Eu nem podia acreditar que estava segurando meu filho nos braços finalmente, Karl era lindo, tinha muito do pai em especial os olhos dourados, mas os cabelos eram meus ao menos. Não conseguia dizer o quão feliz eu estava, sabia que deveria estranhar e ir atrás de Hera perguntando tudo o que tinha feito e o porque, mas eu estava cansada de deuses por hora, só queria ficar com minha família sem pensar em problemas por um tempo. — Quando acha que vai se cansar e me dar ele? — Quanah questionou, reclamando pelo que parecia ser a quinta vez. — Provavelmente daqui a uns quinze anos, com toda certeza quando ele for adolescente vou deixar que ele seja seu problema. — falei ainda sem tirar os olhos do meu pequeno. — Ele dorme tão tranquilo, alheio a tudo o que acontece em volta, sem saber como o mundo está, sem ideia alguma de todas as ameaças e expectativas que o rondam. — Ele dorme tranquilo porque está no seu colo, enquanto ele tiver nós dois nada de ruim vai acontecer com ele, mesmo qu
Entre o amor e Ódio – Alice e Peta Eu observava de longe a comemoração de todos, mesmo com todas as perdas eles tinham motivos para celebrar. Provavelmente deveria estar lá também, comemorando a morte de Hades e a vida de Karl meu sobrinho. Mas ao invés disso estava andando pela floresta, observando as estrelas que se destacavam entre o espaço de uma árvore e outra. A noite estava quente e estrelada, enquanto o meu coração estava frio e amargurado. Ainda não conseguia acreditar que Peta tinha tido a coragem de matar a minha mãe e me incriminar por isso. O homem que voltou não tinha nada do que eu conhecia, Peta era nobre, honrado e um homem de palavra. Eu tinha cometido o erro de me apaixonar por ele, mas como não iria quando ele sempre tão doce e prestativo, combatendo todo o meu mal humor e ficando no meu lado nos momentos que eu precisava. Senti um arrepio subir por minha espinha e eu me virei procurando qualquer pessoa ou coisa que podia estar entre as árvores, mas não tinha
Me olhei no espelho pela milésima vez, não gostando do que estava vendo ali. Eu não era acostumada aquele tipo de roupa, por isso entendia toda minha falta de jeito, mesmo que me sentisse sexy.— Você está linda, agora da licença e deixa eu terminar de me arrumar ou só vamos chegar lá amanhã.Alice bateu o quadril no meu, me empurrando para longe do espelho.Diferente de mim ela usava um vestido vermelho, que não chegava na metade de suas coxas, saltos alto combinando e o cabelo loiro, quase platinado, descia em camadas onduladas por suas costas.Já eu estava com um shorts jeans escuro, tão curtos que mostravam a polpa da minha bunda, uma regata preta cavada, que deixava a mostra meu sutiã strappy. Que era a única coisa naquele look que me pertencia, todo o resto tinha arrancado do guarda roupa de Alice.— Tem certeza que eu preciso usar esses saltos? Tenho certeza que vou torcer o pé antes mesmo de entrar na boate. — resmunguei encarando as sandálias pretas que ela tinha guardad
Os olhos dourados me atraiam como imãs e não parecia ter ninguém a nossa volta. Só conseguia me concentrar nele. Os cabelos grandes e castanhos, as sobrancelhas cheias e arcadas, a barba selvagem e desgrenhada que contornava os lábios finos, que eu estava louca para beijar.Isso porque eu estava concentrada no seu rosto, ainda estava em seus braços, mas conseguia ter uma ideia do que tinha por baixo das roupas, pois podia sentir toda a dureza de seus músculos.— Não pretendo ir a lugar nenhum. — respondi me sentindo confiante para ser ousada, afinal eu tinha atraído a atenção do homem atraindo até ali em baixo.— Como é seu nome? — ele perguntou, com os olhos ainda focados nos meus, como se não estivéssemos em uma balada, cercado por pessoas nos encarando, enquanto ele me segurava em seu colo.— Tem certeza que quer ter essa conversa assim? Comigo nos seus braços?A sobrancelha grossa se ergueu com diversão e seus lábios se ergueram de lado, um sorriso tão sacana que apenas o dei
Acordei sentindo todo meu corpo reclamar de todo “exercício” que fiz na noite passada, mas eu não estava reclamando, tinha sido uma noite maravilhosa. Não, maravilhosa não chegava aos pés, era pouco para descrever tudo o que Parker tinha me feito sentir.Me mexi na cama e senti a dor incomoda entre minhas pernas, me lembrando do homem enorme que eu tive dentro de mim na noite passada. Como se isso não fosse lembrete suficiente Parker apertou um braço em minha cintura, me puxando mais para perto de seu corpo.Eu tinha perdido as contas de quantas vezes ele tinha me feito explodir em um orgasmo intenso. O homem era mesmo insaciável e Alice estava totalmente certa quando disse que ali eu encontraria a pessoa perfeita.Balancei minha bunda, aproveitando o calor do seu corpo e senti sua ereção se moldar entre minhas pernas.— Se continuar se sacudindo assim, vou me esquecer que está dolorida e deslizar dentro dessa boceta apertada e quente. — a voz rouca, quase como um rosnado, enviou uma
— Bruxa? — Alice tinha todos os nomes na boca dele, mas bruxa era a primeira vez.Will ergueu os olhos do livro e me encarou, parecendo incerto pela primeira vez desde que entrei pela porta.— É modo de dizer, porque ela te manipula de um jeito que parece até feitiço. — ele bufou largando o livro ao seu lado e tirando os óculos para me encarar. — Será que você não vê? Ela não faz bem pra você!Minha mãe sempre adorou Alice, eu não era uma garota de muitas amigas, mas desde que me conheço por gente ela sempre esteve lá comigo.— Mamãe era amiga de Agnes antes mesmo de eu nascer e ela nunca viu mal na nossa amizade.— Sua mãe não está aqui para ver tudo o que essa garota está causando na sua vida. — ele suspirou e se levantou do sofá, indo em direção a cozinha. —Você vai ver que só quero seu bem, vou te tirar da cidade e vai me agradecer por isso.— Eu não vou! — gritei, mas ele apenas me ignorou continuando seu caminho. — Já tenho vinte anos, posso me virar sozinha. Se quiser ir é prob
Acordei com um canto de pássaros, o cheiro de flores no ar e o calor aconchegante dos lençóis quase me deram vontade de não abrir os olhos.Mas eu precisa saber o que tinha acontecido comigo, onde eu estava e quem diabos era aquele homem de preto no meu quarto.Abri meus olhos e quase fiquei cega com a claridade. Pisquei várias vezes até que meus olhos conseguissem ficar abertos sem doer e encarei as paredes confusas. Ao invés de estar cercada pelas habituais paredes verde-claro do quarto que eu tanto amava, eu estava encarando paredes rosa bebê coberta por flores.Eu já tinha visto esse quarto antes, só não conseguia me lembrar onde. Quem morava ali? E o mais importante, porque eu estava ali?Ergui meu tronco da cama e o quarto todo girou, me fazendo cair contra os travesseiros macios novamente. Que merda estava acontecendo comigo?— Ei, vamos com calma. Você passou por maus bocados nos últimos dias. — uma mulher loira entrou no quarto já falando.Sua voz era quase um cantarolar dos
Eu acordei de um sono com sonhos estranhos, não era novidade, como também não era novidade eu estar no quarto das flores na casa da vovó Blanca.Ultimamente vinha sonhando com bebês de olhos dourados e cabelos de fogo como o meu, ou com meus olhos verdes e a pele morena e os cabelos longos do pai.Também como não sonharia com isso, se desde que descobri a gravidez tenho passado o tempo todo pensando nisso, pensando nessa vida que está sendo gerada dentro de mim.Eu precisava tomar uma atitude, precisava ir atrás de providências, resolver como faria para cuidar desse filho, se deveria contar ao pai ou não. Eram tantas dúvidas e tudo só aumentava com meu confinamento.Eu estava proibida de sair daqui, não deveria deixar o quarto por nada, pois segundo Agnes, Will poderia voltar.Alice insistia que deveríamos ir atrás de Parker, contar pra ele a verdade e pedir abrigo. Ela estava confiante que ele cuidaria de mim e da criança. Eu já não sabia o que pensar, eram tantas preocupações.Me er