Yara se afastou lentamente dos lábios de Thais, havia acontecido algo mágico. Era como se estivesse esperando por toda a sua vida por um príncipe encantado e ela havia encontrado uma rainha.
Talvez o amor verdadeiro fosse assim, suave e silencioso. Sem pressões ou gritarias por conta de ciúmes e sem abandonos, pensou Yara.
O silêncio do momento foi quebrado pelo som estridente da campainha. Thais respirou fundo aliviada, ofereceu os braços para carregar Daniel.
Yara piscou os olhos lentamente tentando entender o que estava acontecendo. A campainha soou novamente, desta vez mais longa e irritante. Daniel rapidamente foi entregue a Thais.
— Tem alguém nessa porra?
Thais assistia as notícias na televisão ao lado do gato. Havia acabado de tomar banho e estava esperando Yara terminar de amamentar o filho para assistir um filme. Não era algo incomum, mas o que foi estranho foi a maneira que ela convidou. Parecia um pouco sem jeito e envergonhada. No mínimo curioso.Quando Yara adentrou na sala vestindo uma camisola fina e justa no corpo de cetim, os batimentos aceleraram ao vê-la, além de perder o fôlego.Yara se jogou ao seu lado, Thais manteve-se olhando para a televisão enquanto mordia o lábio inferior. A visão da amiga era muito tentadora, precisava se controlar.— Qual filme você quer ver?Perguntou Thais com o controle remoto nas mãos.
A sala de espera era imensa, com várias cadeiras duras de plástico. As paredes num tom muito claro de bege indicavam com propriedade onde Yara e Ariadne estavam. Enfim, temida consulta com a ginecologista. Ariadne balançava as pernas sem parar, estava cansada de ficar esperando no meio de tantas pessoas. Enquanto que Yara esfregava os dedos.A sala de espera parecia uma multidão distinta de pessoas, a maioria dali eram gestantes nos mais variados períodos, outras eram senhoras de meia idade que fofocavam entre si sobre a vida alheia.A prima já estava irritada com o barulho de fricção de Yara.— Dá para parar com isso?Yara olhou surpresa, nem tinha se dado conta do que estava fazendo.— Desculpe, estou nervosa — murmurou baixinho.Ariadne franziu o cenho, conhecia a
Thais estava com dores por toda a coluna enquanto segurava o pequeno Daniel. Thais havia ido a uma consulta médica. Para ajudar, havia se voluntariado para cuidar do bebê. A ideia de cuidar de uma criança era nova para ela, apesar da circunstância, cada vez mais estava se afeiçoando por ele.Enquanto Thais dava uma mamadeira, a campainha tocou.Ela respirou fundo, seria um trabalho árduo ir da sala até o portão da casa. Esperou até Daniel terminar a mamadeira.Colocou o pequeno no sofá com almofadas ao redor para evitar possíveis quedas.Pegou as muletas e com cuidado ficou em pé. Ainda não estava autorizada a caminhar com as duas pernas.
Yara estava saltitante. Quando retornou da consulta, percebeu que os trabalhadores da prefeitura já estavam trabalhando na reforma. Ariadne também havia ficado surpresa enquanto dirigia de volta para a casa de Thais.Assim que elas desceram do carro, Yara parecia uma criança apontando para a reforma e dando pulinhos de alegria.A felicidade estava preenchendo seu coração, sentia que a vida estava abrindo um novo capítulo no qual poderia ser feliz por alguns instantes.— Preciso contar para Thais, ela vai amar a notícia — ela disse rindo para a prima.Abriu a porta num impulso e encontrou Thais sentada com Daniel no colo e Martins conversando no sofá da sala. Thais estava sentada numa cadeira na calçada da casa para aproveitar o calor do sol da manhã. Com a correria da vida, às vezes, se esquecia dos pequenos prazeres como aquele.O gato amarelo veio se esfregando na sua perna direita, ele tinha medo do fixador externo que ela precisava usar até melhorar da fratura.Thais estava sentada numa cadeira na calçada da casa para aproveitar o calor do sol da manhã. Com a correria da vida, às vezes, se esquecia dos pequenos prazeres como aquele.O gato amarelo veio se esfregando na sua perna direita, ele tinha medo do fixador externo que ela precisava usar até melhorar da fratura. Num impulso, ela o pegou no colo e começou a fazer carinho na região da mandíbula, descendo até o queixo. Greg, costuA carta
Yara estava terminando de trocar as fraldas de Daniel. Após, vestiu um macacão com estampa de pardaizinhos. Queria deixá-lo arrumado para Ariadne tomar conta. Havia planejado uma surpresa para Thais.Aproveitou que a amiga havia ido com Ângelo para uma consulta com o ortopedista, por conta do fixador externo.Pretendia fazer o tão sonhado "encontro". Já havia providenciado as velas. A ideia era fazer um jantar íntimo. Servindo massas e vinho, acompanhado de doces de castanhas.As velas deixam a cozinha com a atmosfera mais romântica e convidativa para algo mais.Yara soltou pequenas risadinhas ao se lembrar da maneira que havia decorado a cozinha.Para o quarto, havia conseguido com ajuda do amigo Guilherme, pétalas de rosas. Com cuidado, já havia espalhado pelos lençóis brancos.Ariadne havia sugerido alguns brinquedinhos
Com ajuda de Yara, Thais subiu em cima da cama.Retirou a blusa com pressa enquanto Yara descia os lábios pela pele acetinada do seu pescoço, dando pequenas mordidas por toda a lateral.A sensação causava arrepios por todas as partes do corpo, a língua macia de Yara parecia ter sido feita para dar prazer.Ela se afastou e olhou para o sutiã bege, com cuidado, colocou as mãos ao redor para retirá-lo.Os seios se revelaram. Yara umedeceu os lábios, a visão a deixava trêmula. Estava ardendo de desejo para acariciar os mamilos e pressioná-los.Thais percebeu a hesitação. Não queria continuar se caso ela não estivesse segura.— Yara, não precisa fazer isso se não quiser— explicou.— Eu quero
A luz do sol se dissolvia nas cortinas claras. A luminosidade começava a incomodar Yara. Abriu os olhos e encontrou Thais deitada ao seu lado. Os cabelos bagunçados jogados pelo travesseiro, a respiração profunda e rítmica, o lençol escondia o corpo nu. Ela parecia quase um anjo, pensou.Yara se espreguiçou e chegou mais perto dela, colocou um dos braços por cima para ficar abraçada. Nunca havia imaginado que um dia chegaria a tê-la como namorada.Ela observou enquanto a namorada abriu os olhos vagarosamente.— Bom dia, Yara .— Bom dia, Thais.A vontade de Yara era pular por cima e repetir tudo o que haviam feito na noite anter