Capítulo 4

Olho para o avião pousando em Mysticfalls, a cidade havia crescido bastante em um ano.

— Alfa, os carros estão prontos.

Olho para Condor meu Delta e braço esquerdo.

Assim que a porta do avião abre sinto o cheiro do ar, estavamos entrando em meados do outono então ventava um vento norte de onde vinha o frio em breve.

Saio do avião e desço as escadas, alguns tripulantes do avião me olham, as mulheres esticam o pescoço para me ver e enlouquecer com minha beleza, reviro os olhos para elas. QUEM SOU?

Me chamo Alfa Alexander Beneditt tenho trezentos anos, sou líder da matilha Moonwalker a maior e mais importante matilha do norte desse planeta, sozinho gerencio novecentas sub matilhas espalhadas por minha alcatéia, sou CEO da metade das empresas de grande porte do país e por isso estou aqui hoje, uma das minhas empresas estará passando a gestão para novos diretores e a cada um ano eu velho acompanhar de perto como está.

Entro no carro junto com mais seis membros da matilha e partimos para o condado de Withevallen, vejo as ruas se transformando em florestas em questão de segundo e puxo o ar, o cheiro de cedro e flor de cerejeira invade minhas narinas super apuradas.

— Então senhor, o nome da nossa nova diretora é Izobelle Cunis, ela se formou em Stanford e trouxe a AB uma jovialidade e tecnologia. Condor fala me entregando o iPad com as informações dela, uma mulher muito bonita, seus olhos castanhos, seus cabelos, sua boca é incrivelmente bonita, suas curvas são perfeitas. Balanço a cabeça para afastar esse tipo de pensamento da minha cabeça. " O que deu em mim".

— O conselho a vê com bons olhos após sua apresentação, ela conseguiu fechar as terras sul do país nos ajudando a entrar naquela parte.

Condor fala e olho para sua foto, ela estava de uniforme, seu cabelo preso, olhando era uma pessoa normal, mas eu estava realmente sem entender o porque seus olhos me hipnotizam.

Deixei o iPad de lado e olhei para fora, a tantos anos eu não me sinto assim estranho, a séculos na realidade, suspiro lembrando de Aurora minha companheira prometida, do seu sorriso, dos seus carinhos, da sua risada, algo que ficou marcado em mim após sua morte, minha alma gêmea foi retirada de mim assim que entrei para o reinado, era conde e estávamos felizes, foi quando tudo aconteceu, a m*****a guerra veio matando inúmeros membros e ela morreu nos meus braços, uma dor tão grande que nunca pensei em sentir.

Depois o vazio, a deusa deve ter me castigado, pois a trezentos anos nunca mais senti nada por ninguém, claro que tenho minhas amantes, claro que tenho mulheres que esquentam minha cama durante o inverno, mas nenhuma fez meu coração bater assim como Aurora.

— Meu Alfa. Condor me chama fazendo sair de meus devaneios, o carro já havia parado em minha casa em Withevallen e nem percebi, saio do carro entrando na casa.

— Seja bem vindo meu senhor.

Janka uma habitante local me saúda, ela trabalha para nós desde jovem e sabe sobre os metamorfos, após a guerra em 1700, muita coisa mudou, nós os metamorfos assumimos a escuridão, nos escondemos dos humanos, naquela época foi massacre para nossa raça, o rei lycan decidiu que passaríamos a trabalhar escondidos para que não morressem todos com a prata e a verbena, armas que eles usaram contra nós.

Durante milhares de anos, ficamos escondidos, em nossas alcatéias, trabalhando e crescendo, não somos como os humanos então não envelhecemos tão rápidos, nossas células se regeneram e com isso podemos atingir novecentos anos com cara de noventa.

— Obrigado. Passo por ela e subo para meu quarto.

— Tem duas reuniões amanhã e para comemorar seu aniversário senhor há uma recepção na boate Tagous.

Condor fala e suspiro.

— Não gosto de comemorar aniversário.

Ele sorri.

— Beta Jay disse que apostava vinte mil que o senhor não iria.

Gargalho com isso Jay sempre Jay.

— Pode ir Condor.

Ele sai fechando a porta e caio na cama de madeira feita sob medida para minha altura, tenho dois metros e quinze de altura, cento e vinte quilos de puro músculo, têm que ser algo forte para me aguentar.

O cansaço da viagem me faz adormecer rapidamente, para o meu azar sonho com Aurora, ela estava mais uma vez na clareira próximo a nossa casa, era lindo, cheio de flores de madressilvas, ela reluzia com a luz solar.

Pisco para ela nos meus braços e transforma a cena me levando para o castelo real, um dos vários bailes de máscara em que fomos, ela dançava lindamente,sorria e cantava.

" Eu te amo Rory".

Falo e ela sorri, retiro sua máscara e assusto quando o rosto de Aurora se transforma no rosto de Izobelle.

Dou um pulo da cama e olho para o quarto escuro e silencioso.

— Porquê deusa, não me matastes no mesmo dia, me deixou aqui para sofrer por séculos.

Bato na parede na direção do banheiro, lavo meu rosto e olho no espelho, vejo meus olhos mudando de cinza para violetas.

" Um dia a deusa nos dará nossa companheira de segunda chance Alex".

Sorrio com a história do meu lobo.

" Trezentos anos depois Dórios".

Falo ele se encolhe na minha mente, saio do banheiro na direção do guarda roupas pegando uma roupa o jantar está quase pronto.

Assim que desço vejo que temos novas funcionárias, ômegas da vila aqui próxima, elas abaixam a cabeça se curvando, olho para elas e depois me sento.

" Já viajamos o mundo diversas vezes e nunca achamos nossa segunda chance, dúvido que acharemos, a deusa nos deixou na terra para morrer sozinhos Dórios".

Falo e ele geme, a morte de Aurora foi sentida por nós dois, eu e ele perdemos sua alma, nossa outra metade, somos incompletos.

— Boa noite meu senhor.

Janka e Condor entram na sala, ele senta ao meu lado e ela começa a servir o jantar.

— Fala para Jay fazer o cheque, quero os meus vinte mil na minha conta amanhã.

Condor sorri, Jay Macalister é meu beta, amigo e confidente, alguém que me conhece desde que nasci, sabe tudo sobre minha vida, quando saio ele fica na casa da matilha cuidando dos assuntos e por isso ele sempre me atormenta para aproveitar a vida.

Jay encontrou sua companheira trinta anos atrás em uma missão para o rei, após isso ele sempre diz que minha companheira está por aí só preciso sair mais para encontrar ela.

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