmente cientes de tudo e um confronto eminente. Os preparativos estão quase no fim, logo teremos uma chance, mesmo que mínima, de vencer novamente.
Passamos o resto da manhã e uma parte da tarde preparando o novo QG dos caça-anjos.
Agora, Romero, nos liberou para que pudéssemos ir para casa, tomar banho e trocar de roupa, porque temos uma boate para "invadir" sorrateiramente.
Quem não estava feliz? Obviamente a cabeça dura da Vitória, ela queria ser a primeira, a saber, de tudo, não gostou do fato de Jadem não compartilhar parte da informação sobre a missão.
— Cuida, Vitória! — gritei novamente na porta de seu quarto.
Ela saiu de lá, parecia mais velha, com uma maquiagem pesada e os cachos totalmente presos. Quase igual a Valery.
— Estou pronta. — responde passando por mim.
Reviro os olhos antes de acompanha-la.
Lá embaixo, Calebe n
VALERY Não sabemos há quanto tempo estamos presos aqui, nesse maldito buraco, sob os olhares dos demônios famintos por sangue. Eu estou faminta, suja, com sono e muito irritada. Durante horas, esses malditos demônios nos provocaram, queriam que nós os atacássemos para que tivessem um motivo para revidar. Típico deles, sem escrúpulos e se aproveitam de qualquer oportunidade... Adoram derramar sangue sem motivos aparentes. — Como estão? — a garota, Mandy, pergunta ao retornar após horas. Mantemo-nos calados, tudo o que disséssemos poderia ser um falso motivo para que usem contra nós. — São tímidos, que gracinha... Algo apita em seu bolso, e ela o pesca, um celular de última geração, devia ser uma mensagem importante, pois ela a leu em silencio. — Mestra Trinity já deu o veredito, podemos nos livrar de cada um de vocês... — Mandy informa. - Divirtam-se meninos! Ela sai saltitando de alegria e os demônios s
CALEBE Ainda estava tudo escuro... Demorou longos minutos antes que as sombras se dissipem e nos deparemos com um cenário totalmente diferente do que antes estávamos. Montanhas com lava escorrendo, terra negra com cheiro de enxofre, fuligem, arvores petrificadas, rios de lava incandescente e gêiseres de agua fervente compunham o ambiente. O ar rarefeito e ceco dificultava a respiração. Nossa pele já estava ressecada, os olhos lacrimejavam e os lábios rachados, com os poucos segundos ali. — Estou sufocando! — Jadem sussurra caindo de joelhos. Peguei sua mochila e procurei algo pudesse usar para ajudá-lo a respirar melhor. Havia um saco de ano médio, logo em cima, e em seu interior estavam alguns pedaços grandes de pano e um pote com algum tipo de liquido dourado dentro. Rapidamente descobri para que servia, não precisava ser gênio para perceber. Peguei um dos pedaços de pano, molhei com o liquido
JADEM Mandy, aquela cadela demoníaca havia nos obrigado a jantar com ela, o tal cardápio era falso, demônios não costumam ter carne humana sempre... Na verdade ela está interessada em Calebe, é impossível não perceber os olhares de curiosidade e as insinuações feitas por ela durante arefeição, os quais meu querido irmãozinho ignorou completamente. Após constatar que não obteve sucesso em tentar conquistar Calebe e nem nos obrigando a contar o que estávamos fazendo nos domínios de Trinity, nos jogou em uma cela nos subterrâneos docasteloassombrado, onde tudo era escuro e sujo. — Droga! Já estou com dificuldade de respirar e aquela m*****a pegou nossas mochilas com os objetos dentro. — resmungo mais para mim mesmo, já que Calebe estava distraído. — Só as suas, consegui tirar alguns objetos da minha mochila. — ele diz calmamente. Essa é a nossa diferença, ele pensou em tudo e e
CALEBE Levantando a cabeça, observo atentamente o local onde me encontro...Uma cela fria e escura. Meu corpo dói, meus olhos lutam para se manter abertos e não consigo identificar se ainda estou nos domínios de Trinity ou não. As lembranças dos últimos acontecimentos voltam com força total, o que faz minha cabeça girar com força, e sinto ânsia de vomito devido à forte tontura. Jadem e Korá conseguiram escapar, isso é bom, pelo menos estarei despreocupado em relação à essa questão... Aquela queda me fez um baita estrago, devo ter desmaiado por horas, talvez dias, não tenho como saber. A porta de ferro, a qual nem havia percebido, se abre vagarosamente e uma fraca luz invade o ambiente. Eu me encontrava em uma sala pequena, sem móveis, janela ou qualquer outra coisa, apenas meu corpo estirado no chão frio. — Como foi seu resto de tarde meu amor? — uma voz familiar pergunta. Se aproximando mais, consigo distinguir
VITÓRIA Estávamos há duas horas acordados esperando o morcego zumbi aparecer, mas claro que ele não perderia a chance de nos fazer esperar aqui. Confesso que fiquei muito curiosa com o que faríamos hoje e mais ainda com essa tal "informação importante" que ele possui e não quis falar, mesmo que eu tenha ido noite passada em seu quarto e ficado meia hora chorando aos seus pés implorando para que me contasse ao menos um pedacinho. Me humilhei atoa, fiz tudo isso para no fim acabar sendo enxotada para fora do quarto por um Calebe muito zangado. O que podia fazer, o perigo me atrai do mesmo modo que mel atrai ursos famintos. Eu não estou faminta, não por comida, mas por informação. Algo me diz que um acontecimento importante está por vir, que vai mudar o rumo de tudo. — Vitória! — Gisele resmungou — Pare com isso agora. A encarei com a sobrancelha arqueada, depois olhei para o lápis em minha mão, o qual eu estava usando pa
EMELIE Depois de uma noite mal dormida, devido às grandes reclamações de Ben sobre o quarto não estar a sua altura, levantamos bem cedo, a menina loira que estava com Calebe veio nos trazer o café da manhã e após nos encarar por um tempo, apenas saiu sem dizer nada. Na minha opinião, Ben, se tornou um pouco ranzinza depois que Dara informou que ficaria ausente por um tempo. Esperamos por algumas horas, que aparentavam ser uma eternidade, pensei que nossa presença só seria requerida à tarde. Com algumas batidas na porta, desperto dos devaneios e encaro a garota que veio nos guiar até a tal sala de reunião. Vitória, se não me engano, é o seu nome, negra, olhos castanhos, cabelos com cachos super definidos, pele sedosa e um sorriso de dar inveja. — O morcego zumbi, quero dizer, Calebe, ‘’pediu" educadamente para eu vir buscá-los. — informou me encarando. — Então, vamos! — Benjamim diz se levantando. — Espera! — ela quase
A nossa terra… Uma pequena esfera cheia de vida em meio a grande imensidão do espaço. No início, os demônios, tomavam conta, mas com muita luta foram vencidos, porém, milhares de anos depois eles ressurgiram com força total, prontos para destruir-nos sem um pingo de Piedade. Em todos os cinco continentes houveram ataques das forças de Trinity Maquiavel, por mais que fossem fracos, comparados aos ataques em Raise City para exterminar os Guerreiros Celestes, ainda assim tiveram suas consequências. As sedes da Corporação nas capitais, não fazia ideia do que estava havendo, e que todos os ataques ali presentes tinham ligação com Trinity. É certo que algo grande estava por vir, maior do que qualquer ser humano fosse capaz de suportar, mas até quando essa tormenta continuará? Pelas ruas de uma pequena favela, um casal caminha sorrateiramente, por entre os becos escuros e pessoas amedronta
Tudo ocorreu de acordo com o esperado, mesmo depois de alguns contratempos, finalmente estavam pousando no aeroporto de Raise City. A mulher encarou o céu cinzento tentando avistar o sol, ou alguns raios que sejam, porém, sem nenhum sucesso, pois o frio a neve e a escuridão parcial do dia se faziam presentes de maneira forte e implacável. Emília e Cléber entraram na limusine que os levaria ao lugar que tanto procuravam. As ruas da cidade estavam quase desérticas, alguns comércios ainda estavam fechados mesmo com o avanço do dia, na verdade, era até estranho, já que o ano novo havia se indicado pouco mais de dois dias atrás. Aquela cidade estava mais fria que o normal, a respiração se tornava fria assim que deixava o corpo quente. — Muito quieto e silencioso por aqui… — Cléber comentou quebrando o silêncio. — Agora que eu entendo o que somos, acho que preferia quando estávamos alheios a tudo. — resmungou. Cléber a abraçou