Ethan
Releio o último e-mail daquele projeto de arquiteta sênior. Eu definitivamente iria demiti-la, mas gostaria de fazer pessoalmente, olhando-a nos olhos. Mas antes, eu iria oferecer dinheiro para fazê-la minha secretária. Se ela aceitasse, iria fazê-la desistir em menos de 24 horas após humilhar até a sua última geração. Ela tinha aflorado todos os meus sentidos mais macabros com um só e-mail. Ninguém nunca me deixava esperando, tinha o que eu queria, exatamente como eu queria. Nenhuma mulher ia me colocar em um cabresto novamente. Nunca mais. Observo o currículo da garota na tela do meu computador. Ela tinha grandes feitos. Muito jovem para o cargo dela. Vinte e três anos de pura arrogância. Bolsista em uma ótima universidade, ótimas notas, melhor aluna da classe. Ela também é brasileira, o que é bem interessante. Fico pensando porque o Johnson deu tanta credibilidade a ela. Será que eles tiveram um caso? Não, Ethan, não leve sua mente para isso. Mas de toda forma, vou ter que colocar alguém no lugar antes de dispensá- la. Flora, minha secretária, b**e na porta. — Pode entrar. Eu queria mesmo falar com você, Flora. Me diga porque a ficha de alguns funcionários não tem foto? A da senhorita Villane por exemplo está sem. — Senhor, o pessoal do TI ainda está atualizando o sistema novo. Deve ser por isso. — Tudo bem. — Senhor, seu advogado está lá fora. — Mande-o entrar. Ela acena, abrindo a porta para o Matt. Ele sorri e anda até sentar na minha frente. — Não entendo porque a sua secretária não é uma mulher jovem e gostosa. — Porque ela está aqui pela eficiência e não pela beleza. — E também porque você ia ficar de pau duro vendo a sua secretária, não é? — Exatamente — nós rimos. — Preparou os papéis? — Está tudo aqui. — Ele coloca os papéis na mesa. Analiso os papéis finais da aquisição da empresa do Johnson. — Você pretende mesmo administrar a empresa pessoalmente? — Por alguns meses, até escolher um bom CEO para empresa. Mas basicamente vou apenas trabalhar entre uma empresa e outra por um tempo. — Parece cansativo. — Eu dou conta. — Se você diz. Me diga, o que vai fazer no feriado? — Vou ao clube. Preciso transar. — Quem compra a porra de um clube de swing? — Não é um clube de swing, é um clube de pegação. E bem sofisticado. — Que seja! Você é a porra de um pervertido. — Talvez eu deixe de ser. Talvez encontre alguém que possa curtir por um tempo sem compromisso. Aquela m*****a da Ava me deixou monogâmico. Você sabe, sou seletivo. — Ele me olha confuso. — Isso soa como um relacionamento. — Isso não. Nunca mais vou deixar uma mulher chegar perto disso. — Ninguém pode viver sozinho. — Isso é balela. As pessoas vivem sozinhas dentro do próprio casamento. — Como as mulheres aceitam viver isso com você? — Acredite, elas têm muitos benefícios e muito prazer em troca. — Isso é questionável. — Talvez para você, que prefere passar a vida preso a uma mulher só. Aliás, como está Clarice? — Super grávida. — É, meu amigo! Espero que tenha aproveitado enquanto podia fazer sexo. Agora é só fraldas, choro e cocô. — Matt torce o lábio. — Mas mudando de assunto, eu pensei que você poderia criar contrato de confiabilidade. Você sabe, para evitar as espertinhas fofoqueiras. — Por que você não pode só ter uma relação normal? — E arriscar que ela saia por aí, falando da nossa relação? Você não sabe quanto estresse isso me causaria. — Bom, vou pensar em algo adequado e te envio — ele olha para o relógio. — Agora eu preciso ir. Prometi a Clarice que iria escolher roupas de bebê com ela. Se não for, ela fica irritada e fala que vai morar na Suíça com o meu filho, que ainda nem nasceu. Sabe como é... — Mulheres. — completo e nos rimos. ***** Dia seguinte O meu clube, Heaven, é uma das minhas aquisições favoritas. Aqui as pessoas são livres para se divertir e conhecer pessoas. O clube tinha todo um conceito, não era só sexo, era sexy e misterioso. Boa música, boa bebida e quartos especiais para quem gosta de algo mais íntimo. Não tem regras, apenas que eles tenham dinheiro suficiente para pagar. O público era especial, os maiores figurões da cidade e até do país. Políticos, empresários e até homens da lei frequentavam o meu clube em busca das acompanhantes mais caras que alguém poderia pagar. Modelos e garotas bonitas. A ideia de máscaras também era especial, ajudava a manter a privacidade, mas não era obrigatório. Os valores também eram diferentes para homens e mulheres. As mulheres pagavam menos, mas a única regra era ser bonita e bem vestida. Nem todas podiam entrar. Já os homens, eram de todos os tipos e aparências, mas geralmente com bastante dinheiro para pagar os valores exorbitantes. Isso dava uma combinação de mulheres bonitas em busca de homens ricos, o que facilitava os homens a conseguir sexo. No fim, todos se beneficiam. O clube estava lotado no feriado. Várias mulheres me olham ao notar minha presença. Muitas já sabiam quem eu era o “Boss”, como me chamavam. Sento na ilha do bar, observando o ambiente. — Boss. Uísque puro com gelo? — o Barman se prontificou rapidamente a me atender. — Estou ficando previsível? — Um pouco. Se me permite, posso dar um toque especial à sua bebida? — Assunto e ele começa a preparar a bebida usando mel e laranja. — Aqui está. — me serve a bebida e eu provo. Acenando com a cabeça em agradecimento. Uma loira gostosa senta ao meu lado, me dando aquela conferida sem pudor nenhum. A olho dos pés à cabeça. Ela era gostosa, mas tinha corpo de modelo, magra e esguia. Geralmente eu curtia mulheres mais curvilíneas, porque elas aguentavam mais o tranco. Aceno para que o Barman a sirva. — Um Dry Martini, por favor. — pede gentilmente. Com certeza ela pediu Dry Martini com a intenção de me impressionar. A garota tinha mais cara de cerveja em porta de bar. O cabelo dela estava com cara de pós-foda. A puxo para mim, apertando sua bunda sem pudor. Era uma boa bunda, mas não tão carnuda quando eu gostaria. Ela tentou me beijar, mas eu me esquivo. Seguro seus punhos e me inclino para olhá-la. Ela não fazia meu estilo. Seguro seus cabelos, inalando seu cheiro. Ela cheirava como se tivesse acabado de foder. É, não vai rolar! Me afasto, voltando a dar atenção ao meu uísque. Ela insiste, enlaçando o meu pescoço. — Vamos para um lugar mais reservado? — murmura em meu ouvido. Tal rápido assim? Já sei o que está acontecendo. — Quanto você cobra? — a putinha abre um sorriso como se tivesse ganhado um doce e lambe a minha orelha, me causando ânsia. — Acho que você não terá problema para pagar o meu preço. — Seguro o seu pulso, o tirando do meu pescoço. — Algum problema? — questiona.. — Eu não pago para foder mulheres. Mas — circulo o ar. —, tem muita gente por aí que paga, querida. Pode procurar alguém melhor. — Ela fez um biquinho, mas se afasta levando seu drinque. — Um com limão agora — falo para o Barman. — Duas tequilas, por favor — uma garota fala, se inclinando sob bancada. Eu confesso que a única coisa que me fez olhar para ela, foi o cheiro do seu perfume. Amadeirado e agradável. Me viro para ver se a garota era tão gostosa quanto o cheiro que ela exalava, e fico extremamente satisfeito com o que vejo; um pequeno vestidinho vermelho que mal escondia aquele corpo perfeitamente curvilíneo. Um salto, que deixava suas pernas bem esculpidas. A máscara cobria seu rosto, me deixando ainda mais excitado para descobrir sua aparência. Ela agradece com sua voz doce, saindo animada com sua bebida sem sequer me notar. Eu não estava acostumado a não ser notado, geralmente eu não passava despercebido, mas não me incomodaria nem um pouco em me apresentar a ela. A olho de costas e era ainda mais gostosa do que de frente. O vestido de costas nua cobria apenas o suficiente de sua bunda gostosa. Aquela bunda, sim, aguentava o tranco. E eu ia foder pra valer se tivesse a chance. Fiquei por alguns minutos a observando dançar com sua amiga e dispensar homens. Eu sei que eu parecia um maníaco, mas era incontrolável. Geralmente eu sentia essa obsessão antes de escolher uma mulher. Estudava, observava e planejava bem cada detalhe do que fazer. Claro que às vezes tinha algumas surpresas, nem todas estavam dispostas a transar comigo sem qualquer chance de ter um relacionamento. Então eu tinha que dispensá-las. A mim não me interessava um relacionamento amoroso com sexo comum e rotina. Até podia pegar leve no começo, mas quando elas aceitavam o que tinha a oferecer, eu queria pegar pesado. Por isso escolhia as que pareciam aguentar mais. Nada de magras, sensíveis e fraquinhas. Não era um relacionamento amoroso, era apenas prazer. E para ter prazer, precisava das características certas. Notei que a amiga dela tinha engatado uma conversa com um desconhecido, a deixando de lado. Aproveitando a chance, me aproximo e parei bem atrás dela. Estranhamente, ela não nota minha presença. Chego bem perto e sinto o cheiro do seu cabelo. Tinha um cheiro delicioso de alguma fruta que eu não conseguia distinguir, mas era convidativo. O caminho de suas costas até sua bunda, me convidava a tocá-la. Pouso a mão levemente em suas costas. Ela se assusta e impulsiona o corpo para frente, quase perdendo o equilíbrio. Eu a seguro no lugar. — Calma! — falo em seu ouvido. — Relaxa. A sento relaxar e noto o quanto aquela mulher era confiante e ousada. Passo as mãos por suas costas nuas, sentindo ela se arrepiando com o meu toque. Esperava realmente que ela estivesse excitada, porque eu já estava com uma baita de uma ereção pincelando a minha cueca. A desconhecida se vira, me olhando com seus olhos quentes. Sua boca suculenta e carnuda na medida certa atraiu minha atenção. Não podia ver muito com a máscara, mas o que vi, adorei. — Oi, linda. Sabia que você era linda só de te olhar de costas. — Me recrimino internamente pelo “Oi, linda”. Esse não era meu estilo de abordagem, mas a safada conseguiu me deixar nervoso. — Quem é você e o porquê me tocou? — seu tom era firme e autoritário. Me dando ainda mais vontade de calar essa boquinha com o que eu tinha entre as pernas. Seus olhos queimavam enquanto ela falava. Ela se ergue com altivez. Ela sabia exatamente o que queria. Uma mulher não passa uma noite recusando homens, se ela não souber o que quer. E aquele era o tipo de garota que sabia o que queria. Geralmente eu levava mais algumas pesquisas para escolher alguém, mas estava bem tentado a escolher aquele pedaço de pecado bem na minha frente.EthanPassadoSenti um beijo molhado em minhas bochechas e uma mão acariciar meu rosto levemente. Abri os olhos e estava escuro, mas tinha uma fresta de luz saindo da porta, que me permitiu ver o rosto da minha mãe.— Oi, querido. A mamãe veio te dar um beijo de boa noite.— Mas a senhora já fez antes de eu dormir, lembra?— Sim… — ela engoliu a saliva, sua voz parecia embargada, mas como estava escuro, eu não conseguia ver seu rosto. — Mas a mamãe vai precisar fazer uma viagem.— Uma viagem? Para onde? Espere, que eu vou me arrumar em um minutinho e vou com você. — Coloquei os pés para fora da cama, mas ela me segurou.— Não, querido. Hoje a mamãe não vai poder te levar. Você vai ficar com o seu pai.— Ele não é meu pai, mamãe. Ele é o meu padrasto. — Franzi a testa, com raiva.— Ele quem te criou, e é o único pai que você tem, Ethan. Ele te deu um nome. Lembra do que eu te falei? Você precisa se comportar e ser um bom menino, entendeu?— Até quando eu preciso ser um bom menino? Quan
Olivia Presente Um furacão em forma de homem entrou na empresa em que trabalho. Ela esbarrou em mim e quase me levou ao chão. Não vi seu rosto, apenas um vislumbre de seu corpo; ombros largos, corpo bem torneado em um terno caro de três peças. Ele sequer se desculpou, apenas passou por mim e entrou na sala do presidente da empresa. E foi lá que tudo desmoronou. O furacão de um metro e noventa fez o dono da empresa proferir palavrões que eu nem sabia que existiam no inglês. Por mais que tentasse, não consegui ver o rosto dele. Ele se enfiou na sala e todo o drama começou. — Você não sabe o que aconteceu — a minha amiga Hannah fala ofegante. Ela estava rondando pela empresa tentando saber a fofoca. — Só me conte se for uma boa notícia. — Isso eu não sei ao certo. Eu só sei que o homem veio e acabou com tudo. — Como assim acabou com tudo? — A empresa. Foi vendida ou tomada eu não sei ao certo. Mas agora tudo vai mudar. — O que exatamente vai mudar? — Eu não sei, O
EthanNo alto da minha cobertura, apenas sinto o cheiro do poder que eu mesmo exalava. Finalmente o momento que ansiava havia chegado, o momento que planejei por anos; o momento em que Johnson estaria nas minhas mãos como um rato. Usei meu dinheiro para desarticular as empresas dele durante anos, afundar ao ponto que ele teria que vender. Era um bom negócio, uma boa empresa de arquitetura. Eu posso salvá-la agora que está nas minhas mãos e não nas dele. O prazer que tive por ter sido eu a dar a notícia, a expressão em seu rosto. Foi inigualável. Eu me sentia vitorioso. E não era apenas um terno caro, um relógio ou um carro de algumas milhões, era a minha mentalidade e atitude. Consegui o que poucos conseguiram mesmo vivendo uma infância traumática, porque eu tive força para correr atrás dos meus sonhos. Força e um empurrãozinho do meu lado vingativo.Peguei o pequeno negócio do meu padrasto e transformei em um império, tudo porque ele disse que eu era um bastardo miserável, incapaz
Olivia Duas semanas depois “Você sabe que não vai conseguir ninguém melhor que eu, Olivia ”, aquela frase do meu ex-namorado ecoava na minha mente, enquanto eu arrumava minhas coisas em uma mala. Ele adorava me dizer isso e aquela frase que, certo dia, me fez despertar da inércia que mantive por anos. Eu adorava ser desafiada, então encarei isso como um desafio. Aquele era o tipo de coisa que ele adorava fazer; destruir minha auto estima, ferrar com a minha mente e depois colar os pedacinhos, só para quebrar de novo. Era o tipo de comportamento narcisista que demorei a entender. Quando entendi, já estava em uma teia enorme que custou cinco anos para sair. Passei cinco anos me sabotando e destruindo meu psicológico, porque eu achava que era culpada por ele não me amar, por não sentir desejo e me trair com qualquer coisa que se mexesse. Quando cai na real, descobri que não o amava, só era emocionalmente dependente. Como uma droga em meu sistema.E então demorei meses para vir a
Olivia Deixo as coisas no meu apartamento e vou direto para a empresa. Estávamos em processo de mudança de nome chefia, já que o CEO da empresa foi demitido no ato da venda. A Johnson Designer era uma das maiores empresas de arquitetura de Nova York e foi vendida para um magnata de negócios que, com certeza, não entendia nada de arquitetura. O homem estava no ramo de hotelaria, inclusive estava trabalhando no projeto do novo hotel dele. Ainda não conhecia o meu novo chefe e dono da empresa. Quando ele visitou a empresa uma semana atrás, estava de licença médica por uma virose, e acabei perdendo o grande evento. Só consegui uma foto dele de costas enviada Hannah com o título: “O novo chefe é uma delícia. Você perdeu.”. Até pesquisei Ethan Wolfe na internet, mas o homem parecia um fantasma. Por outro lado, Hannah, com todo seu potencial em ser a maior fofoqueira de todas, descobriu que o cara comprou a empresa do padrasto dele, o senhor Johnson. Eles tinham alguma briga de eg