— Quero uma tese de no mínimo trinta folhas, com o tema "FISIOTERAPIA E O CORPO HUMANO", – O professor Joseph, vermelho como se alguém estivesse acabado de dar um chupão nele, disse. — Vai valer para a nota de fechamento desse semestre, juntos dos outros trabalhos.Minha amiga nada disse, juntou as coisas e saiu da sala no fim da aula. Eu sabia que Rebecca estava por um fio, e isso que nem havíamos começado o estágio.— Droga, Tati eu não sei se consigo, esta ficando cada vez pior. – Rebecca me encarou, meio tensa.— Claro que consegue, faremos juntas, uma ajudando a outra.— Se for assim tá bom. – Ela parou na calçada - Preciso te contar uma coisa. Hoje a noite eu ligo pra você. — Então conta logo. O quê está acontecendo?— O Roberto chegou, – Ela olhou adiante, para um Roberto todo sorridente. — Hoje, eu te ligo.As coisas estavam muito estranhas entre aqueles dois, eu podia sentir uma certa tristeza na voz da Rebecca.Mas como só pensar não resolvia nada, virei as costas e fui an
Estava curtindo bastante o beijo, mas me lembrei que não era uma talarica e o afastei gentilmente.— Aceito seu pedido de desculpas, mas você tem namorada e eu não sou da laia dela.Ele ainda tentou me beijar de novo, dessa vez mantive a mão no peito musculoso.— Eu sabia que você iria reagir assim. – Ele sorriu de lado. — Não achei certo o quê ela fez com você. Esse assunto era da nossa família e só. Então depois que você partiu pedi ao Jacobe para te levar em casa e tive uma conversa bem franca com ela. Pera começar a aliança foi uma iniciativa dela, e hoje, vi que estava sendo um prêmio para a Milla. Então acabei, o que já não existia entre nós.— Marcelo..Marcelo, safado como era me pegou pela cintura , a boca levemente vermelha logo estava se movendo sobre a minha. Agradeci mentalmente por ter tomado um banho antes de me deitar. — Diz que não me quer e eu vou embora agora. – A voz dele saiu impressionantemente rouca. — Porque se eu entrar....— Foda-se.Me atirei em cima dele.
– Grávida? Rebecca você tem certeza? – Dava pulos enquanto vestia a calça. O celular coitado, firme em meu ouvido.– Tenho. - Ela voltou a chorar. – Fiz o exame de sangue, mas só tive coragem de abrir ontem pela noite.– Porque só ontem à noite?– Porque o maldito filho da puta terminou comigo. - E mais uma vez ela começou a chorar. – E agora, vou criar meu sozinha?– Se acalma. Já contou para o Roberto?– Não consigo, Tatiana você tem que me ajudar. - Merda, eu nunca digo não tão fácil.– Estou indo para a faculdade, hoje tem entrega de mais uma pesquisa, conversamos melhor lá, tá bom?– Tá bom, eu estou saindo também. - Ela fez uma pausa. – Tati, você é mais que amiga, é minha irmã de coração.Desliguei o celular e saí de casa atordoada, sem saber o que fazer. Meu maior medo era da reação do William e da mãe, e mais ainda do Roberto.Assim que cheguei na faculdade, peguei meu celular, e mandei uma mensagem;“Marcelo, aconteceu uma coisa muito séria. Preciso conversar com você. Eu te
– Grávida? - Marcelo arregalou os olhos.– Fala baixo, podem achar que sou eu.- Senti meu rosto esquentar. – Sim, e está com medo, porque o Roberto não está mais junto dela.– Hã?– Ele acabou com ela, do nada, só chegou e acabou. Disse que não dava mais certo e pronto. - Cada palavra me fazia ter vontade de matar o Roberto.– Eu vou matar o Roberto. Juro, eu vou acabar com ele. - Marcelo verbalizou meu desejo.– Vamos dar um tempo, aí falamos com ele pra sei lá, talvez ele volte atrás. -Completei. Não estava afim de voltar algemada para casa.– Tenho que voltar ao trabalho. -Marcelo olhou o relógio. – Prometi que te levaria comigo,- Ele sorriu pra mim, e eu senti meu coração sofredor bater mais rápido.– Não sei. – Desviei o olhar.– Sério ruiva? Depois da nossa noite...– Marcelo. – Engoli em seco. – Falando assim até parece que fui que te ataquei.– Não faria nada, se caso me atacasse, aliás, faria sim. Sendo seu subordinado.– Chega de falar papagaiada, eu vou. Só hoje, e que seja
– Você acha que vai dar tudo certo?- Eu estava parada na frente da minha casa, mas minha mente estava longe.– O que?- Marcelo parecia distante também. – Ah, vamos ver. Tati, eu vou ter que fazer uma viagem para Campos do Jordão. Tem uma pousada para vistoriar. Sei que não vai, por causa da faculdade...- Quando ele percebeu minha cara de assustada, fechou os olhos, e continuou. – Vai ser rápido. Juro.– Quantos dias? - Eu sentia a dúvida nublar minha mente.– Só volto na sexta à noite, ou sábado. - Ele pegou minha em minha mão. – Por favor, só quero que você confie em mim.– Não sou sargentona.- Claro que eu era.– Estamos correndo contra o tempo, porque pretendemos sair em viagem. – Ele sorriu de lado.- Hã?– Você vai saber.Me despedi do Marcelo, e fiquei vendo o carro dele se distanciar.Assim que entrei fui surpreendida pela dúvida. Será que ele vai a trabalho mesmo? Ou será que não é tudo outra brincadeira.– Deixa disso Tatiana, pensa positivo.- Eu repetia essa frase a toda hora
Três dias depois eu já tinha arrumado todas as minhas coisas, guardado as que eu iria usar.Estava folheando um dark romance quando meu celular bipou. De cara vi quem era, senti a vontade pungente de jogar o celular na parede. Me contive.Sei que não quer mais saber de mim. Mas preciso falar com você. É sobre a Rebecca. Te espero amanhã às 13:00hrs, no shopping. William.*******- Como sempre, pontual. -William tinha chegado mais cedo que eu. - Por favor, senta.- Muito obrigada. -Eu tentei ser bem seca com ele. - O que está acontecendo?- Sempre direta ao ponto.- Ele riu da minha atitude, eu, continuei seria. - Tá legal. Primeiramente, eu queria me desculpar com você, sobre aquele dia.- Sério? Você deveria rever suas atitudes.No mundo de hoje, racismo é crime sabia?- Mantive minha postura, mas minha vontade era voar no pescoço dele.- Eu mudei, nesse tempo que ficamos afastados. Eu até pedi desculpas pro Jacobe.-Tinha algo superficial na voz dele.- Mas não quero falar sobre isso ag
Passei pelo portão tão cega de raiva que nem notei uma senhora me chamando. - Moça.-Ela passou na minha frente.- Já fechamosl- É mesmo? -Fuzilei com os olhos, a infeliz. - Sai da minha frente.- Não. - Ela cruzou os braços. - Não vou sair. Era uma senhora de mais ou menos cinquenta anos, mais alta que eu,bem magra,e tinha cara de mal.- Se a Senhora não sair,eu te empurro.- Coloquei a mão na frente dela.Quando eu percebi que ela não ia sair mesmo, pedi perdão a Deus, tomei impulso e dei um empurrão nela. A mulher caiu de costas pro chão. - Eu vou chamar a polícia! -Ela tentou se levantar. - Não precisa.- Ela me olhou, assustada.- Já chamei.Entrei de uma vez, fazendo umas meninas se assustarem comigo.A balconista se levantou rapidamente:- Moça, precisa de alguma coisa?-Eu sabia muito bem o que era.- Preciso falar com a Rebecca.-Bati a mão no balcão. - Ela vai ser medicada agora, não pode ser atendida.-Ela olhou na direção da última sala do consultório.Nem esperei resposta,
O dia mal começou, e eu Pulei da cama, coloquei a minha roupa favorita para cavalgar. Camisa longa de pano grosso, e uma calça especial, que eu ganhei quando comecei a cavalgar bem. Era preta, e os joelhos eram revestidos de couro,assim como a parte entre as pernas, e minhas botas de couro marrom, mais gasta que minha paciência.Pelo jeito ninguém tinha acordado ainda, a casa estava em silêncio total. Tomei o café do dia anterior da garrafa, comi um pedaço de pão que achei dando sopa e me preparei para sair.Desde que havia chegado, eu não fui ver meu cavalo, sei que ele sentiu minha falta, assim como eu dele.Saí pela porta dos fundos e fui correndo pro estábulo.Assim que entrei, meu cavalo levantou a cabeçona com a boca cheia e olhou para a porta.Nós dois temos uma amizade sincera. Acho que foi pelo fato do que aconteceu com a gente no passado. O bichinho batia as patas no chão e tentava a todo custo passar pela portinhola.- Você está fedendo. - Encostei a cabeça no dorso dele. -