Capítulo 5

Ethan

Releio o último e-mail daquele projeto de arquiteta sênior. Eu definitivamente iria demiti-la, mas gostaria de fazer pessoalmente, olhando-a nos olhos. Mas antes, eu iria oferecer dinheiro para fazê-la minha secretária. Se ela aceitasse, iria fazê-la desistir em menos de 24 horas após humilhar até a sua última geração.

Ela tinha aflorado todos os meus sentidos mais macabros com um só e-mail. Ninguém nunca me deixava esperando, tinha o que eu queria, exatamente como eu queria. Nenhuma mulher ia me colocar em um cabresto novamente. Nunca mais.

Observo o currículo da garota na tela do meu computador. Ela tinha grandes feitos. Muito jovem para o cargo dela. Vinte e três anos de pura arrogância. Bolsista em uma ótima universidade, ótimas notas, melhor aluna da classe. Ela também é brasileira, o que é bem interessante. Fico pensando porque o Johnson deu tanta credibilidade a ela. Será que eles tiveram um caso?

Não, Ethan, não leve sua mente para isso.

Mas de toda forma, vou ter que colocar alguém no lugar antes de dispensá- la.

Flora, minha secretária, b**e na porta.

— Pode entrar. Eu queria mesmo falar com você, Flora. Me diga porque a ficha de alguns funcionários não tem foto? A da senhorita Villane por exemplo está sem.

— Senhor, o pessoal do TI ainda está atualizando o sistema novo. Deve ser por isso.

— Tudo bem.

— Senhor, seu advogado está lá fora.

— Mande-o entrar.

Ela acena, abrindo a porta para o Matt.

Ele sorri e anda até sentar na minha frente.

— Não entendo porque a sua secretária não é uma mulher jovem e gostosa.

— Porque ela está aqui pela eficiência e não pela beleza.

— E também porque você ia ficar de pau duro vendo a sua secretária, não é?

— Exatamente — nós rimos. — Preparou os papéis?

— Está tudo aqui. — Ele coloca os papéis na mesa.

Analiso os papéis finais da aquisição da empresa do Johnson.

— Você pretende mesmo administrar a empresa pessoalmente?

— Por alguns meses, até escolher um bom CEO para empresa. Mas basicamente vou apenas trabalhar entre uma empresa e outra por um tempo.

— Parece cansativo.

— Eu dou conta.

— Se você diz. Me diga, o que vai fazer no feriado?

— Vou ao clube. Preciso transar.

— Quem compra a porra de um clube de swing?

— Não é um clube de swing, é um clube de pegação. E bem sofisticado.

— Que seja! Você é a porra de um pervertido.

— Talvez eu deixe de ser. Talvez encontre alguém que possa curtir por um tempo sem compromisso. Aquela m*****a da Ava me deixou monogâmico. Você sabe, sou seletivo. — Ele me olha confuso.

— Isso soa como um relacionamento.

— Isso não. Nunca mais vou deixar uma mulher chegar perto disso.

— Ninguém pode viver sozinho.

— Isso é balela. As pessoas vivem sozinhas dentro do próprio casamento.

— Como as mulheres aceitam viver isso com você?

— Acredite, elas têm muitos benefícios e muito prazer em troca.

— Isso é questionável.

— Talvez para você, que prefere passar a vida preso a uma mulher só. Aliás, como está Clarice?

— Super grávida.

— É, meu amigo! Espero que tenha aproveitado enquanto podia fazer sexo. Agora é só fraldas, choro e cocô. — Matt torce o lábio. — Mas mudando de assunto, eu pensei que você poderia criar contrato de confiabilidade. Você sabe, para evitar as espertinhas fofoqueiras.

— Por que você não pode só ter uma relação normal?

— E arriscar que ela saia por aí, falando da nossa relação? Você não sabe quanto estresse isso me causaria.

— Bom, vou pensar em algo adequado e te envio — ele olha para o relógio. — Agora eu preciso ir. Prometi a Clarice que iria escolher roupas de bebê com ela. Se não for, ela fica irritada e fala que vai morar na Suíça com o meu filho, que ainda nem nasceu. Sabe como é...

— Mulheres. — completo e nos rimos.

*****

Dia seguinte

O meu clube, Heaven, é uma das minhas aquisições favoritas. Aqui as pessoas são livres para se divertir e conhecer pessoas. O clube tinha todo um conceito, não era só sexo, era sexy e misterioso. Boa música, boa bebida e quartos especiais para quem gosta de algo mais íntimo. Não tem regras, apenas que eles tenham dinheiro suficiente para pagar.

O público era especial, os maiores figurões da cidade e até do país. Políticos, empresários e até homens da lei frequentavam o meu clube em busca das acompanhantes mais caras que alguém poderia pagar. Modelos e garotas bonitas. A ideia de máscaras também era especial, ajudava a manter a privacidade, mas não era obrigatório.

Os valores também eram diferentes para homens e mulheres. As mulheres pagavam menos, mas a única regra era ser bonita e bem vestida. Nem todas podiam entrar. Já os homens, eram de todos os tipos e aparências, mas geralmente com bastante dinheiro para pagar os valores exorbitantes. Isso dava uma combinação de mulheres bonitas em busca de homens ricos, o que facilitava os homens a conseguir sexo. No fim, todos se beneficiam.

O clube estava lotado no feriado. Várias mulheres me olham ao notar minha presença. Muitas já sabiam quem eu era o “Boss”, como me chamavam. Sento na ilha do bar, observando o ambiente.

— Boss. Uísque puro com gelo? — o Barman se prontificou rapidamente a me atender.

— Estou ficando previsível?

— Um pouco. Se me permite, posso dar um toque especial à sua bebida? — Assunto e ele começa a preparar a bebida usando mel e laranja. — Aqui está. — me serve a bebida e eu provo. Acenando com a cabeça em agradecimento.

Uma loira gostosa senta ao meu lado, me dando aquela conferida sem pudor nenhum. A olho dos pés à cabeça. Ela era gostosa, mas tinha corpo de modelo, magra e esguia. Geralmente eu curtia mulheres mais curvilíneas, porque elas aguentavam mais o tranco. Aceno para que o Barman a sirva.

— Um Dry Martini, por favor. — pede gentilmente. Com certeza ela pediu Dry Martini com a intenção de me impressionar. A garota tinha mais cara de cerveja em porta de bar. O cabelo dela estava com cara de pós-foda.

A puxo para mim, apertando sua bunda sem pudor. Era uma boa bunda, mas não tão carnuda quando eu gostaria. Ela tentou me beijar, mas eu me esquivo. Seguro seus punhos e me inclino para olhá-la. Ela não fazia meu estilo. Seguro seus cabelos, inalando seu cheiro. Ela cheirava como se tivesse acabado de foder.

É, não vai rolar!

Me afasto, voltando a dar atenção ao meu uísque. Ela insiste, enlaçando o meu pescoço.

— Vamos para um lugar mais reservado? — murmura em meu ouvido.

Tal rápido assim? Já sei o que está acontecendo.

— Quanto você cobra? — a putinha abre um sorriso como se tivesse ganhado um doce e lambe a minha orelha, me causando ânsia.

— Acho que você não terá problema para pagar o meu preço. — Seguro o seu pulso, o tirando do meu pescoço. — Algum problema? — questiona..

— Eu não pago para foder mulheres. Mas — circulo o ar. —, tem muita gente por aí que paga, querida. Pode procurar alguém melhor. — Ela fez um biquinho, mas se afasta levando seu drinque.

— Um com limão agora — falo para o Barman.

— Duas tequilas, por favor — uma garota fala, se inclinando sob bancada. Eu confesso que a única coisa que me fez olhar para ela, foi o cheiro do seu perfume. Amadeirado e agradável.

Me viro para ver se a garota era tão gostosa quanto o cheiro que ela exalava, e fico extremamente satisfeito com o que vejo; um pequeno vestidinho vermelho que mal escondia aquele corpo perfeitamente curvilíneo. Um salto, que deixava suas pernas bem esculpidas. A máscara cobria seu rosto, me deixando ainda mais excitado para descobrir sua aparência.

Ela agradece com sua voz doce, saindo animada com sua bebida sem sequer me notar. Eu não estava acostumado a não ser notado, geralmente eu não passava despercebido, mas não me incomodaria nem um pouco em me apresentar a ela.

A olho de costas e era ainda mais gostosa do que de frente. O vestido de costas nua cobria apenas o suficiente de sua bunda gostosa. Aquela bunda, sim, aguentava o tranco. E eu ia foder pra valer se tivesse a chance.

Fiquei por alguns minutos a observando dançar com sua amiga e dispensar homens. Eu sei que eu parecia um maníaco, mas era incontrolável. Geralmente eu sentia essa obsessão antes de escolher uma mulher. Estudava, observava e planejava bem cada detalhe do que fazer. Claro que às vezes tinha algumas surpresas, nem todas estavam dispostas a transar comigo sem qualquer chance de ter um relacionamento. Então eu tinha que dispensá-las.

A mim não me interessava um relacionamento amoroso com sexo comum e rotina. Até podia pegar leve no começo, mas quando elas aceitavam o que tinha a oferecer, eu queria pegar pesado. Por isso escolhia as que pareciam aguentar mais. Nada de magras, sensíveis e fraquinhas. Não era um relacionamento amoroso, era apenas prazer. E para ter prazer, precisava das características certas.

Notei que a amiga dela tinha engatado uma conversa com um desconhecido, a deixando de lado. Aproveitando a chance, me aproximo e parei bem atrás dela. Estranhamente, ela não nota minha presença. Chego bem perto e sinto o cheiro do seu cabelo. Tinha um cheiro delicioso de alguma fruta que eu não conseguia distinguir, mas era convidativo. O caminho de suas costas até sua bunda, me convidava a tocá-la.

Pouso a mão levemente em suas costas. Ela se assusta e impulsiona o corpo para frente, quase perdendo o equilíbrio. Eu a seguro no lugar.

— Calma! — falo em seu ouvido. — Relaxa.

A sento relaxar e noto o quanto aquela mulher era confiante e ousada. Passo as mãos por suas costas nuas, sentindo ela se arrepiando com o meu toque. Esperava realmente que ela estivesse excitada, porque eu já estava com uma baita de uma ereção pincelando a minha cueca.

A desconhecida se vira, me olhando com seus olhos quentes. Sua boca suculenta e carnuda na medida certa atraiu minha atenção. Não podia ver muito com a máscara, mas o que vi, adorei.

— Oi, linda. Sabia que você era linda só de te olhar de costas. — Me recrimino internamente pelo “Oi, linda”. Esse não era meu estilo de abordagem, mas a safada conseguiu me deixar nervoso.

— Quem é você e o porquê me tocou? — seu tom era firme e autoritário. Me dando ainda mais vontade de calar essa boquinha com o que eu tinha entre as pernas.

Seus olhos queimavam enquanto ela falava. Ela se ergue com altivez. Ela sabia exatamente o que queria. Uma mulher não passa uma noite recusando homens, se ela não souber o que quer. E aquele era o tipo de garota que sabia o que queria.

Geralmente eu levava mais algumas pesquisas para escolher alguém, mas estava bem tentado a escolher aquele pedaço de pecado bem na minha frente.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo