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Capítulo 05: Noite especial

Isso é algum tipo de brincadeira de mal-gosto? — Encarei Maestro recostado em seu Bugatti Chiron estacionado na porta do hotel.

Embora estivesse de camiseta preta e paletó cinzento, ele estava arrumado de um jeito diferente, como quem realmente passou um tempo escolhendo suas roupas e não pegando qualquer coisa no armário. Vi que estava até de sapatos dessa vez, de bico quadrado, mas continuava de meias estampadas: roxas, com triângulos pretos.

Vamos, pegue logo são para você. — Empurrou o ramalhete de orquídeas e tulipas rosáceas na minha direção, pigarreando e coçando o nariz, com a cabeça um pouco baixa. — E prometo não falar nada sobre essa saia curta.

Já falou. — Retruquei amarga e estiquei as mãos para pegar o buquê. Eu estava me sentindo até conservadora, com uma mini-saia preta e uma jaqueta de couro.

Gianna e Surya passaram por mim assobiando uma canção abraçadas enfiadas em um vestido tubinho e seguiram para o carro detrás, onde Enrico e Benito já estavam esperando por elas. Piersanti e dois outros soldados pegaram outro veículo, meu guarda-costas passou por nós cumprimentando Maestro que soltou um sorriso simpático em sua direção.

Suspirei resignada. Confesso que não esperava Maestro entre as pessoas que iriam na boate com a gente, mas quando ele sorria assim, tão cheio de simpatia e alegre, eu até me esquecia do machista que ele era.

Vamos, eu te levo. — Maestro apontou para seu veículo. Não era como se eu pudesse recusar sem causar uma tempestade. Contornei o carro e parei diante da porta, Maestro ficou me encarando. — Não pode reclamar de machismo e ficar esperando que eu vá abrir a porta. — Com o ramalhete apontei para a porta, insistindo, sem dizer nada. Maestro suspirou, mas contornou e abriu. — Pronto, principessa, pronto!

Grazie! — Sentei no banco com as flores no colo. Esperei Maestro dar a volta e notei que todos estavam esperando por ele para saírem com seus carros. — Podemos ligar o rádio dessa vez?

Você não vai gostar do que eu escuto. — Decretou batendo a porta.

No instante em que deu ignição o carro prendeu o cinto de segurança automaticamente. O ar condicionado disparou e a lufada de ar trouxe o seu perfume intenso de água marinha para mim. Deus! Ainda bem que eu estava sentada!

Depende, é música clássica? — Fingi um bocejo.

Er… Não. — Ele franziu a testa. — Black Sabbath.

Está brincando? Eu adoro. — Sorri, apontando para o rádio. — Coleciono vinis raros, quem sabe um dia eu te mostre minha coleção.

Maestro deu um sorriso fofo, um tipo de sorriso que eu ainda não tinha visto, mas que tinha o poder de me alegrar. De repente eu estava energizada e radiante!

Nesse caso… — Ele apertou o botão para ligar o rádio, abaixando um pouco o volume.

Segurei em sua mão, deslizando meus dedos nos dele, que causou um leve franzir em suas sobrancelhas escuras, o anel magno da Giostra em seu indicador era sexy. Girei o botão circular, aumentando um pouco o volume do rádio, até que eu pudesse sentir o som batendo na minha garganta.

Gosto assim. — Encarei ele com intensidade lambendo a parte superior dos lábios.

Maestro ficou parado me encarando, com se estivesse me vendo pela primeira vez. Gostei daquele olhar, soltei sua mão e ele saiu com o carro da vaga, dessa vez não dirigindo feito um maníaco. Fui cantando a letra da música e ele fazendo as batidas no volante com os dedos.

♞♞♞

O jeito como Surya estava rebolando aquele traseiro causaria um tiroteio na boate caso Andrea estivesse conosco. Ela e Gia se soltaram por completo com a existência de um cano de poledance no meio a pista de dança. Pude ver os olhos esmeraldas de Benito explodirem como fogos de artifício ao dançar com a morena, não deixando mais nenhum outro homem chegar perto.

Enrico, meu primo com fama de sedutor, manteve-se mais calado e quieto, bebendo no bar e flertando com uma ruiva que não parava de sorrir, ela certamente era de fora da máfia, ou uma das garotas do entretenimento. Não havia apenas a gente nessa festa, aquelas pessoas dançando pareciam turistas e simplesmente não faziam ideia de que todos nós estávamos armados.

Deixei o ramalhete de orquídeas e tulipas no carro de Maestro, confesso que gostei que o buquê era cor-de-rosa dessa vez, mais sentimental e carinhoso da parte dele trocar a cor das flores.

Descemos do veículo quase que ao mesmo tempo, em clima milagroso de paz e ele apressou os passos para me alcançar. Adentrou a boate com a mão em minha lombar e cuspiu para o segurança da entrada que eu era sua noiva, o homem na hora tirou os olhos de mim, com respeito. Não achei que ele fosse da máfia e o meu coração saltou ao perceber que o mundo todo me veria como sua esposa a partir do dia que eu subisse no altar. E não faltava muito tempo.

Sua mão possessiva ficava sempre por perto, fosse no meu ombro, na minha nuca, no meu braço, ou, onde eu preferia: nas minhas costas. Estava me acostumando em ter aqueles dedos contra minha pele ou minhas roupas e isso era muito perigoso.

A música que estava tocando não era do meu agrado, mas se eu estivesse sem a companhia do meu noivo eu estaria da mesma forma que Surya, empinando a bunda na direção de todo mundo! Gosto de me divertir, além disso, nenhum homem teria chance de encostar em mim de forma maliciosa, meus primos não deixariam e os guardas-costas fariam seu serviço sujo na rua detrás da boate. Nós mulheres da máfia não temos realmente que nos preocupar, os homens se preocupam em nosso lugar.

Uma vez quando tínhamos por volta dos dezoito ou dezenove anos, quando havíamos acabado de conquistar nossa liberdade, não tínhamos muito noção de que éramos pessoas distintas da massa e era comum frequentarmos boates comuns. Fomos em uma superlotada e um rapaz passou a mão no traseiro de Gianna sem permissão, Benito quebrou o nariz dele na hora e Enrico certamente se meteu no meio. Até eu chutei um amigo dele que veio para cima da gente. Foi divertido, mas assustador, quase envolveu a polícia e tivemos que prometer aos nossos pais que nunca mais iríamos nos meter nessas novamente. Tinha uma lista pequena de boates que podíamos frequentar e algumas proibidas que pudessem estar sob o domínio de alguma gangue local. Eu tinha certeza que ninguém deixaria Maestro Baroni pisar naquela casa noturna sem que fosse seguro e até desconfiava que as pessoas na boate pudessem ser atores contratados, se não fossem turistas.

De cima do camarote reservado eu observava as meninas dançando e aproveitava para beber bastante franciacorta, estavam servindo um rótulo delicioso. Maestro deslizou a mão na minha cintura, me forçando um pouco contra o seu corpo, ele parecia tomar posse toda vez que alguém olhava para nós, ou para mim, não sei dizer. E eu sei que deveria reclamar, falar alguma coisa para provar o quanto ele era machista, mas talvez o nível de álcool no meu sangue estivesse mudando a perspectiva que eu tinha das coisas: estava gostando dessa possessão, de seu cheiro, da sensação de sua barba na minha têmpora quando ele se aproximava demais.

O acelerar no meu coração era um sinal que eu queria ignorar, por isso me afastei, rindo e virei de frente para ele.

De quem foi a ideia de vir aqui? Foi sua? — Perguntei dando um gole na taça.

Não, não realmente. — Ele balançou a cabeça, mantendo seus olhos na pista antes de olhar-me. Sorri. — Queria te deixar mais a vontade e Enrico disse que você gostava de dançar. Benito me convenceu de que o lugar estaria seguro.

E o buquê? — Ergui uma sobrancelha.

Tome-o como um presente de coração. — Falou. Gostei de como as luzes da boate pintaram o seu rosto.

Maestro Baroni tem coração? — Eu ri.

A verdade poderia surpreender você. — Maestro decretou. Fiz uma careta. — Não crê? O que pensa? Que sou algum monstro?

Monstro? Não. — Balancei a cabeça negando. A forma com que ele franziu a testa legitimamente preocupado com minha opinião me fez querer alcançá-lo, desdobrei a lapela esquerda de seu paletó. — Você é muito bonitinho para ser um monstro, Maestro.

Bonitinho? — Ele desafiou, se aproximando, sua mão, que ele falhava em deixar longe de mim, alcançou minhas costas. — Pense de novo.

Um homem bonito. — Eu disse, apoiando minha mão em seu peito musculoso. Ele quase sorriu, mordeu o lábio. — Cheiroso… Sedutor.

Sedutor? — Repetiu com a voz ronronando. Seus braços estavam mais firmes em minha cintura e ele me apertava forte. — Fale isso de novo.

Sedutor. — Repeti, piscando longo.

Foi o suficiente para ele cortar o ar entre nós e atravessar minha boca com um beijo. Quase derrubei franciacorta em seu terno, mas não acho que ele teria se importado. Maestro me beijou com lábios vigorosos e o hálito de uísque, arranhando meus lábios com sua barba escura.

Segurei em seu rosto e acariciei os cabelos perto da orelha, com a unha, ele mordiscou minha boca. Isso não se faz! Entre seus braços eu parecia uma garota de quinze anos com tesão, inerte, rendida em seus músculos potentes, o excitante era a pistola por dentro do terno, no coldre, perto de onde eu estava com as mãos abraçando-o.

Não tinha previsto isso. Essa sensação louca que Maestro causava em mim e esse encanto estranho, que me fazia ter raiva e ao mesmo tempo querer arrancar suas roupas. Tudo bem, eu estava beijando o meu noivo, o homem que eu ia casar, mas também a um desconhecido de quem eu sabia muito pouco e tentava desvendar com a ponta da língua.

Terminamos aquele beijo com bitocas lentas e ele estava com as mãos em minhas costas me inclinando, querendo mais. Estávamos ofegantes, mas apenas nos encaramos, sorrimos e voltamos para a festa. As palavras sumiram, dando lugar para alguns beijos. Gianna foi a primeira que viu e cutucou Surya e Benito, eles pareceram torcer por mim, parecia até natural.

♞♞♞

Maestro estava derrubando o peso de seu corpo em cima de mim sobre a cama da suíte em que eu estava hospedada e não é como se fossem nos impedir. Ele era meu noivo, futuro marido e eu estava louca de tesão como nunca antes.

A sensação de sua barba contra minha pele era uma insanidade, a ereção que ele tinha entre as pernas ficava cada vez mais rígida e eu deslizei a mão sobre ela algumas vezes, até que resolvi abrir o cinto.

O que está fazendo, Firenze? — Perguntou-me interrompendo o beijo. Minha mão estava em sua nuca, os dedos afundados naqueles cabelos macios e escuros. Sorri, deslizando a outra mão entre suas pernas. — Espere. — Ele pediu indeciso.

Você é meu noivo, Maestro, não é como se fosse o fim do mundo. — Resmunguei puxando seus lábios deliciosos com os dentes.

O que eu fizer essa noite pode ser um arrependimento depois, além disso, você tomou muito franciacorta. — Ele me repreendeu, caindo para o lado da cama.

Você também tomou. — Eu não estava disposta a desistir e apenas me joguei por cima dele, suas mãos não conseguiram evitar o desejo e subiram pelas minhas coxas. Rebolei, fazendo-o arfar pesado. — E não se preocupe com esse lance de virgindade, podemos fazer muitas coisas antes de você me tomar na lua de mel.

Houve um pouco de silêncio enquanto ele ponderou calado aquelas palavras, seu rosto ficou mais sérios e os olhos estreitos.

É o que tem feito com seus namorados? — Perguntou derrubando as sobrancelhas, enciumado.

Hm. Ciúmes? Gostei daquilo. Não imaginei que aquela possessão fosse me deixar excitada, mas ele sabia me fazer parecer importante, desejada. E eu gostei.

Aproximei os lábios de sua orelha, sussurrando:

Não tive namorados, Maestro, respeitei nosso casamento. — Segurei as mãos dele contra meus seios. — Venha, me toque.

Er… Melhor não. — Ele me empurrou para o colchão, derrubando meu corpo e ficou em pé, nitidamente fugindo.

Má chè, Maestro, está maluco? — Resmunguei inconformada, apoiando os cotovelos no colchão enquanto ele corria para fora da cama, deslizando as mãos nos cabelos. — Só falta me dizer que é gay, você também!

Eu tenho cara de gay, Firenze? — Encarou-me em fúria pela escuridão do quarto.

Tomei fôlego para responder, mas ele me impediu, segurando meus lábios com os dedos e voltando para cima de mim, não sei se ele apenas queria provar o seu ponto, mas recebi sua boca fogosa.

Caí de novo contra o colchão e Maestro veio me beijando de um jeito quente. Ele me queria com muita vontade e eu não tinha mais paciência para esperar.

Comecei tirando o seu paletó, ele jogou a peça no chão, enquanto eu deslizava as unhas em suas costas maravilhosas e largas, como as de um nadador. Ele desafivelou o coldre e deixou a pistola e a faca escorregarem para o chão.

Puxei os botões de sua camisa, encarando seu corpo perfeito e sem marcas, nem mesmo uma tatuagem estava presente em sua pele, mas haviam marcas em seu abdômen torneado que deviam ser de um ataque sofrido quando ainda era uma criança. Gostei do que vi e sorri.

O que está olhando? — Perguntou desconfiado.

Você é lindo. — Deslizei as mãos por seu peito musculoso e seus braços rígidos.

Não. Você que é. — Seus dedos passaram pelos meus seios, os polegares contornando os bicos por cima da roupa.

Enlacei seu pescoço e o beijei enquanto suas mãos deslizaram para a lateral do meu corpo e apertaram minha cintura, ergui o quadril. Sua mão estava em busca da ninha calcinha.

Pode fazer o que quiser, mas só me penetre na lua de mel. — Sussurrei em tom bem baixo, quase ao pé do seu ouvido.

Guarda, Firenze. — Afastou-se, sussurrando, eu queria que houvesse mais luz, para eu ver suas feições agora. — Vamos esperar o casamento, faltam alguns dias.

Não seja um maldito machista agora. — Rosnei.

Machista? — Repetiu com a voz ardida. — Estou respeitando você.

Respeitando o quê? Minha pureza santificada de mulher da máfia? — Rebati. Ele titubeou e continuei a bronca. — Tenho desejos, quero sentir prazer, Maestro. Não são só homens que sentem desejo. Uma mulher só é livre de verdade quando pode escolher. — Resmunguei.

Você vai me matar. — Ele soltou manhoso, apertando a pegada na minha cintura. — Você é explosiva e inflamável Firenze.

Ainda não viu nada. — Desafiei.

Beijou-me com desejo e desceu a mão para minhas coxas, onde deslizou para dentro da saia e abriu espaço pela calcinha. Estremeci, segurando seu pulso, um sorriso em meus lábios que ele lambeu com gosto. Gemi, enquanto ele manipulava devagar e gentil, soltei um suspiro, mordi minha boca e segurei em suas costas, nossa, que gostoso!

Maestro me beijou mais, curtindo me ver gemer, ele sabia o que estava fazendo, sem sombra de dúvidas, lambendo minha orelha, ofegando, sem dizer uma palavra. Mordi o seu ombro para não gritar quando gozei e o fiz tirar a mão de mim para não incomodar. Ele me encheu de beijos no rosto, segurando-me em seus braços quentes e abraçando. Coloquei minhas mãos para dentro de suas calças, também, e queria sentí-lo, foi um gemido que ele soltou, duro entre meus dedos, um membro grande e potente. Uau, ele era acima da média em todos os sentidos!

Eu podia sentir medo, mas senti desejo. Beijei forte sua boca, trazendo-o mais para perto e comecei a testar seu membro ereto, batendo e segurando firme. A sensação era incrível, sentir o gosto de sua saliva, o perfume arenoso e o leve estremecer de seus músculos com o prazer que eu estava causando foi fascinante. Continuei fazendo os movimentos, tentando deixá-lo com prazer, houve um breve momento em que ele segurou na minha mão, com mais força, indicando como era melhor. Eu adorei poder fazer aquilo, a confiança que ele estava me dando e o fato de que ele estava quase sem roupas (vale citar, sem colete!), vulnerável sobre minha cama.

Enquanto eu me deliciava com aquele poder que ele tinha me dado, eu chupava sua língua com vontade. Maestro simplesmente gemeu uma vez em tom sonoro e derramou-se nos meus dedos, por dentro da própria cueca e da calça jeans de botões abertos.

Meu Senhor! Ele era o monte Vesúvio e eu estava adorando aquela intimidade com ele. Eu queria mais. Não sei se estava embriagada de bebida ou se era o seu perfume, mas eu queria mais. Puxei sua boca, com os dentes, ele estava com as mãos no meu traseiro.

Foi bom? — Perguntei no cume da minha inexperiência com rapazes.

Quer dizer, houveram alguns, mas eu sempre fiquei imaginando como seria se fosse com ele quando essas experiências aconteciam. Eu sempre soube que seria dele, mas não esperava que fosse ser tão fácil e simples. Droga, eu queria muito ser dele completamente agora!

Louca. — Maestro apenas disse, segurando meu rosto com as duas mãos e me beijando, com um quase sorriso.

Houve um rápido momento de constrangimento enquanto ele se levantou para limpar-se no banheiro e eu corri para tirar a roupa e colocar uma camisola. Escolhi uma sexy de renda preta, curta, apenas uma calcinha transparente.

Voltei para a cama e me sentei, não ousei olhar para o toalete e estava sorrindo a toa, sentindo as recentes marcas de sua barba rala em minha pele.

Fiquei esperando na cama, não ousei ligar o abajur. Eu estava com a cabeça cheia de pensamentos e eles voavam sem se fixar, mas fiquei imaginando enquanto sorria sozinha, que era um momento decente para tudo acontecer. Eu ia me casar com um homem sexy, poderoso e que me deixava louca de desejo.

A luz do banheiro foi a única que me atingiu quando ele abriu a porta. Encarei por entre os botões abertos da camisa seu corpo másculo e torneado, de gente que passa horas treinando e cultivando aquelas peças esculpidas com perfeição.

Acha que posso dormir aqui ou tenho que guardar para a lua de mel? — Perguntou na porta.

Não seja estúpido de ir embora agora, Maestro. — Rosnei.

Ele sorriu daquele jeito fofo, tirou o relógio e o celular, colocando-os no criado mudo, ao lado da pistola. Por último, despiu a camisa e a calça jeans ficando apenas de cueca.

A noite estava quente e jogamos a colcha para o lado. Maestro deitou-se ao meu lado por dentro dos lençóis, seus braços me envolveram e ele me puxou em sua direção.

Enquanto nos ajeitávamos eu percebi que aquela seria a minha realidade dali para frente e acho que ele estava imaginando a mesma coisa quando me abraçou acariciando meus cabelos na parte detrás da cabeça e me beijou delicadamente.

Dormi bene, Firenze. — Sussurrou.

Repousei sobre o seu peito nu. Adormeci entre os seus braços mornos e rígidos. Até que não era mal. Esse lado quente e carinhoso de Maestro, eu gostei. Acho que poderia até mesmo amá-lo.

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