capítulo 3

Sentei em um duto de ar e suspirei, olhei para o céu e lágrimas desciam pelo meu rosto.

Eu só queria ser feliz, será que é pedir muito.

Olhei para a lua ela estava grande e cheia, me levantei, fui andando observando ela, cada segundo parecia que a lua desceria no prédio, a bebida estava mesmo afetando meu cérebro, a vodca e o champanhe que eu estava bebendo afetava minha mente, imagina a lua sair da órbita da terra, seria tantos desastres naturais.

Andei até o beiral, seu brilho me cativava e me chamava mais e mais, sua força me atraía era estranho pra caralho, mas eu fui, com um pouco de esforço passei o pé na grade de proteção, tentei tocar a lua, mas não consegui, me estiquei mais um pouco, eu tinha certeza que conseguiria, a garrafa de champanhe que eu estava bebendo caiu da minha mão, mas nem olhei para baixo, a lua estava me chamando, era tão intenso, o brilho, sua força, fechei meus olhos e passei o outro pé, estiquei ao máximo e senti o vento passar por mim, balancei para frente e para trás.

— Me desculpa mãe, acho que falhei.

Eu senti meu corpo leve, minha cabeça já não estava mais bagunçada, o álcool não dominava minha mente, talvez a lua estivesse me mandando pular e acabar com tudo isso, fechei meus olhos sentindo o vento ainda mais forte, foi quando a porta de acesso ao terraço abriu com um estalo forte, eu me assustei pensei que era Simão que me viu pelas câmeras e virei minha cabeça para porta.

Ao mesmo tempo, meu outro pé desequilibrou, quando esse pé ficou vazio, acordei instantaneamente dos efeitos do álcool: Seria o meu fim.

" COMPANHEIRA"...

Algo animalesco gritou, era uma voz grossa e profunda, eu olhei para frente assustada e o vi, era um homem tão lindo e forte, ele era enorme e seus olhos azuis oceano, era lindo, era como se me levasse para o mais profundo do mar, era perfeito.

" MINHA"...

Ele disse no meu ouvido, seus braços circulou pelo meu corpo me trazendo para o acalento do seu corpo, eu senti o cheiro de tabaco e cedro, algo forte que nunca havia sentido antes, seria loucura dizer, mas se eu soubesse que anjos da morte seriam tão lindos, já havia feito isso antes.

É besteira eu sei, jamais imaginei cair de um prédio, mas o insano estava acontecendo, um lindo e belo homem estava me abraçando enquanto eu caia de um prédio, o incrível da minha vida era isso.

" VAI FICAR TUDO BEM MEU AMOR"...

Ele disse ao meu ouvido, esse prédio era realmente muito alto, não sabia, mas trinta metros de altura estava levando uma eternidade.

Seus braços fortes, seu corpo quente me dava uma sensação de casa, de carinho, de proteção, algo que nunca senti antes na minha vida.

Mas tudo que é belo, dói, foi isso que senti quando meu corpo chegou ao chão, pensei que não iria doer, pensei que não sofreria, mas senti a pior dor no corpo que já senti em anos, era como se meu corpo estivesse sendo cortado ao meio, minhas vistas escureceram e meu corpo tremeu.

A escuridão me levou e com ela todos os meus problemas, toda dor, toda falta que eu sentia da minha mãe, e o ressentimento pelo meu pai.

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