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A floresta de Pinewood estava especialmente silenciosa enquanto Clarice, Sarah e Celeste seguiam pela trilha estreita que levava à casa de Guillaume, o pai de Celeste e druida da alcatéia. O sol se escondia por entre as copas das árvores, lançando sombras longas e inquietantes no chão coberto de folhas. Clarice tentava ignorar a sensação de que algo grandioso estava prestes a acontecer, mas não podia evitar os arrepios que subiam por sua espinha. — Ele não vai estar lá — afirmou Celeste, como se adivinhasse os pensamentos de Clarice. — Meu pai costuma desaparecer por dias em suas caminhadas espirituais, ele estava inquieto esta manhã, como se pressentisse algo, então acredito que saiu para ter um tempo para pensar sobre isso. Teremos privacidade para o ritual. Sarah, que andava logo atrás, estava ansiosa e empolgada na mesma medida, aquele era o primeiro ritual do qual faria parte, e esperava que pudesse aprender um pouco sobre magia naquele momento.— Não vou mentir, isso me deix
Os lobos ao redor rugiram em aprovação, seus gritos ecoando na clareira. Foi então que uma mulher saiu da multidão. Era Elaina, a quem Clarice conhecia como sua mãe. Ela era a druida da alcatéia, agora as coisas faziam sentido para a ruiva. Elaina era sua protetora. — Connan está próximo — disse Elaina, sua voz cheia de gravidade. — Ele sabe o que ela representa e fará qualquer coisa para tomá-la. Mas a Deusa escolheu vocês para protegê-la, e eu levarei a pequena para um lugar seguro. Vocês têm minha palavra! Clarice sentiu uma onda de emoção ao ver a Luna abraçar Elaina com força. — Cuide bem dela — sussurrou a Luna. — Ela é tudo o que temos. Crie ela como sua, minha amiga…***A cena mudou rapidamente, flashes de Elaina correndo pela floresta com o bebê nos braços, desesperada enquanto os sons da batalha ficavam mais distantes. A visão se estabilizou de novo, revelando a alcateia sob ataque. Um Lycan gigantesco, de pelo negro e olhos vermelhos brilhantes, dominava o campo.
O som dos passos de Clarck ecoava pelos corredores da prisão da alcateia, um contraste perturbador com o silêncio que reinava. As paredes de pedra úmida refletiam a luz fraca das tochas, lançando sombras oscilantes que pareciam ganhar vida própria. O ar era pesado, impregnado de um leve cheiro de mofo e ferrugem, como se o próprio ambiente absorvesse o desespero dos que já haviam passado por ali. Cada cela guardava histórias de traição e dor, aumentando a sensação opressiva que acompanhava cada passo de Clarck. Ele tinha acabado de interrogar Tomás e sentia o peso da responsabilidade mais forte do que nunca. Assim que saiu para a luz do dia, respirou fundo, absorvendo o ar gelado que sempre lhe trazia um certo conforto. Mas agora, nem mesmo o ar puro de Pinewood podia aliviar sua preocupação.Atravessando o pátio, ele se dirigiu à grande casa central, o coração administrativo da alcateia. O pátio estava movimentado, com lobos em suas formas humanas e lupinas passando apressados, troca
Enquanto isso, do lado de fora, Clarice caminhava sozinha pela floresta. Ela tinha pedido às garotas que a deixassem um pouco. Precisava de espaço para pensar. O ritual que haviam realizado ainda estava fresco em sua mente, como uma cicatriz que se recusava a desaparecer. As memórias que tinham visto eram perturbadoras, mas também reveladoras. Finalmente soube de sua verdadeira história, conheceu seus verdadeiros pais e percebeu que tanto eles quanto Elaina sacrificaram suas vidas por ela.Enquanto seguia o caminho para a casa que dividia com Clarck, sentiu a presença de Lunna, a loba interior, despertando em sua mente.“Você está muito quieta”, disse Clarice, mentalmente. “Também se abalou com o que vimos?”Lunna respondeu em um tom calmo, mas firme: “Estava esperando você organizar seus pensamentos. Mas precisamos falar sobre isso…”Clarice suspirou, parando ao lado de um grande carvalho. A luz do sol filtrava-se pelas folhas, criando padrões dançantes no chão. Por um momento, ela f
A escuridão da noite havia se estabelecido completamente quando Clarck chegou à casa que compartilhava com Clarice. O caminho estava envolto em sombras dançantes projetadas pela luz da lua, e o som distante de corujas era o único som a quebrar o silêncio. Ele abriu a porta com cuidado, tentando não fazer barulho, mas não precisou procurar por Clarice. Ela estava sentada no sofá da sala, as mãos unidas no colo, o rosto marcado por preocupação.— Você demorou, — disse ela, levantando-se rapidamente. Seus olhos vasculharam o rosto dele, procurando sinais de ferimentos ou algo que pudesse indicar que algo havia dado errado.Clarck deu um suspiro pesado, tirando a jaqueta antes de se aproximar. — Foi um dia longo, Clarice. Tivemos que tomar algumas decisões difíceis. Precisamos conversar.Ela gesticulou para que ele se sentasse, mas Clarck permaneceu de pé, como se as próprias notícias o impedissem de relaxar. Ele esfregou a nuca, uma tentativa de organizar os pensamentos antes de contin
A manhã chegou trazendo um peso sob a alcatéia, todos estavam em alerta, cada grupo treinando e orquestrando sua própria estratégia. Clarice se apressou até a casa principal, onde Edla estava sob os cuidados de algumas das mulheres mais velhas. Desde que a encontraram no dia anterior, a menina parecia mais calma, mas sua desconfiança ainda era evidente.Assim que Clarice entrou no grande salão da casa, seus olhos encontraram os de Edla. A menina, que não devia ter mais do que oito anos, estava sentada no sofá, abraçada a um cobertor grosso. Parecia tensa, mas um pouco mais confortável do que antes, segurando uma caneca de chocolate quente nas mãos. Quando viu Clarice, seus olhos brilharam com uma mistura de alívio e algo que parecia... esperança.— Olá, pequena — disse Clarice, ajoelhando-se para ficar na mesma altura da menina. — Dormiu bem?Edla assentiu, mas não falou de imediato.— Sonhei com minha mãe... — murmurou, sua voz quase inaudível.Clarice sorriu gentilmente, colocando
— Ela parece mais tranquila — comentou Sarah, cruzando os braços enquanto observava as crianças. — Você leva jeito com crianças. — Sim, mas ainda está assustada. Vai levar um tempo até que ela se sinta completamente segura. — Clarice suspirou. — Acho que levar as crianças para o esconderijo será o melhor. Não podemos correr riscos.Sarah assentiu.— Celeste me contou sobre o plano, eu vou com vocês. Sirius vai levar a gente. — Você e Sirius parecem bem próximos, hm? — a pergunta de Clarice foi um pouco maliciosa. Sarah ficou vermelha, dando um riso nervoso antes de responder:— Não é nada demais, não me olha assim. Vamos falar sobre o que é importante, esse bicho que está vindo atrás da gente. Clarice olhou para Sarah com seriedade.— Precisamos estar prontas. Não podemos permitir que ninguém seja deixado para trás.Sarah colocou a mão no ombro de Clarice, como se quisesse transmitir um pouco de força.— Não vamos falhar. Estamos juntas nessa.***Depois de se despedir de Sarah, C
O retorno de Lunna à alcatéia foi marcado pelo silêncio reverente. Lobos, tanto em forma humana quanto transformados, pararam o que estavam fazendo e se curvaram quando a viram passar. Era um gesto instintivo, um respeito que transcendia hierarquias. Era raro, quase impossível, ver uma loba mãe caminhando entre eles, e a presença de Lunna era um lembrete vivo da força que guiava o destino da alcatéia.Lunna manteve a cabeça erguida, os olhos fixos à frente, mas em seu interior, Clarice podia sentir o peso das emoções.“Ainda parece surreal, não é?”, disse Clarice, mentalmente.“Eles veem mais do que nós mesmas às vezes, Clarice. Para eles, somos um símbolo… Mas nós sabemos que somos carne e osso, que nos machucamos e morremos”, respondeu Lunna.Poucos minutos depois, Clarck apareceu. Ele vinha de uma reunião com Sirius e Jhon, ainda carregando o ar sério e tenso de um líder em constante alerta. Estava em forma humana, vestindo uma camisa preta simples e calças de tecido grosso, mas su