Braadock. 1 mês já tinha se passado e o mesmo tormento que me consumiu quando eu perdi meu pai agora me perseguia novamente, só que desta vez era diferente. Era como se meu coração estivesse sendo esmagado por uma prensa gigante, e eu não conseguia respirar. Os pesadelos com Débora me assombravam todas as noites, e eu acordava suando frio, com a sensação de que eu havia perdido tudo o que era importante para mim. Eu sabia que Débora estava lá fora, sozinha e grávida, e essa ideia me fazia querer gritar de desespero. Eu precisava encontrá-la, precisava protegê-la, mas eu estava preso aqui, sem poder fazer nada. Pedro tinha me dito que ela havia ligado para ele, mas que não acharam nenhum vestígio dela desde então. Era como se ela tivesse sumido no ar. Eu estava quase ficando louco, pensando em todas as coisas que poderiam estar acontecendo com ela. Eu tinha ilusões com ela, eu via nós dois juntos novamente, com nosso filho nos braços, mas eu sabia que talvez isso nunca fosse acontec
Débora Narrando. Meus olhos pareciam tão pesados, mas com dificuldade eu abri até a claridade da luz do dia doía meus olhos. Eu piscava várias vezes, tentando me acostumar com a luz. Olhei ao redor e vi Dona Mara sentada em uma cadeira ao lado da cama, passando um pano molhado nos meus pés. Ela sorriu para mim e disse: -Finalmente! Você acordou, minha filha! Eu tentei me levantar, mas meus dois braços estavam engessados e eu não podia mover-me. -O que aconteceu? Que lugar é esse? Eu perguntei, sentindo uma mistura de confusão e medo. Dona Mara se levantou e veio sentar-se ao lado de mim na cama. -Lembra do acidente? Eu estava confusa! Até que me lembrei, foi quando a gente estava fugindo de Pablo, comecei a chorar! - Meu bebê? Não vejo minha barriga! Eu perdi meu bebê foi isso! Eu me desesperei, sentindo uma dor intensa no coração. Dona Mara me segurou gentilmente pelos ombros e disse: - Calma meu anjo! Vou te dizer o que aconteceu, fica calma. - Ele não morreu!- Ela d
Braadock Narrando.Os dias se passava até os meses e nada dela, é como se ela tivesse sumido no ar, fomos em todos os hospitais e nada e até acho que foi inútil pois ela está dada como Morta.- Eu acho que ela não esta viva! Alguém fez uma brincadeira de mal gosto- Micaele disse dando de ombros e saindo.- Depois que você contou sobre Débora percebi que Micaele ficou mais nervosa que o normal- Pedro diz mexendo no celular buscando informações.- Ela está com medo de perder algo que existe somente na cabeça dela- Adriana disse.- Pedro! será se Débora tentou algum contato com Sara? Adriana perguntou.- Não sei! Sara anda muito ocupada com nossa filha e ela está passando por um momento difícil vocês sabem disso- Pedro disse preocupado.- Vamos perguntar para ela!- eu ia me levantando mas Pedro me interrompeu.- A pessoa que ela quer menos ver é você!- Pedro disse sério.- Não quero complicar as coisas com ela, desde que ela soube da morte da irmã foi um marco pra vida dela.- Então por
Débora Narrando.Finalmente!Finalmente eu ia poder ver meu bebê pela primeira vez depois de tudo, estava no quarto parada em frente ao espelho e via as marcas que ficou nos meus braço se eu pudesse esquecer...visto um vestido e devagar consigo pentear meus cabelos, já vestida eu saio do quarto e Dona Mara já me esperava na sala quando me viu abriu um sorriso.- Está linda! gosto de te ver assim. Dona Mara chegou perto de mim me abraçou e me deu um beijo na bochecha.- Obrigada! fiquei sem jeito e nós duas saímos de casa sendo observada por todos da rua, caminhamos um bom tempo até chegar no hospital do Morro e eu estava nervosa, fomos a recepção e eu me sentia mais ansiosa e logo depois fui vestir todo o traje para entrar na UTI neonatal e quando entrei sentir um frio no estômago ao ver ele ali naquela encubadora comecei a chorar chegando perto ele estava acordado, eu estava de luvas e não pude sentir pele tão delicada do meu bebê.- Tão pequeno e já teve que lutar para sobreviver
Braadock Narrando.No dia seguinte levantei cedo e fumei o primeiro do dia pra relaxar a mente, que estava uma bagunça, o que me fode é não achar Débora em parte alguma e sempre que tento ter alguma pista dela, volto a estaca zero de novo. Fiquei boladão com a revelação de Micaele e pensei muito a respeito.- Ela o quê? Pedro perguntou surpreso assim que contei tudo pra ele.- É isso mesmo tio! ela fez essa merda toda- Digo limpando minha arma em cima da mesinha.- Ela merece morrer meu parça- Pedro disse bolando o cigarro dele.- Ela tá grávida de um filho meu! não posso meter os pés pelas mãos tá ligado?- E se esse bebê não for teu? Pedro arqueou a sobrancelha me olhando sério.- Já pensei sobre! eu já sei o que vou fazer- digo tomando o cigarro da mão dele.- Chefe Joker mandou isso pra você- Um vapor entrou na casa e me entregou um envelope.- É fixa! pode ir- Digo assim que ele me entrega e Pedro então fechou a porta, abrir o envelope e tinha algumas fotos e logo meu telefone c
Continuação: Era 5 da matina, o sol ainda não tinha saído e eu mais uma vez não dormir nada durante a noite, eu sentava na beirada da cama passando mil fita na minha cabeça, eu pensava em tudo mas não encontrava a porra da solução me sentia um merda por coisas que fiz. Tinha mandado mensagem para Pedro confirmando o Horário em que ele ia trazer o diretor daquele hospital para o Morro, tomei aquele banho de lei pra relaxar a mente e fumei o primeiro do dia, sair de casa e vi que o morro já estava em atividade moradores saíam para trabalhar e seu Zé da padaria já estava vendendo pão, subir o morro para resolver problemas da boca relacionados à vendas de drogas. - Nós pegamos o cara! Pedro entrou na boca, alterado. - Muito bem! muito bem meu parça, já já desço lá. - Ele é muito ousado! já veio logo com papo que não vai falar nada, sendo que ele nem sabe o motivo de tá aqui- Pedro disse acendendo um. - Ele sabe! que se ele não falar o que eu quero saber, pessoas vão morrer.
PrólogoAquele olhar era de raiva dirigido a mim. Ele nem mesmo me ouviu. Quem é esse homem? Realmente me enganei ao escolhê-lo. Eu o amo demais, e cada palavra que sai da sua boca é como uma faca que perfura meu peito.- Se você realmente acha isso de mim, quem sou para rebater? Me sentir tão ofendida depois de tudo que fiz por ele. Ele simplesmente faz isso comigo, humilhando-me na frente de todos na favela, enquanto eu via nossa casa em chamas.-Para de ser cínica! Não caio mais nesse teu papo furado, Débora! -Ele pegou no meu queixo e depois soltou com força."Pensou que eu não ia saber? Sua puta!" Ele levantou a mão para mim; me assustei na hora e me abaixei com a mão na cabeça. Ele sabe do meu trauma e usou isso contra mim."Suma da minha frente! Não quero te ver mais. Se pudesse sumir para sempre, isso não faria diferença nenhuma para mim. Tua existência para mim é como um karma; sua desgraçada traidora. Não acredito em nenhuma palavra que sai da tua boca. Agradece à tua mãe po
Continuação: Braadock o Dono do Morro estava me olhando, e Sara saiu me puxando para um canto onde ele estava sentado no sofá, rodeado de mulheres. Seu olhar era hipnótico. Ele me encarou, e sentir meu coração acelerar, que isso? - Quem é essa? ele perguntou, apontando para mim. - É Débora, irmã de Sara- Pedro respondeu. Braadock sorriu, revelando um sorriso perfeito. Seu olhar me fazia sentir vulnerável. - Vamos dançar Doida! Sara me puxou. - Não quero! estou bem aqui.- recusei. Braadock levantou-se. Seu olhar era intenso se aproximando de mim. - Você é Débora? perguntou com voz suave. - Sim! respondi tímida, mas cadê minha marra toda? - Ah! agora me lembrei, tu é aquela menina que era magrela daquela rua lá de baixo. Ele soltou um sorriso, e eu revirei os olhos e ele continuou falando. Braadock se aproximou de mim Seu hálito quente em meu rosto me fazia arrepiar. - Magrela, mas agora está uma gatinha. Fiquei desconfortável com Braadock, mas tentei manter a ca