DIONÍSIO MATTIAZZO
UNIVERSITY HOSPITAL MEYER | 19:00
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Acordei com um chamado e às pressas saí do quarto colidindo com força contra a Doutora Diaz jogando nos dois no chão.
— Porra! — reclamei do encontrão.
Doutor Mattiazzo, por favor, compareça à entrada sul. Doutor Mattiazzo, por favor, compareça à entrada sul. Acidente de carro com possível traumatismo craniano. Repetindo: Doutor Mattiazzo, por favor, compareça à entrada sul.
— Se nossos encontros forem sempre assim, vou comprar com capacete de futebol americano. — declarei ficando de pé e puxando-a pela mão para que faça o mesmo.
— Você que não olha por onde anda! — lhe dei um sorriso para sua resposta abusada e saí deixando-a sozinha.
Fui para a entrada e o paciente já tinha chegado, assim que meu viu, Penélope pegou a prancheta das mãos da Amélia. Fingi que não vi e testarei para saber se é esperta o suficiente para tentar me enrolar.
— Me fala, o que aconteceu? — pedi explicações enquanto seguimos correndo para o centro cirúrgico! Anda, Penélope! Não tenho a noite toda.
— Traumatismo cranioencefálico grave, o paciente sofreu um acidente de carro e bateu fortemente a cabeça, tendo sangramento nos ouvidos e nariz. — entramos no elevador com ela lendo o prontuário do socorrista.
— Mais alguma coisa? — questionei apertando o 5° andar.
— Teve uma possível fratura do osso temporal esquerdo. — Amélia acrescentou — Aconselho fazer um TC com urgência.
— Você é quem para aconselhar alguma coisa, Amélia? Não tem nada disso aqui no prontuário.
— Não precisa está, analisei o paciente assim que chegou. Ele tem sangramento no ouvido e um hematoma atrás da orelha esquerda indicando possível fratura no osso temporal, nesses casos é necessário uma TC do crânio para saber a gravidade. Veja!
Apontou para o rosto do paciente com a ausência de expressões faciais do lado esquerdo, indicando paralisia.
— Não basta ler o prontuário, tem que ver o paciente também, nem todo socorrista sabe disso e como são focados no trauma, analisam superficialmente para adiantar o nosso serviço.
As portas abriram e seguimos para a TC. Quando o raio-x saiu de fato teve uma fratura.
— Bom, vocês duas vão se arrumar, serão analisadas durante a cirurgia. — fui me preparar, porque a noite será longa.
Algumas horas mais tarde ambas colocaram a mão na massa, visto que tivemos algumas complicações, mas nada que viesse a óbito. Tive o prazer de ensinar duas alunas bem dedicadas, vendo um ótimo potencial em ambas. Já passava das 00:00 quando finalizamos tudo.
— Bom, ambas fizeram um excelente trabalho hoje e pude ser minucioso nas análises, porque trabalhamos muito bem em equipe. Pode ir, Amélia, vai descansar.
— Obrigada. — sorridente saiu nos deixando sozinhos.
— Agora você, vamos ter uma conversa, ok? — me deu um sorrisinho que odeio — Pode parar, pois não é isso.
— Achei…
— Como seu orientador tenho que te elogiar, Penélope, de fato, será uma ótima neuro, dado que consegue trabalhar sob pressão. Agora como homem, acho suas atitudes ridículas, você não me respeita, tampouco suas colegas de trabalho e isso pode te prejudicar. — afirmei retirando meu avental cirúrgico — Quero muito continuar sendo seu mentor, já que vejo um imenso potencial em você, contudo, se ficar me assediando será demitida, estamos entendidos?
Seus olhos lacrimejaram e questionei novamente.
— Sim, desculpa se transpareci assediá-lo — fiquei de acordo — Vou ponderar.
— Não, você vai parar! Ponderar não se enquadra nos meus critérios, aja como uma residente e não como uma colegial que se apaixonou por seu professor. Suas atitudes vêm piorando ao longo desses dois anos e julgo que se não tomar uma atitude agora o caminho será a demissão — ela concordou e saiu apressada.
Exausto fui para o dormitório e a Dra. Diaz está na minha cama! Passei direto para o banheiro e tomei um banho bem quente para relaxar meus músculos.
Troquei de roupa e me deitei na cama da Val. Estava tão exausto que apaguei.
VEGA DIAZ
Depois do encontrão com esse arrogante, fui ao banheiro e voltei para os corredores. Estou sem nada para fazer e vou ficar lá embaixo na emergência, assim não fico atoa.
Estava distraída olhando os prontuários quando a Suzan apareceu.
— Oi, você viu meu irmão por aí? — disse que seguiu para um chamado — Está fazendo o quê?
— Indo para emergência, caso precise de mim, estarei por lá, e você? — perguntei tentando fazer amizade.
— Entediada, ia pedir para meu irmão ir na rua comprar minha comida — confessou enfiando seu braço no meu — Ele reclama e sempre faz minhas vontades, acho que é coisa de irmão mais velho, você sabe como é?
— Não, sou filha única — afirmei, ela olhou o telefone e suspirou estressa — Está tudo bem?
— Sim! Na verdade, estressada, minha mãe está me mandando mensagens dizendo que vai me apresentar para o irmão da Val. — falou de um jeito engraçado que acabei rindo — Vamos ao refeitório.
— Deixe-me pegar minha bolsa no meu armário. — fomos juntas e no caminho fiquei sabendo da vida de alguns médicos e um em questão, mesmo sendo casado, se envolve com boa parte das enfermeiras do hospital.
— Que canalha! — bradei irritada.
— Já foi traída, amiga? — disse que não — Então por que a revolta?
— Meu pai — balbuciei por estarmos perto —, Minha mãe até hoje tem medo de se envolver com outro homem e ela tem apenas 54 anos.
— Quantos anos você tem?
— Trinta e sete, minha mãe engravidou aos 16 e me teve com 17, meu pai era mais velho, tinha 19 e até hoje trai suas parceiras.
— Meu Deus, mas ela se separou quando descobriu, né? — disse que não — Oh, amiga.
— Foi complicado, vi seu sofrimento Suzan e sei como é um homem que não presta. — fui sincera — Vamos nos sentar aqui.
— Vou pegar algo para comer, meu plantão é de 24h — olhei para ela sem entender.
Lorenzo disse que o máximo é 16h, isso uma vez na semana e questionei para saber melhor sobre isso.
— Você pode trocar, normal, como em qualquer hospital. Vou dobrar porque vou para casa dos meus pais, como não moram aqui quero curtir bastante com eles, por isso dobrei, para ter mais tempo com minha família.
— Bom saber que pode fazer 24h, caso eu precise futuramente.
— Já volto, estou cheia de fome. — ela tentou se afastar e segurei sua mão.
— Minha mãe fez duas marmitas, se quiser.
— Claro que quero, a comida daqui é horrível, porém a preguiça de sair para comprar é maior — entreguei uma, a ela — Nossa! Amo peixe.
Durante a refeição conversamos e acabamos nos conhecendo melhor, Suh está me chamando de amiga e gostei disso. Ela falou tanto da família que parece que já conheço todos.
— Então é isso, amiga. — concordei servindo café pra gente — Preciso conhecer sua mãe e dar um abraço nela, meu Deus, que comida gostosa.
— Ela vai adorar te conhecer. — afirmei, porque nunca fui de levar ninguém para minha casa.
— Esse fim de semana não dá, exceto se vocês forem comigo ir para a vila Mattiazzo. — franzi o cenho.
— Vila?
— É, amiga! Minha família é muito grande, minha nonna teve 7 filhos. No início da vila tem 4 casas bem na entrada, a da nonna, minha mãe e minhas tias, no meio tem 2 tios e, no fundo, mais dois. Os Mattiazzo são conhecidos por produzir os melhores pães de toda Trento.
— Minha família é pequena. — confidenciei rindo — Deve ser bem divertido ter uma família assim, né!
— Oh, se não faz ideia. Quando os pais da Val, vão para vila, não tem como não amar, a festa é certa. — meu peito se apertou ao saber disso e não sei muito bem o porquê — Valquíria e Anthony são animados, vou te levar na festa da sangria da minha tia Nena que é a mais assanhada, Valéria a chama de velha cachaceira.
— Sei que vou adorar, amo sangria. — fui sincera em minhas palavras — Estou atravessando um momento delicado, mas depois que tudo isso passar, adorarei conhecer a vila dos Mattiazzo.
— Vou avisar minha mãe, ela ficará eufórica. — os minutos se passaram e ela teve um chamado — Até depois, amiga.
Me deu um beijo no rosto e saiu correndo. Fiquei admirando até seu uniforme lilás sumir no fim do refeitório. Catei as duas marmitas e fui lavá-las antes de guardar.
Para primeiro dia de trabalho me saí bem, realizei uma cirurgia e passei horas checando os pós-operatórios do Lucca, ele é um bom médico e as incisões que realizou são perfeitas.
Me apresentei como a nova cárdio dos seus antigos pacientes e vi que no decorrer da semana tenho algumas cirurgias importantes agendadas.
Tirando os encontrões que tive com o Dionísio e como o próprio é ótimo em deixar as pessoas à sua volta constrangidas, tudo correu bem.
Já passava das 23h quando me deitei.
— Nossa, que perfume gostoso! — Abracei o travesseiro com um aroma marcante.
Alguns segundos depois achei minha atitude bem doentia e de modo a não focar no perfume, peguei meu telefone e liguei para minha mãe de modo a ter notícias da Emma.
— Oi! — sua voz de sono me deixou sem graça.
— Desculpa, só queria saber como foi seu dia. — ela disse que as duas ficaram bem e que Emma comeu duas vezes — Que bom, gostei de saber disso.
— Ela está feliz com a possibilidade da cirurgia e quer está bem para quando for marcado o dia.
— Que ótima notícia, quanto mais positivismo, melhor — afirmei muito feliz —, Volte a dormir que farei o mesmo, beijos.
— Deus te abençoe e que te dê bons sonhos. — disse que pra ela também.
Virei pro lado em busca do sono, porém aquele sorriso perfeito de mais cedo está vagando minha mente. Mesmo com sua barba grisalha bem grande, acho que Dionísio não chegou na casa dos 40.
Não sou tão baixa, todavia, ele é exageradamente alto. Seus olhos verdes ficam ainda mais marcantes devido aos seus cílios grandes, sem falar nas sobrancelhas.
Senti um calor estranho quando sua mão abraçou a minha na hora que me ajudou a ficar de pé, também notei que tem marcas em ambas, como queimaduras.
— Alguma coisa deve ter acontecido para ter essas cicatrizes. — murmurei — Acredito que se ele fizer a barba deve ficar ainda mais bonito.
Arregalei os olhos para meus pensamentos, pois deveria odiá-lo e não ficar aqui deduzindo se fica bonito ou não de barba feita.
Puxei a coberta e virei de cara para a parede. Estava cochilando quando ouvi a porta sendo aberta e fiquei na minha.
Me concentrei em dormir um pouco e não demorou para o sono me abraçar.
A vida é feita de ilusões, escolha a sua e divirta-seVega Diaz───────•••───────Despertei com meu telefone tocando e atendi nervosa achando que era minha mãe.— Como estão as coisas aí, Vega?— É sério isso, Diógenes? 3h da manhã? — com meu coração batendo na garganta, exclamei. — Desculpa, achei que estava acordada. — me coloquei de pé, visto que estou com meu corpo tremendo — Vou desligar.Respirei fundo tentando acalmar meus nervos.— Estou bem! Quer falar comigo, me ligue de manhã, tarde ou de noite, mas de madrugada nunca mais, sabe o que estou passando, tem noção de como fiquei agora? — ele ficou mudo.Olhei à minha volta e vi Dionísio me analisando enquanto estava abraçado com a Valéria em uma cama ao fundo. De alguma forma isso me deixou incomodada.— Me desculpa. — me retratei e saí do quarto para não atrapalhar o sono deles.— Me perdoa, não sabia que ficaria assim. Falei com Lorenzo mais cedo e me disse como são as grades de horários, perguntei por você e comentou que fi
A gente quer dizer tanta coisa e acaba ficando calado.Dionísio MattiazzoUNIVERSITY HOSPITAL MEYER | 02:00───────•••───────Acordei com a Valéria deitada na minha cama e tive a certeza que essa mulher vem no cheiro. A Dra. Diaz está encolhida no canto da cama como tenho o hábito de dormir e mesmo assim me encontrou. Acabei perdendo o sono, como não tenho muito o que fazer, fiquei divagando enquanto embolo os cabelos ruivos e longos da Valeria. Olhei meu telefone pela milésima vez e uma hora já tinha se passado. — Meu corpo já estava doendo de tanto ficar deitado, vou dar uma olhada nos meus pacientes. — ia levantar quando o telefone da Diaz tocou.Seu desespero me chamou a atenção e decidi ficar para saber o porquê.— É sério isso, Diógenes? 3h da manhã? — não sei por que, mas saber que está falando com um homem me deixou bem incomodado, ainda mais com alguém que tem esse nome.Permaneci observando sua agitação e fiquei escutando. Pelo tom de voz, pode ser o marido. — grunhi devi
Pudera eu escolher o que sentir.DIONÍSIO MATTIAZZO───────•••───────Estava trocando de roupa quando a porta foi aberta.— Ué! — Valéria entrou e me pegou de cueca — Me esperou? — Não, já estou em casa, isso aqui na sua frente é um holograma. — recebi uma tapa forte por isso — Aí! Que mão pesada.— Palhaço. — estressada, abriu seu armário e pegou suas coisas — Vamos!terminei de me arrumar e notei seu cansaço enquanto me esperava escorada na parede, peguei sua bolsa e puxei-a para meus braços.— Se não tivesse que ir para Trento te levaria para minha casa, você mora muito longe. — se aconchegou ainda mais enquanto seguíamos para o estacionamento. Algumas médicas e residentes ficaram nos olhando e abracei ainda mais minha ruiva de cabelos embolados e pelo estrago que fiz Valéria terá que cortar seus longos cabelos.Beijei sua cabeça para abafar meu riso.— Você reclama das minhas atitudes e faz igual ou pior Dionísio. — ignorei suas palavras.— Está reclamando de quê? Nessa brincade
Olhos que olham são comuns.Olhos que veem, esses são incrivelmente raros...DIONÍSIO MATTIAZZO───────•••───────Acordei com meu telefone tocando. Tateei a mesinha de cabeceira até encontrá-lo.— Chegará que horas? Sabe muito bem como a mamãe é! — cocei os olhos para ver que horas são.— Vou pela manhã — compartilhei minha decisão — e o presente, você não entregou, né? — me sentei para despertar e percebi que estou sozinho.— Não, sabe que não faço isso. — acabei rindo dessa mentirosa.Disposto a comer alguma coisa, fui atrás da Val.— Traz o Jinbe, papai está pedindo… — ela ficou em silêncio por tempo demais — Vem antes do sol nascer, a mama veio com um assunto estranho de me juntar com o irmão da Val, não aguento mais isso. Por telefone tenho como ignorar mais aqui está difícil, porque até a nonna concorda com essa loucura.— Pode deixar! Chego aí bem cedinho, amanhã. — trocamos mais algumas informações sobre o jantar de aniversário de 42 anos de casados dos nossos pais e quando de
Maturidade é procurar profundidade antes de mergulhar de cabeça.— Zack MagieziDIONÍSIO MATTIAZZO───────•••───────Durante o caminho para casa fiquei pensando em como o meu interesse pela Vega deixou Valéria chateada.— Acho melhor evitar falar sobre ela, porque não quero estragar minha amizade de anos devido a uma mulher. — peguei um trânsito chato que me permitiu pensar nessa situação — Tento achar justificativa para esse interesse, mas não existe.Sorrir por lembrar da Vega ruborizada.— Será que Valéria tem razão? — fiquei pensando se aquela ruiva sabe mesmo o que diz — Seria muito azar justo a que me deixou interessado não ficar a fim de mim. — grunhi pensando na possibilidade. Deixei meus pensamentos de lado e foquei no trânsito.Quando cheguei, apanhei algumas roupas para passar o dia com meus pais e peguei a Alexa, ou Jinbe não come, já que a minha família não tem essa tecnologia na vila.— Vamos para Trento, amigão, meu pai está morrendo de saudades suas. — convoquei abrin
Como você faz os outros se sentirem diz muito sobre você mesmo.DIONÍSIO MATTIAZZO───────•••───────Acordamos às 5h para chegarmos bem cedo, abasteci e seguimos para Trento. Jinbe estava agitado e Valéria foi atrás junto a ele para não me distrair com sua euforia. Assim que chegamos no centro de Trento, paramos em uma loja que vende vinhos e queijos.Valéria é uma ótima médica, no entanto, suas habilidades para fazer uma cesta de amantes como ela chama é surpreendente. Comprou dois vinhos, alguns queijos e frutas, montou em uma cesta grande e disse que meus pais vão transar tanto que a casa vai tremer.Rimos dessa afirmação, visto que eles são bem ativos e dá para ouvir, porque as paredes são finas. VILA DOS MATTIAZZO | 09:00 Assim que chegamos, a agitação do meu cachorro é muito bonita de se ver, pois raros são os momentos em que fica assim, a verdade é que desde a partida da Maiá, todos estão ligados ao meu pai seja por chamada de vídeo ou presencial. Entramos na vila que poss
No fundo você sabe o que precisa fazer, você só não faz.VEGA DIAZDIAS DEPOIS | 05:00───────•••───────Acordei com meu despertador e cheguei a conclusão que demorarei a me acostumar com o novo horário de trabalho. 5 dias já se passaram desde o início das minhas funções no Meyer. Venho trabalhando tanto que mal vejo o Dionísio, porém quando acontece é no dormitório com ele dormindo sozinho ou agarrado a Valéria.— Isso me deixa tão incomodada, não sei por quê! — murmurei, tomando coragem para sair da cama.Consegui fazer amizade com a Suzan e até trocamos número. Nossa afinidade tem ido bem. fiquei sabendo que Dionísio é muito reservado, que não sai com ninguém do hospital e para não levantar suspeitas ou parecer que estou interessada nele, não pergunto nada.Ontem até me chamou para um café, contudo, não pude aceitar por ter que vir para casa. Emma andou vomitando muito, às vezes tem febre e isso não é um bom sinal. — Hoje eu falo com ele, preciso contar sobre minha filha. — olhei
Não se sinta culpado por fazer o que é melhor pra você.VEGA DIAZUNIVERSITY HOSPITAL MEYER | 07:00───────•••───────Sua palma quente e áspera me provoca um calor que não deveria! Olhei para o corredor que dá para as escadas do refeitório.— Tomara que não tenhamos nenhum chamado, assim podemos conversar um pouco. — saí dos meus devaneios com sua voz grave e me dei conta que ainda estamos de mãos dadas e que logo estaremos no refeitório que essa hora já tem médicos fazendo seus desjejum.— Por favor! — sussurrei — Não quero uma inimizade com a Valéria por você está andando comigo de mãos dadas pelo hospital, me solte!— Hã? O que a valéria tem a ver com o nosso café?— Ela… ela… — gaguejei com vergonha de dizer, no entanto, exigiu que explicasse melhor — Ela é sua namorada e não…— Namorada? — seu sorriso me deixou sem jeito — Valéria está mais para uma grande concorrente, Vega. — ele pronunciou meu nome de um jeito que meu corpo respondeu a isso — Vem, a gente vai tomar o nosso café