Rebecca era esperta e, na mesma hora, entendeu como deveria me acompanhar na encenação. De repente, ela começou a chorar novamente:— Tenho só 31 anos, estou na minha juventude! Se eu entrar na menopausa agora, como vou ter filhos depois? Isis, me diz, o que eu faço?Rebecca chorava como uma atriz de novela, com lágrimas escorrendo pelo rosto de forma comovente. A sua atuação era tão convincente que era impossível notar qualquer falha. Se eu não soubesse a verdade, provavelmente teria acreditado nela também.Foi então que Isis soltou uma gargalhada alta:— É só isso? Ah, isso é fácil de resolver! Basta o Rodrigo voltar pra casa todas as noites. Recebendo o "cuidado" de um homem, o seu desequilíbrio hormonal vai embora e seu ciclo menstrual volta ao normal.Rebecca suspirou, com um tom de desespero:— O problema é que o Rodrigo está sempre ocupado. Faz mais de seis meses que eu só o vi uma vez.— Putz, você tá falando sério? Então quer dizer que você tá vivendo como uma viúva de marido
— Rebecca, pensa bem. Você prefere continuar presa a um casamento que só existe no papel ou quer começar a viver de verdade e aproveitar a sua vida? — Sugeriu Isis.Era impossível negar que Isis tinha uma mente muito aberta. Não importava a situação em que ela estivesse, suas palavras para Rebecca faziam muito sentido.Porque, sinceramente, tanto para homens quanto para mulheres, quando o casamento já está em crise ou praticamente morto... Por que insistir em se torturar por causa de uma moral que só te aprisiona? Por que não viver algo por si mesma, pelo menos uma vez? A vida já é tão curta, e se você vive sempre para os outros, quem é que vai viver por você? Esse também era o conselho que eu queria dar para Rebecca.Por isso, decidi apoiar Isis:— Rebecca, eu acho que, dessa vez, a Isis tem razão. Que tal você conversar com o Rodrigo primeiro e ver se ele está disposto a voltar pra casa todos os dias? Se ele topar, ótimo! Mas, se ele for indiferente ou te enrolar, talvez seja hora de
Isis me olhou com um sorriso malicioso e disse:— Chico, se você quiser entrar na política, talvez eu possa te ajudar.— Ah, deixa pra lá. Não tenho interesse em política, prefiro continuar sendo um bom médico. — Respondi.Embora trabalhar com quiropraxia não fosse algo fácil atualmente, era minha paixão, e eu não queria desistir tão facilmente.A conversa foi fluindo, e logo mudamos de assunto. A tal crise de Rebecca parecia ter ficado para trás.— Chico, seu irmão e sua cunhada não têm hora pra voltar hoje. Por que você não dorme aqui hoje à noite? — Sugeriu Isis, com aquele sorriso travesso que já era típico dela.Eu sabia muito bem o que ela estava planejando, e o jeito que ela me olhava me fazia sentir como se fosse uma presa prestes a ser devorada.Balancei a cabeça e disse:— Melhor não. Vou esperar um pouco mais. Minha cunhada disse que eles voltariam logo.— Então liga pra ela agora e pergunta que horas eles vão chegar. — Insistiu Isis, sem dar trégua.Sem alternativa, acabei
Rebecca começou a desconfiar que Isis estava interessada em mim e queria se aproveitar da situação. Ela não podia permitir que Isis me "contaminasse".— Esse plano não dá certo. E se o seu marido souber? Como você vai explicar isso pra ele? — Rebecca questionou, séria.Isis, no entanto, não desistia facilmente.— Isso é só entre nós três. Você não vai contar, eu não vou contar, e o Chico não é idiota de sair espalhando por aí, né? — Respondeu Isis, com um sorriso travesso.— Mesmo assim, não pode! E se acontecer alguma coisa? É melhor prevenir do que remediar. — Rebecca rebateu, firme.De repente, os olhos de Isis brilharam, como se tivesse tido uma ideia inédita. Com um sorriso malicioso, ela soltou:— Então deixa o Chico dormir com você!— Isso está completamente fora de questão! — Rebecca exclamou, com o rosto corado. — Eu sou uma mulher casada! Como vou dormir na mesma cama com outro homem?Enquanto falava, o rosto de Rebecca ficou ainda mais vermelho. Apesar de já termos tido mome
Depois que Rebecca saiu, Isis se aproximou de mim com um sorriso provocante, estendendo sua delicada mão. Mas o que mais me incomodou foi lembrar que essa mesma mão, segundos atrás, havia acariciado as partes íntimas de Rebecca.Isis riu de canto de boca e disse:— Seu safadinho, viu só? Aquela mulher está faminta. Agora é sua chance, entra lá e resolve isso de uma vez.Fiquei boquiaberto, quase sem acreditar no que estava ouvindo:— Isis, você tá brincando, né?Ela assumiu uma expressão séria e respondeu:— Olha bem pra mim. Pareço estar brincando?— Se você não está brincando, então só pode estar louca! Rebecca deixou bem claro que não quer nada. E você ainda quer que eu entre lá e force alguma coisa? Isso seria crime! — Rebati, indignado.Eu estava realmente irritado. Nunca imaginei que Isis, com toda sua postura segura e controlada, pudesse me sugerir algo tão absurdo. Isso me fez pensar em Rodrigo, o tipo de homem que cruzava todas as linhas sem a menor preocupação. E naquele mome
— É assim que você quer ver? — Perguntou Isis, segurando a barra de sua saia curta e começando a levantá-la lentamente.Naquele momento, meu corpo inteiro ficou tenso, e meu sangue parecia estar fervendo. A visão daquela área misteriosa, escondida pelas meias-calças pretas, era irresistível.Enquanto eu olhava fixamente, quase prendendo a respiração, esperando que ela levantasse a saia completamente, Isis, de repente, gritou em direção ao quarto principal:— Rebecca, vem cá! O Chico quer ver minha “irmãzinha”!— Puta merda… — Murmurei, completamente arrasado.Essa mulher era um verdadeiro demônio! Eu fiquei em pânico, sem saber o que fazer, enquanto ela me olhava com aquele sorriso travesso e ainda me mostrava a língua, claramente se divertindo às minhas custas.Poucos instantes depois, Rebecca saiu do quarto com um olhar sério e desconfiado, seus olhos fixos em mim:— Chico, o que você tá fazendo com a minha amiga?Eu não podia dizer a verdade, de jeito nenhum! Por um lado, eu estava
Eu realmente não queria ficar ali nem mais um segundo. Sentia que, se continuasse, acabaria sendo alvo de mais uma das brincadeiras cruéis daquela maldita bruxa chamada Isis. "Pra quê me torturar mais? Nem comer eu consigo, nem ver o que quero. Melhor ir embora logo."Virei-me para Rebecca e disse:— Rebecca, acho melhor eu ir pra um hotel.Rebecca me olhou surpresa:— Mas por que hotel?— Aqui não tem espaço pra eu dormir, e acho que no hotel vou ficar mais confortável.Rebecca parecia querer insistir para que eu ficasse, mas, no fim, não disse nada. Isis, por outro lado, fez de tudo para me convencer a ficar. Mas, naquele momento, eu já havia decidido. Não ia dar ouvidos a ela."Eu juro, a partir de agora vou manter distância dessa mulher. Ela é o próprio diabo!"Peguei minhas coisas e saí dali, ignorando qualquer tentativa de me prender. Logo encontrei um hotel perto dali e fiz o check-in. Quando deitei na cama macia, senti um alívio tão grande que parecia que todo o peso do mundo h
— Lídia.Quando ouvi a voz dela do outro lado da porta, finalmente abri. A mulher estava vestindo um vestido amarelo bem discreto, mas, com aquela beleza, ela ficava deslumbrante de qualquer jeito.Afastei-me para deixá-la entrar:— Entre.Ela entrou no quarto com passos firmes, os saltos altos ecoando no piso do hotel. Assim que ela passou, eu a abracei por trás, decidido a ir direto ao ponto.— Espera! — Disse ela.— O que foi?— Já fizemos isso tantas vezes, mas eu ainda nem sei como você é. Tira esse boné e essa máscara. Quero ver seu rosto.Quando ouvi isso, meu coração disparou. Nos últimos dois encontros ela não havia pedido nada do tipo. Por que justo hoje? Será que ela tinha percebido alguma coisa?"Essa mulher é esperta demais", pensei, sentindo um calafrio. Era exatamente isso que me preocupava. Soltei-a imediatamente e, com um tom defensivo, respondi:— O que você quer com isso? Tá querendo descobrir minha identidade? A gente não combinou que era só uma brincadeira, algo ca