- Me confirme se ele estará no quarto e poderá receber visitas. Se isso acontecer, irei para Noriah Norte vê-lo.- Pode deixar, querida. Avisarei!Desliguei o telefone e limpei as lágrimas, me flagrando sorrindo de felicidade. Ainda me culpava por Dimitry estar no hospital. Se ele tivesse morrido, não sei o que seria de mim, pois teria que envolver toda minha família naquela situação e me sentiria ainda pior por fazer parte da família de Salma e não ser uma Casanova de sangue.Meu telefone tocou e vi o número privado. Imediatamente meu coração acelerou e o corpo ficou trêmulo. Eu já esperava que “ele” ligasse, mais cedo ou mais tarde.- Alô! – Minha voz saiu fraca e insegura.- Olá, sobrinha. Como tem passado?- Estava muito bem... Até receber sua ligação.A risada do outro lado foi em tom de deboche. Consegui escutar através da ligação o som do que parecia uma televisão ligada e várias pessoas conversando ao mesmo tempo, com algumas vozes dando a impressão de serem infantis.- Precis
Jamais me passou pela cabeça ter uma moto. Tampouco dirigir uma. Mas com dinheiro, tudo é possível. Eu não entendia nada sobre aquela coisa de duas rodas que parecia trazer uma sensação incrível. Só sabia que queria algo de qualidade, com conforto e segurança. Então saí da loja com o que havia de melhor e disponível de imediato, para já guiar: uma Ducatti 1299 Superleggera, roxa.Em menos de uma hora, um rapaz de ensinou a dirigi-la. Cheguei a me envolver uma vez com um homem que tinha uma motocicleta. Mas foram poucos encontros e fiquei sempre na carona. Eu era inteligente e aprendi depressa.Saindo da loja, me dei ao luxo de pôr o capacete e não prender meus cabelos, procurando a autoestrada, para poder rodar em alta velocidade, sentindo o vento contra meu corpo e a adrenalina tomando conta de mim.A sensação era indescritível: liberdade, felicidade, como se fosse eu, o mundo e nada mais. Me flagrei sorrindo enquanto tomava uma estrada secundária, ouvindo o ronco do motor enquanto d
O som das algemas ecoava pelo quarto, com o movimento das minhas mãos tentando tocá-lo, sem sucesso.- Me avise se estiver doendo seus braços – Pediu, preocupado.- Não dói... – Tranquilizei-o, ainda tentando me desvencilhar, de forma involuntária.Theo me fodeu com a língua até que eu gozasse. Depois levantou o rosto na minha direção, puxando meus lábios com os dentes, fazendo-me sentir seu gosto de leve. Tentei beijá-lo, mas ele afastou-se, sorrindo de forma provocante.- Quando me soltar daqui me vingarei. – Ameacei.- Estou esperando ansiosamente por este momento. – Sorriu.Theo deitou-se ao meu lado e girou para debaixo de mim, levantando meu corpo. Fiquei de costas para ele, que encaixou seu pau na minha boceta, enquanto suas mãos cobriram meus seios. Ele foi mexendo-se gentilmente, fazendo-me gemer e o corpo estremecer de tanta excitação com aquele movimento sem pressa. Eu estava completamente entregue. E ali, algemada, estava disposta a lhe dar o que quisesse de mim.As mãos q
Enquanto todos conversavam ao mesmo tempo na sala, fui pegar as taças que Heitor havia pedido. Assim que me virei, dei de encontro a Theo.Nos olhamos firmemente e ele perguntou:- Onde está o meu presente?Mordi o lábio e sorri:- É uma surpresa. E não está aqui. Você precisa buscar, junto comigo.- E quando iremos buscar?Olhei no relógio e marcava 19 horas:- Antes das 22 horas temos que estar no local.- Isso quer dizer que temos 3 horas para jantar, contar a verdade aos nossos pais e depois expulsá-los daqui?- Mais ou menos isso! – Comecei a rir.Theo me abraçou e ouvimos a voz de minha mãe:- Está... Tudo certo aí?Ele imediatamente levantou os braços, pegando taças na prateleira enquanto eu virei o rosto na direção dela, certamente parecendo um pimentão vermelho, ainda encoberta pelo corpo dele:- Theo veio me ajudar com as taças. – Sorri, fingindo que aquilo era normal: nós dois praticamente abraçados, ele imprensando meu corpo contra a bancada enquanto pegava as coisas na pr
- Não ouse defendê-lo, querida! – Ben me olhou – Ele a ofendeu na boate naquela noite. E Dimitry fez o que fez por você. E não, não estou culpando-a. Mas insinuar que ele não é culpado... Fica complicado de aceitar. – Ben me olhou.- Não estou defendendo, Robin. Só acho... Que talvez ele não seja culpado de toda porra que acontece nas nossas vidas. – Levantei, aturdida, pondo a taça de vinho sobre a mesa de centro.- Sebastian já conseguiu as imagens das câmeras da boate. E assim que Dimitry estiver bem e puder depor, a Polícia estará lá. E aposto que nos certificaremos que foi Robin o mandante. – Ben comunicou.- O que houve com os seus joelhos? – Anon perguntou, apontando para minhas pernas descobertas por um vestido curto e justo.- Caiu? – Heitor me olhou, preocupado.Ben sorveu todo o vinho e me encarou, com um sorrisinho maroto:- Caiu num tapete, cherry?Anon pigarreou, puxando levemente a gravata, a fim de soltá-la para ficar mais confortável e puxar o ar. Certamente ambos sab
Limpei as lágrimas do rosto e levantei imediatamente:- O que... Você está fazendo aqui?Ela levantou a chave, sorrindo enquanto me mostrava. Como Gregório a deixou entrar? Porra, ela não tinha passado na recepção, óbvio! Certamente ainda estava com o controle da garagem e deixou o carro no estacionamento do prédio.- Você não tem o direito de entrar no meu apartamento assim. – Theo levantou-se, furioso.Anon e Ben apareceram na sala.- Senhor? – Anon olhou para Heitor, que levantou a mão na direção do seu segurança particular e amigo, pedindo que esperasse.“Não, pai, não mande esperar. A jogue para fora. Ela não foi convidada. Não entende que eu sou a garota do primeiro beijo dele? Theo quer casar comigo!” Pensei. Novamente as lágrimas escorreram pelo meu rosto. Eu não tinha como casar com ele, porque o deixaria completamente vulnerável com relação a Simplicity, já que não teria o dinheiro que prometi lhe emprestar.- Eu vim lhe trazer seu presente, Theo. – Málica sorriu, daquela f
Assim que chegamos na autoestrada, fechei os olhos, descansando a cabeça em seus ombros e fechando os olhos. Não conseguia acreditar que aquilo não duraria para sempre, pois para manter o amor da minha vida a salvo, eu precisava abrir mão dele.Só de pensar em me afastar, meu coração começou a querer saltar de dentro do meu peito, já sentindo saudade antes mesmo da sua ausência.Não havia mais o que fazer, nem adiantava pensar até a cabeça doer, tentando encontrar uma solução, simplesmente porque não havia. Embora eu tivesse um plano contra os Hernandez, poderia não dar certo. Ou melhor, as chances de dar errado eram bem grandes.Não demorou muito até que Theo encontrasse a entrada de um discreto Motel. E em menos de trinta minutos, estávamos na garagem privativa, estacionando.Descemos da moto e retirei o capacete, observando-o fazer o mesmo, encontrando finalmente seu rosto diante do meu novamente.- Pensei num Hotel, mas me parece que não existe mais privacidade em lugar algum. Ent
- Você ficará para sempre na minha vida. Eu assumiria a criança e não Málica. E ela deve saber disto. Entenda que estou orgulhoso do quanto você está tentando amadurecer. E me ajudar em tudo com relação a Simplicity. Me arrependo muito de ter duvidado do seu potencial profissional um dia, contratando Hades para lhe ajudar, quando é capaz de comandar uma empresa como a North B. sozinha. Cheguei a pensar que nosso pai pudesse estar por trás da sua capacidade, protegendo-a de alguma forma. Mas conforme fui ouvindo suas ideias, percebendo a forma como tem tudo sob controle... Me dei em conta que você não é como Heitor Casanova... E futuramente será melhor que ele, Maria Lua.- Eu... – “Sinto muito que tenha se dado conta disto tarde demais, Theo”.- Não precisamos seguir falando sobre isto, meu amor.- Não acha que deveríamos dar uma satisfação aos nossos pais?- Heitor e Babi sabem que estamos juntos – Theo alisou meu rosto carinhosamente – E posso apostar que estão muito felizes por sab