— Chico, me desculpa. Eu não queria que fosse assim, eu só… só… de repente fiquei com muito medo. Tenho medo de, por vingança ao Rodrigo, acabar me tornando uma pessoa que eu mesma não reconheço. Tenho medo de que ele tenha te mandado pra me seduzir com segundas intenções. E, acima de tudo, tenho medo de te prejudicar. Eu não quero que você se machuque por minha causa.Rebecca chorava sem parar. Suas lágrimas eram de tristeza genuína, de um medo real que vinha do fundo do coração. Eu comecei a compreender o que se passava na cabeça dela. Talvez, antes, ela estivesse tão abalada pela traição do Rodrigo que só pensava em revidar. Mas algo aconteceu hoje, algo que a fez se acalmar e refletir.Ela percebeu que estava se tornando alguém que não queria ser. E, como agora ela sentia algo verdadeiro por mim, também queria me proteger. Não queria que eu me tornasse uma peça no jogo sujo do Rodrigo. Essa reação dela fazia todo sentido.Meu peito apertou de tanta pena. Abracei-a com força e sussu
— Não precisa se preocupar comigo, eu sou perfeitamente capaz de lidar com tudo isso. — Falei, batendo no peito com confiança.Naquele momento, diante de Rebecca, eu já não era mais apenas um "irmãozinho". Eu era um homem. E como homem, era meu dever proteger a mulher que eu amava. Não poderia permitir que ela se preocupasse comigo. Eu precisava ser firme, ser o porto seguro dela.Rebecca riu de novo, encantada e emocionada com a minha atitude.— Ai, seu bobo, vai me fazer chorar de novo. — Disse ela, enxugando uma lágrima que insistia em escorrer.— Pelo amor de Deus, não chore mais! E se seus olhos incharem? Além disso, daqui a pouco sua amiga volta e vai achar que aconteceu alguma coisa entre a gente.Ao ouvir isso, Rebecca segurou o choro imediatamente. Mas, como se o destino estivesse brincando conosco, ouvimos uma batida na porta logo em seguida.— Rebecca, abre aí, sou eu, Isis.Era impressionante. Tínhamos acabado de mencionar Isis, e ela já estava de volta. Rebecca, apressada,
Rebecca era esperta e, na mesma hora, entendeu como deveria me acompanhar na encenação. De repente, ela começou a chorar novamente:— Tenho só 31 anos, estou na minha juventude! Se eu entrar na menopausa agora, como vou ter filhos depois? Isis, me diz, o que eu faço?Rebecca chorava como uma atriz de novela, com lágrimas escorrendo pelo rosto de forma comovente. A sua atuação era tão convincente que era impossível notar qualquer falha. Se eu não soubesse a verdade, provavelmente teria acreditado nela também.Foi então que Isis soltou uma gargalhada alta:— É só isso? Ah, isso é fácil de resolver! Basta o Rodrigo voltar pra casa todas as noites. Recebendo o "cuidado" de um homem, o seu desequilíbrio hormonal vai embora e seu ciclo menstrual volta ao normal.Rebecca suspirou, com um tom de desespero:— O problema é que o Rodrigo está sempre ocupado. Faz mais de seis meses que eu só o vi uma vez.— Putz, você tá falando sério? Então quer dizer que você tá vivendo como uma viúva de marido
— Rebecca, pensa bem. Você prefere continuar presa a um casamento que só existe no papel ou quer começar a viver de verdade e aproveitar a sua vida? — Sugeriu Isis.Era impossível negar que Isis tinha uma mente muito aberta. Não importava a situação em que ela estivesse, suas palavras para Rebecca faziam muito sentido.Porque, sinceramente, tanto para homens quanto para mulheres, quando o casamento já está em crise ou praticamente morto... Por que insistir em se torturar por causa de uma moral que só te aprisiona? Por que não viver algo por si mesma, pelo menos uma vez? A vida já é tão curta, e se você vive sempre para os outros, quem é que vai viver por você? Esse também era o conselho que eu queria dar para Rebecca.Por isso, decidi apoiar Isis:— Rebecca, eu acho que, dessa vez, a Isis tem razão. Que tal você conversar com o Rodrigo primeiro e ver se ele está disposto a voltar pra casa todos os dias? Se ele topar, ótimo! Mas, se ele for indiferente ou te enrolar, talvez seja hora de
Isis me olhou com um sorriso malicioso e disse:— Chico, se você quiser entrar na política, talvez eu possa te ajudar.— Ah, deixa pra lá. Não tenho interesse em política, prefiro continuar sendo um bom médico. — Respondi.Embora trabalhar com quiropraxia não fosse algo fácil atualmente, era minha paixão, e eu não queria desistir tão facilmente.A conversa foi fluindo, e logo mudamos de assunto. A tal crise de Rebecca parecia ter ficado para trás.— Chico, seu irmão e sua cunhada não têm hora pra voltar hoje. Por que você não dorme aqui hoje à noite? — Sugeriu Isis, com aquele sorriso travesso que já era típico dela.Eu sabia muito bem o que ela estava planejando, e o jeito que ela me olhava me fazia sentir como se fosse uma presa prestes a ser devorada.Balancei a cabeça e disse:— Melhor não. Vou esperar um pouco mais. Minha cunhada disse que eles voltariam logo.— Então liga pra ela agora e pergunta que horas eles vão chegar. — Insistiu Isis, sem dar trégua.Sem alternativa, acabei
Rebecca começou a desconfiar que Isis estava interessada em mim e queria se aproveitar da situação. Ela não podia permitir que Isis me "contaminasse".— Esse plano não dá certo. E se o seu marido souber? Como você vai explicar isso pra ele? — Rebecca questionou, séria.Isis, no entanto, não desistia facilmente.— Isso é só entre nós três. Você não vai contar, eu não vou contar, e o Chico não é idiota de sair espalhando por aí, né? — Respondeu Isis, com um sorriso travesso.— Mesmo assim, não pode! E se acontecer alguma coisa? É melhor prevenir do que remediar. — Rebecca rebateu, firme.De repente, os olhos de Isis brilharam, como se tivesse tido uma ideia inédita. Com um sorriso malicioso, ela soltou:— Então deixa o Chico dormir com você!— Isso está completamente fora de questão! — Rebecca exclamou, com o rosto corado. — Eu sou uma mulher casada! Como vou dormir na mesma cama com outro homem?Enquanto falava, o rosto de Rebecca ficou ainda mais vermelho. Apesar de já termos tido mome
Depois que Rebecca saiu, Isis se aproximou de mim com um sorriso provocante, estendendo sua delicada mão. Mas o que mais me incomodou foi lembrar que essa mesma mão, segundos atrás, havia acariciado as partes íntimas de Rebecca.Isis riu de canto de boca e disse:— Seu safadinho, viu só? Aquela mulher está faminta. Agora é sua chance, entra lá e resolve isso de uma vez.Fiquei boquiaberto, quase sem acreditar no que estava ouvindo:— Isis, você tá brincando, né?Ela assumiu uma expressão séria e respondeu:— Olha bem pra mim. Pareço estar brincando?— Se você não está brincando, então só pode estar louca! Rebecca deixou bem claro que não quer nada. E você ainda quer que eu entre lá e force alguma coisa? Isso seria crime! — Rebati, indignado.Eu estava realmente irritado. Nunca imaginei que Isis, com toda sua postura segura e controlada, pudesse me sugerir algo tão absurdo. Isso me fez pensar em Rodrigo, o tipo de homem que cruzava todas as linhas sem a menor preocupação. E naquele mome
— É assim que você quer ver? — Perguntou Isis, segurando a barra de sua saia curta e começando a levantá-la lentamente.Naquele momento, meu corpo inteiro ficou tenso, e meu sangue parecia estar fervendo. A visão daquela área misteriosa, escondida pelas meias-calças pretas, era irresistível.Enquanto eu olhava fixamente, quase prendendo a respiração, esperando que ela levantasse a saia completamente, Isis, de repente, gritou em direção ao quarto principal:— Rebecca, vem cá! O Chico quer ver minha “irmãzinha”!— Puta merda… — Murmurei, completamente arrasado.Essa mulher era um verdadeiro demônio! Eu fiquei em pânico, sem saber o que fazer, enquanto ela me olhava com aquele sorriso travesso e ainda me mostrava a língua, claramente se divertindo às minhas custas.Poucos instantes depois, Rebecca saiu do quarto com um olhar sério e desconfiado, seus olhos fixos em mim:— Chico, o que você tá fazendo com a minha amiga?Eu não podia dizer a verdade, de jeito nenhum! Por um lado, eu estava