Levantei-me do sofá num pulo, tentando esconder meu nervosismo. A culpa pesava sobre mim, e o simples fato de encarar meu irmão parecia impossível. Evitei seu olhar a todo custo. — Chico, aqui está a chave de casa. Era para eu ter te dado antes, mas acabei esquecendo. Que cabeça a minha! Desculpa por isso. Agora você não vai mais ficar preso do lado de fora.As palavras do meu irmão me atingiram como uma flecha. Meu irmão era bom demais para mim, tratava-me como se fosse seu próprio irmão de sangue. Quantos fariam isso no mundo? Eu duvidava que até irmãos de verdade tivessem uma relação tão próxima. E eu, com pensamentos tão impróprios sobre minha cunhada... Que tipo de pessoa eu era? Sentia-me a pior das criaturas. — O que foi? Você tá com uma cara estranha. — Ele perguntou, preocupado, aproximando-se para examinar meu rosto. Sacudi a cabeça rapidamente:— Não, não é nada. Acho que só não dormi muito bem ontem. — E a Rebecca? Tá tudo bem com ela? Sua cunhada me disse que ela t
— Comprei para você, experimente. Vamos ver se serve. — Minha cunhada estava encostada no batente da porta do meu quarto, os braços cruzados sobre o peito e um sorriso no rosto.A roupa era um terno que, à primeira vista, mostrava ser de alto padrão. Ela realmente não economizava comigo. — Obrigado, cunhada. — Respondi, antes de começar a trocar de roupa. Ela se virou e saiu do quarto, deixando-me sozinho. Poucos minutos depois, terminei de me vestir. Era a primeira vez que usava um terno. Quando me olhei no espelho, fiquei surpreso. Nunca imaginei que ficaria tão elegante. — Esse terno caiu perfeitamente em você, Chico! — Disse minha cunhada, aproximando-se para ajustar minha gravata.Olhei ao redor, inquieto. Estava nervoso, com medo de que meu irmão aparecesse. Afinal, já sou um adulto, e essa proximidade parecia um pouco... arriscada. Minha cunhada percebeu minha preocupação e, com um tom baixo, tranquilizou-me: — Não se preocupe, seu irmão está no quarto, ocupado com algumas
— Chico, deixa eu te apresentar: este é o Sr. Rodrigo. Ele é amigo meu e da sua cunhada, além disso, é o marido da Rebecca. — Disse meu irmão com um sorriso no rosto. — Chico, é a primeira vez que você encontra o Sr. Rodrigo, não é? Então, faça um brinde a ele. Eu não estava nem um pouco animado com a ideia, mas também não queria estragar o clima do encontro. Peguei o copo e me levantei, esforçando-me para parecer educado:— Sr. Rodrigo, este brinde é para o senhor. Rodrigo aceitou o copo com uma expressão tranquila e comentou:— Ouvi dizer, pelo seu irmão e pela sua cunhada, que você é um talento da medicina, formado com louvor. Já pensou em fazer estágio no Hospital Maya, lá em Cidade J? Aquele convite caiu como uma bomba. Claro que eu queria! O Hospital Maya era o mais prestigiado da região, o sonho de qualquer estudante de medicina. — Eu posso te ajudar a conseguir isso. — Continuou Rodrigo, casualmente. Meu irmão, animado, rapidamente interferiu:— Chico, o que você está espe
— Rebecca, você está bem? — Rodrigo perguntou, lançando um olhar curioso para a esposa.Rebecca ficou visivelmente tensa. O nervosismo tomou conta dela, e eu sabia exatamente o porquê: ela tinha medo que o marido descobrisse o que aconteceu na noite anterior, quando ela abrigou um homem estranho em casa.— Eu? Tô ótima! — Rebecca tentou disfarçar, forçando um sorriso. — Amor, vamos pedir logo os pratos? Tô com fome! Rebecca disse, desviando rapidamente o assunto.A tentativa de mudança de assunto me deixou completamente perdido. Lancei um olhar de socorro para minha cunhada, que, em resposta, me encorajou com os olhos, como se dissesse:— Continua! Você consegue!Mas eu balançava a cabeça, desesperado, sinalizando que não tinha coragem para aquilo. De repente, senti o pé da minha cunhada deslizar pela minha coxa, em um movimento que me deixou ainda mais desconcertado. O toque inesperado foi acompanhado de uma mensagem dela no WhatsApp: [Se o jeito direto não funciona, vai no sutil,
Eu sentia um enjoo subindo do estômago, uma sensação amarga que eu não conseguia engolir. Aquilo era repulsivo. Não bastasse Rodrigo insinuar que queria se divorciar da esposa, ainda vinha me dizer essas coisas. Ele achava que a Rebecca era o quê? Um brinquedo, algo descartável? Por mais que aquilo me incomodasse profundamente, eu não podia dizer nada. Afinal, quem era eu para confrontar alguém como Rodrigo? Ele estava em uma posição muito acima de todos nós, e a única coisa que me restava era engolir seco e manter a postura.— Continue se esforçando. Estou esperando boas notícias de você. Rodrigo disse isso com o tom de quem dá ordens a um funcionário, como se eu fosse apenas mais uma peça do seu jogo. Nesse momento, Rebecca voltou para a sala. Ela parecia alheia ao que tinha acontecido ali minutos antes, sorrindo enquanto perguntava:— Sobre o que vocês estavam conversando? Estavam rindo tanto! Rodrigo, sempre com aquele jeito despojado, respondeu: — Estávamos falando sobre v
No entanto, quando as mãos grandes de Rodrigo deslizavam pelo corpo dela, Rebecca não conseguia evitar a excitação e o desconforto que se misturavam em sua mente. Fazia tanto tempo que Rodrigo não a tocava, e talvez fosse por isso que, naquela manhã, ela tivera a ousadia de me tocar às escondidas.E Rodrigo? Ele simplesmente enfiou a mão por debaixo do vestido de Rebecca. Ao sentir a umidade em suas coxas, ficou ainda mais excitado e ansioso.— Dá ou não dá, minha linda? — Rodrigo sussurrou no ouvido de Rebecca, enquanto suas mãos ficavam cada vez mais atrevidas.Rebecca, completamente entregue ao momento, já não se preocupava com a vergonha:— E-então... vá falar com o Mille e os outros.— Combinado.Rodrigo foi até meu irmão e minha cunhada com um sorriso descarado e disse:— Que tal vocês irem na frente? Eu levo minha esposa depois.Meu irmão e minha cunhada não perguntaram muito. Minha cunhada me ajudou a entrar no carro e sentou-se comigo no banco de trás.Eu tinha bebido bastante
Era algo que me deixava profundamente frustrado e indignado: pensar que Rodrigo tratava Rebecca como um simples objeto para satisfazer seus caprichos.Por que um cafajeste como Rodrigo conseguia ser amado por Rebecca de forma tão incondicional, enquanto eu, com toda a minha sinceridade, era descartado e menosprezado?Sem pensar, impulsionado por essa raiva que me corroía, abracei a mulher à minha frente com força e pressionei meus lábios nos dela.— Chico, o que você está fazendo? Eu sou sua cunhada! Me solte agora mesmo!— Sra. Rebecca, você não percebe? Seu marido não te ama, nunca amou! Ele já me pediu para seduzir você, como se você fosse apenas uma moeda de troca. Para ele, você perdeu todo o valor... não, ainda tem um pouco: ele usa você para satisfazer o próprio ego. Cada vez que ele está com você, está te humilhando. Eu não aguento mais ver você se afundando nisso!Meu abraço ficou ainda mais firme enquanto eu despejava, num misto de dor e desespero, tudo aquilo que estava guar
Rebecca achava que eu era melhor. Jovem, forte e com uma aparência que chamava atenção. Desde que se casou com Rodrigo, nunca havia experimentado um verdadeiro orgasmo. E agora, ela queria sentir isso comigo. Eu me sentia tomado por uma mistura de excitação e euforia. Não resisti e me joguei sobre ela.Mas, na realidade, quem estava nos meus braços não era Rebecca. Era minha cunhada. Ela, que inicialmente só queria me acolher e me deixar descansar um pouco, logo percebeu algo errado. Um incômodo crescente a fez despertar completamente: havia algo duro como uma barra de ferro pressionando-a de forma desconfortável.Para piorar, eu estava me movimentando. Murmurava sem parar:— Rebecca, eu te amo tanto... Eu te amo de verdade.— Seu moleque! Me abraça assim e fica pensando em outra mulher? — Disse minha cunhada, entre surpresa e indignada.Minha cunhada tentou afastar minhas mãos e sair do meu abraço, mas minha força era muito superior. Sem conseguir se desvencilhar, notou que meu corpo