O casamento é um contrato.Mas é muito mais que isso.O casamento é amor. É... compromisso.— Brooklyn Nine–NineO casamento. Eu nunca imaginei que me casaria e na verdade, isso nunca foi a minha prioridade. Eu não queria trazer mais alguém para as minhas merdas, eu não achava justo.Mas, era necessário, não era? Ava havia aceitado e a partir de hoje, seriamos marido e mulher. Esperava que a nossa boa convivência se perpétuasse. Ava era bonito, inteligente e engraçada. Eu acreditava que boa parte dela se remoia para aceitar que esse casamento seria seu passe livre e ao mesmo tempo, sentia o medo corroer as suas entranhas.Ela não tinha medo de mim, mas tinha medo deles.. tinha medo futuro. Ela tinha medo de que eu fosse deixa-la sozinha, mesmo que eu tenha jurado que cuidaria dela.Respirei fundo, eu ainda estava nervoso. Minha cabeça repassava todo o plano, a todo momento. Mas ainda assim, a necessidade de fazer Ava feliz estava presente. Ela estaria presa em mim pelo resto de sua vi
Abri a porta do quarto, deixando a brisa do mar e o calor do sol invadirem o quarto. Ava resmungou sobre a cama e se sentou, coçando os olhos.- Que horas são? - Ela resmungou.- Dez da manhã. - Respondi, me sentando ao seu lado.- Eu não quero sair da cama. - murmurou, se enrolando nos lençóis.- E não precisa. - me aproximei, beijando seu pescoço. - podemos ficar aqui e consumar nosso casamento.- É assim que vai funcionar? - Ela me afastou um pouco e encarou meus olhos.- Assim como? - levantei uma sobrancelha. - somos casados. Casais transam.- Eu sei, mas.. - Ela respirou fundo e passou a mão no rosto. - filhos, vamos tentar filhos?- Ava, eu sou o herdeiro, eu preciso ter filhos.. - eu comecei a explicar. - é a minha vida, e você faz parte dela agora. Temos que ter, no mínimo, dois filhos.- Dois? - ela mordeu o canto da boca. - tem certeza?- Você tem medo? - eu perguntei e ela assentiu. - não precisa, meu bem.- Mas, a gente vai tentar agora? - ela perguntou receosa.- A gente
— Olá a todos. — Vladmir disse, ajeitando o terno sobre o corpo. — Convoquei essa reunião, pois desejo discutir um assunto sério com os senhores.Me apoiei no braço da cadeira, apertando um pouco mais as mãos. O ódio que percorria as minhas veias e gritava para sair todas as vezes que olhava em seus olhos era grande. Era, claramente, perceptível que eu queria mata-lo.— Antes, meus parabéns, meu filho. — Ele sorriu sarcástico e encarou a câmera. — Ela é uma mulher, excepcionalmente, bonita.— E inteligente. — Completei, estalando meus dedos. — Achei que soubessem das minhas férias dessa vida. Queria que a minha mulher e eu tivéssemos um pouco de paz.— Esqueceu da regra, Nikolai? — Vladmir disse duro. — Você tem de estar disponíveis a máfia, mesmo que a sua esposa esteja dando a luz.— Está logo abaixo daquela regra que abomina homens que batem, traem e maltratam suas esposas. — Levantei uma sobrancelha.Ele respirou fundo algumas vezes e me ignorou. Sorri de lado, desviando meus olho
Ava me encarou novamente. Parecia confusa, enquanto engolia alguns morangos e percorria os olhos entre mim e a televisão.- Pode perguntar, Ava. - Disse, soltando um suspiro alto.- Eu não.. - Ela começou a dizer e eu a encarei entediado. Ava soltou todo o ar e por fim, começou a dizer. - Porquê ficou tão preocupado após ter recebido aquele bilhete?Minha cabeça trabalhou por alguns segundos, decidindo se eu deveria ou não contar a ela o que estava acontecendo.- Acho que eu preciso mesmo te contar, não? - Eu disse, me aconchegando ao seu lado na cama. - Igor Pavlov é meu primo, ele é filho do irmão falecido do meu pai.. - fiz uma pausa e encarei o teto. - digo, de Vladimir.. - corrigi. - Ele era uma boa pessoa, costumava ser um dos meus melhores amigos. Quando eu fiz meus dezessete anos, eu arrumei uma namorada, ela era linda e era legal, eu estava loucamente apaixonado por ela e faria qualquer coisa para me casar com Briana, se não fosse por Igor. - Fiz uma longa pausa, apertando os
A brisa fresca batia contra o meu rosto, enquanto eu observava as ondas crescerem e se desmancharem na beira da praia. A espuma branca tocava levemente os meus pés fazendo um arrepio correr pelo meu corpo quando eu sentia o frio tocar a minha pele.Olhei para o céu, encontrando o sol em seu topo, rodeado pelas mais diversas nuvens brancas como algodão doce. Os pássaros voavam pela imensidão azul, deixando o delicado céu um pouco mais agitado e preenchendo o ar com os seus cantos. Observei Ava emergir da água fria e sorrir para mim. Ela veio caminhando até mim, enquanto espremia seus cabelos e ria. O biquíni branco abraçando seu corpo, que para mim, parecia tão frágil. — A água está uma delicia. —Disse, chegando perto. — Que bom que gostou. — Sorri, entregando-lhe a canga azul,— Você deveria entrar. — Ela disse, enquanto fazia um nó com o tecido na cintura. —Não gosto de água salgada. — Dei os ombros. — Você não sabe o que está perdendo. — Brincou. — Estou morta de fome, podemos
Nikolai. As coordenadas chegaram pouco depois de eu ter me levantado. Me vesti com uma calça, sapatos e uma blusa social e sai do quarto, batendo a porta atrás de mim. — Cuidem de Ava. — mandei. — se algo acontecer com ela, suas famílias irão pagar.. e caro. No momento, a segurança de Ava era mais importante que qualquer porra de máfia, ela era a minha esposa afinal. Respirei algumas vezes, tentando me manter calmo, seja lá o que fosse, era o meu trabalho e eu tinha que cumprir. Chequei o porta luvas e tirei a arma de dentro, checando as balas antes de voltar a minha atenção para frente e dar partida no carro. Liguei o GPS, pegando a primeira via que encontrei. O lugar não era tão longe, ficava a quarenta minutos de distância e se eu corresse, apenas vinte. Pisei fundo no acelerador, enquanto tentava ler algumas mensagens que Dimtry enviava. Aparentemente, Gregório Solano — um dos homens que trabalhava para a máfia e guardava informações importantes — havia trocado
Nikolai. A faca percorreu toda a extensão do seu braço, o sangue começou a escorrer, manchando todo o chão e toda a sua roupa. Seus gritos podiam ser escutados a quilômetros, enquanto eu continuava o meu trabalho. Ter platéia não era o meu forte, por isso, pedi para que o resto do pessoal saísse. Só ficamos eu e ele. Era irônico estar desse lado, algumas mãos já foram cortadas por ele e agora, a cabeça dele estava em jogo. Limpei a faca na sua camisa branca e me afastei um pouco, tentando analisar o pequeno estrago que havia feito. Os cortes eram superficiais, mas o sangue jorrava como se uma torneira tivesse sido aberta. Pisei na pequena poça e fiz uma careta. - Está preparado para falar? - Perguntei. - Nikolai, eu não fiz nada. - Ele disse, entre um gemido e outro. - Sabe que fez, Greg. - Eu ri. - E sabe que o pagamento é doloroso. Percorri novamente pelas prateleiras e passei o dedos pelas facas e peguei a maior delas. Era afiadas e brilhante. Me aproximei dele a
Ava. Encarei a porta mais uma vez, sentindo a duvida me corroer por dentro. Eu estava tentando manter o controle e me manter aqui dentro — depois de ter sido impedida por um dos seguranças. Nada de praia, nada de areia e nada de Nikolai. Mudei o canal novamente sentindo falta da programação americana. Meus pensamentos percorreram quilômetros até chegarem a minha família. O que eles estariam fazendo? Um barulho na fechadura me deixou em alerta, me levantei e parei de frente para a porta. Nikolai abriu a porta rapidamente, com a sua habitual cara de poucos amigos, a diferença era o sangue que cobria todo o seu corpo. Dei um grito baixo e me aproximei, sendo afastada pelo mesmo. — O sangue não é meu, e está tudo bem. — Ele disse, segurando minhas mãos. — Você se machucou? — Fiz bico. Niko revirou os olhos e respirou fundo, seus olhos encararam a varanda por alguns segundos e depois voltaram para mim. — Podemos falar sobre isso outra hora? — Ele passou a mão nos cabe