Seis Meses Depois.....-Já está marcada para mês que vem. - Rebecca estava bem gordinha.-Estamos todos ansiosos.- Ela tinha chamado Marcelo e eu para ser padrinhos.Eu estava super tia coruja, desde o primeiro ultrassom, até o outro que o médico nos disse todo sorridente que minha amiga seria mamãe de uma princesa.Foi eu quem dei o nome da bebê, ela tinha cara de Alice, ninguém disse nada contra, graças a Deus.- Ainda não sei como vou fazer para deixa-la e voltar para a faculdade, já que minha mãe e o William esqueceram de mim.-Nós vamos dar um jeito, agora só aproveita os últimos momentos dela na sua barriga.Saímos da faculdade e fomos caminhando para o centro, comprar as últimas peças do enxoval, Rebecca precisava andar para aliviar a pressão nas pernas.A sogra dela havia pedido o apartamento, mas como estava morando junto de um Americano bonito e vermelhão, ele mesmo fez ela deixar o apartamento para eles, já que iria morar lá com ele em um apartamento chique perto do Central
-Bom dia.- Falei no ouvido dele.- Humm , você não dorme, não?- Marcelo se espreguiçou.-Levanta preguiçoso, deixa para dormir quando morrer. -Tirei a coberta dele. -Se vamos dividir esse teto hoje, temos que deixar tudo no lugar.A minha casa estava uma zona, tudo fora do seu lugar, fotos nossa espalhada para todo lado, e as coisas dele em todo lugar.-Não. Eu ainda estou de férias. -Ele passou uma mão na minha cintura e me jogou na cama com ele.-MARCELO.- Dei um grito, que saiu fino de mais.- Abusado.- Humm.- Ele tentou fazer cócegas mas eu levantei. - Não me achou abusado a noite inteira, não é mesmo?Aceitei os puxões dele e me joguei na cama. já tinha tomado banho, ele abriu meu roupão e feito um gato manhoso ficou em cima de mim. Marcelo me penetrou lentamente, tirou o cabelo do meu rosto e beijou minha testa, meu nariz e em seguida minha boca. Fizemos amor lentamente naquela manhã. Gozamos juntos.Arrumamos a casa depois da nossa manhã maravilhosa, ou melhor eu arrumei, mas e
-Sério? - Apontei para o animal.- Isso parece um pônei, eu não tenho coragem de montar esse pobre coitado.-Ei já sei que você está acostumada a montar um cavalo de Troia de carne e osso,- Ele parou,- E músculo também.-Beleza, mas se eu morrer diz pro meu pai que eu o amo.- Subi no pobre coitado. - E vou voltar pra te encher o saco, toda noite.O pai do Marcelo tem um amigo, e esse amigo precisou dos favores deles para montar um Haras.Como o Marcelo não é besta, ele se aproveitou da hospitalidade do homem e pediu para passar um dia inteiro comigo lá.- E você? -Me virei para ele.-O meu está aqui.- Ele apontou para outra coisa magra, do mesmo tamanho.- Eles são de treino.-Nem tinha notado.- Fiz cara de surpresa.- Só que suas pernas estão quase arrastando no chão. -Tentei segurar a risada.- Mais um tiquinho e você que vai levar ele.-Chega, se você me humilhar, eu dou um tapa na bunda do seu cavalo.- Ele chegou perto de mim.Depois de tirar as rédeas cavalguei bastante, mas sem olha
Quatro Dias Depois....- Ela vai ter que conviver com essas marcas a vida toda.- Um homem falava baixo ao meu lado.-Pobrezinha, o mais importante é que ela está viva.- Uma mulher de voz meiga falava enquanto alisava o meu rosto.-Mãe? - Eu abri a boca, mas essa foi a única palavra que saiu.-Tati, minha querida, que bom que você acordou.- Ela falou no meu ouvido.Eu estava deitada de bruços, minha cabeça doía muito, minhas costas queimavam muito.Abri o olho e me assustei, eu estava nua dentro da sala de um hospital.-Pode me ouvir? - Um senhor calvo e bem alto, que presumi ser o médico se abaixou analisando minha face.Eu concordei com a cabeça pesada.-Olha moça, você passou por muita coisa, posso dizer que você lutou, caso contrário não estava aqui.- Ele passou a mão no meu cabelo.-Como eu vim parar aqui?- Fechei os olhos.-Você não se lembra?- Paula se sentou ao meu lado. - Acharam você à dois dias atrás, você estava no fundo de uma loja, estava drogada.Enquanto ela falava eu c
Dizem que a fênix morre todos os dias assim que o sol se põe.Mas no dia seguinte ela renasce maior e mais forte.Como a fênix. Renasci das cinzas.Quatro anos depois....-Doutora, sua paciente chegou.Minha paciente é uma garota da idade do meu irmão, uma bela de uma morena de cabelos cacheados e cheirosos, era de deixar muito marmanjo de boca aberta, principalmente porque para uma garota de quinze anos, ela tem um corpão de dar inveja.Tiffany se acidentou durante uma viagem com os avós, ninguém sofreu nada, mas ela estava sem cinto de segurança, foi lançada para o fundo do carro e ficou presa nos destroços, teve as pernas esmagadas, e se não fosse a ação rápida do bombeiros, faltou pouco para perder as pernas.Depois de várias sessões de fisioterapia comigo ela já está usando andador. Gosto de atende - lá no primeiro horário, assim nós conversamos um pouco, e consigo tirar dela o melhor, mesmo sendo doloroso.- Doutora? De quem você ganhou a correntinha?- Curiosa, Tiffany puxou a c
Desde que voltei para casa, perdi a vontade de me arrumar, dessa vez não foi diferente. Escolhi calça jeans e camiseta preta, não que eu sinta vergonha da minha tatuagem, mas é bom deixar algumas coisas, fora do olhar dos outros.Fui encontrada porque saí da sala onde estava, mas no caminho caí por cima do tatuador, que na hora segurava a caneta que faz a tatuagem. Quando acordei tinha um risco estranho no meu braço. Durante muito tempo eu juntei dinheiro para tirar pelo menos essa mancha, mas um dia acordei com uma ideia diferente.Fui até um tatuador antigo na cidade e pedi para ele dar um jeito naquilo. Fechei os olhos e deixei ele fazer, quando abri ele estava com os olhos marejados.Ele tinha feito uma árvore pequena com galhos curtos e folhas longas. O risco tinha se tornado a raiz maior, seguida de mais algumas, e nela estava escrito quase que imperceptível,"nunca esqueça suas raízes."Todos nós viemos de algum lugar, mas alguns esquecem as raízes e vivem como se não tivesse u
- Pai, são só quinze dias.Tomei coragem de falar com meu pai sobre a viajem um dia antes, e de preferência pela noite, mas ele estava impassível.- Não é só isso Tati, você sabe muito bem. - Ele apontou o dedo pra mim.- Eu confio em você, mas são as consequências. Não sei se aguento tudo de novo.Meu pai só conseguiu me buscar no dia que eu tive alta do hospital, sei que ele nunca se perdoou, porque quando ele bebia, o que ele vinha fazendo com frequência, acabava falando muitas coisas que eu jurava nunca passar pela mente dele.-Não vai acontecer de novo. -Tentei convence-lo. - Naquela época eu era uma criança, agora eu já amadureci.-Não sei Tati. - Ele respirou fundo e passou a mão calejada de anos de trabalho na testa.- Eu fico só até o dia do casamento e depois volto para casa.- Tudo bem, mesmo eu não querendo vou permitir, sei que você vai dar um jeito de aparecer por lá mesmo.Não parou por aí, quando disse que ia de carro, achei que apanharia dele. Aguentei tudo como uma bo
O dia estava nublado, tomei meu café em silêncio, desejando que aquele meu tempo em São Paulo fosse rápido, e depois voltaria para uma vida nova. Depois de me vestir adequadamente, respirei o ar frio de olhos fechados, minha conversa com Rebecca viva na minha mente confusa.-Tati?-Conseguiu, Beca?-São seis hora da manhã, o que você vai fazer lá?-Calma ,só quero conversar.- Consegui, mas é um pouco longe.-Eu vou até lá.-Por favor, não faça besteira.Com o endereço no celular, dei partida na moto e segui pelas ruas que agora me eram estranhas. O tempo muda, pessoas vem e vão. São Paulo está sempre em mudança. Fiz o caminho todo recordando meus passos ali, dobrei a rua silenciosa e avistei a casa.Era uma casa humilde com a pintura desbotada pela ação do tempo, pelo portão pequeno vi que havia um corredor pequeno, e uma menininha brincando logo cedo. Ainda de cima da moto fiquei a observar ela brincando sozinha durante um tempo, até que ela percebeu minha presença e saiu correndo