—E o que Gabriel estava fazendo com você? — Johan perguntou a Clarissa enquanto ela preparava o chocolate. Emanuel bufou.— Boa pergunta — Clarissa bateu na chocolateira e clareou os olhos.—Ele me convidou para tomar um sorvete, como amigos, e que bom que foi porque se ele não tivesse vindo, talvez o homem da janela tivesse entrado furtivamente em casa e eu ficaria sozinho.—Ainda não consigo acreditar que ele está morto—, disse Johan. Clarissa estava preocupada com o amigo, ele parecia cansado e era óbvio que havia dormido pouco nos últimos dias, e ela aproveitou para pedir—lhe assim que Emanuel foi ao quarto de Maxwell para trazer—lhe seu chocolate e queijo.—Estou bem—, ele disse a ela, —tive um pouco de insônia, mas sério, estou bem, já estou.—— O que aconteceu? — Clarissa o viu salivar, mas não disse nada, apenas tomou um grande gole de seu chocolate fumegante.— Eu vi como você e o Emanuel chegaram de mãos dadas — ele disse com um sorriso zombeteiro e Clarissa mexeu o chocolat
Luis se esquivou do guarda—chuva que Johan jogou nele e o loiro apontou o dedo para ele.— O que diabos você quer? — ele perguntou — Emilio me disse que não queria que eu fizesse issoenvolver Mais, então saia — Luis desviou os olhos esverdeados, ele estava vestido casualmente com uma camisa que lhe mostrava seus braços maravilhosos e Johan teve que resistir à vontade de olhar para ele com atenção.— Sinto muito ter que te contar isso, mas você não pode mais se envolver — comentou o homem, ele se levantou, deixando a revista na estante e caminhou em direção à parede onde havia um calendário de garotos sensuais.— O que você está falando?—Quanto Emílio lhe contou sobre Luciano? — Johan deixou a bolsa em cima dos móveis, mas não se atreveu mais a se mexer.— Que ele é mau e perigoso e que tem você sob vigilância — Luis olhou para ele, ele parecia muito sério, o maxilar marcado mais tenso.— Bem, é ainda pior. Quando eu trouxe você aqui, algumas noites atrás, alguém reconheceu minha cami
Clarissa não se lembrava de quantas vezes fez amor com Emanuel naquele final de semana, já que eles estavam no trabalho e voltavam para casa juntos, quando passaram pela porta se despiram completamente, como se o mundo não existisse depois deles.Fizeram isso nos móveis, na cozinha, várias vezes no quarto dele e no chão.Clarissa memorizou cada verruga que cobria o corpo pálido do homem, aprendeu onde na cabeça vermelha e macia ela era mais sensível e também saboreou o sabor de seus orgasmos.Tudo parecia uma fantasia erótica de beijos e prazer, e também de umidade e orgasmos. Ela nunca se sentiu tão conectada com alguém como com o homem, com seus gestos, quando ele estava realmente brincando e quando era só para zombar dela, mas, acima de tudo, percebeu o que Emanuel carregava, como um medo e uma culpa que ela consegui perceber quando ele ficou sozinho por um momento.— Esta tudo bem? — ela perguntou uma manhã quando o encontrou acordado e ele acenou com a cabeça — às vezes vejo você
Clarissa ficou meio paralisada na porta de casa e Emanuel desviou o olhar dela, depois se ajoelhou e estendeu as mãos para que Maxwell fosse até ele e o menino escorregou das mãos da mãe para abraçar o homem.— O que está acontecendo? —perguntou ela, mas Emanuel não respondeu.Ele pegou o menino pelos ombros e puxou—o para trás para que ele pudesse ver seu rosto e bagunçou seus cabelos.—Comporte—se—, disse—lhe e o menino estendeu a mão e acariciou a bochecha de Emanuel.— Vejo você mais tarde? — o menino perguntou, e Clarissa abriu os olhos, como se tivesse entendido algo que ela não entendia.—Eu prometo que sim—, ele disse a ela, levantou—se e tirou o celular de Clarissa da mão dela e procurou alguns fones de ouvido nos móveis. —É do Brus Banner, me prometa que não vai tirar os fones de ouvido.— O menino acenou com a cabeça. Ele balançou a cabeça e deu um grande beijo na bochecha do homem antes de se perder em seu quarto com os fones de ouvido.Clarissa sentiu o coração disparar, e
Johan sentiuse vigiado, mais vigiado do que nunca. Enquanto caminhava pela rua com o pen drive na mão, ele quase podia sentir dezenas de pares de olhos caindo sobre seu corpo.Com o coração acelerado e a mente turva, uma e outra vez ele viajou até a casa de Clarissa, preocupado e angustiado para saber o que estava acontecendo ali, como a menina teria reagido a notícia de Emilio e isso o deixou duplamente assustado.Quando a porta se abriu, o rosto moreno de seu ex, Jhon, apareceu e olhou para ele com um sorriso desnorteado, e Johan se jogou em seu tronco e lhe deu um beijo apaixonado que o deixou paralisado onde estava.— Sinto muito — disse Johan após fechar a porta — mas acho que estão me seguindo, tive que fingir — Jhon olhou para ele com medo.—Você trouxe quem te segue para o covil do meu irmão? — o moreno o repreendeu e Johan olhou pela fresta da porta, mas não encontrou ninguém, parecia que era só paranóia.— Sim, eu sei que foi um risco, mas sei que seu irmão vai entender quan
Johan sentiu seu corpo se encher de adrenalina, como se uma força o invadisse e o fizesse contrair todos os músculos.Teve o impulso de jogar o USB no chão e pisar nele para que o homem nãoconseguirá Ele queria pegá—lo quando o pegasse, porque estava claro que iria pegá—lo, mas ficou parado, respirando com dificuldade, e resistiu à vontade de correr, o que ele fez.pegaria.A luz começou a preencher o corpo do homem e quando ele saiu da escuridão reconheceu o amigo de Emilio e todo o seu corpo se encheu de uma grande fraqueza.O homem tinha cabelos ondulados soltos atrás das orelhas e roupas casuais.—O que diabos você está fazendo aí no escuro? —Johan o repreendeu e ele encolheu os ombros.— Eu estava te seguindo, a verdade é que você é péssimo em esconder e enganar — Johan agora se sentia mais observado.— Pare de fazer isso, me sinto incomodado sabendo que você está constantemente seguindo meus passos, que você me hackeia e vê minhas fotos e que não tenho mais privacidade — ele leva
Clarissa sentiu seus sentimentos entorpecidos, ela se permitiu desabafar quando cortou a árvore e depois trancou os sentimentos que tinha no fundo, ela ainda tinha algo muito importante para fazer.Vestiu Maxwell com seu terninho, mas não colocou a gravata. Ao lado da porta estava a mala que ele teria preparado para ele caso o tribunal desse a custódia a Xavier.Ela se vestiu com roupas bonitas e com maquiagem cobriu as olheiras e a pele pálida; não tinha mais energia para ficar nervosa.A campainha tocou e seu advogado apareceu, ele vestia um terno pequeno demais para ele e uma gravata de cor diferente, e lhe deu uma má notícia.—Eles refutaram a reconvenção—, ele disse a ela, —de acordo com eles, eles podem provar que todas as suas acusações são verdadeiras.— Clarissa acenou com a cabeça, mas não disse mais nada, eles não puderam provar nada.O carro do advogado, Raúl, parecia que iria quebrar a qualquer momento e a viagem ao tribunal foi silenciosa e desconfortável.— Sr. Emanuel?
Clarissa sentiu que estava com falta de ar, tanto que sua visão ficou turva. Seu advogado se virou para olhar para ela, mas ela não encontrou o olhar dele. Franco continuou com o jornal no ar.—Explique—se, advogado Quiroz—, pediu o juiz e o homem olhou para Clarissa por um momento e ela entendeu tudo naquele olhar. Eu já tinha perdido.—Senhora juíza, este jornal saiu há alguns meses como um anúncio anônimo, e dois dias depois meu cliente encontra um homem que nunca tinha visto na vida e que supostamente é noivo do réu.Clarissa cerrou o punho onde estava o anel que Emanuel ou Emilio lhe deram, ela não sabia mais como deveria se referir a isso nem em sua mente. Ele olhou para o anel com o diamante falso e o nó na barriga ficou maior.— Por isso quero chamar a acusada para depor, meritíssimo — continuou ele com franqueza — vamos ver o que ela tem a dizer.— Objeção — gritou o advogado de Clarissa — se o jornal enviou uma declaração anônima, como você sabe que foi meu cliente quem mand