Sentei em duto de ar e suspirei, olhei para o céu e lágrimas desciam pelo meu rosto.
Eu só queria ser feliz, será que é pedir muito. — Mãe, sinto tanta sua falta. Falei e abracei meu corpo, eu chorava tanto que meu corpo tremia, eu sentia frio, mas o frio não era por causa do vento e sim do meu coração, chorei por nem sei quanto tempo, olhei para a lua e ela estava cheia e brilhante, tão cheia que parecia que eu poderia tocar, estiquei minha mão e sorri quando passei a mão, claro que não encostei na lua, mas ela estava tão cheia. Virei meu rosto e peguei a garrafa de tequila, bebi sentindo o teor do álcool queimar por dentro, parecia brasa quando descia pela minha garganta, sei que amanhã Simão irá me encontrar aqui e me levará para um hospital, então quero me embriagar ao ponto de esquecer tudo hoje. Chorei me lembrando da minha mãe, ela saberia me ajudar, ela saberia tudo e me acalmaria. — Porque me deixou mamãe, porquê.. Funguei enxugando minhas lágrimas. Não estou triste porque Jonas me traiu, estou triste porque nunca fui feliz, porque todos esperavam de mim o que queriam, me obrigavam, onde eu sou eu mesma é aqui, nesta empresa, aqui muitos me temem e me respeitam, me admiram, sou a mais nova diretora executiva do país, trabalhei incansavelmente por três anos, sempre que a empresa precisava eu estava lá, sempre que Troy Bennett me chamava lá estava Eu, sempre disponível para o trabalho, alguns diziam que eu e Troy estávamos tendo um caso, mas nunca o vi com outros olhos, Troy seria como meu irmão mais velho, o que me fez subir na empresa foram meus esforços e trabalho incansável. Olhando para trás eu nunca tive nada, nenhuma pessoa se quer para rir e me fazer rir também, ou para me apoiar, Jonas nunca estava disponível para me ouvir. Rio disso, ele nunca estava disponível e agora sei porquê. Olho para a lua novamente, ela estava tão linda, cheia e brilhante, nunca vi algo assim, parecia que ela crescia a cada segundo ou que estava chegando próximo da terra, sei que é impossível mas olhando daqui de cima do prédio mais de trinta metros de altura, parecia que a lua estava bem pertinho. — Sabe, chega de chorar, estou cansada de ser o robozinho que todos manipulam. Levantei do duto e olhei para a lua, serei como ela, tem todas as fases, mas está aqui brilhando intensamente. Olhei para a garrafa de champanhe e a peguei, girei o lacre e abri, o barulho da rolha estourando me fez rir, a bebida já estava na minha corrente sanguínea. — Um brinde a você dona Lua que não precisa de merda nenhuma para ser brilhante, virei a garrafa na boca e sorvi o líquido, no começo fez cócegas na minha garganta, era mais saboroso que a tequila. Levantei já bêbada rindo feito louca. — Dona lua, minha vida é uma merda, sem família, cheia de dívidas, fui corna e para piorar estou bêbada à mais de trinta metros de altura. Olhei para a lua novamente e levantei, fui andando observando ela, cada segundo parceira que a lua desceria no prédio, a bebida estava mesmo afetando meu cérebro, imagina a lua sair da órbita da terra, seria tantos desastres naturais. Andei até o beiral, seu brilho me cativava e me chamava para mais perto, sua força me atrai era estranho para caralho, mas eu fui, com um pouco de esforço eu passei o pé na grade de proteção, tentei tocar a lua, mas não consegui, me estiquei mais um pouco, eu tinha certeza que conseguiria, a garrafa caiu da minha mão, mas nem olhei para baixo, a lua estava me chamando, fechei meus olhos e passei o outro pé, estiquei ao máximo e senti o vento passar por mim, balancei para frente e para trás. — Me desculpa mãe, acho que falhei. Eu senti meu corpo leve, minha cabeça já não estava mais bagunçada, o álcool não dominava minha mente, talvez a lua estivesse me mandando pular e acabar com tudo isso, fechei meus olhos sentindo o vento ainda mais forte, foi quando a porta de acesso ao terraço abriu com um estalo forte, eu me assustei pensei que era Simão que me viu pelas câmeras, mas quando virei minha cabeça eu vi um homem tão lindo e forte, foi esquisito o susto me fez tremer e meu pé saiu, assustei nunca pensei que acabaria com minha vida. " COMPANHEIRA"... Eu ouvi e voltei a olhar o homem falar, mas meu outro pé desequilibrou e senti a gravidade me puxar, seria o meu fim, mas pelo menos eu vi o homem mais lindo do mundo, talvez poderia ser um Deus me dizendo que era hora de partir e deixar esse mundo que me fez tão triste. Mas por incrível que pareça eu senti braços ao redor do meu corpo, pensei que o chão seria a única coisa que sentiria,mas o perfume amadeirado encheu meu nariz, abri meus olhos assustada com os braços ao meu redor, me segurando,e protegendo, vi seus olhos azuis oceano, era lindo, era como se me levasse para o mais profundo do mar, era perfeito. " MINHA"... Ele disse e sorriu, trinta metros de altura parecia infinitamente alto, eu não sei quem era, mas eu coloquei minha cabeça no peito do Deus que me levava para a morte eterna, talvez se eu soubesse que morrer era tão lindo, já teria feito antes. mas tudo que é belo, dói, foi isso que senti quando meu corpo chegou ao chão, pensei que não iria doer, pensei que não sofreria, mas senti a pior dor no corpo que já senti em anos, era como se meu corpo estivesse sendo cortado ao meio, minhas vistas escureceram e meu corpo tremeu. " Você vai ficar bem meu amor" Foi o que ouvi antes de tudo escurecer, a escuridão me levou e com ela todos os meus problemas, toda dor, toda falta que eu sentia da minha mãe, e o ressentimento pelo meu pai.Olho para o avião pousando em Mysticfalls, a cidade havia crescido bastante em um ano.— Alfa, os carros estão prontos.Olho para Condor meu Delta e braço esquerdo.Assim que a porta do avião abre sinto o cheiro do ar, estavamos entrando em meados do outono então ventava um vento norte de onde vinha o frio em breve.Saio do avião e desço as escadas, alguns tripulantes do avião me olham, as mulheres esticam o pescoço para me ver e enlouquecer com minha beleza, reviro os olhos para elas. QUEM SOU?Me chamo Alfa Alexander Beneditt tenho trezentos anos, sou líder da matilha Moonwalker a maior e mais importante matilha do norte desse planeta, sozinho gerencio novecentas sub matilhas espalhadas por minha alcatéia, sou CEO da metade das empresas de grande porte do país e por isso estou aqui hoje, uma das minhas empresas estará passando a gestão para novos diretores e a cada um ano eu velho acompanhar de perto como está.Entro no carro junto com mais seis membros da matilha e partimos para o
— Jay vai ficar puto quando souber que o senhor vai a boate.Sorrio sabendo que é verdade, Jay detesta perder dinheiro e estou animado para fazer ele me pagar vinte mil.O jantar ocorre tranquilo como sempre, estarei no vale por uma semana, organizando, visitando e conhecendo novos maquinários, uma grande vantagem de ter trezentos anos é que passamos a conhecer de tudo um pouco e Withevallen é um ponto estratégico para comercialização dos meus produtos, o grande rio que corta o estado passa por aqui e com isso meus produtos tem livre acesso ao porto de onde sai com mais facilidade para ser exportado para o mundo.— Meu Alfa, temos amanhã uma visita a fábrica cinco, há novos maquinários e pessoas para o senhor conhecer.Condor fala e balanço a cabeça em afirmativo.— Nos encontramos aqui às seis.Ele afirma e continuamos nosso jantar em silêncio, após, ele sai e eu vou até meu escritório, desde a guerra eu nunca consegui dormir uma noite inteira então trabalho e trabalho a maior parte
" Vai Jonas,mais forte"..." Xi querida, alguém pode ouvir"...Essa sou eu, vendo a cena mais aterrorizante da minha vida.Eu Izobelle Cunis, tenho vinte e quatro anos, bem, nunca me considerei feia, pelo contrário, tenho um metro e setenta e cinco de altura, sessenta e noventa quilos, cabelos pretos e olhos castanhos, mas aqui neste momento, estava vendo meu noivo Jonas e minha meia irmã Layla transando no meu jantar de noivado, no salão a baixo de nós, está cheio de pessoas comemorando minha felicidade, eu estava a procura de Jonas quando cheguei até aqui, trazida pelos sons.Engulo a bile que amargava a minha boca, claro como nunca prestei atenção nisso.Idiota que sou, olhando para o passado, que passado nada, olhando para até vinte minutos atrás eu podia ter visto a troca de olhares, como eles saíram de fininho, como Layla me tratava tanto na presença dele, quanto na ausência.Peguei meu telefone e filmei o restante da traição dos dois, eu estava tremendo então tenho certeza que
— Querida, o que está fazendo?Ele disse e beijou a minha bochecha.— Não é a hora de agradecer e você me pedir em noivado?Falei e olhei para ele que sorriu.— Me desculpa,eu esqueci.Claro que esqueceu, o filho da puta estava comendo a filha da mulher do meu pai.Sorri falsamente assim como eles tem feito comigo a muito tempo.— Quero chamar também a minha família, papai, Helga e minhas irmãs.Eles se entre olharam, não estava no ensaio essa parte.Todos subiram, minhas três irmãs idiotas cochichavam uma para a outra.— Izzy, o que está acontecendo?— Nada, só quero que vocês vejam minha felicidade.Disse e fiz questão do microfone está na minha mão e todos ouvissem.— Vamos querido, continue.Jonas me olhou com sua cara de bastardo idiota e eu sorri como a idiota que fui durante todo esse tempo, por falar em tempo, quanto tempo eles estão ficando, quanto tempo sou a corna.Nem escutei o que ele disse, só fiquei pensando em como matar ele só isso.São quinze anos de amargura no meu