Alex Três meses antes... Rio de Janeiro... Pensei que nunca mais pisaria nesse lugar outra vez. Aqui as lembranças são mais fortes e criam raízes mais profundas. Observar Fabi debruçada na janela do carro, feito uma garotinha encantada com tudo que ver a sua frente, me deixar maravilhado. Para me distrair dos meus pensamentos mais obscuros, começo a apresentar alguns lugares e rezo para não chegar a um ponto especial da minha vida... O Cristo Redentor. Sei que ela percebe que estou estranho, mas não consigo evitar. O Rio é o retrato da minha vida, de toda a minha história, cada parte dela. Uma história podre e suja, e eu havia prometido para mim mesmo, que nunca mais voltaria. Depois que os homens saem, para fazer as suas tarefas, finalmente ficamos a sós e aproveito para amar a garota mais fantástica desse mundo. O sexo além de me preencher, me faz relaxar também e acredito que o mesmo acontece com Fabi. Algumas horas depois, a deixo dormindo e volto para sala e encaro o lado de for
Alex Já passa das duas da tarde quando paro o carro em frente a comunidade e constato que nada mudou por aqui. Há alguns jovens animados, de corpo tatuado, usando brincos e argolas, e segurando as suas armas bem na entrada do morro, as escadarias têm pouco movimento a essa hora e as lembranças desse lugar me envenenam imediatamente. Foi aqui que tudo começou na minha vida, que perdi a minha infância para o submundo, que conheci o terror cara-a-cara e me tornei amigo dele. A maldade do ser humano sem a sua máscara, a dor física e a dor da alma. Sem pensar duas vezes, saio do carro e começo a subir cada degrau, um a um e sem pressa. A cada passo que dou, uma pessoa que destruí a vida, me vem a mente. Alguns comerciantes, moradores, muitos jovens devedores, viciados, dona Delia... Pensar nela me machuca ainda mais. Eu nunca fiz nada contra ela, mas também não a ajudei quando mais precisou. Assistir Cicatriz matar a jovem senhora naquele momento, não mexeu em nada comigo, mas hoje, é como
Alex Horas depois... — Passamos o dia inteiro vigiando a chácara. Olavo não saiu de lá para nada. Seu filho sim, saiu por três vezes, a esposa apenas uma. Mas sempre ficava alguém em sua companhia. — Jordan diz passando o relatório. — Isso não vai ser nada fácil! — resmungo frustrado. — Com certeza pensa que está seguro lá dentro. Não acredito que seja ingênuo o bastante apara acreditar que tem alguma chance de escapar dessa — rosno, olhando as imagens largadas sobre a mesa. Jordan dá de ombros. — Sabemos que Olavo é um homem cheio de inimigos, acredito que sim, que ele tem medo de sair da toca. — Então invadiremos a chácara e o pegaremos a força. — Fabi fala para a minha surpresa, porém, faço não com a cabeça. — É um trabalho que exige paciência, Fabiana — explico — Vamos esperar. Continuem vigiando e enviem homens para estudar o perímetro do lugar. — Mas isso pode acontecer nunca, passaremos dias aqui, talvez meses! — Ela resmunga frustrada. Dou de ombros. — Algum problema co
AlexNo passado, eu sempre gostei de um sexo bruto e selvagem. Do tipo que determinava quem dava as ordens na cama, quem era o todo-poderoso e quem ficava debaixo dos meus pés, sobre o meu julgo. Com Fabiana aconteceu completamente diferente. Com ela eu aprendi a fazer o amor e aprendi a amar não só de corpo, mas de alma também. Aprendi que o sexo não precisava ser algo sujo e que os dois dão as ordens na cama. Exatamente assim, sem medir forças. Mas não essa noite. Essa noite as minhas mãos estão pesadas, os puxões de cabelos ganharam intensidade e as estocadas estão fortes e brutas, porém, ainda assim, lhe arrancaram gemidos altos e palavras desconexas que me tiraram a sanidade. As mordidas, os arranhões na pele, as tapas firmes deixaram a sua pele avermelhada e não vou negar que foi bom me sentir assim outra vez. No entanto, sinto que ela também gostou, eu pude ver isso em seus olhos, constatar na reação do seu corpo e a certeza veio no sussurrar das palavras sujas, ou nos gemidos
Alex Já tem alguns dias que faço a mesma coisa. Eu saio do hotel e estaciono o carro exatamente no mesmo lugar, em frente ao prédio imponente do Caravelas & Hotelaria. É aqui que o magnata Luís Renato Alcântara, o pai do mauricinho trabalha. É isso mesmo, tenho procurado coragem para ficar frente a frente com o CEO mais importante e visado no Brasil e no mundo. Mas simplesmente não faço, não tenho coragem de sair do carro e simplesmente fico horas fitando prédio e as pessoas que entram e saem dele. O homem é praticamente intocável, está sempre cercado de seguranças e sai sempre em um carro blindado. A minha única chance seria entrar nessa empresa e falar com ele em seu escritório. Com um suspiro alto pego o meu celular e faço uma ligação e o meu coração dispara em fúria enquanto escuto o som da chamada.— Escritório do senhor Luís Renato Alcântara, em que posso ajudá-lo? — Uma voz feminina diz do outro lado da linha. Começo a suar demasiadamente, porém, o meu corpo inteiro está gelad
Alex— Não! — peço atordoado. Ana me lança um olhar especulativo e diferente do marido, ela parece querer saber o que tenho a dizer. A mulher vai até o seu marido, toma o telefone da sua mão e fala algo com um tom baixo demais. Aproveito esse tempo para me recompor e passo a mão no meu rosto, sentindo o sangue sujar as pontas dos meus dedos e uma ardência incomoda na sequência. Suspiro, tentando me levantar do chão. O casal se afasta da mesa e para a poucos centímetros de mim. Ele ainda mantém um olhar assassino fixo em mim, porém, ela parece mais maleável. Definitivamente eu tenho a bela que amolece a fera bem na minha frente. Penso.— O que veio fazer aqui, Marrento? — Ana pergunta um tanto autoritária, cruzando os braços na frente do seu corpo. Ajeito a minha roupa amarrotada do melhor possível e encaro o casal.— Perdão. Eu vim para pedir perdão.— Uma porra que perdoou! Você merece a cadeia, seu desgraçado! — Ele Esbraveja outra vez.— Meninão, deixa que eu falo. — Ela pede e Luí
Alex As roupas caídas no chão, os sons dos gemidos baixos, o corpo quente na palma da minha mão. Fabi rebola no meu colo, sentado na cadeira, no banheiro. Espalmo minhas mãos, em cada lado da sua bunda, vestida apenas com uma calcinha minúscula de seda e deixo a sua boca, parando o beijo faminto, para abocanhar o seio durinho, com o bico entumecido e sugo com voracidade. Ela joga a cabeça para trás e rebola ainda mais em minha ereção, debaixo da toalha._ Deliciosa, você me enlouquece, sabia? _ rosno e mordisco o seio, o maltratando e volto a sugar com esmo._ Alex! _ Ela geme, erguendo a cabeça e me olha, com olhos pesados de desejo. Ignoro a sua súplica e a faço mexer ainda mais, abocanho o outro seio em seguida. Aperto e chupo com a idealização do meu desejo, com uma fome bem conhecida por mim. Os gemidos ganham mais um tom e ela aperta os meus ombros. Afasto a calcinha para o lado e faço o mesmo com a tolha, e porra, sou envolvido ainda mais por seu calor e aperto. E quando a pre
Alex O céu já está limpo, de um azul sem igual. Ainda estou sentado na cadeira da pequena varanda. Isso mesmo, não consegui dormir. Na pequena mesa, tem um cinzeiro com os restos dos cinco cigarros, meia garrafa de uísque e um copo vazio. Levanto-me da cadeira e vou até à cozinha e preparo um rápido e delicioso café da manhã. Ponho na mesa uma porção de bacon com ovos, pão, café preto, leite aquecido e um bolo, que estava guardado no armário. Quando termino tudo, Fabi me aparece usando uma camisa minha, que ficou largada na pequena poltrona. Vou ao seu encontro e a beijo levemente na boca. _ Bom dia, amor, com fome? _ pergunto com um tom baixo. Ela assente e os olhos ávidos, vão para a pequena mesa de vidro do hotel. _ Bom dia! Hum, o cheiro está maravilhoso! _ comenta, me fazendo abrir um sorriso. Puxo o seu corpo para junto do meu e vamos para a cozinha e nos sentamos de frente um para o outro. Fabiana pega um pedaço de pão e põe a mistura dentro dele, enquanto sirvo uma xícara de