Durante todo o tempo em que fiquei longe dela, percebi seus olhos em mim. Me queimando a pele, como se eu estivesse do lado do sol, ou entrando no inferno. Para mim, a segunda analogia, era a provável.Já que eu não sou nenhum anjo.Pelo contrário…Por mais que eu quisesse ir ao seu encontro, jogá-la num quarto qualquer e fazer com que ela gritasse meu nome, enquanto a levaria ao paraíso… Me contentei em ficar de longe, sonhando com as possibilidades, as deixando somente em minha cabeça.Devo concordar que meu amigo, o que fica entre as minhas pernas, não gostou nenhum pouco disso.Mas todo o meu alto controle foi embora, no momento em que a vi debruçada na maldita mesa de sinuca, concentrada em tentar encaçapar a droga daquela bola.Minha mente só conseguiu imaginar as maiores putarias. A imaginei debruçada sob a mesa, de quatro e pelada — obviamente, — enquanto eu transava com ela, ou a chupava, fazendo com que ela rebolasse contra minha boca, gritando e gemendo o meu nome.Porra!D
O iate nos deixou no píer por volta das 20h e como eu havia ido de táxi, o Theo se ofereceu para nos levar até em casa. Roberta e Vitor dividiam um apartamento que ficava no caminho para a minha casa. Os dois entraram no banco de trás do jipe do Theo e eu entrei na frente, seguido por ele. Assim que respirei fundo, o cheiro dele adentrou minhas narinas e eu me senti em casa, como se não tivéssemos ficado tantos anos longe um do outro.— O que você fez com a caminhonete antiga? — perguntei, enquanto colocava o cinto.É nítido que essa é bem mais nova do que a antiga dele. O painel é eletrônico, o câmbio automático, o rádio era maior e melhor. Tem até teto solar nesse jipe.— Está na garagem de casa — ele respondeu dando de ombros e girando a chave na ignição — Meio que sou apegado a ela — Ele me olha de canto.Não preciso perguntar o porquê disso, sei muito bem o motivo dele ser apegado ao antigo carro.Tem muitas lembranças de nós nele.Sinto meu peito se aquecer ao pensar nisso.Vi
Passei pensativo boa parte do trajeto até a casa dela. Não por culpa dela.E sim, porque as palavras do Vitor me pegaram em cheio, acertando aquele pequeno ponto fraco que nunca pensei que voltaria a doer.Mas voltou.E a dor foi tanta que quase me deixou sem ar.Sabia que ela tinha sofrido, mas ter a certeza que outras pessoas também presenciaram esse sofrimento, acabou comigo.Fui um babaca em tê-la abandonado daquela forma. Nenhuma desculpa no mundo justifica o meu comportamento naquela época, por mais que eu estivesse sofrendo. Não era justo fazê-la sofrer também.Mas eu fiz. E não havia nada que eu pudesse fazer ou dizer que apagaria todo o passado. Deus, como eu queria voltar no tempo e evitar tudo o que causei a ela.Não só a ela. O meu comportamento causou um efeito dominó em todos ao meu redor. Se eu não tivesse me comportado como um completo adolescente babaca e mimado, hoje eu poderia estar com ela. Poderia ter visto meu filho nascer, crescer e, quem sabe, até poderia ter
A observo de canto de olho, ela rói a ponta da unha do indicador e sei que é uma mania que tem quando fica nervosa. Ela abre o pequeno portão e caminha até a porta, sem me esperar. Fecho o portão e caminho até ela que está terminando de destrancar a porta quando eu me aproximo.— Bem-vindo a minha casa — ela falou e acendeu a luz do ambiente que presumo que seja a sala — Quer algo para beber? — ela perguntou e eu apenas assenti.Ela se afasta de mim e eu aproveito para olhar pelo cômodo. Próximo da porta tem uma pequena lareira, estilo casa americana mesmo e em cima dela tem uma pequena prateleira com alguns portas retratos, antes de me aproximar já reconheço um deles. É uma foto nossa. Bem, quase isso. Foi tirada na época que estudávamos juntos, na noite em que saímos para comemorar o meu aniversário. Estamos nós quatro sentados ao redor da mesa, Arthur e Ísis de um lado da mesa, e eu e a Ceci do outro.Ísis está quase deitada no peito do Arthur, que tem as mãos ao redor dela e ambo
— Por que você trocou de curso? — perguntei, balançando os pés na água.Depois do beijo que ele me deu na sala, após dizer as palavras que fizeram meu coração quase explodir dentro do meu peito, decidimos vir para fora, aproveitar a bela noite e tomar um pouco de ar também.Theo está ao meu lado, com os pés também na água e segurando sua segunda dose de uísque. Ele dá de ombros e olha para a água, como se procurasse uma resposta certa para a minha pergunta.— Eu só precisava mudar… — ele respondeu, soltando uma grande lufada de ar — Estava demais para mim naquela época…Assenti em silêncio e bebi um gole do meu gim.Passei anos me fazendo aquela mesma pergunta. Me perguntando o porquê dele ter ido embora daquela forma. De ter me abandonado como se eu não fosse nada para ele, como se fosse algo meramente substituível.— Eu precisava ir embora, moranguinho — ele falou, como se lesse meus pensamentos e enxergasse todas as dúvidas em minha cabeça — Se eu ficasse poderia ter sido pior… Be
Quando aceitei vir para sua casa, não imaginei que iriamos acabar tendo uma discussão. Mas fui um tolo em pensar que ela esqueceria todo o nosso passado num passe de mágica, só porque voltei para a sua vida. Pensei realmente que a discussão seria pior, mas quando tudo estava virando um turbilhão de mágoa e desespero… Ela veio, e com sua calmaria abrandou o tsunami dentro de mim. E agora? Agora estou caminhando com ela em meus braços até a sala, em meio a beijos e carícias, tentava não tropeçar em meus próprios pés enquanto adentro a casa. No meio da sala tem um tapete grosso e aparenta ser fofo, então optei em deixá-la ali. Por mais que ainda estivéssemos em plena primavera, as noites estavam frias. Não o tipo de frio que faz a gente se embolar em casacos, mas o tipo de frio que arrepia nossa pele quando a brisa toca. — Se importa se eu ligar a lareira? — perguntei, acariciando sua bochecha com ternura. Ela respirou fundo e negou com a cabeça. Me levantei e caminhei até a larei
Cecília não tinha um orgasmo com muita facilidade e a rapidez com que o seu corpo foi arrebatado pelo seu prazer só me mostrava que, das duas uma; ou ela estava há muito tempo sem sexo, ou realmente sentiu a minha falta.E eu esperava que fosse as duas opções.Meu ego masculino não queria lidar com pensamentos de outro homem fazendo com ela as mesmas coisas que eu.Senti sua boceta se apertar novamente contra os meus dedos e sorri satisfeito em saber que ela está perto de ter outro orgasmo.— De novo… — foi a única coisa que ela conseguiu sussurrar antes de se tremer todinha novamente.Respirando com dificuldade e tendo espasmos deliciosos, é essa visão que tenho dela enquanto chupo toda a sua boceta, até acabar com a última gota do seu gozo.Ela ainda treme quando pressiono meu corpo contra o dela e tomo sua boca na minha, fazendo com que ela prove o gosto do próprio prazer e ela geme alto contra a minha boca, me beijando com tanta fome que sinto meu pau latejar contra a cueca.Sinto
Ele é a minha pessoa favorita no mundo.Acho que no fundo ele sempre foi.Dormir nos braços dele, é de longe a realização das minhas fantasias, durante esses 10 anos em que passamos longe um do outro.Sempre pensei em como seria ter o Theo de volta para a minha vida, em como eu me comportaria… O que eu pensaria e se ainda teria amor entre nós.Dentre todas essas coisas, a única certeza que tenho é que; sempre houve amor. Nunca deixamos de nos amar, nenhum segundo sequer. Só focamos nossa mente em coisas diferentes.Ele se casou, numa tentativa de me esquecer. Tentativa logicamente, frustrada.E eu foquei minha atenção na carreira e no meu filho — não necessariamente nessa ordem. Mas nunca deixei de pensar nele, nenhum dia sequer.E pela forma que ele fez amor comigo ontem, só me deu ainda mais certeza de que ele também não deixou de pensar em mim.O sexo entre nós dois sempre foi esplendido, maravilhoso… Não tenho nenhuma palavra que possa descrever com perfeição o quão bom somos ent