Capítulo 06

Saímos da área do galpão novo e fomos direto para o porto, nossos navios estavam sendo abastecidos pelos nossos tecidos que sairia pelo mundo.

— Como o senhor pode ver senhor Beneditt, o porto está de vento em poupa, os navios são abastecidos semanalmente todo sábado, como vamos ver na segunda-feira a produção diária vem aumentando dia a dia com a mão de obra importada das terras do oeste.

Magnus fala todo pomposo se orgulhando do seu trabalho.

— Entendi, quero entrar no navio.

Falo já indo na direção da proa, Dário começou a farejar o local, havia um cheiro diferente que me fez enjoar, algo que eu não esperava.

Descemos até a meia-nau do navio e puxo o ar, ele me leva para dentro do navio, descemos as escadas até a parte das cabines, puxo o ar novamente e entro.

Me deparo com quatro mulheres deitadas e uma delas me chama atenção, elas se levantam assustadas pela minha brusca entrada.

Uma delas abaixa a cabeça em submissão e é essa que eu e Dário procuramos.

— Meu senhor.

As outras duas olham de um para o outro, ela deveria ter uns vinte e poucos anos.

— Saiam os outros.

Ela me olha assustada e abaixa a cabeça, as outras duas saem correndo e Gabriel me olha sem entender.

— Senhor Alexander, Morgana está na nossa embarcação para cozinhar e...

Olho para trás e Condor entende o que digo através do nosso link.

— Senhor Gabriel, por favor me mostre onde fica a cabine e o comandante.

Condor o leva deixando Magnus e a mulher.

— O que fazes na minha terra bruxa sem consentimento de entrada.

Ela se curva e começa a tremer.

— Perdoe-me por invadir senhor, mas estou só de passagem, esse navio irá para Palm Valle minha chance de escapar da morte.

" A marca da morte está na testa dela". Dário diz, ele passou a ver essas marcas após a perda da sua companheira, algo novo e sobrenatural se abriu para nós dois que ficamos vagando, vemos algumas coisas que nenhum outro ser pode ver

— Por que foges bruxa? Perguntei querendo saber porque tem a marca em sua testa.

— Um caçador queria minha vida em troca dos metamorfos, queria o sangue de vocês para curas medicinais, fui comprada e escravizada por quatro anos e consegui fugir com ajuda da minha magia.

Quando ela fala isso meu sangue ferve e Dário quer sair.

— Caçador? Fale tudo que sabe bruxa.

Vou até ela e pego seu pescoço, Dário tem sede de vingança.

— Por favor meu senhor, por favor eu contarei tudo não me mate.

Ela tremia de medo, controlei Dário, esses caçadores humanos a séculos estão a nossa caça, foi por isso que quase fomos dizimados.

A coloco no chão e ela chora e treme.

— Fale bruxa, eu não sei se consigo dominar ele por muito tempo.

— Pukar era o seu nome, ele vivi na região de North westh, nas entranhas da floresta caçando seres místicos, ele tem uma espécie de um livro de seus ancestrais ao qual ele conhece cada ser e seus poderes.

A ouvo dizer, os pêlos de minha nuca se arrepiam com sua fala.

— Por que não denunciou a rainha Mortiça, rainha das bruxas. Perguntei tentando entender porque ela não é leal a sua rainha.

— Temi pela vida de minha rainha e pela minha, fugi para me livrar dele meu senhor.

Chego até bem próximo dela e a puxo para cima, olho dentro dos seus olhos.

— Floresta ao norte de North westh, como chegamos.

Ela sai de perto de mim e vai até um armário pegando um papel, desenha um mapa que espero não ser falho ou mentiroso.

— Não minto meu senhor, porque sei que o senhor me matará, apenas acabe com ele e o dê uma morte dolorosa.

Ela segurou minha mão para me entregar o papel e parou estática.

" A luz da lua cheia a prometida chegará, trazendo o amor que já se foi ao coração aprisionado pela dor".

Ela disse tremendo e cai no chão.

— Bruxa, o que foi isso?

Senti correntes elétricas atravessando meu corpo.

— Uma ajuda do oráculo meu senhor, sua companheira está próxima.

Ela fala e a olho, como poderia se eu a perdi a séculos.

— Tenha cuidado com o quê fala bruxa.

— Me perdoe meu senhor, não fui eu foi o oráculo.

A olho com raiva, me viro e Magnus nos olhava, ele é lupino também e entendeu o recado.

— Verificarei essas informações, mas quero que a levem direito para rei Mayson, somente ele decidirá seu destino.

Falo e Magnus entende, a bruxa nada diz, para ela foi um mal dia atravessar minhas terras.

— Olhe para a lua meu senhor, sua companheira estará ao lado da deusa.

Ela grita ainda na cabine, cambaleando para fora do navio eu procuro por ar e espaço.

" Eu disse Alex, nossa companheira de segunda chance está perto".

Dário pular animado me fazendo ter mais vertigem, Gabriel e Condor retorna.

— Senhor Beneditt, o que aquela moça fez de errado, há algo que podemos fazer o comandante disse que ela é uma boa cozinheira.

Olho para a mulher que estava sendo levada por Magnus para fora do navio, daqui ela irá para o rei ele saberá o que fazer com ela e com suas informações preciosas.

— Nada aconteceu, ela somente estava no navio de forma clandestina, menor de idade, agora vamos terminar a vistoria.

Falo e Gabriel se cala, seguimos andando de um lado para o outro e meu coração batia acelerado.

Às cinco terminamos nossa visita ao cais, ao porto, ao galpão novo e com novos maquinários.

— Alfa, porque está quieto ? Condor fala e olho para ele.

— Aquela bruxa me deu informações sobre caçadores com livros sobre seres místicos, preciso avisar o rei sobre isso, temo que ainda há homens que se arriscam a usar nosso sangue para benefício próprio.

Condor me olha assustado.

Após chegar em casa, subi direto para o meu quarto, preciso tomar banho estava cheirando a humanos, não que eles não cheirem bem, mas é muito cheiro para um ser que tem o olfato apurado.

— Alfa. Condor b**e a minha porta as oito da noite, não estava com fome.

— Sim.

— A boate, Jay pediu para avisar que já está lá.

Olho para ele e reviro os olhos, estava cansado querendo dormir e ainda precisava falar com Mayson.

Jay ficará feliz em receber vinte mil, ainda tenho coisas para organizar.

Nem terminei de falar e senti o cheiro de Camila na entrada do meu quarto.

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