capítulo 05

— Jay vai ficar puto quando souber que o senhor vai a boate.

Sorrio sabendo que é verdade, Jay detesta perder dinheiro e estou animado para fazer ele me pagar vinte mil.

O jantar ocorre tranquilo como sempre, estarei no vale por uma semana, organizando, visitando e conhecendo novos maquinários, uma grande vantagem de ter trezentos anos é que passamos a conhecer de tudo um pouco e Withevallen é um ponto estratégico para comercialização dos meus produtos, o grande rio que corta o estado passa por aqui e com isso meus produtos tem livre acesso ao porto de onde sai com mais facilidade para ser exportado para o mundo.

— Meu Alfa, temos amanhã uma visita a fábrica cinco, há novos maquinários e pessoas para o senhor conhecer.

Condor fala e balanço a cabeça em afirmativo.

— Nos encontramos aqui às seis.

Ele afirma e continuamos nosso jantar em silêncio, após, ele sair vou até meu escritório, desde a guerra eu nunca consegui dormir uma noite inteira então trabalho e trabalho a maior parte do tempo, analiso balancetes, analiso contratos até que adormeço sentado mais uma vez.

" Alex, venha a água está quente".

A voz de Aurora vem novamente em um sonho, eu a conheci minha vida toda e quando ambos fizemos dezoito anos e nossos líderes lycan se aflorou, descobrimos que eramos companheiros eternos, sempre tive uma queda por ela, mas não podíamos pensar em ficar juntos já que um dia nossas almas chegariam e quando soube que ela era minha a fiz minha de alma e coração, uma amor tão forte e tão perfeito, foi tão difícil quando a perdi.

" Cuidado Rory"..

Falo e ela sorri para mim e pula na cacheira, olho para baixo e ela se levanta na água, mas o que vi, seu rosto não era mais o dela, era de..

" Izobelle"..

Falo e ela sorri para mim e depois a água fica vermelha, ela me olha e seu rosto bonito e traços marcantes mudam para pânico.

Acordo assutado com o barulho de batidas na porta.

Olho de um lado para o outro para ter certeza de que tudo foi um sonho, ou, um pesadelo.

— Meu senhor, já se passa das seis e quinze.

A voz de Janka veio do outro lado da porta, olhei para o meu relógio e constatei que dormi além do necessário.

— Estou indo.

Olhei novamente de um lado para o outro para ter a certeza de que tudo foi um sonho e sai do escritório.

Subi tomando banho, meu coração estava acelerado.

— Mas que porra... Bato na parede com raiva.

Os sonhos me atormentam a séculos, uma forma da deusa a me torturar.

Visto meu jeans assim que sai, minha camisa social e meu sobretudo preto.

— Desculpa o atraso Condor. Ele me olha e nada diz também pela minha cara dá para notar que não durmo a séculos.

Saímos sem tomar café, meu apetite hoje não irá me ajudar.

Chegamos a empresa em um sábado de manhã, ela ainda estava a todos vapor.

— Bom dia senhor Beneditt, uma honra para nós tê-lo aqui em Withevallen mais uma vez.

Gabriel fala, ele é meu gerente regional, tenho olhos em cada empreendimento e aqui não poderia ser diferente, AB têxtil trabalha com tecidos para o mundo, temos do mais puro jeans até a seda mais preciosa com fios de ouro, esse é o nosso diferencial.

Nos cumprimentamos e começamos a andar, ele me mostra o espaço do novo galpão, conversamos, ele me fala sobre os projetos, para um humano, Gabriel é um bom gerente.

— Desculpa Bel, mas não vou poder falar, o senhor Beneditt gostosão está nos visitando hoje e estou enrascada se eles me encontrarem falando no telefone.

Paro ao ouvir meu nome, minha audição apurada me faz olhar para trás e no canto do galpão há uma mulher nova, na casa dos vinte e dois anos falando baixinho ao telefone, me viro para escutar mais e Condor observa também.

— Bel ele é perfeito, gigante, tem um cabelo um pouco louro jogado de lado, e os olhos mulher pena que vai se casar, porque são os azuis mais belos que já vi.

Reviro meus olhos para a fala dela, são sempre assim mulheres que ao me ver sempre querem o superficial estou farto.

Chego perto e a vejo desligar rapidamente.

— Marisa, o que estava fazendo?

Gabriel pergunta a mulher que me olha com os olhos arregalados.

— Me desculpa senhor Gabriel, eu..

Não falo só observo há algo em seu cheiro diferente que faz Dário pular dentro de mim, respiro puxando o ar e sinto sândalo e canela nela, meu lobo pula e gira inquieto.

— Com quem falava? Condor pergunta, enquanto eu a olho, uma humana, sem nada, nem bonita e nem feia, apenas uma humana.

— Por favor senhor, me desculpe, mas minha amiga fica noiva hoje e sou sua madrinha de casamento, ela só queria saber se estava tudo bem.

Ela olha para Gabriel depois para mim.

— Eu já disse para Izobelle que tudo está correndo bem!! Ele fala e olho para ele, esse nome.

— Quem é Izobelle?

Pergunto, minha vizinha faz a mulher na minha frente tremer, ela olha para Gabriel procurando ajuda e para mim com medo.

— Nossa diretora executiva, ela de preocupa com a fábrica e tem um grande vontade de sempre ajudar, mas hoje é sua folga por isso na segunda-feira teremos uma reunião para lhe apresentar a ela.

Magnus Vlamp fala atrás de mim e me viro para olhar, Magnus também é um metamorfo e trabalha para mim a trinta anos.

— Meu senhor. Ele faz uma reverência ao qual todos nós olham.

— Pode ir senhorita Pampquis e que não se repita mais nada, não há permissão para onuso de celulares hoje, fique como um aviso.

Vejo a mulher se curvando e saindo correndo o cheiro de sândalo e canela era fraco mas me deixou pensativo.

— O quê achou da nossa nova conquista senhor.

Magnus me vira fazendo olhar para o restante da fábrica, andamos ele e Gabriel falava o tempo todo, cada detalhe não passava despercebido por Condor que tinha um faro apurado, mas aquele cheiro, aquele cheiro nas saia da minha cabeça.

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