Passei pelo portão tão cega de raiva que nem notei uma senhora me chamando. - Moça.-Ela passou na minha frente.- Já fechamosl- É mesmo? -Fuzilei com os olhos, a infeliz. - Sai da minha frente.- Não. - Ela cruzou os braços. - Não vou sair. Era uma senhora de mais ou menos cinquenta anos, mais alta que eu,bem magra,e tinha cara de mal.- Se a Senhora não sair,eu te empurro.- Coloquei a mão na frente dela.Quando eu percebi que ela não ia sair mesmo, pedi perdão a Deus, tomei impulso e dei um empurrão nela. A mulher caiu de costas pro chão. - Eu vou chamar a polícia! -Ela tentou se levantar. - Não precisa.- Ela me olhou, assustada.- Já chamei.Entrei de uma vez, fazendo umas meninas se assustarem comigo.A balconista se levantou rapidamente:- Moça, precisa de alguma coisa?-Eu sabia muito bem o que era.- Preciso falar com a Rebecca.-Bati a mão no balcão. - Ela vai ser medicada agora, não pode ser atendida.-Ela olhou na direção da última sala do consultório.Nem esperei resposta,
O dia mal começou, e eu Pulei da cama, coloquei a minha roupa favorita para cavalgar. Camisa longa de pano grosso, e uma calça especial, que eu ganhei quando comecei a cavalgar bem. Era preta, e os joelhos eram revestidos de couro,assim como a parte entre as pernas, e minhas botas de couro marrom, mais gasta que minha paciência.Pelo jeito ninguém tinha acordado ainda, a casa estava em silêncio total. Tomei o café do dia anterior da garrafa, comi um pedaço de pão que achei dando sopa e me preparei para sair.Desde que havia chegado, eu não fui ver meu cavalo, sei que ele sentiu minha falta, assim como eu dele.Saí pela porta dos fundos e fui correndo pro estábulo.Assim que entrei, meu cavalo levantou a cabeçona com a boca cheia e olhou para a porta.Nós dois temos uma amizade sincera. Acho que foi pelo fato do que aconteceu com a gente no passado. O bichinho batia as patas no chão e tentava a todo custo passar pela portinhola.- Você está fedendo. - Encostei a cabeça no dorso dele. -
O nosso retorno foi programado para um mês atrás, mas como eu pai é um belo de um chorão, ele conseguiu convencer o Marcelo e o pais dele e ficarem até depois das festas, ou seja, passamos o natal como uma família. E agora o ano novo.Ganhei da minha mãe um vestido branco rodadinho, e da minha linda sogra uma sandália prata.Todo esse visual caiu muito bem no meu corpo, e o branco impecável do vestido contrastou com a cor do meu cabelo.Meu irmão me chamou de mãe de santo, e os dois mais novos riram, mesmo sem saber o que isso significa.-Tati, você está parecendo um anjo.-Minha mãe estava sentada na cama.Não sei porque, mas senti um aperto enorme no coração vendo minha mãe ali, até pareceu que seria uma das últimas vezes que eu a veria.-Ah mãe. - Dei um abraço nela.-Vale uma foto. - Minha mãe tirou o celular do bolso da calça. Tiramos várias fotos, e depois disso ela deu a louca e começou a tirar várias fotos. De tudo, e todos.Desci as escadas e corri para o meu pai, e ela tiro
-Marcelo, pelo amor de Deus,vamos embora.-Tentei com todas as minhas forças puxar ele de volta.-Olha, se você estiver com medo,pode ir embora.- Ele manteve o braço esticado ao lado do corpo, e as mãos fechadas em punhos.-Vão brigar na frente da minha casa? -William desceu da moto,-Porque estou cansado, e daqui a pouco vou sair de novo. -Porque você fez isso?-Marcelo se soltou do meu aperto. -Eu vou quebrar a sua cara.-Olha cara, não se meta em coisas de família. -William abriu o portão, mas nem deu tempo de passar.Aconteceu muito rápido, eu estava na frente do meu namorado, mas fui empurrada pra trás, ele praticamente se jogou nas costas do William, e os dois começaram a se esmurrar. Eu gritava em vão, tentava separar, mas nem me sentiram.O Marcelo acabou acertando um soco no nariz do William, mas levou outro no estômago, e ambos se largaram.-Você quebrou o meu nariz - William estava tentando estancar o sangue.-Olha Tatiana vou te falar uma coisa.-Ele apontou o dedo cheio de sa
Seis Meses Depois.....-Já está marcada para mês que vem. - Rebecca estava bem gordinha.-Estamos todos ansiosos.- Ela tinha chamado Marcelo e eu para ser padrinhos.Eu estava super tia coruja, desde o primeiro ultrassom, até o outro que o médico nos disse todo sorridente que minha amiga seria mamãe de uma princesa.Foi eu quem dei o nome da bebê, ela tinha cara de Alice, ninguém disse nada contra, graças a Deus.- Ainda não sei como vou fazer para deixa-la e voltar para a faculdade, já que minha mãe e o William esqueceram de mim.-Nós vamos dar um jeito, agora só aproveita os últimos momentos dela na sua barriga.Saímos da faculdade e fomos caminhando para o centro, comprar as últimas peças do enxoval, Rebecca precisava andar para aliviar a pressão nas pernas.A sogra dela havia pedido o apartamento, mas como estava morando junto de um Americano bonito e vermelhão, ele mesmo fez ela deixar o apartamento para eles, já que iria morar lá com ele em um apartamento chique perto do Central
-Bom dia.- Falei no ouvido dele.- Humm , você não dorme, não?- Marcelo se espreguiçou.-Levanta preguiçoso, deixa para dormir quando morrer. -Tirei a coberta dele. -Se vamos dividir esse teto hoje, temos que deixar tudo no lugar.A minha casa estava uma zona, tudo fora do seu lugar, fotos nossa espalhada para todo lado, e as coisas dele em todo lugar.-Não. Eu ainda estou de férias. -Ele passou uma mão na minha cintura e me jogou na cama com ele.-MARCELO.- Dei um grito, que saiu fino de mais.- Abusado.- Humm.- Ele tentou fazer cócegas mas eu levantei. - Não me achou abusado a noite inteira, não é mesmo?Aceitei os puxões dele e me joguei na cama. já tinha tomado banho, ele abriu meu roupão e feito um gato manhoso ficou em cima de mim. Marcelo me penetrou lentamente, tirou o cabelo do meu rosto e beijou minha testa, meu nariz e em seguida minha boca. Fizemos amor lentamente naquela manhã. Gozamos juntos.Arrumamos a casa depois da nossa manhã maravilhosa, ou melhor eu arrumei, mas e
-Sério? - Apontei para o animal.- Isso parece um pônei, eu não tenho coragem de montar esse pobre coitado.-Ei já sei que você está acostumada a montar um cavalo de Troia de carne e osso,- Ele parou,- E músculo também.-Beleza, mas se eu morrer diz pro meu pai que eu o amo.- Subi no pobre coitado. - E vou voltar pra te encher o saco, toda noite.O pai do Marcelo tem um amigo, e esse amigo precisou dos favores deles para montar um Haras.Como o Marcelo não é besta, ele se aproveitou da hospitalidade do homem e pediu para passar um dia inteiro comigo lá.- E você? -Me virei para ele.-O meu está aqui.- Ele apontou para outra coisa magra, do mesmo tamanho.- Eles são de treino.-Nem tinha notado.- Fiz cara de surpresa.- Só que suas pernas estão quase arrastando no chão. -Tentei segurar a risada.- Mais um tiquinho e você que vai levar ele.-Chega, se você me humilhar, eu dou um tapa na bunda do seu cavalo.- Ele chegou perto de mim.Depois de tirar as rédeas cavalguei bastante, mas sem olha
Quatro Dias Depois....- Ela vai ter que conviver com essas marcas a vida toda.- Um homem falava baixo ao meu lado.-Pobrezinha, o mais importante é que ela está viva.- Uma mulher de voz meiga falava enquanto alisava o meu rosto.-Mãe? - Eu abri a boca, mas essa foi a única palavra que saiu.-Tati, minha querida, que bom que você acordou.- Ela falou no meu ouvido.Eu estava deitada de bruços, minha cabeça doía muito, minhas costas queimavam muito.Abri o olho e me assustei, eu estava nua dentro da sala de um hospital.-Pode me ouvir? - Um senhor calvo e bem alto, que presumi ser o médico se abaixou analisando minha face.Eu concordei com a cabeça pesada.-Olha moça, você passou por muita coisa, posso dizer que você lutou, caso contrário não estava aqui.- Ele passou a mão no meu cabelo.-Como eu vim parar aqui?- Fechei os olhos.-Você não se lembra?- Paula se sentou ao meu lado. - Acharam você à dois dias atrás, você estava no fundo de uma loja, estava drogada.Enquanto ela falava eu c