— Querido — disse Hope com um tom que apenas uma pessoa verdadeiramente elegante poderia cultivar. Ela cautelosamente tirou uma fibra de algodão da lapela do uniforme de seu filho e então sorriu brilhosamente. — Você parece estar... bem. — Ela estudou os band-aids nas mãos e em seu braço. — Você está bem. — Ela poderia ter esperado encontrar Raul machucado de forma mais severa. Ela fez um barulho de impaciência. — Raul, já te disse para não dobrar as mangas. — Ela as abaixou, e franziu a testa para as rugas que surgiram nas mangas.
Supremamente inconfortável com a atenção, Raul afastou-se dela por um momento e gesticulou para os outros.
— Eu só estava, hm...
— Oi, srta. Hope! — disseram os gêmeos de coro de onde estavam, sorrindo, já muito familiarizados com ela.
— Olá, garotos. — Hope sorriu a assentiu para os outros também. — Brayan... — O monitor sorriu galantemente. Ela ergueu os olhos para corrimão do andar de cima. — Wen, Dimitri... — Os dois abriram sorrisos e a cumprimentaram com a cabeça, descendo as escadas. — … e Duarte... — O espiritualista desajeitadamente acenou para ela. E então os olhos delas se pousaram em Klaus. Ela sorriu ainda mais abertamente, se não firmemente, agora. — E este deve ser Klaus.
— Sim, eu te falei dele! — disse Raul, exultante. — Eu e ele nos damos muito bem.
— Posso ver — disse Hope, caminhando até o contratenor que estava um pouco fascinado. A mulher era, afinal, uma famosa, se não temível, editora de revista de moda que regularmente enviava roupas para seu filho que nem estavam nas lojas ainda. — Raul me disse que você tem um gosto muito bom em roupas também.
— Bom, eu tento — envaideceu-se Klaus, sorrindo.
— O que você e Raul estava fazendo agora pouco? — perguntou ela, soando genuinamente curiosa. — Soou muito animado.
Vendo a expressão de Raul, Brayan rapidamente disse:
— Eles estavam cantando. Apenas uma aquecimento para a apresentação de mais tarde. Raul acabou de ser coroado como um dos dois cantores solistas para a apresentação dos Hall’s Babbler de hoje à noite.
— Ele é realmente incrível — acrescentou Klaus.
A mãe parecia perplexa por um momento, e Raul contorceu-se desperadamente, sentindo perigo.
— Gente, vocês não precisam...
— Cantar? Como solista? — Hope parecia confusa. Ela franziu a testa e olhou para Raul. — Isso é novidade. É algo obrigatório? E as suas pinturas para a grande exibição?
Esqueceu que vai ter uma exibição de gala na semana que vem?
— Não... — disse Raul suavemente. — É... extracurricular. Sou... Sou um membro do coral da escola.
— Ah.
Klaus sabia o que aquele "ah" significava. Era algo que editores do departamento de moda faziam quando olhavam para uma peça de roupa que não amavam ou odiavam particularmente. Ajeitando-se, ele rapidamente disse:
— Os Hall’s Babbler ganharam as Seccionais esse ano. Raul era um de nós.
— Então você é um deles também... — murmurou Hope, olhando para Klaus com uma brilho de avaliação cuidadosa nos olhos. Klaus achou estranho o quanto ela poderia parecer frígida quando tinha os mesmos olhos castanhos acolhedores de Raul. Ela pareceu julgá-lo inofensivo quando apenas deu de ombros suavemente sob sua estola de pele e olhou para se filho. — Agora, filho, isso é muito interessante, mas você não me chamou por outro motivo?
— O que você quer dizer? — perguntou Raul inconfortavelmente.
— Eu deduzi que você tinha finalizado seus quadros, é claro — disse Hope abruptamente. — Você tem uma exposição em poucos dias. Ainda acho que você deveria considerar fotografia, meu bem. Você poderia se dar muito melhor com isso. E se você quer seguir carreira em design, imaginei que já teria terminado seu portfólio até agora. Tenho que entregá-lo para Tim Gunn na próxima semana?
A expressão no rosto de Raul fez todos no hall de entrada parecerem positivamente inconfortáveis. Alguns dos garotos já tinham partido para dar-lhes privacidade, além de não estarem dispostos a assistir a conversa. Os conspiradores de Bourbon ficaram assistindo silenciosamente.
Corando, Raul disse:
— Eu queria que você viesse me assistir! É por isso que te chamei! Você acabou de me ouvir cantar agora pouco, certo? O que... o que você achou?
Hope olhou para seu filho com afeição ilimitada — e o que poderia ter sido simpatia.
— Foi realmente muito bom, querido. Mamãe está muito feliz por você. Contanto que você não se esqueça do que realmente importa. — Ela acariciou sua bochecha. — Não esqueça, você está prestes a se virar o herdeiro do nosso nome. Não se preocupe. Vou cuidar de tudo e garantir que você ganhe o que merece.
— Então... você não vai me assistir cantar? — perguntou Raul suavemente enquanto sua mãe começou a vasculhar por sua bolsa, pegando o que era indiscutivelmente um telefone da D&G de ouro puro. Hope pareceu suspirar, e então disse:
— É claro que vou assistir, meu bem... Mas você se importa se não ficarmos para a ceia? Nosso voo para Nova York parte em poucas horas e ainda não contatei aquele representante da Monique Lhullier sobre aquele vestido que eles querem fazer para a futura princesa...
— Sra. Hope? — chamaram os gêmeos, e Etan continuou: — Se você quiser... pode ir em frente. Também vamos voar para East Coast, vamos levar Raul no nosso jato.
Jato...? Se Klaus não estivesse tão assustado com a inabilidade de Hope de perceber o desconforto do seu filho, ele teria olhado, pasmado, para os gêmeos.
— Sério? — Hope piscou lentamente.
— Sim, ele vai ficar bem com a gente — disse Eliel com um sorriso. — Vamos... manter ele ocupado.
— Tudo bem, então. — Hope concordou com um aceno e colocou o celular no ouvido. Ela abraçou Raul rapidamente. — Falo com você mais tarde no salão, querido. Sim, olá?
Patricia! Eu vi aquela fotos do show... — Ela saiu de Bourbon sem outra palavra.
Silêncio recaiu sobre o corredor.
Raul estava encarando o chão. Klaus caminhou até ele, não sabendo exatamente o que dizer. Ele colocou uma mão no seu ombro.
— … Raul?
O outro garoto ergueu a cabeça, sorrindo um pouco.
— É, essa é a minha mãe. Ela é... bem incrível, uh? Tem todos na palma da mão.
Brayan olhou para ele, sua expressão quase apologética.
— Ela vai mudar de ideia, Raul. Ela te ama um monte, é só que... — Ele balançou a cabeça, como se percebe que a exibição anterior não suportasse suas palavras completamente. — Sei que se ela ouvir você cantar hoje no palco ela vai entender. Não tem como ela não entender.
— Não é grande coisa — disse Raul firmemente. Ele ergueu a cabeça, piscando. — Sempre foi o plano para mim. Eu pinto, eu desenho... eu assumo. Gosto de pintar, de qualquer jeito, então faz sentido. Ela só está preocupada comigo, de qualquer jeito... Ser um Warbler é... — A voz dele morreu.
— … algo que você apenas realmente quer fazer...? — finalizou Klaus.
Wen cruzou os braços sobre o peito.
— Foi de última hora, Raul? Quando você entrou no grupo? Porque quando eu te vi fazer a audição você estava morto de medo mas superou isso.
— Martini disse que você deu tudo de si. Foi por isso que ela te deixou entrar, não foi? E para o solo nessa apresentação? — adicionou Dimitri, arqueando uma sobrancelha. — Você lutou por isso também. Você tinha certeza que perderia, mas tentou de qualquer jeito.
— Não parece nada que você faria apenas porque queria fazer... — Os gêmeos viraram a cabeça para ele.
— Gente... — Raul sacudiu a cabeça, como se estivesse tentando convencer a si mesmo. — Minha mãe não está me... reprimindo ou coisa do tipo! Ela cuida de mim. Se ela visse que eu realmente tivesse potencial, ela me... suportaria. Talvez tudo que ela esteja dizendo seja que eu... eu talvez não tenha futuro cantando. — Ele deu de ombros com uma risada que não era nem um pouco convincente. — Tenho o resto do ensino médio para cantar com vocês. Tenho pelo menos isso, certo? Então quando eu parar... vou pensar sobre isso mais tarde e ver que foram ótimos momentos.
Os garotos se entreolharam. Lá em cima, Duarte parecia descontente, sua expressão abertamente furiosa. Raul sorriu um pouco.
— Eu... tenho que subir. Trocar o uniforme. Minha mãe odeia roupas enrugadas. — Ele indicou suas mangas e seguiu escada acima, abrindo caminho entre a confusão.
Assim que ele se foi, Klaus olhou para os outros com uma careta.
— Há quanto tempo ele pensa assim? — perguntou ele. — Eu sabia que a mãe dele não aprovava, mas vocês não me disseram que ele também estava pensando em desistir.
— Não há exatamente nada que você possa fazer sobre a mãe dele — disse Brayan hesitantemente, desaprovando a situação. — Raul é filho único. Ela colocou todo o império da moda dela nos ombros dele. Isso começou quando ele tinha onze anos.
— Mas ele quer mesmo cantar! — protestou Klaus.
— E queremos que ele continue a cantar — disse Dimitri pacientemente. — A gente sabe que Raul consegue cantar, sabemos que ele é incrível. Mas você não ouviu o que ele disse? O que vai acontecer com ele depois disso?
— Muitos alunos aqui... eles têm o mesmo problema — explicou Wen. — Eles vão para internatos, tirar notas altas, e então assumem as empresas dos seus pais. Tem sido assim de geração a geração... até com a gente.
— Ninguém nunca perguntou para Raul o que ele quer fazer com a vida dele? — explodiu Klaus, fazendo todos eles fazerem uma careta. Ele se virou e marchou escada acima.
— Klaus... — começou Brayan, mas então pensou melhor e deixou ele ir.
Duarte ainda estava furioso ao descer as escadas até os outros. Ele suspirou e olhou para eles.
— Isso é o que eles chamam de choque cultural, imagino.
— Então acho que Klaus não tem nenhum plano de herdar a oficina do pai dele...? — disse Elói, tentando ver a situação do ponto de vista do outro garoto.
— Como se vocês nunca tivessem reclamado de como as coisas são — grunhiu Duarte. Ele jogou os braços para cima. — Eu quero sair estrada afora! Salvar pessoas, caçar coisas!
Quero ser mais que apenas Duarte Hazel, futuro dono de parque temático! Nem consigo ir nos brinquedos na hora que quiser!
— Duarte...
Brayan olhou para eles.
— Ele tem razão. Não sei quanto a resto de vocês, mas acho que Raul deveria poder opinar nisso. Era como se a mãe dele tinha atirado nele quando ela disse que nem veio para ouvir ele cantar à princípio. — Ele suspirou. — Se Raul realmente quer o que a mãe dele quer, então não tem nada que a gente possa fazer. Mas se, na menor das chances, ele quiser fazer algo diferente com a vida, assim que o resto de nós quer, temos que pelo menos ajudar ele a lutar para que seja ouvido.
— A mãe dele me assusta — sussurrou Duarte. — Vamos lutar com ela? Ela vai comer a gente vivo.
— Não precisa ser feito tudo numa única noite — avisou Dimitri. — Vamos ter que progressivamente fazer ela mudar de opinião.
Houve um momento de consideração. E então os gêmeos sorriram.
— Desafio aceito.
Contrária a opinião popular, o Salão de Festas Orion não foi nomeado pelo enorme vidro e grade dourada que tinha sido ponteada por luzes formando o teto que revelava o céu noturno. Era uma clara noite em Ohio, e as estrelas brilhavam céu acima, levemente intensificadas pelas várias velas e luzes que decoravam o salão de festas. A seleção de flores era tão branca e pálida que o lugar quase começava a lembrar um casamento.
Estudantes, ex-alunos e pais já estavam entrando no corredor em suas roupas de gala. Os Hall’s Babbler era os únicos estudantes de uniforme. Eles eram o número de abertura e encerramento do Festival de Música como em todo ano, apresentando-se antes e depois que todos os competidores individuais de cada casa tivessem sua chance.
— Pai! — Klaus correu pelo corredor até seu pai e lhe deu um grande abraço. Bento riu e abraçou seu filho, batendo em suas costas afetiva mas fortemente. Klaus suspirou alegremente. — Senti tanta a falta de vocês.
— Ah, também sentimos sua falta, Klaus — disse Claudia calorosamente, sorrindo e abraçando-o. Klaus abraçou-a também e sorriu para seus dois pais. Filipe não poderia vir (as Cheerios tinham contado para Klaus mais cedo que o Glee Club invadiria a casa de Samir esta noite, e Klaus pedira que eles desejassem a ele um Feliz Natal).
— Preciso dizer, estávamos preocupados com você — admitiu Bento, vestindo o que era indiscutivelmente o mesmo terno que ele usara no casamento, sem a gravata. — Especialmente depois daquela nevasca. Você está bem aqui, certo? Nenhum problema?
— Sim — disse Klaus, sorrindo. — Os garotos são... bem, eles não são realmente problemas. Eles são muito... animados.
Bento lhe lançou um olhar que fez parecer que ele não entedia exatamente o que aquilo significava, e Claudia disse:
— Bom, isso é bom de ouvir. Sabe, Filipe pode não demonstrar muito, mas ele está tentando bastante te ajudar. Ele parecia um pouco preocupado mesmo depois de conhecer todos os seus amigos.
— Eu sei que ele está... e apesar de ele ter um bom motivo, não há necessidade — disse Klaus com um sorrisinho, lembrando-se de como à essa época no ano anterior ele teria matado para ter Filipe Hudson se preocupando com ele. — Na verdade, eu preciso que ele pare de ser tão neurótico. Já tem os problemas dele com que se preocupar. — Ele sorriu para seu pai de novo e lhe deu mais um abraço. Depois dos eventos de mais cedo, ele percebeu ainda mais o quão sortudo era por ter um pai como Bento. — Eu realmente senti sua falta.— Se sente tanto a nossa falta, deveria vir pra casa — disse Bento, sorrindo um pouco, não exatamente brincando. — Você tinha que ir para um internato bem quando a gente encontrou uma casa com um quarto para cada um...Klaus apenas riu.Mais abaixo no corredor, Lorenzo encostou-se em uma das colunas, assistindo Klau
Brayan começou a explicar, mas então pensou melhor e suspirou.— Pessoas estão me dizendo para não fazer coisas a semana toda... — Ele parou e lembrou-se da urgência inicial. — Ah, droga! Saulo, você me fez esquecer por que eu estava correndo! — Ele seguiu corredor abaixo.— Ei, você não vai fugir de mim! — exclamou seu irmão, correndo atrás dele. — Qual o problema com você... esqueceu como terminar uma conversa apropriadamente?— Tenho que encontrar Lorenzo e Klaus! — gritou Brayan em resposta.— Lorenzo...? Lorenzo está aqui de volta? Pensei que você tinha dito que seu namorado tinha sido expulso?Brayan quase o matou, pulando nele e perdendo-o por pouco.— Ele não é mais o meu namorado!— O quê? Por quê? — Saulo parecia surpreso. — Voc&eci
No grande salão de festas, não havia distinção entre Bourbons, Canossas ou Orsinis. Havia apenas preto, branco e cinza — todos vestidos de acordo com o esquema de cores nos convites. O mar de espectadores, formados pelos maiores patrocinadores da escola, ex-alunos, professores e alunos com seus convidados, estavam assistindo ao palco onde Lorenzo estava sozinho sob o holofote.Naquele oceano, o sr. Wilgard assistia, sua nova mulher Michelle ao seu lado, que segurava seu braço. Atrás de Lorenzo, Darci e outros garotos de seu dormitório começaram a tocar a música. Os outros Hall’s Babbler, que perderam a apresentação de abertura devido a seu atraso em organizar tudo, agora observavam das coxias, assistindo-o.Enquanto sua deixa para começara cantar If I Die Young se aproximava, Lorenzo olhou para seu pai uma vez — a única vez em toda a apresentação — antes de começar.If I die young bury me in satin (Se eu morrer cedo, cubra-me com cetim)
It's a little bit funny (É um pouco engraçado)This feeling inside me (Essa emoção dentro de mim)I'm not one of those who can (Não sou desses que podem)Easily hide (Facilment esconder)Em um redemoinho de tanta confusão, o sangue bombeando por seu corpo, Klaus foi acordado pela voz de Brayan. Ele conseguia ouvir ele cantando — e ouvia as palavras. Ele lhe dissera para ouvir, assim como Lorenzo acabara de fazer.Brayan ergueu os olhos para ele, como se Klaus fosse a única pessoa que ele via. E Klaus, apesar de não querer arriscar, pensou já saber o que ele ia dizer.So excuse me forgetting (Então me perde por esquecer)But these things I do (Mas eu faço essas coisa)See I've forgotten if (Veja, eu esqueci se)They're green or they're blue (Eles
A noite foi de um sucesso tão grande e tão cansativa que a maioria dos Hall’s Babbler estavam mais do que prontos para sair do campus quase imediatamente. Depois da anunciação do vencedores, os espíritos dos garotos de Bourbon foram abafados um pouco; Lorenzo ganhara a competição por Canossa, o que dava ao dormitório os desejosos direitos e horas extras no toque de recolher pelo próximo mês.Brayan não se importava — ele finalmente fizera alguma coisa, e isso era tudo que tinha importância para ele. Ele tinha visto a expressão de Klaus e sentia que isso era o bastante.Os estudantes deixaram o salão de festas com suas famílias, mas os garotos voltaram para os dormitórios para pegar suas malas e outros itens.— Brayan — disse sua mãe. — Você vem com a gente, não é?Saulo olhou para seu irm&at
Klaus estava confuso. Ele não tinha ideia de como um simples ensaio de uma música os levara àquela situação, mas ele tinha uma suspeita de que o que estava sendo feito a ele estava sendo feito intencionalmente para que ele não quisesse um fim.O corpo sob ele era quente e firme, aqueles lábios acalorados percorrendo seu pescoço, até seu queixo, antes de provocadoramente roçar-se nos dele. Tanto hálito quente, suaves murmúrios em seu ouvido, e todos aqueles toques tocavam fogo em cada milímetro de sua pele que estava conectada à do outro.Tão inacreditavelmente próximos que seus cílios quase se tocavam enquanto as mãos fortes o puxavam para mais perto. Klaus estava com cada perna de um lado do colo dele, delirante com a sensação e todas as inibições estavam se deteriorando, deixando espaço demais para puro desej
Klaus sorriu e lhe mandou uma resposta que lhe desejava um Feliz Natal e também o repreendia por não ter sido mais cuidadoso antes de adicionar o nome do creme. Ele preferia ter o amigo intacto em seu próximo encontro. Ele também lhe disse que estava em casa, sobre as batalhas com o senso de moda dos Hudson, e como ele sentia falta dos garotos de Bourbon.Então ele se deitou na cama e olhou para o teto, pensando sobre seu último sonho. Agora em seu guarda-roupa estava a casaco de pele de marta de Lorenzo. Ele sentiu-se culpado.Ele não conseguia, de forma alguma, lembrar quem estivera beijando calorosamente em uma sala em Dallacorte. Ele nem tinha certeza se sequer queria saber, na verdade.Até meu subconsciente tem mais ação do que eu... foram os últimos pensamentos de Klaus antes de ele cair no sono.Seu subconsciente o presenteou com uma trégua. Ele não sonhou co
Duarte, claramente no seu lugar feliz novamente, ignorou eles e começou a dirigir.Quando eles chegaram ao aeródromo particular — "Por que vocês sequer têm um aeródromo particular?", perguntou Klaus — a primeira coisa que eles fizeram foi sair do carro ao lado de um grande Boeing branco que estava na pista. Parecia novo em folha, tudo brilhando.Os gêmeos pareciam profundamente animados.— Vocês gostaram? — perguntou Elói, aos risos, pulando para cima e para baixo ao lado do carro. – É o nosso presente de Natal pelos próximos três anos!— Incluindo o piloto e a gasolina! — disse Eliel alegremente, olhando para o jato.— Quem não gostaria...? — disse Duarte, resmungando.Aturdido como Klaus estava, ele caminhou até eles na rampa. Antes que pudesse absorver tudo, a porta no topo das escadas se abriu e Raul