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O aroma reconfortante do café recém-passado preenchia cada canto da cozinha da pequena casa de Clarice. A luz do sol filtrava-se pelas cortinas esvoaçantes, lançando sombras suaves sobre a mesa onde Sarah estava sentada. Havia saído da casa da avó direto para a casa da amiga, ainda estava cedo, então ainda tinha algumas horinhas antes do trabalho. Ela segurava uma caneca entre as mãos, o olhar perdido enquanto as palavras de sua avó ecoavam em sua mente.Clarice estava do outro lado da mesa, examinando o amuleto de madeira com atenção. O círculo perfeitamente entalhado com runas complexas brilhava à luz do sol, o cristal azul em seu centro parecia brilhar sempre que ela o olhava, tão azul quanto seus olhos. Era belíssimo, tinha o tamanho de uma mão aberta. Clarice se aproximou de sua porta, se colocando na ponta dos pés e esticando o braço o máximo que pode para pendurá-lo na parte de cima, onde havia batido um prego quando Sarah chegou.– Esse amuleto lindo, mas o que ela disse me pr
O céu estava coalhado de estrelas, mas a lua cheia dominava o cenário, espalhando sua luz prateada pela floresta. Elaina movia-se com elegância, cada passo medido, enquanto segurava uma pequena cesta com alguns cristais e velas. Usava um vestino negro e seus cabelos grisalhos estavam soltos, caindo por seus ombros e sendo levados pela brisa noturna. Caminhou por alguns instantes até que chegou a uma clareira que conhecia bem, olhando ao redor antes de adentrar o local que quase não tinha árvores. A mulher seguiu para o centro, pousando a cesta na grama e a abrindo, tirando de lá uma série de cristais, pousando-os no chão em formato de círculo e, em seguida, jogando algumas cinzas sobre ele, cinzas de seu incensário. A bruxa pousou duas fotos no meio do círculo, uma de sua neta, Sarah, e uma de Clarice. Elaina ergueu as mãos, fechando os olhos e jogando o corpo para trás levemente, expondo seu peito e rosto para a lua, o olho que tudo via e ditava o poder das bruxas, a grande deusa.As
A noite em Pinewood estava calma, mas pesada. O silêncio era quebrado apenas pelo som distante do vento atravessando a floresta. Na pequena casa de Clarice, Sarah dormia profundamente ao lado da amiga. A presença de Clarice era um consolo, uma âncora que a mantinha presa à realidade depois dos últimos acontecimentos.No entanto, os sonhos de Sarah estavam longe de ser tranquilos.Ela se encontrava em um campo vasto, coberto por flores selvagens que balançavam suavemente ao toque da brisa. A luz da lua iluminava o cenário com um brilho prateado, criando um contraste mágico. No centro do campo, uma figura familiar esperava.– Vovó? – Sarah perguntou, sua voz ecoando na campina, fazendo Elaina olhar para ela.A mulher virou-se lentamente, um sorriso sereno iluminando seu rosto bonito. Estava diferente, mais vibrante, como se a idade não tivesse mais peso sobre ela. Ainda assim, havia algo em seu olhar que fez o coração de Sarah apertar.– Minha querida, sabia que você viria – respondeu E
Era Clarck. Ele desceu do carro com passos firmes, mas seu rosto estava tenso, os olhos carregados de algo que parecia mais do que preocupação. Assim que ele se aproximou da porta, Clarice a abriu, vendo Clarck e seu amigo Sirius entrarem na casa sem cerimônia.– Preciso falar com você – ele disse, apoiando uma das mãos no ombro de Clarice. A dor das palaras dela ainda estava lá, seu coração ainda parecia pesado, mas aquele assunto precisava ser tratado sem envolver a situação deles. Não importava se ela o aceitaria ou não, Clarck jamais a deixaria em perigo. – O que aconteceu? – Sarah entrou na conversa, os olhando com preocupação. – Por que essas caras?Os dois lobos se olharam, Sirius claramente mais incomodado do que o comum, com o maxilar travado e os olhos fixos na garota a sua frente. Não costumava demonstrar suas emoções com frequência, mas Clarck podia perceber que ele parecia nervoso. – Elaina está morta – disse, sem rodeios, nunca foi bom em dar notícias delicadas.Sarah
A manhã estava tingida de cinza, tanto pelo céu nublado quanto pela tristeza que pairava sobre todos. O velório de Elaina acontecia no salão principal de uma antiga capela da cidade, cujas paredes de pedra pareciam guardar os lamentos de gerações. Clarice e Sarah chegaram juntas, o peso da perda compartilhado entre elas. Sarah estava pálida, os olhos inchados de tanto chorar, mas havia uma determinação silenciosa em seu rosto. Clarice, ao seu lado, era o porto seguro que a amiga precisava, embora ela própria estivesse profundamente abalada. A mãe de Sarah também estava lá, tão desolada quanto a filha, cada uma sentindo a perda de Elaina de sua própria forma.O ambiente era sombrio e silencioso. As poucas pessoas presentes murmuravam entre si, respeitando a solenidade do momento. O aroma das flores misturava-se ao do incenso, criando uma atmosfera pesada e melancólica. Sarah apertava o braço de Clarice com força, como se temesse desmoronar a qualquer momento.– Eu não consigo acredita
Clarck caminhou diretamente até a ruiva, seus olhos cravados nela como se o resto do mundo não existisse. Sem dizer uma palavra, ele a puxou para um abraço firme, protetor, de alguma forma possessivo. Clarice não se afastou, apesar da confusão que sua proximidade ainda causava nela. Ela precisava daquele conforto, mesmo que por um instante, decidindo ignorar todo o caos em que estavam metidos.– Estou aqui – sussurrou Clarck, sua voz baixa e grave apenas para ela. – Você não está sozinha.“Nunca a deixaremos sozinha”, a voz de Dorian ecoou na mente de Clarck. “Mesmo que ela não nos queira por perto.”Clarice sentiu o calor dele a envolver, e por mais que quisesse resistir, permitiu-se relaxar em seus braços.Enquanto isso, Jhon se aproximou com Nora, sua companheira. A jovem, de aparência delicada e gestos suaves, dirigiu-se às meninas com um sorriso reconfortante.– Meus pêsames – disse ela, sua voz doce como mel. – Sei como é perder alguém que amamos, minha mãe também se foi esse an
A noite estava tranquila, e o céu era iluminado apenas pelas estrelas quando Clarck estacionou o carro em frente à casa de Clarice. Ele desceu, abriu a porta para ela e a ajudou a sair, seus dedos demorando-se nos dela um pouco mais do que o necessário. Haviam deixado Sarah sozinha, já que a garota decidiu que ficaria na casa da avó. Sirius ficou por lá, mesmo que Sarah não tivesse ciência do fato, ele a vigiava de longe. Clarck achou estranho o fato do amigo se oferecer, já que costumava ser o mais isolado dos três, mas não o questionou, afinal, Sarah realmente precisava de segurança, afinal, a foto dela também estava no ritual de proteção.– Tem certeza de que vai ficar bem sozinha? – perguntou ele, a voz baixa e carregada de preocupação.Clarice assentiu, mas o olhar em seus olhos dizia algo diferente. A despedida parecia pesar mais do que deveria, para os dois. Aquele dia foi tão exaustivo, a vida parecia exaustiva nos dias atuais.– Vou ficar bem. Sarah precisa desse tempo sozin
Ah, como desejava marcá-la, mas esperaria o momento certo, podia esperar. Quando finalmente chegou ao quarto, a prensou contra a parede, prendendo-a a seu corpo, liberando as mãos apenas para levá-las a camisa de Clarice, pulando-a sem nenhuma hesitação, revelando a pele clara e delicada, os seios médios cobertos pelo sutiã delicado. – Tão perfeita – ele sussurrou, as mãos subindo pela barriga dela até encontrar seus seios, que cabiam perfeitamente nas mãos quentes de Clarck. – Feita pra mim. Clarice não conseguia raciocinar, cada toque dele era como brasa viva sobre sua pele, e ela estava adorando ser queimada. Um gemido rouco e baixo escapou de seus lábios quando sentiu as mãos dele em seus seios, o aperto a fez arquear as costas, queria mais, mais toques, mais calor, mais desejo. Sua calcinha já estava molhada e, sem perceber, ela esfregava-se contra Clarck tentando amenizar um pouco do tesão que tomava seu corpo. Era surreal, delicioso, completamente novo. – Clarck… – sussurr