Eu estava inconformado de ter que ficar mais uma vez longe de Bridget, entendia sua necessidade de proteger sua amiga, mas queria que ela ficasse onde eu pudesse manter um olho nela. Bufei dando a volta no escritório novamente, minha inquietação tinha aumentado desde que senti uma tristeza vindo dela me matava não saber o que tinha acontecido para ela estar assim, eu havia ligado mais de uma vez, mas não tive nenhuma resposta. Dessa vez eu só podia conter meus impulsos e confiar que ela estaria segura, Bri era poderosa e conseguiria se cuidar sozinha. — Quanah! — a voz de Denah me tirou dos meus pensamentos. — Você tem que dar um jeito em Peta, ou eu vou! — O que ele fez agora? — falei sentindo a irritação transbordar dentro de mim. Peta não estava sendo fácil de lidar, desde que tinha voltado ele estava insuportável, impulsivo, tomando decisões sem perguntar ou ao menos se importar com os outros a sua volta. — Está lá fora agitando todos os melhores homens a irem atrás de Alice
O lugar onde Hades estava não era exatamente na terra, estava entre nosso mundo e o submundo, segundo Will e Kalina só havia uma forma de acessar essa parte, viajando com magia. — Só me garanta que não estamos indo para o inferno. — Brooke insistiu mais uma vez, ela estava apavorada com a possibilidade de acabarmos no inferno, afinal todos nós acreditávamos que era lá onde Hades morava. — Não Brooke, não vamos ao inferno. Só almas, demônios e deuses são permitidos naquele lugar e não somos nada disso. — Nikolai sabia o que estava fazendo, é seguro lá, Hades acredita estar protegido e escondido, não há muitas pessoas que conheçam esse lugar e depois do feitiço que vocês jogaram nele algo estranho estava acontecendo. Feitiço? Eu jurava que nada tinha acontecido com ele depois que Alice começou a ir contra nós. — O feitiço de Alice funcionou, não foi? O ódio que ela estava sentindo, por ele ter matado Peta, tornou as palavras dela mais poderosas que as nossas. — Sim, Alice desejou
Quando Denah me fez voltar, horrorizado por eu estar sangrando pelos olhos e nariz eu sabia o que estava acontecendo, era Bridget, ela estava morrendo! — Eu preciso ir atrás dela! Como pode essa porra de conexão não estar funcionando? Porque eu consigo sentir o que está acontecendo com ela, mas não consigo localizá-la? Os curandeiros estavam ali, assim como os ancestrais, que tentavam a todo custo me medicar ou tentar me acalmar, mas eu não podia, não quando sentia Bridget cada vez mais fraca e sangrava ainda mais. — Porque ela não está nesse plano! — Irma uma antiga curandeira falou. Por um segundo o ar me faltou e meu chão pareceu não existir mais. Meu mundo se acabaria se algum dia Bri não estivesse mais aqui. eu amava aquela mulher com todas as minhas forças, com cada átomo do meu corpo e até o dia do meu último suspiro aquilo não mudaria. — Não, isso não é verdade! Eu ainda posso sentir o que está acontecendo com ela, Bridget está fraca, mas não partiu! — Quanah, não
Corri até ela, arrancando seu corpo inerte dos braços do desconhecido e meu coração se quebrou ao ver seu estado. — Ela perdeu muito sangue, precisa ir para o hospital! — Kalina falou acima de todo o burburinho a nossa volta. — Não, ela precisa se deitar e deixem que eu faço o resto! — Hera ordenou e sabendo quem ela era eu não fiz o contrário. — Vamos fazer esse bebê nascer! — Não pode! Não está no tempo! — protestei diante da ideia de trazer nosso filho a vida, não tinha nem oito meses ainda. — Vai estar. Agora a levem para dentro. Levei Bridget para dentro, torcendo para que não fosse um erro completo ter trazido uma deusa maluca até ali. Uma que obviamente sabia o que estava acontecendo com Bridget e o pai biológico, mas que alega que não podiam interferir. — Bri sentiu alguma coisa antes de apagar, ela falou do bebê. — o homem desconhecido se ajoelhou ao lado da cama, segurando a mão dela. — O bebê está vivo, mas não por muito tempo se continuarem no meu caminho. — a deu
Eu nem podia acreditar que estava segurando meu filho nos braços finalmente, Karl era lindo, tinha muito do pai em especial os olhos dourados, mas os cabelos eram meus ao menos. Não conseguia dizer o quão feliz eu estava, sabia que deveria estranhar e ir atrás de Hera perguntando tudo o que tinha feito e o porque, mas eu estava cansada de deuses por hora, só queria ficar com minha família sem pensar em problemas por um tempo. — Quando acha que vai se cansar e me dar ele? — Quanah questionou, reclamando pelo que parecia ser a quinta vez. — Provavelmente daqui a uns quinze anos, com toda certeza quando ele for adolescente vou deixar que ele seja seu problema. — falei ainda sem tirar os olhos do meu pequeno. — Ele dorme tão tranquilo, alheio a tudo o que acontece em volta, sem saber como o mundo está, sem ideia alguma de todas as ameaças e expectativas que o rondam. — Ele dorme tranquilo porque está no seu colo, enquanto ele tiver nós dois nada de ruim vai acontecer com ele, mesmo qu
Entre o amor e Ódio – Alice e Peta Eu observava de longe a comemoração de todos, mesmo com todas as perdas eles tinham motivos para celebrar. Provavelmente deveria estar lá também, comemorando a morte de Hades e a vida de Karl meu sobrinho. Mas ao invés disso estava andando pela floresta, observando as estrelas que se destacavam entre o espaço de uma árvore e outra. A noite estava quente e estrelada, enquanto o meu coração estava frio e amargurado. Ainda não conseguia acreditar que Peta tinha tido a coragem de matar a minha mãe e me incriminar por isso. O homem que voltou não tinha nada do que eu conhecia, Peta era nobre, honrado e um homem de palavra. Eu tinha cometido o erro de me apaixonar por ele, mas como não iria quando ele sempre tão doce e prestativo, combatendo todo o meu mal humor e ficando no meu lado nos momentos que eu precisava. Senti um arrepio subir por minha espinha e eu me virei procurando qualquer pessoa ou coisa que podia estar entre as árvores, mas não tinha
Me olhei no espelho pela milésima vez, não gostando do que estava vendo ali. Eu não era acostumada aquele tipo de roupa, por isso entendia toda minha falta de jeito, mesmo que me sentisse sexy.— Você está linda, agora da licença e deixa eu terminar de me arrumar ou só vamos chegar lá amanhã.Alice bateu o quadril no meu, me empurrando para longe do espelho.Diferente de mim ela usava um vestido vermelho, que não chegava na metade de suas coxas, saltos alto combinando e o cabelo loiro, quase platinado, descia em camadas onduladas por suas costas.Já eu estava com um shorts jeans escuro, tão curtos que mostravam a polpa da minha bunda, uma regata preta cavada, que deixava a mostra meu sutiã strappy. Que era a única coisa naquele look que me pertencia, todo o resto tinha arrancado do guarda roupa de Alice.— Tem certeza que eu preciso usar esses saltos? Tenho certeza que vou torcer o pé antes mesmo de entrar na boate. — resmunguei encarando as sandálias pretas que ela tinha guardad
Os olhos dourados me atraiam como imãs e não parecia ter ninguém a nossa volta. Só conseguia me concentrar nele. Os cabelos grandes e castanhos, as sobrancelhas cheias e arcadas, a barba selvagem e desgrenhada que contornava os lábios finos, que eu estava louca para beijar.Isso porque eu estava concentrada no seu rosto, ainda estava em seus braços, mas conseguia ter uma ideia do que tinha por baixo das roupas, pois podia sentir toda a dureza de seus músculos.— Não pretendo ir a lugar nenhum. — respondi me sentindo confiante para ser ousada, afinal eu tinha atraído a atenção do homem atraindo até ali em baixo.— Como é seu nome? — ele perguntou, com os olhos ainda focados nos meus, como se não estivéssemos em uma balada, cercado por pessoas nos encarando, enquanto ele me segurava em seu colo.— Tem certeza que quer ter essa conversa assim? Comigo nos seus braços?A sobrancelha grossa se ergueu com diversão e seus lábios se ergueram de lado, um sorriso tão sacana que apenas o dei