Fuga desesperada

O porta-malas do carro era sufocante e apertado. A escuridão e os barulhos misturados do próprio veículo e do trânsito se tornavam abafados. Yara tentou gritar, mas sabia que jamais seria ouvida. 

Com força, começou a socar ao seu redor para encontrar algum local mais frágil. A cada soco, as mãos estalavam e a força do ataque gerava a dor que irradiava até a coluna. Ela ignorou.

Em um dos socos, uma das partes da parede pareceu ter cedido um pouco. Yara respirou fundo. Forçou-se a raciocinar, em que parte deveria socar. Foi quando uma recordação veio à sua mente, as lanternas eram mais frágeis do que o resto do bagageiro. 

Foi

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