Emilio não conseguia entender como Johan conseguiu convencê—lo disso, talvez fosse parte da persuasão do loiro e parte do desespero que ele tinha, mas o argumento mais sólido que o menino lhe deu foi um claro: —Você não pode fazer isso. isso, Luis é como seu irmão e muito menos Clarissa, dos envolvidos eu sou o que você menos se importa.—Aquela discussão deixou uma sensação estranha em seu peito, é claro que ele amava Luis e daria a vida por Clarissa, mas o incomodava que Johan pensasse que não tinha o menor apreço por ele.Emilio era um homem bastante emotivo e, embora não se apegasse com relativa facilidade, conseguia simpatizar com as pessoas eempatia com ele, com aquele humor direto e o contínuo alto nível de desconfiança que o loiro possuía, mas não ousava lhe dizer nada, todos pareciam estranhamente apressados naquela manhã.— Exatamente do que você precisa? —Johan perguntou a ele.Estavam no armazém da loja de brinquedos onde instalaram uma cama para Emilio com quatro tijolos
Johan se sentiu vigiado, era um sentimento que o acompanhava desde que Luis havia hackeado seu celular e depois com os homens de Luciano que o seguiam por toda parte, então naquela tarde ele ficou sentado um pouco no banco de um parque até verificar se havia ninguém o seguindo, ou assim ele esperava.Luis o havia seguido uma vez sem que ele percebesse e ele não era um assassino experiente, então isso o preocupava.Ele desceu a rua e quando chegou na casa da ex bateu algumas vezes na porta, e quando o rosto moreno do homem apareceu, seus olhos embranqueceram.— Outra vez? — disse ele, mas Johan o ignorou, pulou em cima dele e o beijou na boca, fechando a porta com o pé com uma batida forte.—Sinto muito—, ele se desculpou, enxugando os lábios, —se alguém me seguir, vai pensar que você é meu amante e é por isso que estou indo. Seu irmão está em casa?— — Jhon riu alto.— Ele não consegue subir escadas há cerca de um ano, então sim, lá está ele — mas quando Johan tentou passar o homem mai
Johan se agarrou à cintura do ex enquanto o homem dirigia a moto pelas intrincadas ruas da cidade, o frio penetrou em seus ossos e ele se agarrou à cintura de Jhon como se sua vida dependesse disso.Ele sentia a adrenalina em seu corpo e seus músculos estavam quentes, se Clarissa estava em risco ele era o único que poderia fazer algo real a respeito.— Já chegaram? —Héctor perguntou pelo fone de ouvido que havia colocado nele e Johan pigarreou.— Sim, já — quando chegaram ele desceu da moto.Transportes Imperio era um lugar grande, com mais de dez andares de escritórios e mal era uma das sedes principais, a sede principal ficava em uma cidade costeira e pelo que Johan conseguiu investigar era o prédio mais luxuoso do país.— Cuidado, Luciano ainda está no prédio — Johan assentiu com a cabeça.— Eu sei, é disso que preciso — ele se virou para olhar para Jhon que tirou o capacete e olhou para ele com os olhos abertos.—Tenha cuidado, criança—, ele o avisou e Johan o beijou na bochecha.
Clarissa estava com sede, era o que mais a atormentava, mais do que o desconforto que sentia, o frio da brisa fresca ou as mãos dormentes das cordas que a amarravam na cadeira.Parecia que pelo menos uma semana se passou desde que aquele grupo de homens a colocou no carro e colocou um capuz em sua cabeça, mas não poderia ter passado mais de um dia.Ele estava no topo de um prédio em construção na periferia da cidade, e quando tiraram o capuz não pôde deixar de notar o forte cheiro de sangue que havia ali.Alguns homens a vigiavam o tempo todo e nem sequer a deixaram ir ao banheiro, nem lhe ofereceram um único copo de água, embora ela implorasse.Ela não pôde deixar de pensar que ela mesma havia trazido tudo o que estava acontecendo, embora Emilio tivesse entrado em sua vida e apesar de tudo ela estava grata, mas como ela pôde ser tão idiota? Dizia—se que ela era uma mulher madura na casa dos trinta, quase trouxe o homem da janela para sua vida, se envolveu em problemas da máfia e perd
Clarissa sentiu as balas atingirem o chão ao seu lado e fechou os olhos, mas a luz do holofote era tão forte que ela ainda conseguia vê—la através das pálpebras fechadas.Um corpo grande e quente saltou sobre ela e a derrubou no chão acidentado e quando ela abriu os olhos viu Emilio em cima dela, protegendo—a dos tiros.— O que faz? — ela perguntou a ele, mas ele não a ouviu.acima dele barulho de balas Uma voz através de um megafone quebrou seus tímpanos.—Eles estão cercados—, disse ele, —larguem as armas e se rendam com as mãos para cima ou vocês serão abatidos.— Clarissa olhou para a porta da escada, Luis estava lá deitado no chão com as mãos na cabeça e Luciano e seus homens não estavam mais lá.Os tiros pararam e Emilio se levantou, pegou a cadeira de Clarissa e ajeitou—a novamente, depois começou a desamarrá—la e ela beijou sua cabeça, seus cabelos escuros já eram longos e faziam cócegas em suas bochechas.—Você veio—, ela disse a ele e ele olhou para o rosto dela, com os olhos
Clarissa sentiu afrio de metal contraver, e além do coração acelerado e dos joelhos trêmulos, eu não conseguia sentir ou ver nada alémSeu corpo estava entorpecido como se uma massa espessa a envolvesse, como se ela estivesse morta, talvez em breve estaria.Emilio estava a dois metros de distância, com os olhos azuis gelados bem abertos e tentando convencer o irmão a soltá—la, mas Luciano a apertou com mais força e já começava a ficar sem fôlego.—Você não precisa fazer isso—, disse Emilio, a expressão agressiva havia desaparecido, ele sabia que naquele momento estava contra a espada.e a parede — ela não tem culpa de nada — Luciano balançou a cabeça, Clarissa sentiu.— Não tente fugir disso irmão, não tem mais volta, você decidiu envolver essa mulher e agora vai pagar as consequências — Emilio ergueu lentamente as mãos em direção a ele, mas o mafioso parecia um cervo nervoso e mal—humorado e ele recuou até que suas costas bateram na porta do carro.—Por favor—, ele implorou, —mate—me,
Luis desceu as escadas correndo com o coração na mão e quando conseguiu sair do prédio percebeu que as chaves do carro não estavam no bolso e teve que voltar correndo para a cidade. Seus pés ardiam quando ele saiu para a rua e àquela hora da noite ele mal conseguia encontrar um táxi para levá—lo.levar a para as instalações do Empire Transport, e não importa o quanto ele assediasse o homem, ele demorou pelo menos quarenta minutos para chegar. Ao sair do carro jogou uma nota para o motorista e nem esperou a curva, correu pela calçada e quando entrou na recepção estava tudo iluminado e os trabalhadores aglomeravam—se apesar do horário. — O que aconteceu? —Luis perguntou à recepcionista que estava pálida e com os olhos inchados. — Houve um tiroteio no andar de cima — a mulher contou e Luis sentiu um nó no peito — Os homens de Luciano nos trancaram na empresa, mas há uns vinte minutos arrumaram tudo e foram embora, pois ouvi dizer que Don Luciano morreu — Luis Ele balançou a cabeça, sem
—Você não vai tirar meu filho de mim! — Ele gritou com raiva e bateu na mesa com tanta força que derrubou o copo d’água e ele rolou pelo chão até quebrar. O ex—namorado dela estava lá, meio paralisado, meio assustado, e Clarissa olhou para ele com olhos cheios de raiva. —Você nunca esteve com ele, nunca pareceu se importar, mal se limitou a pagar por isso. a escola dele, e isso porque todo mês eu te ligo até o cansaço — as pessoas que estavam no restaurante começaram a esticar o pescoço para observar a dolorosa situação na mesa ao lado.—Não seja assim, acalme—se—, ele disse a ela, seu cabelo estava tão perfeitamente penteado para trás que parecia ter sido lambido por uma vaca.— Não me diga para me acalmar! — gritou Clarissa sacudindo a mesa e a sopa derramada na toalha fina — você está me dizendo que vai tirar meu filho de mim e quer que eu me acalme? — Xavier ajeitou seu terno caro, seu rosto estava vermelho pelo escândalo constrangedor em que Clarissa os estava colocando.—Ele vai